25/09/2015 - O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antônio Nardi, foi o convidado do programa Brasil em Pauta dessa sexta-feira
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antônio Nardi, foi o convidado do programa Brasil em Pauta dessa sexta-feira (25), das 8h às 8h30. Na pauta, a mobilização nacional para incentivar pais e responsáveis a levarem suas filhas de 9 a 11 anos para tomar a segunda dose da vacina contra o HPV. O programa, que tem a participação de radialistas de todo o País, é produzido e coordenado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e será transmitido, ao vivo, pela TV NBR e via satélite de rádio por meio do mesmo canal de A Voz do Brasil.
12/12/2016
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APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Olá, amigos de todo Brasil, começa agora mais uma edição do Brasil em Pauta, programa que tem a realização da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Eu sou Roberto Camargo e recebo hoje, o secretário em Vigilância em Saúde, do ministério da Saúde, Antônio Nardi. Bom dia secretário, seja bem-vindo.



SECRETÁRIO ANTÔNIO NARDI: Bom dia Roberto, é um prazer poder estar aqui.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: E na pauta desse programa contra o papiloma vírus humano, o HPV. A partir deste mês, meninas de 9 a 11 anos que tomaram a primeira dose, devem retornar aos postos de vacinação para receber a segunda dose. O vírus HPV é uma das causas do câncer de colo do útero. O secretário vai conversar com radialistas de todo o Brasil neste programa que vai ao ar ao vivo, via satélite, pelo menos canal de A Voz do Brasil e que também é transmitido pela TV NBR. Secretário já está conosco aqui na linha, a rádio Educadora de Salvador na Bahia, quem vai fazer a pergunta ao senhor é Lise Lobo. Olá Lise, bom dia.



REPÓRTER LISE LOBO (Rádio Educadora 107,5 FM/Salvador- BA): Olá bom dia, e bom dia ao secretário. Olha só secretário eu gostaria de saber quais as expectativas para essa segunda fase da vacinação contra HPV, já que no ano passado os dados mostram que a vacinação nessa fase não alcançou aí a meta estipulada pelo ministério da Saúde.



SECRETÁRIO ANTÔNIO NARDI: Bom dia Lise bom dia a todos os baianos e, de fato, é uma preocupação, foi ótima a tua entrada porque a Bahia hoje, Lise, é o estado com menor a cobertura vacinal na primeira fase da doença, na primeira fase da vacinação. Então dessa maneira a nossa mobilização, o ministro Arthur Chioro junto com as presidências do conselho de secretários de estado e de secretários municipais, tem feito uma mobilização para fugirmos do setor saúde e deixarmos também o envolvimento do setor educação, porque estas meninas, elas estão principalmente na escola, nesse período escolar, nessa faixa etária. Lembrando-lhes, que este ano nós aumentamos a idade, porque no ano passado as meninas eram de 11 a 13 anos e este ano nós estendemos para nove a onze, portanto, todas as meninas que tomaram a primeira dose da vacina, devem voltar para receber a segunda dose, mas como a Presidente Dilma inseriu essa vacina permanente no calendário vacinal, a vacinação contra o HPV não se trata de uma campanha, e sim de uma vacina que está na rotina, todas aquelas que ainda não receberam nem a primeira dose, obrigatoriamente os pais e responsáveis devem trazê-las para vacinar em qualquer uma das salas de vacina dos 5.570 municípios do Brasil.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Lise, você gostaria de fazer mais alguma pergunta ao secretário Antônio Nardi?



REPÓRTER LISE LOBO (Rádio Educadora 107,5 FM/Salvador- BA): Sim, por favor. Secretário, eu também gostaria de saber se a incidência do vírus HPV é a mesma em todo país ou se existe diferença a depender da região. Ou seja, no caso aqui do Nordeste, este número corresponde a média nacional? O senhor teria esses dados?



SECRETÁRIO ANTÔNIO NARDI: Não, a questão da incidência da doença, ela não é setorizada por região Lise. Nós temos o levantamento do número de óbitos e da incidência da doença Brasil. Lembrando que o HPV, a estimativa deste ano, é nós termos aí um número bastante alto de óbitos, previsto pelo Inca e é exatamente por isso, para que as nossas mulheres na idade adulta não desenvolvam o HPV que nós inserimos a vacina contra o HPV, para que prevenir que as meninas de hoje, quando mulheres na idade adulta, não sejam ceifadas dos lares e desenvolvam a doença e acabem vindo a óbito.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Nós agradecemos a Lise Lobo, da rádio Educadora, de Salvador, pela participação no programa e da Bahia nós vamos para o Paraná, secretario, na rádio Banda B de Curitiba. Denise Mello está na linha aqui para fazer a pergunta ao senhor. Bom dia Denise.



REPÓRTER DENISE MELLO (Rádio Banda B/Curitiba - PR): Bom dia, bom dia secretário. Secretário, com relação a essa... a gente não sabe se atribui a esquecimento para as meninas tomarem a segunda dose da vacina HPV ou se também há muitos boatos. Muitos boatos aqui, a gente até falou aqui na rádio Banda B, algumas meninas disseram que passaram mal, e aí os pais ficaram temerosos, aqui a secretaria, o próprio ministério da Saúde atribui esse esquecimento, vamos dizer assim, ou essa, uma espécie de rejeição com relação a vacina?



SECRETÁRIO ANTÔNIO NARDI: Bom Denise, bom dia em primeiro lugar, bom dia aos curitibanos, o Paraná minha terra, né? Eu sou de Maringá. Então, a nossa terra tem feito um trabalho bem grande, mas, ainda sim, também com uma cobertura a quem daqui que normalmente o Paraná consegue mostrar. Mas como isso está sendo um problema nacional, Denise, nós temos que trabalhar da seguinte forma, a grande preocupação é de que antes a vacina era paga e aí quando é pago, se dá mais valor, se procura e se reivindica, a partir do momento que a Presidente e o ministro Arthur Chioro inseriram a vacina na rede como rotina, como eu disse na pergunta anterior, não se trata de uma campanha, mas de uma vacina que entrou na rotina das unidades básicas de saúde, no calendário nacional de vacinação. Desta maneira, o primeiro impacto do ano passado foi ver se não faltaria vacina, então todo mundo procurou correndo porque se faltasse, aí poderiam gerar críticas, reclamações e tudo mais. Não faltou vacina, como eu asseguro enquanto secretário de Vigilância em Saúde, não faltará vacina, nós adquirimos 11 milhões de doses de vacinas este ano, para fazermos a primeira e a segunda fase de todas as meninas que já tomaram e aquelas que ainda não tomara, Denise, poderão vir, em qualquer dia útil, em horário de atendimento de salas de vacina de qualquer município do Brasil receber a primeira dose e iniciar o esquema.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Nós agradecemos, aliás, Denise Mello, você tem mais alguma outra pergunta a fazer ao secretário?



REPÓRTER DENISE MELLO (Rádio Banda B/Curitiba - PR): Eu gostaria, também, até de aproveitar essa oportunidade, secretário, e de falar de uma outra questão que também chegou aqui na rádio em relação a essa vacina. Alguns pais chegaram a comentar o seguinte: Se eu falar da vacina para minha filha, ela vai começar a perguntar porquê, e eu não quero lidar com essa questão sobre sexo, é uma questão importante também para conscientizar a população, de que é preciso tomar vacina, secretário?



SECRETÁRIO ANTÔNIO NARDI: Com certeza absoluta. Incorretamente nós tivemos a veiculação nas redes sociais que tem dois pontos. A rede social tanto é extremamente positiva para receber e chegar informação rapidamente, como ela é nociva quando informações incorretas, errôneas e deturpadas chegam também a população, mas o que nós temos que colocar é exatamente isso, os pais ao conversarem com as suas filhas, eles não têm que tocar na questão sexual, e sim na questão da doença. O HPV é um vírus e que todas as meninas ou todas as mulheres e, mesmo homens, também podem desenvolver esta doença, quando iniciam a sua vida sexual ou quando têm contato com o vírus, e é exatamente por isso que se preconizou esta faixa etária, o ano passado de onze a treze anos e neste ano de nove a treze, para todas as nossas meninas. Desta maneira, é porque ainda não iniciaram a vida sexual, não tiveram contato com o vírus, e assim, quando na idade adulta, elas terão até 95% de chance e de garantia em não desenvolver a doença, que é o câncer de colo uterino.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Muito obrigado Denise Mello, da rádio Banda B, de Curitiba, e voltamos ao Nordeste, secretário, agora é a rádio Universitária FM de Natal, Rio Grande do Norte, quem faz a pergunta é Ana Clara Dantas. Olá Ana, bom dia.



REPÓRTER ANA CLARA DANTAS (Rádio Universitária FM/Natal - RN): Olá, bom dia Roberto, bom dia secretário. Secretário, eu queria que o senhor falasse qual a importância dessa conscientização dos familiares e qual é a meta do ministério da Saúde para essa segunda fase.



SECRETÁRIO ANTÔNIO NARDI: A conscientização dos familiares, Ana, dando um bom dia a toda a população do Rio Grande do Norte, e lembrando, também, que a nossa cobertura no Rio Grande do Norte, agora, estamos em 43,9%, é exatamente o fato de nós abrimos algumas discussões dentro da nossa casa. Hoje nós não podemos poupar que chegue a informação correta. Como eu exatamente falei, as redes sociais hoje, nós não podemos pensar, eu tenho filhos adolescentes e, desta maneira, eu tenho que conversar um diálogo franco, aberto sem nenhum tipo de demagogia e nem hipocrisia com os nossos filhos, nós temos que esclarecê-los, porque se nós não o esclarecemos corretamente as redes sociais, ou mesmo, muitas vezes a mídia, os sites, o Google e tudo mais, podem esclarecê-los e levar a informação incorreta. Temos que falar de sexo com os nossos filhos, de uso do preservativo de borracha, do uso de anticoncepcional, dos erros que são também problema da prevenção na gravidez da adolescência, nós temos que falar com clareza nos nossos filhos porque isso faz parte da nossa família, é nossa essência, então esclarecer os nossos filhos de que o papiloma vírus humanos, o HPV, hoje tem uma vacina que o previne, e que o ideal é que essas meninas recebam a vacina e aqueles pais com o maior poder aquisitivo, se puderem, aí sim terão que procurar clínicas particulares, mas levar inclusive seus filhos homens a vacinar, porque os homens também desenvolvem o HPV, é uma maneira de nós colocarmos hoje, no Brasil, o Inca, coloca que nós teremos em média 15 mil novos casos de HPV por ano, das quais, cinco mil desses 15 vem a óbito por diagnóstico tardio de câncer de colo cérvico uterino, de não fazer a partir dos 40 anos a coleta anual do exame de papanicolau, que é o exame preventivo de câncer de colo cérvico uterino, são esses diálogos em família, esses esclarecimentos de fato com propriedade, que nós temos que conversar e termos nossas famílias com vida e saúde saúde.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Ana Clara, o que mais você gostaria de perguntar ao nosso secretário Antônio Nardi.



REPÓRTER ANA CLARA DANTAS (Rádio Universitária FM/Natal - RN): Olá Roberto, só pra firmar, de qual nível de proteção que a vacina oferece.



SECRETÁRIO ANTÔNIO NARDI: Hoje a vacina do HPV tem um nível de proteção assegurado para aquelas meninas que ainda não tiveram contato com o papiloma vírus humano, portanto ainda não iniciaram a sua vida sexual, na casa acima de 90%, isto é extremamente alto, nós temos tido, a doutora Isabela Ballalai, que é a presidente da sociedade brasileira de imunização, fazendo um trabalho com as nossas crianças, com os nosso pediatras, com os nossos pais, exatamente esclarecendo que a vacina é segura, é eficiente, é eficaz e não existe vacina de baixa qualidade. A nossa vacina é uma vacina que foi feita, uma parceria de desenvolvimento produtivo através do instituto Butantã com a Merck Sharp and Dohme, que é uma empresa multinacional feita e produzida hoje através desta transferência de tecnologia com o instituto Butantã e que chega aos 5.570 municípios brasileiros, com qualidade, com eficiência, com refrigeração adequada, com segurança plena pra que as nossas meninas recebam a vacina e estejam imunizadas e seguras na fase adulta.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Nós agradecemos Ana Clara Dantas, da rádio Universitária FM, de Natal, pela sua participação aqui no programa. O programa Brasil em Pauta, que você está acompanhando, é uma realização da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Hoje o nosso convidado é o secretário de Vigilância em Saúde do ministério da Saúde, Antônio Nardi, e o tema tratado é a vacina contra o HPV. E agora nós vamos falar com a rádio 730 AM de Goiânia. A pergunta quem faz é Rubens Salomão. Olá Rubens, bom dia a você.



REPÓRTER RUBENS SALOMÃO (Rádio 730 AM/Goiânia - GO): Bom dia, bom dia secretário, prazer participar aqui do programa. Secretário, em relação a conscientização, o senhor falou a pouco sobre isso, mas não há muito preconceito para o público masculino também sobre HPV, também há possibilidade da prevenção pelo público masculino, ainda poucos homens e desde a adolescência também, não tem tanto acesso, não tem essa cultura que o público feminino tem mais desenvolvida de buscar o serviço de saúde, buscar a prevenção também, não é?



SECRETÁRIO ANTÔNIO NARDI: O grande problema Rubens, dando bom dia a você, a toda a população goiana, ontem estive aí em Goiás, na Conferência Estadual de Saúde, com os secretários, os delegados dessa conferência, a que encerra-se hoje e terá aí um grande número de propostas, 96 delegados que serão escolhidos para poderem vir aqui na Conferência Nacional de Saúde, convocada pela Presidente Dilma Rousseff para dezembro deste ano discutindo os rumos do Sistema Único de Saúde, mas você entrou num ponto extremamente positivo e de fato que deve ser debatido, Rubens. Os homens têm preconceito ou acham que são isentos de muitas coisas, por isso também no ministério da Saúde, nós instituímos e estabelecemos o programa saúde do homem, porque homem acha que não morre por HPV, homem acha que não morre por câncer de mama, homem acha que está isento livre de tudo quanto é doença, e aí quando chega nele, eles já estão absolutamente quase que em estado irreversível de cura. Por isso este debate aberto e franco com os nossos jovens adolescentes, porque normalmente estes adolescentes na flor da idade, na fase da efervescência dos hormônios, de fato também acham que não há necessidade de uso de camisinha, não há necessidade de tomar vacina ou porque eles vão ser os superhomens e que não vão morrer eles vão morrer e por isso os pais e as escolas devem esclarecer que o HPV também desenvolve em homem, homem também desenvolve câncer de mama, portanto deve fazer, homem mais na idade mais adulta, deve procurar a unidade, fazer seu toque retal, tirar o preconceito e evitar o câncer de próstata que ainda é uma das causas maiores de óbito nos homens, é exatamente isso, abrir esclarecimentos com propriedade, com qualidade, para convencer a todos os gêneros, os perigos das doenças.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Rubens Salomão, você tem mais alguma pergunta ao secretário Antônio Nardi?



REPÓRTER RUBENS SALOMÃO (Rádio 730 AM/Goiânia - GO): Tenho, é um esclarecimento, uma dúvida que se tem por aqui, não só aqui em Goiás, as mulheres fora dessa faixa etária que é o, fora do público alvo da vacinação pelo SUS, tem que buscar a vacinação, quem ainda não tem pela rede privada e o valor é bastante alto, aqui em Goiânia mais de 300 reais pela vacina, é isso? Elas têm que buscar na rede privada, tem que pagar? E se existe a possibilidade do governo talvez dar um incentivo para tentar subsidiário ou reduzir o preço dessa vacina na rede privada?



SECRETÁRIO ANTÔNIO NARDI: Nossa meta é de fato estar vacinando estas meninas nesta faixa etária, como eu disse, isso assegura a margem de segurança da vacina, com a eficiência e eficácia em meninas que ainda não iniciaram sua vida sexual, e a inclusão da faixa etária no ano passado, de onze a treze anos, e esse ano de nove a onze anos mais que todas entrando na rotina, podem iniciar seu esquema, lembrando que são três doses e não só duas, a primeira dose no início do esquema, a segunda dose seis meses após e a terceira doze daqui cinco anos, de fato, até daqui há cinco anos, como eu falei da parceria de desenvolvimento produtivo entre Instituto Butantan e a Merck Sharp and Dohme, nós poderemos ter também a redução do preço da vacina contra o HPV nas clínicas privadas, onde estas mulheres que ainda quiserem se vacinar, e eu conselho que se tiverem condições econômicas se vacinem, possam procurar, não há possibilidade nesse momento porque o Ministério da Saúde trabalha com estimativas da Organização Mundial de Saúde, mas também com uma equipe que faz levantamentos, Rubens, da faixa etária de maior incidência da doença, para que nós possamos prevenir e possamos conter a doença no maior grupo, na mesma faixa etária, no maior número de municípios possíveis e dessa forma podermos diminuir consideravelmente os indicadores de saúde, e exatamente não foi um achismo, foram grandes comissões, grandes pesquisadores que estudiosos na doença puderam chegar nesse número e nesta faixa etária para que a vacinação pública, gratuita e irrestrita chegue até todas as meninas da mesma faixa etária, independente da classe social em todo Brasil, receberem a vacina.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Agradecemos ao Rubens Salomão, da rádio 730 de Goiânia, pela participação aqui no programa Brasil em Pauta, lembrando a você que nos acompanha que o áudio dessa entrevista vai ser disponibilizado ainda hoje na internet, anote nosso endereço é www.servicos.ebc.com.br, e também o vídeo do programa, vai hoje mesmo para o nosso canal no Youtube, para assistir é só acessar youtube.com/tvnrb, agora nós temos a participação da rádio Amazonas de Manaus, quem vai fazer a pergunta é Patrick Motta, olá Patrick, muito bom dia!



REPÓRTER PATRICK MOTTA (Rádio Amazonas FM/Manaus - AM): Bom dia a todos, muito obrigado, bom dia senhor secretário.



SECRETÁRIO ANTÔNIO NARDI: Bom dia Patrick.



REPÓRTER PATRICK MOTTA (Rádio Amazonas FM/Manaus - AM): Primeiro nossas sabemos como é importante essa vacina que previne o HPV, mas a gente nota que sempre alguns pais por algum motivo, secretário, deixam de levar suas filhas nas idades que tem que levar para fazer a vacinação, eu pergunto ao senhor, não está na hora das autoridades, de uma forma mais firme, mais dura, seja lá se for com multa alguma coisa assim, obrigarem esses pais a respeitarem esse direito dessas meninas que é ter o direito a vacinação, para que no futuro não tenham problema, e a outra pergunta que eu já faço é: Em áreas remotas, em áreas de difícil acesso, como muitos locais na Amazônia, em que o barco é a única forma de transporte e algumas viagens duram mais de dez, quinze dias, como é que o governo proporcionou essas vacinas para essas adolescentes?



SECRETÁRIO ANTÔNIO NARDI: Bom Patrick, em Manaus, em toda região norte do país, a começar eu vou começar pela segunda pergunta, nós tivemos as unidades fluviais que já estão sendo inauguradas, as unidades básicas de saúde fluviais, que com o ministro Arthur Chioro, nós estivemos em Manaus, e fomos, por exemplo, até Borba, fazer aí o lançamento desta unidade básica de saúde fluvial para que a população ribeirinha, e a população que esteja de fato com maior dificuldade de acesso pudesse ter, mas nós temos que lembrar que o Ministério da Saúde também financia não só unidades básicas de saúde fluviais, mas as ambulânchas, as voadeiras que tem levado vacina com qualidade como eu disse o investimento da rede de frios também, que o Ministério da Saúde e a minha secretário de vigilância de saúde fez e faz em todo Brasil, para que possa ter os freezers, as caixas térmicas, as câmaras frias, os centros de vacinação, com qualidade em todas as capitais, em todas as cidades de maior porte, e que possam assim, distribuir também para áreas remotas, e áreas de mais difícil acesso desta maneira que nós temos feito e pactuando junto com os secretários estaduais, e as secretarias municipais de saúde de cada município do Brasil, a forma de execução desta vacinação, como no caso do HPV que entrou na rotina e não se trata de uma campanha, então nós temos todos os dias úteis do ano, para chegar a uma população ribeirinha, e aplicar a primeira dose no ano que vem ou dali seis meses, retornar nessa população ribeirinha, levando a segunda dose da vacina, assegurando o esquema vacinal dessas meninas, no segundo ponto a questão da responsabilização dos pais, só aí isso depende de legislação e do próprio Congresso Nacional, eu acredito como pai que sou que quero o melhor para meus filhos, infelizmente os números das coberturas das campanhas de vacinações, ou das últimas campanhas de vacina, e não estão falando agora só na vacina contra o HPV, como dissemos em perguntas anteriores, dos outros colegas das rádios do Brasil todo que estão ligando aqui no programa, lembrar exatamente isso para o Brasil em Pauta, que se a vacina está disponível, se a vacina é gratuita, é segura, é eficiente e é eficaz, você ainda ter que fazer uma lei para obrigar que o pai traga o seu filho a vacinar, isso para mim é o absurdo, é o cúmulo, e é isso que a gente tem procurado discutir, pensar que nós encerramos agora no dia 30 de agosto, a campanha de vacinação contra, de multivacinação contra a paralisia infantil, e atingimos Brasil 94,4%, quando historicamente sempre ultrapassávamos 100%, porque ainda vacinávamos crianças de outros países que estavam no Brasil visitando o país e recebiam também a vacina, então isso é o que a gente ainda tem discutido, tem colocado, mas que é a conscientização e principalmente a responsabilidade e o amor de cada pai e mãe aos seus filhos que ainda eu espero que possamos atingir coberturas mais elevadas não só da vacina contra o HPV, mas de todas as outras demais 14 vacinas, que hoje compõe o calendário do programa nacional de imunização para atingirmos, não por cobertura, mas por segurança das nossas crianças.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Patrick Motta, gostaria de perguntar mais alguma coisa ao secretário Antônio Nardi?



REPÓRTER PATRICK MOTTA (Rádio Amazonas FM/Manaus - AM): A todos que fazem parte desse trabalho uma grandiosidade de coisas corretas, porque nós que estamos aqui na Amazônia, em locais afastados do Nordeste, nós acreditamos que realmente essa vacina é importante, mas gostaríamos que os pais tivessem mais respeito e também que elas chegassem nos locais mais longínquos, para que a população pudesse ter acesso, muito obrigado a todos, e um excelente dia.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Nós que agradecemos ao Patrick Motta, pela participação no programa Brasil em Pauta, um pouco na linha da pergunta do Patrick, eu gostaria de relacionar com a questão das condicionalidades do Programa Bolsa Família, essa questão da responsabilização dos pais, as famílias beneficiadas pelo programa têm que estar em dia com o calendário vacinal das crianças, isso inclui a vacinação do HPV ou é um tema a ser tratado?



SECRETÁRIO ANTÔNIO NARDI: Nos condicionantes do programa Bolsa Família pegam as crianças de menor faixa etária e não essas crianças, mas de fato eu acredito que nós possamos levar ao MDS, assim como levamos ao MDS algumas outras questões como o tratamento da tuberculose, em áreas endêmicas, em municípios de alta incidência de tuberculose, condicionando o recebimento do Bolsa Família ao tratamento concluído contra tuberculose, que também é oferecido gratuitamente e que as pessoas acham que está erradicada do país, e talvez isso seja uma das respostas, Roberto, de todas as perguntas e preocupações dos colegas que ligaram para Brasil em Pauta aqui agora no estúdio falando da questão de cobertura, de preconceito e de tudo isso, talvez, o que haja ou esteja havendo hoje é uma banalização de doenças, por quê? Porque o Brasil eu o SUS é efetivo, eficiente e eficaz, porque nossas vacinas contidas no calendário do programa nacional de imunização, elas estão garantidas e não faltam na rede pública de saúde, desta maneira não temos tido altos números de doenças desenvolvidas, e por não termos altos números, mas porque nossa cobertura está alta, e porque alguém se preocupou em levar vacina de qualidade e inserir o maior número de vacinas uma vez que nosso PMI é referência mundial na Organização Mundial de Saúde, é esses pais acham que a doença não vai existir aos moldes da dengue e de tantas outras doenças que as pessoas acabam descuidando-se e não conseguimos então estas coberturas possíveis gerais.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Secretário nós temos tempo para mais uma pergunta e ela vem de Teresina, Piauí, a Danielle Sá da rádio Verdes Campos, bom dia Danielle?



REPÓRTER DANIELLE SÁ FÁBIO BRYTO (Rádio Verdes Campos FM/Teresina - PI): Bom dia, bom dia secretário, bom dia ouvintes, eu gostaria de saber, a gente sabe que no Piauí, assim como no Nordeste tem aquelas cidades onde tem acesso difícil, como é que está sendo para poder esta campanha atingir estas cidades?



SECRETÁRIO ANTÔNIO NARDI: Nós, agradecendo sua ligação, Danielle, da mesma forma como a gente colocou, nós pactuamos com as secretarias municipais de saúde, para que as estratégias estejam chegando, ontem nós tivemos uma comissão Intergestora tripartite onde o secretário da capital estava inclusive presente junto com o Cosemes(F) desse estado, para que nós possamos fazer um esquema nas escolas e chegando, porque escola tem em todo lugar, unidade básica de saúde tem em todos os municípios, e a gente conseguir levar a vacina para que estas meninas estejam imunizadas e garantidas a sua condição de saúde.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Muito obrigado Danielle Sá da rádio Verdes Campos de Teresina, Piauí, pela participação no programa Brasil em Pauta, e com esta emissora nós encerramos esta edição, agradecendo a todos que participaram, lembrando mais uma vez que o áudio dessa entrevista vai ser disponibilizado ainda hoje na internet, mais uma vez o endereço é www.ebcservicos.ebc.com.br/tvn e a TV NBR reapresenta o Brasil em Pauta em horários alternativos durante a programação, você pode ainda ver ou rever o programa pela internet, ainda hoje ele vai estar disponível em nosso canal do Youtube, anote aí: youtube.com/tvnrb, secretário Antônio Nardi, muitíssimo obrigo pela sua participação aqui no Brasil em Pauta.



SECRETÁRIO ANTÔNIO NARDI: Nós que agradecemos, agradecemos a todos os ouvintes e aquelas rádios que aqui estiveram e estamos à disposição para tratar não só do tema HPV, como de tantos outros temas que o Ministério da Saúde do Brasil tem trabalhado com a saúde dos brasileiros.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: E agradecemos a todos que estiveram conosco pela rádio e pela TV e até a próxima edição do Brasil em Pauta.