O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) atualizou nesta segunda-feira (6), o cadastro de empregadores envolvidos em trabalho análogo à escravidão, conhecido como “Lista Suja”. Nesta edição, foram incluídos 159 novos nomes — 101 pessoas físicas e 58 jurídicas —, um aumento de 20% em relação à última atualização. Ao todo, 1.530 trabalhadores foram resgatados entre 2020 e 2025, principalmente em Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Bahia.
A pecuária de corte lidera as ocorrências, seguida pelos serviços domésticos, cultivo de café e construção civil. A lista, publicada a cada semestre, traz os resultados das ações de fiscalização que envolvem a Auditoria Fiscal do Trabalho, a Polícia Federal, o Ministério Público do Trabalho e outras instituições. A inclusão só ocorre após processo administrativo com direito à ampla defesa, e os nomes permanecem no cadastro por dois anos.
O Grupo Especial de Fiscalização Móvel, responsável por grande parte das operações, completa 30 anos com mais de 68 mil trabalhadores libertados desde 1995 e mais de R$ 156 milhões pagos em verbas salariais e rescisórias. Denúncias de trabalho análogo à escravidão podem ser feitas de forma sigilosa pelo Sistema Ipê, plataforma digital criada em parceria com a Organização Internacional do Trabalho, no site: ipe.sit.trabalho.gov.br.
Da Agência Rádio Gov, em Brasília, Claudimário Carvalho.