O número de mortes no território Yanomami caiu 21% em 2024, segundo dados do Ministério da Saúde. A redução está ligada à ampliação da assistência na região, com aumento de 158% no número de profissionais, que passou de 690 para 1.781. O reforço permitiu ações mais eficazes contra doenças evitáveis como malária, que teve 42% menos óbitos, infecções respiratórias 47% e desnutrição 20%.
A reabertura de sete polos de saúde, antes fechados por falta de segurança causada pelo garimpo, levou atendimento direto a mais de 5 mil indígenas. Hoje, os 37 polos estão em funcionamento, o que manteve a assistencial na região. O Ministério da Saúde investiu R$ 256 milhões em 2024 para reestruturar as unidades e melhorar o atendimento primário.
A malária teve queda na letalidade e na proporção de testes positivos, mesmo com aumento nas notificações. A ampliação dos exames – de 180 mil para 260 mil – e o fortalecimento da vigilância permitiram melhor controle da doença. Já a desnutrição grave em crianças menores de 5 anos caiu de 24% para 19%, e metade das crianças Yanomamis atingiu o peso ideal.
Da Agência Rádio Gov, em Brasília, Claudimário Carvalho.