Vacinar crianças e adolescentes contra a Covid-19 é seguro? Se há dúvida, é importante saber o que a ciência pode explicar até agora. Entre os imunizantes disponibilizados no Brasil, somente a Pfizer recebeu autorização da Anvisa para ser aplicada em jovens de 12 a 17 anos.
De acordo com dados do fabricante, o imunizante demonstrou eficácia de 100% nos estudos clínicos com esse grupo. Sobre possíveis complicações no uso da Pfizer, a doutora Flávia Bravo, que é pediatra e diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, esclarece que os casos são raros.
Outros fabricantes também estudam a aplicação em crianças e adolescentes. Em maio, estudos da Moderna mostraram 100% de eficácia em um grupo de mais de 3.700 adolescentes. Austrália, Canadá e Filipinas, por exemplo, já autorizaram o uso da Moderna a partir de 12 anos.
No caso da Coronavac, o Chile iniciou a vacinação em crianças de 6 a 11 anos que têm comorbidades. O pesquisador e professor do Instituto de Química da Universidade de Brasília, Wender Silva, comenta que os resultados em testes realizados com adolescentes têm sido promissores.
A Organização Mundial da Saúde reconhece que a Pfizer é adequada para uso por pessoas a partir de 12 anos e orienta que seja aplicada em jovens que tenham comorbidades com risco maior de desenvolver quadros graves da Covid-19. Quanto as demais crianças, a OMS recomenda que só recebam a vacina quando os grupos de alta prioridade tiverem recebido as duas doses.