Um teste padrão para detectar se a pessoa está ou não com a Covid-19 pode sair por cerca de R$300 em um laboratório da rede privada. O tempo de análise varia entre 24 horas e dez dias, dependendo da demanda. Já o chamado teste rápido pode oferecer uma resposta em até meia hora.
A recomendação da Organização Mundial de Saúde é testar o máximo de pessoas. Mas o Brasil tem mais de 200 milhões de habitantes. Como testar tanta gente? Como fazer isso mais rápido?
Pesquisadores de universidades públicas de Minas Gerais, da Bahia e do Rio Grande do Norte estão desenvolvendo um teste de amostras de sangue mais barato e mais rápido como explica o coordenador do projeto, o professor Rodolfo Giunchetti.
Mas para isso chegar até os pacientes com suspeita de Covid-19, a equipe precisa de um investimento de um R$1,5 milhão. Até sexta-feira (17), uma campanha na internet tinha arrecadado 37 mil reais. Faltam recursos para a produção do teste como conta o pesquisador.
A Universidade de São Paulo também está desenvolvendo um teste com o método Elisa, a partir da detecção de anticorpos, como explica o professor Edison Durigon do Instituto de Ciências Biomédicas da USP.
A Universidade também está abrasileirando o teste clássico do novo coronavírus. O novo método começou a ser desenvolvido em fevereiro. De acordo com o professor Durigon, na falta de matéria-prima que vem do exterior, a equipe passou a usar o que tem no Brasil.
Com o avanço das pesquisas, é possível que a realização de mais testes possa permitir que profissionais de saúde sejam liberados para o trabalho e que haja um maior controle do número de infectados.