O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) doou cerca de 2,1 mil litros de azeite de oliva fraudado para o Hospital Pequeno Cotolengo, de Curitiba (PR), para transformação em biodiesel. O azeite fraudado foi apreendido em dezembro do ano passado, no estado do Paraná.
A análise de amostras feita pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul indicou a presença de outros óleos vegetais, descaracterizando o produto como azeite de oliva.
O azeite apreendido durante fiscalização do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (SIPOV), da Superintendência Federal de Agricultura no Paraná (SAF/PR), foi considerado impróprio para a alimentação humana, devido ao desconhecimento da sua composição. A chefe substituta do Sipov/PR, Claudia Hirt dos Santos, explicou que a empresa envasadora do produto foi autuada e o azeite fraudado foi doado para uso industrial, como a fabricação de biodiesel.
A operação de fiscalização retirou 4,2 mil frascos de 500 ml de azeite falsificado das prateleiras dos supermercados, atacadistas e distribuidores localizados no estado do Paraná. Muitas vezes, o consumidor que deseja comprar o azeite de oliva, devido aos inúmeros benefícios do produto para a saúde e seu uso culinário, acaba pagando por um produto que não é aquele que ele pretendia obter.
Para evitar esse tipo de fraude, o Mapa, por meio do SIPOV, realiza regularmente operações de fiscalização em supermercados, onde são feitas as apreensões do produto, que tem suas amostras enviadas para um laboratório, para a realização de testes de fraude e averiguação para saber se o azeite é verdadeiro ou se está misturado com outro óleo vegetal.
Atualmente, o azeite de oliva é o segundo produto alimentar mais fraudado do mundo, atrás apenas do pescado. A fraude mais comum é a mistura de óleo de soja com corantes e aromatizantes artificiais. Também são encontrados casos de azeite de oliva refinado vendido como azeite extravirgem.