O ciclo de desenvolvimento que chegou ao nordeste vai mudar a cara da região, afirma Lula
14/12/2016
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'Apresentador: Olá você, em todo o Brasil. Eu sou o Luciano Seixas e está começando agora o programa de rádio do presidente Lula. Olá presidente. Como vai? Tudo bem?

Presidente: Tudo bem, Luciano.

Apresentador: Presidente, na semana passada o senhor esteve em dois estados do nordeste, Pernambuco e Alagoas. A região vai receber R$ 80,4 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento. Dá para dizer, com isso, que a região começou um ciclo de desenvolvimento?

Presidente: Eu acredito, Luciano, que há muito tempo o nordeste não vivia o momento que está vivendo. é um momento de esperança, é um momento de muito investimento público e privado. é um momento de muita expectativa da sociedade. Um momento em que a economia do nordeste cresce, a renda do povo nordestino cresce. E o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) chega lá com obras estruturantes para mudar a cara do nordeste nos próximos anos. Eu queria dizer que é um momento assim de muita expectativa porque quando nós decidimos fazer a Transnordestina, que ela liga o porto de Suape, em Pernambuco, ao porto de Pecem, no Ceará, e tem um trecho que vai até Eliseu Martins, no Piauí para buscar a produção daquela região, nós, na verdade, estaremos construindo mais de 1.600 quilômetros de ferrovia para interligar uma região que até então era uma região separada por falta de infra-estrutura. Ao mesmo tempo, a terraplanagem da refinaria Abreu e Lima, que está sendo construída em uma parceria PDVSA (venezuelana) e Petrobras (brasileira); o nosso estaleiro Atlântico Sul, que é um estaleiro privado com um investimento extraordinário para que a gente possa não apenas construir navios de grande porte, mas também construir plataformas para Petrobras. Ao mesmo tempo, o canal do São Francisco que estamos fazendo para levar água para o Ceará, para a Paraíba, para o Rio Grande do Norte, é um investimento que também vai mudar a cara do nordeste porque nós vamos levar água para beber para 12 milhões de pessoas. Na Bahia, nós vamos fazer a ferrovia Oeste-leste, que é uma ferrovia de 1.400 quilômetros. Uma ferrovia que sai do porto de Ilhéus vai até a cidade de Luis Eduardo, na Bahia e chega até Alvorada, no estado de Tocantins fazendo a interligação com a ferrovia Norte-sul. Ora, fazendo isso nós estamos dando ao Brasil condições de escoamento da nossa produção, facilitando que as mercadorias para exportação ou as importadas possam transitar mais livremente no Brasil. Além disso, nós estamos fazendo o Gazene, que é um grande gasoduto que vai ligar o sudeste ao nordeste brasileiro. Nós agora estamos fazendo o percurso de Cacimba, no Espírito Santo a Catu, na Bahia, e aí nós vamos interligar o sistema dando mais mobilidade ao nordeste brasileiro, além da siderúrgica que estaremos fazendo em Fortaleza, que também é uma siderúrgica privada com a participação da Vale do Rio Doce, de empresas coreanas. Além desses investimentos que eu estou dizendo, que são os grandes investimentos, nós temos ainda o investimento de duplicar a BR 116, ou seja, são quase 530 quilômetros de estrada duplicada dentro da Bahia, inclusive o contorno de Feira de Santana.

Apresentador: O que significa esses investimentos chegarem até a região nordeste?

Presidente: Eu acho que tudo isso significa demonstra que o nordeste vai mudar de cara. E vai mudar de cara para melhor. Por que? Porque as obras estão gerando emprego, as obras estão gerando esperança, estão gerando renda, e tudo melhora. Essas obras são extremamente importantes porque são obras reivindicadas a 30, 40 anos que ninguém fazia e nós com o PAC resolvemos priorizar tudo o que era mais importante. Além de tudo isso, os investimentos em habitação, urbanização de favelas e saneamento básico são muito grandes, ou seja, nós estamos atacando todas as regiões metropolitanas do nordeste numa perspectiva de dar cidadania para aquelas pessoas. Eu acho que nós estamos no caminho certo e as obras do PAC mudarão a cara do Brasil e a cara do nordeste.

Apresentador: Você está ouvindo o Café com o Presidente, o programa de rádio do presidente Lula. Presidente, o senhor falou em transformação do nordeste a partir dessas obras do governo, mas nós
estamos vivendo uma verdadeira transformação em toda a sociedade brasileira. Uma pesquisa divulgada semana passada mostrou um aumento na classe econômica C. O que isso quer dizer, presidente?

Presidente: Olha, isso quer dizer que o povo brasileiro está vivendo melhor, está ganhando mais, está podendo comprar mais, tendo acesso as coisas que antigamente pertencia apenas a um pequeno segmento da sociedade. O importante de tudo isso é que a pesquisa publicada pelo PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) recentemente mostra que os programas de transferência de renda do governo estão chegando diretamente nos lugares mais pobres do Brasil e atingindo as pessoas que necessitam. E também porque há mais emprego na construção civil, há mais emprego na indústria, há mais emprego no comércio, há mais emprego na agricultura, há mais crédito, há muito mais financiamento, seja para agricultura industrial, seja para agricultura familiar, ou seja, o dinheiro está circulando. Por que? Porque nós saímos de R$ 300 bilhões de crédito para mais de R$ 1 trilhão de crédito. Esse dinheiro então está circulando. Tudo isso combinando com o PAC, combinando com as politicas sociais, o resultado é melhoria na qualidade de vida das pessoas, daí porque a ascensão das pessoas evoluindo da classe D e E para a classe C é extremamente significativa.

Apresentador: Muito obrigado, presidente Lula, até a semana que vem.

Presidente: Obrigado a você, Luciano, e até o próximo programa.

Apresentador: O programa Café com o Presidente volta na próxima segunda-feira. Até lá.