Com as chuvas intensas, como acontece neste verão em várias regiões do país, aumenta o perigo de doenças como dengue, chikungunya e zika, todas causadas pelo mosquito Aedes aegypti. De acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, em janeiro deste ano, houve um aumento de quase 90% de casos notificados, e de quase 190% de casos prováveis.
Para tentar frear a disseminação de larvas do mosquito, o Laboratório de Farmacognosia da Universidade de Brasília, desenvolve o projeto ArboControl. É um inseticida natural, gerado a partir de compostos de origem vegetal.
A professora da Faculdade de Ciências da Saúde e pesquisadora do ArboControl, Laila Espíndola, fala sobre a importância dessa tentativa para combater as larvas desse mosquito, que vem resistindo a alguns inseticidas, como os aplicados no fumacê.
A equipe do projeto vai realizar os primeiros testes de eficácia do produto em locais no próprio campus da UnB, ainda este mês. Antes da aplicação do inseticida, as fêmeas do Aedes aegypti no prédio do Instituto de Ciências foram monitoradas, e no final de janeiro foram instaladas 150 armadilhas, que possuem um composto natural que atrai o inseto, onde elas colocam seus ovos, locais que acumulam água, como tampas, calhas e ralos.
Depois, durante cinco semanas seguidas, o inseticida será aplicado, quando será possível acompanhar o ciclo de eclosão dos ovos do inseto e analisar a eficácia do produto.
O projeto ArboControl recebeu financiamento de R$ 30 milhões do Ministério da Saúde.