A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,6% no trimestre encerrado em agosto, repetindo o resultado de julho e mantendo o menor nível da série histórica iniciada em 2012. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país registrou pouco mais de 6 milhões de pessoas desocupadas, o que representa o menor contingente já medido, após queda de 605 mil em relação a maio. Em comparação com 2024, a redução foi de 1 milhão.
O total de ocupados passa de 102 milhões, novo recorde, puxado pelo aumento de contratações formais. O número de empregados com carteira assinada no setor privado atingiu 39,1 milhões, também o maior da série. Já os trabalhadores domésticos tiveram queda em torno de 3% no período.
A taxa de subutilização da força de trabalho também ficou no menor patamar histórico, em 14,1%, com recuo do número de subocupados e desalentados. A renda média real habitual ficou em R$ 3.488, com alta de 3,3% frente a agosto do ano passado.
De acordo com analistas do IBGE, a melhora do mercado de trabalho é explicada pelo crescimento no setor público, sobretudo em educação, e pela safra agrícola. O cenário indica que trabalhadores estão migrando de atividades com menor rendimento, como serviços domésticos, para vagas com melhores condições, reforçando a tendência de recuperação do emprego formal.
Da Agência Rádio Gov, em Brasília, Claudimário Carvalho.