Governo federal destina recorde de recursos para enfrentar enchentes do RS
Força-tarefa para socorrer vítimas, recuperar infraestrutura e estimular a economia no Rio Grande do Sul resultou num volume de recursos histórico e ajudou o PIB gaúcho a crescer acima da média nacional.
29/04/2025
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Um ano após as enchentes que atingiram a maioria dos 497 municípios do Rio Grande do Sul, o governo federal segue executando o plano de reconstrução do Estado. Desde os primeiros dias do desastre, foram adotadas ações emergenciais para atender à população desabrigada e restabelecer serviços essenciais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve no Rio Grande do Sul em 2 de maio de 2024 e garantiu que não faltariam recursos federais para o enfrentamento da tragédia.

Em resposta imediata, uma portaria reconheceu a calamidade pública do Estado e, ao longo das semanas seguintes, 336 municípios tiveram a situação reconhecida, o que permitiu a agilidade na liberação de recursos para ações de defesa civil, assistência humanitária e restabelecimento de serviços. Uma força-tarefa federal foi criada com apoio direto de dezenas de ministérios, em articulação com outros Poderes e instituições.

Desde então, o governo destinou o maior volume de investimentos já realizado pelo Brasil em tão pouco tempo para enfrentamento de uma tragédia. Foram R$ 111,6 bilhões, mais do que o valor de R$ 106 bilhões do Novo PAC para a construção de 800 mil novas moradias em todo o país na Faixa 2.

Desse montante, R$ 89 bilhões já foram executados – 80% dos recursos previstos –, abrangendo ações de recuperação da infraestrutura das cidades, estímulo da economia local, repasse às famílias e aquisição de moradias.

As ações mobilizaram mais de 14 mil profissionais, incluindo agentes de saúde, defesa civil, assistência social e Forças Armadas. As operações de resgate e ajuda humanitária envolveram 3,6 mil horas de voo, 32 mil toneladas de doações transportadas e o salvamento de cerca de 80 mil pessoas e 15 mil animais. Hospitais de campanha foram montados, e equipes do SUS garantiram atendimento médico às populações afetadas.

Para coordenar todas essas ações, foi criada a Secretaria Extraordinária da Presidência da República para apoio à reconstrução, além de um escritório de monitoramento em Porto Alegre. Medidas institucionais garantindo a prorrogação de prazos, simplificação de regras e disponibilização de recursos também foram editadas. A resposta rápida e a mobilização institucional ajudaram o PIB gaúcho a crescer 4,9% em 2024, acima do nacional, que ficou em 3,4%.

Da Agência Rádio Gov, em Brasília, Dilson Santa Fé