Um deles está ligado à trajetória dos criadores das “Mil e uma noites”. Durante 781 anos, os árabes ajudaram a acender o farol de uma arte milenar na Península Ibérica. A influência marcou de versos e rimas a alma lusitana. Em Portugal, a expressão literária sofreu adaptações e ganhou o nome de cordel. A razão? A mais simples que se possa imaginar. Os textos eram pendurados em cordas para serem vendidos nas feiras populares.
À maneira da luz, a cultura tem o dom se propagar. Irresistível em seus encantos e belezas, a herança dos contos fantásticos chegou ao Brasil por intermédio dos portugueses.
Germinada entre os povos do deserto, a mania de poematizar a vida cruzou o Atlântico para se aclimatar no sertão nordestino, onde o sol também castiga, e a chuva (vejam só a coincidência) raramente é vista.
Em 2018, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reconheceu a Literatura de Cordel como patrimônio imaterial da cultura brasileira.
Dito isso: venham com o Brasil Cultural para mais uma viagem. Não há de cansar. Têm curiosidades, política pública, entrevistas, declamação de versos e música boa.