Mais de cinco milhões de brasileiras sustentam seus lares com o trabalho doméstico remunerado. São mulheres que limpam, cozinham, cuidam de crianças e idosos – mas que, muitas vezes, não têm garantido nem o básico para cuidar de si mesmas.
Um estudo inédito do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS), em parceria com a Organização Internacional do Trabalho, revela que 75% das trabalhadoras domésticas não têm carteira assinada. Apenas 36% contribuem para a Previdência. A informalidade é ainda maior entre mulheres negras e nas regiões Norte e Nordeste do país.
O levantamento também mostra que sete em cada dez dessas mulheres convivem com o cansaço constante. São jornadas longas, deslocamentos difíceis e acúmulo de responsabilidades – sem apoio e com pouca valorização.
O governo federal lançou a Política Nacional de Cuidados, que reconhece as trabalhadoras domésticas como prioridade. A ideia, segundo o governo, é enfrentar essa realidade e garantir que quem cuida dos outros também tenha o direito de ser cuidada.
Segundo o MDS, uma das ações já em andamento é o programa Mulheres Mil, que oferece capacitação gratuita para quem trabalha com serviços domésticos e de cuidados. Em 2025, serão quase 11 mil vagas em cursos profissionalizantes.
Para mais informações sobre os cursos e os direitos da categoria, acesse gov.br/mds ou procure o CRAS mais próximo da sua residência.
Da Agência Rádio Gov, em Brasília, Lademir Filippin