Brasil registra menor déficit habitacional da história
Entre 2009 e 2023, o déficit habitacional relativo caiu de 10,2% para 7,6%. Pesquisa da Fundação João Pinheiro mostra recuo em todas as regiões, exceto no Centro-Oeste.
18/09/2025
|
13:10
compartilhar notícia
Ouça na íntegra:
Download
transcrição

O Brasil alcançou em 2023 o menor déficit habitacional da história. O índice relativo, que mede a proporção de famílias sem imóvel próprio, caiu de 10,2% em 2009, ano da criação do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), para 7,6% em 2023, quando essa política habitacional foi retomada. Os dados são da Fundação João Pinheiro (FJP), produzidos para o Ministério das Cidades.

O déficit absoluto também recuou, passando de 6,2 milhões para 5,97 milhões de domicílios entre 2022 e 2023. A redução reflete a retomada do Minha Casa, Minha Vida desde 2023, que contratou mais de 1,7 milhão de unidades, com juros menores, descontos ampliados e prazos mais longos de financiamento.

O estudo aponta ainda que cerca de 3,6 milhões de domicílios enfrentam ônus excessivo com aluguel, ou seja, são famílias que comprometem 30% da renda de três salários-mínimos com aluguel. De acordo com o levantamento, mais de 1,3 milhão de lares vivem sob dupla pressão: gasto excessivo e más condições de moradia.

O Ministério das Cidades ampliou o MCMV, criando uma faixa para famílias com renda entre R$ 8,6 mil e R$ 12 mil, com imóveis de até R$ 500 mil e juros de 10% ao ano. Em breve, um novo programa deve custear reformas de casas populares, oferecendo financiamento a juros acessíveis e assistência técnica.

Entre as regiões, Nordeste e Norte apresentaram as maiores reduções percentuais do déficit habitacional, seguidos pelo Sudeste e Sul. O Centro-Oeste registrou aumento.

 Da Agência Rádio Gov, em Brasília, Claudimário Carvalho.