Presidenta Dilma propõe um pacto por um Carnaval sem violência no trânsito
A presidenta Dilma Rousseff interrompeu o descanso no Carnaval para dar um recado muito importante para os foliões. Além de explicar a nova Lei Seca, a presidenta propôs um pacto por um Carnaval seguro, sem violência no trânsito.
13/12/2016
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Apresentador: Olá, bom dia! Eu sou o Luciano Seixas e começa agora mais um Café com a Presidenta Dilma. Bom dia, presidenta!

Presidenta: Bom dia, Luciano! E bom dia para você que nos acompanha aqui no Café hoje!

Apresentador: Presidenta, para não quebrar a rotina desse nosso encontro aqui toda segunda-feira no Café, estamos interrompendo o seu descanso de carnaval.

Presidenta: Ah, Luciano, é verdade, você está interrompendo, sim! Mas, mesmo assim, é um prazer imenso estar nessa segunda-feira de Carnaval aqui no rádio conversando com os nossos ouvintes e trocando uma ideia com você.

Apresentador: Presidenta, hoje, eu queria conversar com a senhora sobre um tema que preocupa muito a todos nós, que é a segurança no trânsito, ainda mais no Carnaval.

Presidenta: É verdade, Luciano. Essa questão da segurança no trânsito também me preocupa muito. Eu estou aqui na Bahia, mas tem muita gente pulando Carnaval pelo país afora nesta festa, que é uma das festas mais lindas do mundo. Eu tenho visto pela televisão a alegria dos foliões nos blocos de rua e lembro, perfeitamente, quando eu mesma fui nessas festas, nessas folias. Por isso, eu quero dizer para todo mundo que nós não podemos deixar que essa alegria, muito contagiante, dê lugar à tragédia e à tristeza. As pessoas devem aproveitar o Carnaval, brincar, mas, quando essas pessoas, brasileiros e brasileiras, estiverem no trânsito, tanto nas cidades e principalmente nas estradas, é muito importante que tenham cuidado e dirijam com segurança. Foi pensando nisso, na segurança de todo mundo, que nós mudamos a Lei Seca, que agora, a Lei Seca, sabe, Luciano, está muito mais rigorosa.

Apresentador: Então, explica para a gente essas mudanças na Lei Seca, presidenta.

Presidenta: Explico sim, Luciano. Com a nova Lei Seca, qualquer quantidade de álcool ingerida pelo motorista é considerada infração gravíssima. Veja bem, qualquer quantidade de álcool. Isso significa que quem for pego dirigindo depois de beber vai pagar uma multa de R$ 1.915,00 e ainda vai ter a Carteira de Motorista suspensa por um ano. Dependendo do nível alcoólico, Luciano, o motorista pode até ser preso. Às vezes, o motorista pensa que se beber apenas um chope, uma cerveja ou uma taça de vinho não tem problema, mas a gente sabe que tem, sim, Luciano. Quem bebe fica com os reflexos muito mais lentos, não consegue usar, por exemplo, os freios com a rapidez necessária e pode causar um acidente muito grave para ele, para a sua família e para outras pessoas. Para você ter uma ideia, Luciano, de cada cinco acidentes, estou falando cinco, nas estradas do nosso país, um é provocado por motorista que estava sob efeito do álcool. Por isso, é tolerância zero para quem misturar bebida com direção de automóvel ou direção de moto.

Apresentador: Muitos motoristas não aceitam fazer o teste do bafômetro, presidenta. E aí, como é que fica?

Presidenta: Olha, Luciano, eu quero alertar aos motoristas que isso também mudou. Com a nova Lei Seca, a polícia e os agentes de trânsito passaram a ter outras maneiras de comprovar se a pessoa bebeu antes de dirigir. Fotos, vídeos, o depoimento de testemunhas, tudo isso serve como prova e o motorista que apresentar sinais visíveis de embriaguez e se recusar a fazer o teste pode ser preso. Mas olha só, ninguém vai ser multado ou punido injustamente, afinal, o motorista sempre pode pedir ao policial ou ao agente de trânsito para fazer o teste do bafômetro e, assim, provar que não bebeu. Luciano, a redução da violência no trânsito depende de fiscalização, mas depende, principalmente, da conscientização dos nossos motoristas. Boa parte dos motoristas precisa mudar o comportamento no trânsito, dirigir com mais cautela, evitando também o excesso de velocidade, as ultrapassagens perigosas, a desobediência à sinalização. É por isso, Luciano, que nós lançamos o Pacto Nacional pela Redução de Acidentes, o Parada. O Parada é uma iniciativa do governo e de órgãos da sociedade civil organizada. Além da Federação Internacional de Automobilismo aqui no Brasil, nós temos uma grande liderança, que é o Emerson Fittipaldi. Também, a nossa querida atriz Cissa Guimarães participa disso, o Fiuk, a Paula Fernandes, o Marcelo Tas, entre outros. O nosso objetivo é justamente incentivar os brasileiros a mudar o comportamento no trânsito, não consumir álcool antes de dirigir, não dirigir em alta velocidade e não usar o celular enquanto está no volante.

Apresentador: Presidenta, a conversa está muito boa, mas, infelizmente, o nosso tempo hoje chegou ao fim.

Presidenta: Antes de terminar, Luciano, eu quero propor aos nossos foliões um pacto por um Carnaval seguro. Aproveite bem, divirta-se, curta o Carnaval, mas com cuidado e com responsabilidade! Quem beber, não dirija, pegue um ônibus, um táxi, um metrô, peça carona a um amigo que não bebeu ou até não viaje, adie a viagem! Mas não deixe nem a bebida e nem a imprudência estragar a sua festa e a sua vida. O Carnaval termina na Quarta-Feira de Cinzas, mas a vida de todo mundo continua. Então, eu quero desejar um ótimo Carnaval para todos vocês, ouvintes e, também, Luciano, para você. Até a semana que vem!

Apresentador: Obrigado, presidenta. E você que nos ouve pode acessar o Café com a Presidenta na internet, o endereço é www.cafe.ebc.com.br. Nós voltamos na próxima segunda-feira. Bom Carnaval e até lá!