O Ministério da Saúde inaugurou no sábado, 19 de julho, em Curitiba (PR), a maior biofábrica do mundo para produção de mosquitos Aedes aegypti com Wolbachia, bactéria que impede a transmissão de dengue, Zika e chikungunya.
De acordo com o ministério, a tecnologia já é usada no Brasil há mais de dez anos e agora vai ser ampliada. A nova estrutura vai produzir até 100 milhões de ovos por semana, alcançando cerca de 140 milhões de pessoas em 40 municípios com alta incidência dessas doenças. Em Niterói (RJ), primeira cidade brasileira a ser totalmente coberta, os casos de dengue caíram quase 70%.
A ação é resultado de parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Wolbito do Brasil, Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e o World Mosquito Program (WMP), com investimento superior a R$ 82 milhões. O ministério ressalta ainda que o método apresenta bom custo-benefício: cada real investido pode gerar economia de até R$ 500 em tratamentos.
Vale ressaltar que o Brasil foi o primeiro país a oferecer a vacina contra a dengue pelo Sistema Único de Saúde, o SUS. Mais de 16 milhões de doses foram adquiridas, e a produção nacional, pelo Instituto Butantan, está prevista para 2026.
Além da biofábrica, o enfrentamento à dengue inclui ações de prevenção, controle vetorial, vigilância genômica, assistência à população e campanhas comunitárias.
Da Agência Rádio Gov, em Brasília, Dilson Santa Fé