29/04/2016 - Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe é tema do Brasil em Pauta
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antonio Nardi, foi o convidado do programa Brasil em Pauta desta sexta-feira (29), que foi ao ar das 8h às 8h30. Na pauta, a Campanha Nacional de Vacinação contra os Vírus da Influenza e a mobilização nacional para incentivar as meninas de 9 a 13 anos a se vacinarem contra o HPV. O programa, que tem a participação de radialistas de todo o País, é produzido e coordenado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e será transmitido, ao vivo, pela TV NBR e via satélite de rádio por meio do mesmo canal de A Voz do Brasil.
12/12/2016
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APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Olá, amigos de todo o Brasil. Começa agora mais uma edição do Brasil em Pauta, programa que tem a realização da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Eu sou Roberto Camargo e recebo hoje aqui, no estúdio, o secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Antônio Nardi.

SECRETÁRIO ANTÔNIO NARDI: Bom dia, bom dia a todo o Brasil. Nós é que agradecemos, é sempre um prazer poder estar aqui.

APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Este sábado é Dia D de vacinação contra a gripe, nós vamos tratar desse assunto e também da mobilização nacional para incentivar as meninas de 9 a 13 anos a se vacinarem contra o HPV. O secretário Antônio Nardi vai conversar com radialistas de todo país, neste programa que vai ao ar via satélite pelo mesmo canal de A Voz do Brasil e que também é transmitido pela TV NBR. Secretário, nós vamos começar o nosso giro pelo país pelo estado do Paraná, que já está aqui na linha, a Rádio Cultura AM de Foz do Iguaçu é que vai fazer a pergunta por meio da Cida Costa. Olá, Cida, muito bom dia.

REPÓRTER CIDA COSTA (Rádio Cultura AM/Foz do Iguaçu - PR): Bom dia, bom dia pra você, bom dia ao Secretário e a quem está nos ouvindo.

SECRETÁRIO ANTÔNIO NARDI: Bom dia, Cida.

REPÓRTER CIDA COSTA (Rádio Cultura AM/Foz do Iguaçu - PR): Secretário, a minha pergunta para o senhor é o seguinte: nós estamos aqui, em Foz do Iguaçu, no Paraná, fronteira com Ciudad del Leste, Paraguai, Puerto Iguazu, Argentina. E com três aeroportos internacionais, o número de pessoas que passam pela nossa fronteira aqui é muito grande vindo de outros países e, é claro, por terra também, isso não há de se negar. A minha pergunta para o senhor é o seguinte: qual é a preocupação do Governo com relação a estas cidades de fronteira, não só Foz do Iguaçu, como outras cidades também do país?

SECRETÁRIO ANTÔNIO NARDI: Na verdade, a fronteira, ela é extremamente preocupante, Cida. Mas deixando muito claro, nós temos a Anvisa e também a Secretaria de Vigilância em Saúde de Portos, Aeroportos e Fronteiras que faz todo este trabalho de fiscalização, especificamente com relação à campanha de vacinação da influenza, nós temos que deixar claro que cada país é responsável pela sua população, e o Brasil, a presidência da república, nos deu esta missão ao Ministério da Saúde, de que no público alvo Brasileiro, e nós sabemos que em Foz do Iguaçu, e aí por eu ser do Paraná, tenho um pleno conhecimento dessa região, aí com o prefeito Reni Pereira, todo o grupo de secretários que compõem e toda essa tríplice fronteira, mas deixando muito claro que nós temos esse trabalho, temos um GT aí na Itaipu, e nesse GT Itaipu, o secretário Samequi(F) tem feito esse trabalho de englobar também, encampando tanto a Argentina quanto o Paraguai em todos os problemas, não só na questão da vacinação da gripe, mas na entrada e saída de produtos, nos aeroportos, como você disse, são três aeroportos, além do trabalho geral dessa fiscalização, para garantir a sanidade, a questão sanitária inteira e esta é uma preocupação permanente da Secretaria de Vigilância em Saúde, em parceria com a Anvisa, mas especificamente com relação a vacinação, tanto da influenza, quanto da vacinação do HPV, nossa obrigação é vacinar a população de Foz do Iguaçu e aqueles que estão cadastrados dentro da tríplice fronteira de Brasiguaios, que ainda fazem a travessia da ponte e, dessa maneira, estão cadastrados em alguma unidade básica de saúde ou em alguma unidade básica de saúde da família em Foz do Iguaçu, com o seu cartão nacional de saúde e para isso as vacinas estão garantidas dentro do público alvo específico.

APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Cida Costa, mais uma pergunta ao secretário?

REPÓRTER CIDA COSTA (Rádio Cultura AM/Foz do Iguaçu - PR): Secretário, a cidade registra até agora, no levantamento da epidemiologia feito ontem, que na gripe nós estamos com oito casos, seis pessoas passaram por internamento e duas mortes, a grande preocupação do ano passado, da última vacinação, são as grávidas, existe ainda uma resistência que, pelo menos na cidade que a gente constatou no último boletim, essa resistência das grávidas, o que fazer para convencê-las, o senhor acha que agora mudou depois dessa situação que o mundo vive com relação à gripe, que avaliação dá para fazer?

SECRETÁRIO ANTÔNIO NARDI: Cida, primeiro, nós temos que colocar que esse ano, a grande preocupação de todos, e por isso talvez tenha gerado um pânico desnecessário, diga-se de passagem, da população, é de que nós tivemos um adiantamento deste processo que está acontecendo, por isso o volume ainda está fora da curva normal de atuação e de incidência da doença. Com o transcorrer de mais 40 a 50 dias, no máximo, nós estaremos entrando na mesma curva, no mesmo desenho epidemiológico do ano passado, o grande mote é de que este ano nós sempre estamos almejando começar a campanha amanhã dia 30 e terminar no dia 20, sem a necessidade de ficar empurrando com a barriga, como diz o dito popular, de prorrogar, prorrogar, prorrogar, para ver se as pessoas se despertam de que a vacina é eficiente, segura e eficaz, e principalmente no público onde ela está colocada e a gestante é um público necessário, a gestante, ela é vulnerável, ela tem uma baixa resistência, e tem um grande problema, como em 2013, mesmo na pandemia de 2009, onde houve um grande número de óbitos de gestantes, exatamente por isso que o grande problema... você está fazendo sua parte, a Rádio Cultura de Foz do Iguaçu está fazendo a sua parte de levar esta informação qualificada a todo público alvo, inclusive as gestantes em qualquer idade gestacional, mostrando exatamente a necessidade, ela não está só se protegendo, se ela não se ama, ela deve amar quem ela está carregando no ventre e dessa maneira vir se vacinar e estar absolutamente com as defesas prontas para o enfrentamento de qualquer doença que ela venha a ter.

APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Nós agradecemos a participação da Cida Costa da Rádio Cultura de Foz do Iguaçu. E do Paraná, nós vamos para Goiás, agora é a vez da Rádio 730 participar aqui do programa Brasil em Pauta, quem faz a pergunta é Cecília Barcelos. Bom dia, Cecília.

REPÓRTER CECÍLIA BARCELOS (Rádio 730 AM/Goiânia- GO): Bom dia, Roberto, bom dia, secretário, bom dia a todos. Goiás foi um dos 22 estados que optaram por antecipar a vacinação, por conta dos casos já registrados de gripe H1N1, com várias mortes, inclusive. O primeiro lote de vacinas enviado pelo Ministério da Saúde, foi de 57 mil doses aqui para Goiânia, especificamente, que não duraram nem quatro dias, né?! Agora um segundo lote deve chegar para que a campanha seja retomada na próxima segunda-feira, mas 16 mil doses apenas e a expectativa da secretaria municipal é que também não sejam suficientes nem para dois dias de vacinação, aqui não participaremos do Dia D, porque não há mais doses disponíveis. A preocupação da população em todo o estado de Goiás, é se nesse período de campanha, se toda população que engloba os grupos de risco será realmente vacinada ou se corre o risco de faltar doses da vacina para o estado de Goiás. E aí eu aproveito a oportunidade, secretário, para saber de que maneira foi feita essa logística pra antecipação das doses, para os estados que optaram também por antecipar a campanha de vacinação.

SECRETÁRIO ANTÔNIO NARDI: Perfeito, Cecília. Bom dia, bom dia a toda a população goiana. Nós temos sim, Cecília, aí você está falando acho que números específicos da capital Goiás, mas para o estado de Goiânia, foram encaminhados 1,433 milhões doses de vacina, e essa logística de distribuição no Sistema Único de Saúde, ela não é feita verticalmente, ela é feita pactuadamente, para isso sentamos à mesa, o Ministério, estados e municípios, todas as secretarias municipais através do Conasems e as secretarias municipais através do Conas, com o Ministério da Saúde e toda a nossa bancada, pactuando de que esta vacinação, este Dia D que estará ocorrendo amanhã, seria programado para sábado que vem, dia 7 de maio, nós conseguimos antecipar uma semana com uma logística extremamente pesada, o Governo Federal não hesitou em envidar todos os esforços para que o cidadão brasileiro dentro do público alvo recebesse a vacina antecipadamente e conseguimos receber o primeiro lote de vacina do Instituto Butantã no dia 30 de março. Dia 1º de abril, já estavam sendo encaminhadas, era uma sexta-feira, já estavam sendo encaminhadas para todo o Brasil, toda a logística de distribuição. É claro que para todos os estados vai um lote, Cecília, porém a maior dificuldade é chegar nos estados da região Norte do país, por isso para lá, nós pactuamos com estados e municípios, que 100% do efetivo das vacinas seria no primeiro lote de encaminhamento e para os demais estados, com uma logística de transporte aéreo ou mesmo de transportadoras, fica mais fácil, a vacina tem que ser carregada de uma maneira extremamente cuidadosa, fiquem seguros, todos os brasileiros que nos ouvem, porque o Programa Nacional de Imunização é reconhecido mundialmente, exatamente pela segurança do transporte, da conservação da refrigeração, da temperatura correta de toda essa logística e, portanto, para o estado de Goiás, estas doses serão absolutamente mais que suficientes para vacinar 100% do público alvo, isto é, todas as gestantes em qualquer idade gestacional, todas as crianças de seis meses a cinco anos incompletos, deixa eu fazer um reforço e aí aproveitando esse espaço, Cecília, quatro anos, onze meses e vinte e nove dias, as de cinco anos completos para cima não estão no público prioritário. Também a população carcerária e indígena, profissionais de saúde e todos os idosos de 60 anos acima e pacientes crônicos, com algum tipo de comorbidade. A nossa meta é atingir 80%, nós estamos encaminhando epidemiologicamente, por critérios epidemiológicos de sistemas de registro de informação nacional, desta maneira, 100%. Então, não tem perigo de faltar vacina. Quem adiantou a vacinação, nos estados que adiantaram e o secretário de estado, o Leonardo, fez este contato conosco, solicitando este adiantamento, nós combinamos com o Leonardo, com a Cecília, da Secretaria de Vigilância em Saúde Estadual, que iríamos autorizar o adiantamento, mas poderia, no sábado Dia D, onde o Ministério está fazendo uma mobilização nacional de conscientização, e usando esses espaços, como esse de hoje, que alguns municípios que já estão com alta cobertura, não tivessem as suas unidades abertas, não significa isso, Cecília, de que não tem vacina, não tem amanhã, porque ela já foi utilizada antecipadamente e mais de 60% da população do estado de Goiás, já está imunizada.

APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Nós agradecemos a participação da Cecília Barcelos da Rádio 730 AM, de Goiânia. E vamos agora para Minas Gerais, a Rádio Tropical de Lagoa da Prata, participa aqui do Programa Brasil em Pauta, que hoje recebe o secretário de vigilância em saúde Antônio Nardi. A pergunta quem faz é o Thiago Martins. Olá, Thiago, bom dia.

REPÓRTER THIAGO MARTINS (Rádio Tropical 790 AM/Lagoa da Prata - MG): Bom dia, bom dia a todos os ouvintes. Bom dia, Sr. Secretário Antônio Nardi, é uma honra para nós aqui de Minas Gerais poder participar com o senhor e tirar algumas dúvidas sobre a campanha da vacinação. Senhor Antônio, a gente sabe, eu tenho visto e vi inclusive na pauta, o público alvo da campanha são cerca de 50 milhões de pessoas, né, eu queria saber do senhor secretário a princípio o seguinte, nessa campanha contra o H1N1, se a vacinação é apenas para o grupo de risco ou se vai se estender também para toda população nacional?

SECRETÁRIO ANTÔNIO NARDI: Não, Thiago, isso está muito claro. O público alvo tem critérios epidemiológicos traçados, e lembrando que esta campanha, há cinco anos atrás, ela só era para idosos e gestantes, e nós tivemos um grande esforço do Governo Federal de investimentos prioritários nesta área para que conseguíssemos ampliar os públicos, porém ampliar os públicos numa campanha de vacinação nacional, pública, gratuita, você tem que usar critérios epidemiológicos para isso, quem são esse público? São aqueles que eu já relatei, principalmente os idosos de 60 anos acima, a população carcerária, a população com comorbidades, hipertensos, diabéticos, pacientes portadores de HIV ou alguma necessidade especial, também as nossas crianças de seis meses a cinco anos incompletos, todas as gestantes e as puérperas, isto é, mulheres que deram à luz a menos de 45 dias, por quê? Porque a menos de 45 dias, elas não estavam gestantes e não receberam a vacina durante esse período, e amamentando seu filho ao peito, o que é uma indicação nossa para a segurança à criança, ela transfere a imunidade aos bebês, por isso também iniciamos dos seis meses em diante somente. Para este público alvo tem vacina garantida, foram adquiridas 54 milhões de doses de vacina, Presidente Dilma investiu 780 milhões de reais nesta campanha de imunização contra a gripe no ano de 2016 e deixando muito claro, Thiago, de que não tem nenhum outro critério para nós incluirmos outro público, exatamente por isto, esta logística, não dizendo que não estamos tendo pressão de outras categorias para serem inclusas além dos profissionais de saúde, porém a categoria dos profissionais de saúde é as que estão mais expostas diretamente ao vírus H1N1, não é privilégio desta categoria estar recebendo a vacina e, sim, é uma maneira de segurança, uma medida de segurança do trabalho, lembrando que nós temos que pensar também na segurança do nosso trabalhador que presta seus serviços na nossa área, de que ele que vai manusear, ter o contato direto com o pacientes expostos, ele está muito mais exposto e vulnerável a contrair a doença. Não há, em hipótese alguma, qualquer possibilidade de se ampliar o público, até porque não há critérios epidemiológicos, mas também não tem imunobiológico suficiente para isso, mas se você fizer o cálculo, 54 milhões de doses significa um terço da população Brasileira toda estando sendo vacinada pelo Sistema Único de Saúde do Brasil.

APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Muito obrigado ao Tiago Martins, da Rádio Tropical de Lagoa de Prata, em Minas Gerais, pela participação aqui no programa, lembrando a você que o áudio dessa entrevista vai ser disponibilizado ainda hoje pela internet, anote aí o nosso endereço é www.servicos.ebc.com.br, e nós vamos agora para o estado de Santa Catarina. Quem vai fazer a pergunta, Secretário, é o João Paulo Messer, da Rádio Eldorado, de Criciúma. Olá, João Paulo, bom dia.

REPÓRTER JOÃO PAULO MESSER (Rádio Eldorado 507 AM 89.5 FM/Criciúma - SC): Olá, bom dia, Roberto. Bom dia, Secretário. Aqui, Rádio Eldorado, Criciúma, Santa Catarina. Me permita voltar à questão já abordada aqui, que é da logística. Aqui, em Santa Catarina, também a vacinação foi antecipada e já temos uma semana. E o tema do dia, aqui, hoje, é justamente o risco da falta de vacinas para os próximos dias. Lembrando em conta que nós temos um país de dimensão continental, Secretário, cada região com suas características, é verdade, pode ser necessário ter que rever esta questão de calendário, já que temos realidades diferentes em termos de clima, e hoje é um exemplo disso ou isso fica inviável, essa flexibilização do calendário em virtude do contágio, que independe de época, Secretário?

SECRETÁRIO ANTONIO NARDI: Não, João Paulo, bom dia. Para Santa Catarina, nós temos 1 milhão 875 mil doses de vacina disponibilizadas, e trabalhamos com o Cozenzi(F), com a Secretaria de Estado de Santa Catarina, exatamente nessa logística de distribuição, só para você ter uma noção, até hoje, nós já encaminhamos para o estado de Santa Catarina, três lotes de vacina. E hoje, dia 29/4, Santa Catarina está recebendo ou pelo menos saindo daqui, na logística aérea, mais 180 mil doses de vacina. Como Santa Catarina adiantou a sua vacinação, nós temos, João Paulo, alguns municípios que também já estão com altas coberturas, e não abrirão as suas unidades amanhã, significando que se essa vacina está saindo da nossa Cenadi, do nosso Centro Nacional de Distribuição do Rio de Janeiro, hoje, até segunda-feira, ela chega na Secretaria Estadual de Saúde, isto é muito claro para todo Brasil entender, o Ministério adquiri, conserva e distribui a vacina até as 26 secretarias estaduais de saúde do país. A logística de distribuição da Secretaria Estadual para todos os 5.570 municípios Brasileiros, ela é de responsabilidade exclusiva da Secretaria Estadual de Saúde, então, desta maneira, nessa logística, segunda ou no máximo terça, dia 03, todo o lote que está sendo colocado, hoje, em distribuição na Cenadi, que vai totalizar 7,425 milhões doses que estarão sendo distribuídas hoje, totalizando um total distribuído para o país de 38,082 milhões doses de vacina, até hoje, então da nossa meta de 54 milhões, hoje, nós já estamos entregando na secretarias estaduais 38 milhões, não vai faltar vacina para o público-alvo, o que pode é exatamente aquilo que nós dissemos, quem adiantou, e como, graças a Deus, este ano, nós estamos tendo uma grande procura da população, porque nos anos anteriores, pelo menos nos dois últimos anos, nós ficamos buscando, quase que intimando a população a vir se vacinar, tanto que, no ano passado, nós tivemos que prorrogar a campanha de vacinação, quase que até o mês de setembro, João Paulo, isso, graças a Deus, não vai acontecer este ano.

APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Nós agradecemos a participação de João Paulo, da Rádio Eldorado, de Criciúma, Santa Catarina. E continuamos no sul do país, Secretário, a pergunta agora vem do Rio Grande do Sul, a Rádio Cultura Riograndina, da cidade de Rio Grande, quem faz a pergunta é o José Augusto Valerão. Olá, José Augusto, muito bom dia.

REPÓRTER JOSÉ AUGUSTO (Rádio Cultura Riograndina 740 FM/Rio Grande - RS): Olá, bom dia, bom dia a você, bom dia também ao Secretário Antônio Nardi. É um prazer para nós da Rádio Cultura Riograndina participar aqui, do Brasil em pauta. Secretário, a pergunta é a seguinte: normalmente, a campanha é feita para um público alvo, um público alvo esse que são integrantes, pessoas a partir de 60 anos, crianças de 6 meses à menores de cinco anos, e trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, e assim por diante, a pergunta é: há algum estudo, ou há a possibilidade de universalizar a vacinação, disponibilizando para toda população Brasileira?

SECRETÁRIO ANTONIO NARDI: Bom dia, Zé Augusto e bom dia a toda população do Rio Grande do Sul, os gaúchos sejam saudados por nós, estamos aqui hoje, ontem o dia todo e hoje, também, inclusive daqui a pouco, no Palácio, onde a presidente Dilma prorroga ,por mais três anos a permanência dos médicos intercambistas e médicos estrangeiros, nas equipes Saúde da Família, atendendo aí um clamor dos prefeitos brasileiros e da população brasileira, e o Secretário Gabardo, nosso presidente do Conasi(F), Secretário Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul estará conosco, também, nesta solenidade. Mas esse é um trabalho, Zé Augusto, que tem sido discutido e como eu já respondi em perguntas anteriores. Os critérios utilizados para adoção e inclusão de públicos em vacinas nacionais independente da gripe, de HPV ou de outros imunobiológicos, que são distribuídos como Hepatite B, que hoje vai até os 49 anos, a vacina, as vacinas infantis e todas as outras vacinas, elas são utilizadas com todos os critérios epidemiológicos de altas incidências de maior mortalidade e maior taxa de internação, desta maneira, em hipótese alguma, primeiro a questão epidemiológica, não é a questão financeira e econômica isso tem que ficar muito claro para todo Brasil. Critérios epidemiológicos adotados pela Organização Mundial de Saúde, que é com quem nós somos regidos e temos o contato direto para este fim, mostram que é este o público que mais adoece, é este o público com maior susceptibilidade de contrair a doença, e com menor resistência orgânica, levando a maior internação e a maior taxa de mortalidade, tanto que está comprovado que, com a vacina, nós temos uma diminuição de 32 a 45% nas taxas de internação no país, e de 39 a 75% de redução nas mortes por H1N1 ou por Influenza. É isto o que leva o país, o Programa Nacional de Imunização a adotar uma campanha em alguns públicos ou estendê-la universalmente, como é o caso de outras vacinas, como a febre amarela, como a antitetânica, e outras vacinas que nós temos que tomar permanentemente ou a cada dez anos, ou uma vez somente, trazendo imunidade global. Não é o caso de nós estendermos a vacinação para todos os públicos universais na questão da gripe.

APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Muito obrigado ao José Augusto Valerão, da Rádio Cultura Rio Grandina. E vamos para o estado de Mato Grosso do Sul, quem participa aqui conosco é o Eduardo Palomita, que vai fazer a pergunta ao Secretário de Vigilância e Saúde, Antônio Nardi. O Eduardo é da Rádio Grande FM, de Dourados, Mato Grosso do Sul. Bom dia, Eduardo.

REPÓRTER EDUARDO PALOMITA (Rádio Grande FM/Dourados - MS): Bom dia, bom para você. Bom dia, para o Secretário Antônio Nardi. Secretário, nós sabemos que amanhã nós teremos aí em todo território nacional o Dia D, da vacinação, nós temos aqui um público excepcional, um público que merece uma atenção especial por parte das autoridades sanitárias, que é a comunidade indígena. Dentro do nosso município, nós temos uma reserva indígena muito grande e temos também pessoas acampadas e o frio deste ano começou muito forte, promete, e a procura pela vacina é muito grande. Existe uma estratégia especial, existe um atendimento especial para comunidade indígena e também para os trabalhadores sem-terra, acampados nesse Dia D, neste sábado de vacinação, Secretário?

SECRETÁRIO ANTONIO NARDI: Existe, e aí a gente quer agradecer a sua pergunta, até para anunciar que amanhã, nós promovemos a vacinação dos povos indígenas, e dentro disso com um trabalho, com a Opas nessa campanha, alcançando aí 44 países, e a cerimônia acontecerá aí em Aquidauana, no Mato Grosso do Sul, na Aldeia Ipegue e estará atingindo a toda população indígena. Nós estamos falando que a comemoração vai ser aí na Aldeia Ipegue, em Aquidauana, porém todas as aldeias, todos DISEIs estarão recebendo essa vacinação, e os povos indígenas terão a sua vacinação garantida, bem como a logística que as secretarias municipais de saúde de todo país, vão trazer para os acampados, para outros públicos que eles verem como vulneráveis e que poderão estar fazendo a vacinação.

APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Muito obrigado ao Eduardo Palomita, da Rádio Grande FM, de Dourados, Mato Grosso do Sul. Secretário, nosso tempo está terminando, mas eu vou pedir para o senhor comentar brevemente a mobilização para a vacinação de HPV, de meninas de nove a 12 anos.

SECRETÁRIO ANTONIO NARDI: Eu acredito que nós temos que deixar claro que o Governo Federal tem que receber um mérito extraordinário, nós incluímos a vacinação do HPV para nossas meninas, inicialmente de 11 a 13, já estendemos em dois anos da campanha, a vacinação para todas as meninas de 9 a 13 anos de idade, além de meninas e mulheres vivendo com HIV e Aids de 9 até 26 anos de idade. O HPV é a terceira causa de mortalidade nas nossas mulheres, em idade adulta, portanto, pais, mães e responsáveis, levem suas filhas às unidades básicas de saúde a vacinar, a partir deste ano, nós temos somente duas doses, recebendo a primeira dose, volte com sua filha dali seis meses na UBS, garanta a vida e a saúde da sua filha no futuro, enquanto mãe que será como você. Esta é a nossa meta e esperamos que todos, amanhã, se dirijam as unidades, recebam a vacina da gripe e da influenza e as nossas meninas, em todos os dias úteis, em horário de abertura das unidades básicas de saúde, de todo o Brasil, nas salas de vacina. A vacina está na rotina, não é uma campanha, portanto, aí não há necessidade de correr, mas quanto antes se vacinar, mais rapidamente estará imunizado.

APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Nós agradecemos a todos que participaram deste programa, lembrando mais uma vez que o áudio da entrevista vai ser disponibilizado, ainda hoje, em nossa página na internet, mais uma vez aí, o endereço para você www.servicos.ebc.com.br. Secretário Antônio Nardi, muito obrigado pela participação aqui no programa.

SECRETÁRIO ANTONIO NARDI: Nós é que agradecemos, e estamos, absolutamente, às ordens. Brasil, procure sua unidade de saúde, sua Secretária de Saúde, hoje, para saber se estará aberto ou não, pode não ter vacina na sua cidade, porque começou antes e desta maneira, só chegará novo lote de vacina a partir da próxima segunda-feira.

APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: E muito obrigado a você que esteve conosco, nos acompanhou pelo rádio e também pela TV e até o próximo Brasil em pauta.