Até chegar a um bebê prematuro ou de baixo peso, o leite materno percorre um longo caminho desde a coleta até uma UTI neonatal.
A maior parte do tempo é mantido congelado para não estragar. Só passa por descongelamento para pasteurização e consumo. Ainda que os Bancos de Leite recebam as doações, o tempo de utilização desse produto é curto. Durante o transporte, pode haver perdas e, depois de descongelado em banho-maria, o leite precisa ser consumido em 24 horas.
Para evitar desperdício, uma pesquisa desenvolvida na Universidade Estadual de Maringá, no Paraná, encontrou uma solução e transformou o leite materno in natura em leite em pó como explica a doutoranda em Ciência de Alimentos, Vanessa Javera.
Após ser transformado em pó, o produto tem validade de um ano e pode ser guardado em temperatura ambiente. De acordo com a pesquisadora Vanessa Javera, as propriedades nutricionais também são preservadas durante o processo.
O leite humano em pó ainda pode alcançar outro público. A pesquisadora acredita que a nova tecnologia também possa ajudar as mães que precisam voltar ao trabalho antes de completar o período de seis meses de amamentação exclusiva.
O produto final ainda vai passar pela fase de testes na rotina hospitalar. O que falta agora é investimento para que a pesquisa possa sair do laboratório e fazer parte da vida de mães e crianças que dependem da doação de leite materno.