Ao discursar na reunião ministerial da Segurança Alimentar Global - Chamada à Ação, em Nova York (EUA), na quarta-feira (18), o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, defendeu o livre-comércio na agricultura, de modo a promover a prosperidade e contribuir com a luta contra a fome e a má-nutrição mundial. Marcos Montes disse que é preciso estimular um ambiente de negócios que permita um fluxo desimpedido do comércio internacional de alimentos e insumos.
Marcos Montes representa o Brasil no evento, organizado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, que reúne ministros de mais de 30 países na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. O objetivo é identificar os principais desafios e mobilizar ações para enfrentar a insegurança alimentar global.
Os impactos do conflito na Ucrânia foram lembrados por representantes de diversos países no evento. Segundo o ministro brasileiro, os efeitos da guerra desestruturaram profundamente as cadeias globais de suprimentos de commodities, fazendo com que insumos essenciais, como os fertilizantes, fiquem expostos ao risco da escassez e da alta de preços.
O ministro disse que o Brasil está ciente de sua responsabilidade como fornecedor confiável de alimentos de qualidade, pois é um dos únicos países do mundo capazes de aumentar sua produção sem incorporar novas áreas à atividade produtiva. No entanto, o sucesso do modelo brasileiro depende da integração das diversas cadeias produtivas de insumos e de produção de alimentos.
Mais cedo, Marcos Montes teve reuniões bilaterais com o Enviado Especial do Departamento de Estado para a Segurança Alimentar Global, Cary Fowler , e com a Vice-Secretária Geral das Nações Unidas, Amina Mohamed. Nos encontros, ele ressaltou a disposição do Brasil em cooperar no contexto da atual crise de segurança alimentar.
Montes também destacou o papel da ONU, juntamente com a FAO e outras agências, de promover um fluxo desimpedido de alimentos e insumos, não apenas comercial, mas também humanitário.