O Brasil tinha, em 2024, um contingente de 1,65 milhão de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil, o equivalente a 4,3% da população entre 5 e 17 anos. Os dados são Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), desta sexta-feira (19), e apontam 34 mil jovens a mais nessa condição em relação ao ano anterior, quando foi registrado o menor índice da série histórica.
A pesquisa mostra que adolescentes de 16 e 17 anos concentram mais da metade dos casos. Nesse grupo, a proporção subiu de 14,7% para 15,3%, e quase um terço deles chegou a trabalhar 40 horas ou mais por semana. Entre os mais novos, de 5 a 13 anos, a maioria desempenhava jornadas de até 14 horas.
Dois terços dos trabalhadores infantis são pretos ou pardos e a maioria é do sexo masculino. As regiões Nordeste e Sul tiveram as maiores altas em relação a 2023, enquanto o Norte apresentou a maior queda.
Apesar da oscilação recente, o IBGE destaca que, entre 2016 e 2024, houve redução de 21% no número de crianças e adolescentes em trabalho infantil. O levantamento também mostra queda expressiva nas piores formas de exploração, que atingiram o menor nível da série, com 560 mil casos em 2024.
Da Agência Rádio Gov, em Brasília, Claudimário Carvalho.