O presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou nesta segunda-feira (9) dois compromissos estratégicos do Brasil no cenário internacional. Em Nice (França), na 3ª Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, Lula anunciou que o país vai ampliar de 26% para 30% as áreas marinhas protegidas, para cumprir a meta do Marco Global da Biodiversidade.
O presidente também destacou iniciativas nacionais para combater a poluição plástica, preservar manguezais e recifes de corais, e reforçar a ciência oceânica por meio da educação ambiental e de pesquisas como as desenvolvidas na Estação Comandante Ferraz, na Antártida.
Lula lembrou que o Brasil possui cerca de 8 mil quilômetros de litoral e concentra 12% da água doce do planeta. Ele reforçou que proteger os oceanos é essencial no combate às mudanças climáticas e convidou os países participantes da conferência para a COP30, que será realizada em Belém, em novembro.
Mais tarde, em Lyon, o presidente se tornou o primeiro chefe de Estado brasileiro a visitar a sede da Interpol. No encontro, firmou uma Declaração de Intenções com quatro eixos principais: combater o crime organizado transnacional, modernizar as forças de segurança da região, proteger grupos vulneráveis e fortalecer a cooperação internacional.
Lula afirmou que o crime evolui rapidamente e que nenhum país pode enfrentá-lo isoladamente. Ele citou ações já em curso, como o Programa Ouro Alvo — parceria entre Brasil e França para reprimir o garimpo ilegal — e destacou que, em 2023, o Brasil apreendeu mais de 250 milhões de dólares em bens ligados a crimes ambientais.
Da Agência Rádio Gov, em Brasília, Claudimário Carvalho.