APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Olá, amigos de todo o Brasil. Começa agora mais uma edição do Brasil em Pauta, o programa que tem a realização da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Eu sou o Roberto Camargo e recebo hoje o diretor-geral substituto da Polícia Rodoviária Federal, Marcelo Moreno. Bom dia, diretor. Seja bem-vindo ao programa.



SR. MARCELO MORENO: Bom dia, Roberto. Bom dia a todos os telespectadores da TV NBR e a todos os ouvintes das rádios associadas. É uma satisfação para a Polícia Rodoviária Federal poder participar do programa.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Muito obrigado. E na pauta desta edição, a operação Rodovida da Polícia Rodoviária Federal, que começa hoje com ações para prevenir e reduzir acidentes de trânsito nas rodovias durante os feriados de fim de ano, férias e carnaval. O diretor Marcelo Moreno vai conversar com radialistas de todo o país neste programa que vai ao ar, via satélite, pelo mesmo canal de a Voz do Brasil, e que também é transmitido pela TV NBR. Diretor, nós já estamos aqui com a Rádio Iguassu, na linha a rádio de Curitiba, cidade que o senhor conhece bem. Quem vai lhe fazer a pergunta é o Eduardo Kampa. Olá, Eduardo, muito bom dia a você.



REPÓRTER EDUARDO KAMPA (Rádio Iguassu AM 830/Curitiba - PR): Bom dia, Roberto Camargo. Bom dia, Marcelo Moreno, toda a grande Curitiba, estamos falando aqui para a capital e mais de 30 municípios nesse momento através da Rádio Iguaçu, operação Rodovida começa hoje. Na verdade, sempre ocorrem as operações, né, diretor? Agora o que é que vai ser... o que temos de novidade? Vai ter alguma alteração? Que parece que as pessoas ainda não estão tão conscientizadas, o que pode ser aprimorado nessa operação da Rodovida, diretor?



SR. MARCELO MORENO: Bom dia, Eduardo Kampa. A todos os ouvintes do estado do Paraná. De fato, nós estamos na quinta edição da operação Rodovida, uma operação que ela tem como diferencial a integração. São diversos Ministérios, né, diversos órgãos coordenados pela Casa Civil da Presidência da República, capitaneados no Ministério da Justiça pela Polícia Rodoviária Federal, e que buscam exatamente com base em planejamento, ações prévias, educativas de conscientização, alcançar a redução dos acidentes de maior gravidade.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Eduardo Kampa, mais uma pergunta que você gostaria de fazer ao diretor?



REPÓRTER EDUARDO KAMPA (Rádio Iguassu AM 830/Curitiba - PR): Sim, Roberto. Essa operação Rodovida, ela vai ter assim mais o intuito de orientar, de conscientizar ou vai visar também punir com mais severidade, diretor?



SR. MARCELO MORENO: É, ela de fato, por ser uma operação, existem várias ações integradas, mas neste momento de final do ano, por se tratar de uma operação, há ênfase em situações que conforme o mapeamento de pontos críticos em todo o país, trazem maior gravidade e acidentes fatais. Nesse sentido, a ultrapassagem indevida, alcoolemia, o excesso de velocidade, a questão do cinto de segurança, da fiscalização às motocicletas, são situações importantes, pois 4% dos acidentes são ocorridos decorrentes de ultrapassagem indevida, entretanto, representam mais de 30% das mortes no país.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Nós agradecemos à participação do Eduardo Kampa, da Rádio Iguassu de Curitiba, aqui no programa Brasil em Pauta. E do Paraná nós vamos para o estado do Rio de Janeiro, na capital a Rádio Tupi participa agora aqui do programa e quem faz a pergunta é a Monique. Olá, Monique, muito bom dia.



REPÓRTER MONIQUE (Rádio Tupi/Rio de Janeiro - RJ): Bom dia, Roberto. Bom dia, diretor Marcelo Moreno. Eu gostaria de saber qual a importância dessa operação, principalmente agora, final do ano, que as pessoas geralmente ficam um pouquinho mais alteradas e mais alegres. Qual é o alerta que essa operação passa, quer passar, quer transmitir para as pessoas?



SR. MARCELO MORENO: Bom dia, Monique, a todos os ouvintes no Rio de Janeiro. De fato, é um momento festivo, né? E o que a Polícia Rodoviária Federal e todos os órgãos envolvidos querem passar é que o importante é chegar ao seu destino, por isso é importante planejar a viagem, verificar a questão dos equipamentos obrigatórios, atentar para a sinalização. A Polícia Rodoviária Federal tem ao longo do ano feito um trabalho de conscientização, um trabalho de educação. Tecnologia tem sido colocada para facilitar e garantir segurança a todos os usuários das rodovias. E nós vamos dar ênfase exatamente nos pontos críticos, nos locais que nós sabemos, por dados estatísticos, que acontece em acidentes de maior gravidade, com a intenção de prevenir essas condutas.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Monique, mais alguma pergunta que você gostaria de fazer ao diretor da Polícia Rodoviária Federal?



REPÓRTER MONIQUE (Rádio Tupi/Rio de Janeiro - RJ): Sim, sim. Eu gostaria de saber qual será o número de efetivo, se vocês já têm esses balanços, se você já tem esse balanço, e quais são os equipamentos que vocês estarão usando durante esse período dessa operação.



SR. MARCELO MORENO: Bem, Monique, em que pesem os 100 pontos críticos onde terá mais ênfase e mobilização de efetivos da Polícia Rodoviária Federal, nós estaremos focados na operação com mais de dez mil policiais em todas as rodovias do país. Todos os postos e viaturas, né, estão equipados com o etilômetro, para o controle do uso do álcool, os equipamentos de fiscalização eletrônica, tanto da Polícia Rodoviária Federal quanto de outros órgãos, como nas rodovias concedidas à ANTT, nas rodovias do DNIT, os equipamentos também de controle de velocidade, e a fiscalização continuada vai ser dar por todo esse período.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Nós agradecemos a participação da Monique, da Rádio Tupi do Rio de Janeiro, no programa Brasil em Pauta, que hoje recebe o diretor-geral substituto da Polícia Rodoviária Federal, Marcelo Moreno. Ele está respondendo às perguntas de radialistas de todo o Brasil a respeito da operação Rodovida, da Polícia Rodoviária Federal, que começou, que começa nesta sexta-feira e se estende por todo este período de final do ano, férias e carnaval também. Diretor, o senhor comentou aqui a respeito dos pontos críticos. Como é que a Polícia Rodoviária Federal chega à definição desses pontos que merecem uma atenção especial nesta operação?



SR. MARCELO MORENO: Bem, Roberto, nós vínhamos desenvolvendo ao longo dos anos um trabalho, né, de controle estatístico, então, a Polícia Rodoviária Federal hoje, com todos os seus recursos, os seus sistemas de tecnologia, ela tem mapeado todos os acidentes nos últimos anos, as características desses acidentes e a partir dali, com esse diagnóstico, ela desenvolve ações direcionadas com base nas condutas que trazem maior letalidade. A missão da Polícia Rodoviária Federal é garantir segurança com cidadania e a nossa ênfase, no que diz respeito à segurança viária, são os acidentes com maior gravidade. Por isso, a análise estatística, ela nos proporciona a visualização dos 100 maiores pontos críticos e a atuação preventiva nesse aspecto, além disso, com a integração dos outros órgãos, propondo medidas, medidas de esforço legal, medidas de engenharia, medidas de sinalização, para que esses pontos deixem de gerar acidentes de maior gravidade.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: E sobre essa integração com outros órgãos, o senhor mencionou a questão da sinalização nas rodovias, há uma preocupação também em relação ao estado de conservação das rodovias? Como é que isso é previsto, é debatido durante o planejamento da operação? Qual é o órgão que tem uma responsabilidade maior nesse sentido?



SR. MARCELO MORENO: Com certeza. Há um diálogo muito grande tanto no âmbito das nossas superintendências, né, a Polícia Rodoviária Federal por essa capilaridade, ela está em diversos pontos das rodovias e tem uma integração muito forte com o DNIT, por exemplo, que é o órgão de engenharia rodoviária que tem seus programas, crema de melhoria, de regularização, sempre com o intuito de sinalizado pela Polícia Rodoviária Federal um ponto crítico de acidente, tem uma intervenção rápida para poder evitar maiores consequências.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Muito bom. Estamos entrevistando o diretor-geral substituto da Polícia Rodoviária Federal, Marcelo Moreno, o nosso convidado de hoje no programa Brasil em Pauta. Diretor, agora nós vamos para o estado da Bahia, a Rádio Sociedade de Salvador. Participa aqui do programa Brasil em Pauta, quem faz a pergunta é o Armando Mariani. Olá, Armando, bom dia.



REPÓRTER ARMANDO MARIANI (Rádio Sociedade/Salvador - BA): Bom dia, bom dia Marcelo Moreno. Essa operação simultânea em todo o Brasil, o Rodovida, equipamentos novos serão utilizados ou serão os mesmos das operações anteriores, Marcelo?



SR. MARCELO MORENO: Bem, bom dia, Armando. A Polícia Rodoviária Federal, ela tem conseguido nos últimos cinco anos, principalmente pela definição do pacto de enfrentamento à redução dos acidentes nas rodovias, um incremento tecnológico muito significativo. Muitas das vezes, não se visualiza esse investimento, mas principalmente na área de tecnologia da informação, os policiais rodoviários federais hoje têm em mãos recursos tecnológicos para o registro de acidentes, para as consultas dessas ocorrências, para otimizar a sua fiscalização. E, além disso, os equipamentos de radar, recentemente fizemos a aquisição para todos os postos do país de novos etilômetros, né, que estão em processo de chegada, e viaturas modernas com recursos tecnológicos. De fato, tem havido esse incremento e esse incremento tem propiciado também, tem contribuído significativamente para a melhoria dos resultados, Armando.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Armando, que mais você gostaria de perguntar ao diretor da Polícia Rodoviária Federal?



REPÓRTER ARMANDO MARIANI (Rádio Sociedade/Salvador - BA): Marcelo, no caso de um acidente, hoje e agora, com todos os equipamentos que você citou, no caso de um acidente aí grave, o acidentado tem condições de ser ocorrido no local ou são transportados para um hospital mais próximo?



SR. MARCELO MORENO: Bem, por isso, Armando, a importância dessa integração, né? Nós temos no Rodovida esforços do Ministério da Saúde, tanto na priorização dessa rede de acidente a esses tipos de traumas, quer dizer, há um direcionamento nesse período para que tenha um pronto-atendimento a essas ocorrências. O próprio Samu tem intensificado as suas ações nesse sentido, a polícia atua em cooperação no atendimento, na sinalização, na segurança da via, de forma preventiva e integrando com o Ministério da Saúde e com os outros órgãos para que a gente tenha sempre essa pronta resposta. Havendo condições, né, no local de dar o atendimento e a rede hospitalar já está preparada para esse recebimento, para minimizar o impacto. Haja vista que os estudos feitos pelo Ipea no âmbito das rodovias federais, em todo o país, que foi atualizado recentemente, mostram, contabilizam o custo social decorrente desses acidentes, desses traumas. Nós temos em torno de 23 mil, o impacto social para um acidente sem vítima, em torno de 60 mil... 90 mil, perdão, um acidente de feridos leves, mas para 646 mil o impacto social referente a acidentes com mortalidade no trânsito. Por todo esse aspecto, ações que impactam principalmente o poder público são adotadas visando diminuir os traumas e ter um pronto-atendimento nas questões ligadas a acidentes de trânsito.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Muito obrigado, Armando Mariani, da Rádio Sociedade de Salvador, Bahia, pela participação no programa Brasil em Pauta, que hoje recebe o diretor geral substituto da Polícia Rodoviária Federal, Marcelo Moreno. A pauta deste programa é a operação Rodovida, que a Polícia Rodoviária Federal inicia hoje, esta sexta-feira, para prevenir e reduzir acidentes de trânsito nas rodovias. E, da Bahia, Salvador, diretor, nós vamos agora para o estado de Santa Catarina. Nós vamos conversar aqui com o Luiz Carlos da rádio regional, de Florianópolis. Olá, Luiz Carlos, muito bom dia.



REPÓRTER LUIZ CARLOS (Rádio Regional/Florianópolis - SC): Olá, bom dia. Bom dia a todos, bom dia ao Marcelo Moreno. A minha pergunta, Marcelo, aqui em Santa Catarina, sobretudo aqui na região metropolitana de Florianópolis, temos um trecho altamente perigoso, que é a BR 101, nesse trecho da região metropolitana, onde ainda não foi construído o contorno da grande Florianópolis, e aqui a Polícia Rodoviária Federal tem muito trabalho porque há muitos acidentes, o risco é muito alto. O que a Polícia Rodoviária Federal tem para esta região aqui da grande Florianópolis, que é uma das mais perigosas do Brasil?



SR. MARCELO MORENO: Bom dia, Luiz Carlos e a todos os ouvintes no estado de Santa Catarina. De fato, Santa Catarina, Minas Gerais, Bahia, são estados que têm tido muita atenção da Polícia Rodoviária Federal, exatamente no estado de Santa Catarina nós temos hoje, entre os dez pontos críticos de maior acidentalidade em termos de gravidade, temos a BR 101, entre os quilômetros 200 e 210, no município de São José, e temos também em Palhoça, também na BR 101, entre o quilômetro 140 e 150. A Polícia Rodoviária Federal, exatamente por isso, vai direcionar a maior parte dos seus esforços, o estado de Santa Catarina são estados que normalmente vão receber reforços tanto da parte do interior do estado quanto de outras cidades próximas... próximas ao estado de Santa Catarina, para que nós possamos conter, diminuir os índices em Santa Catarina.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Luiz Carlos, mais alguma pergunta que você gostaria de fazer ao diretor?



REPÓRTER LUIZ CARLOS (Rádio Regional/Florianópolis - SC): Sim, Moreno. Santa Catarina, agora no verão, a partir desses dias agora, recebe a visita de muitos turistas argentinos, uruguaios, paraguaios. Eles atravessam a BR 101 ou a BR 282 e a gente acompanha como em outros verões, a morte de famílias em funções de acidentes. Nessas rodovias o que a Polícia Rodoviária Federal poderá fazer para alertar esses motoristas de outros países que vêm em busca de diversão, de férias aqui em Santa Catarina?

SR. MARCELO MORENO: É, de fato nós temos constatado, eu estive aí até a semana passada e já vi o movimento grande em Santa Catarina, a academia da Polícia Rodoviária Federal fica no estado e o movimento muito grande esse ano, principalmente de argentinos, Mercosul. E a polícia, nesse sentido, ela trabalha muito com a integração, né? Quer dizer, ela trabalha... nós temos pontos de monitoramento desses veículos, integração com a ANTT, a questão de transporte de passageiro e desde o acompanhamento da fronteira, agindo de forma preventiva e tentando coibir exatamente os abusos, orientando para trazer mais segurança nas nossas rodovias.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Nós agradecemos a participação do Luiz Carlos, da rádio regional, de Florianópolis, Santa Catarina, aqui no programa Brasil em Pauta, que tem a realização da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Lembrando a você que o áudio e também a transcrição desta entrevista, vão ser disponibilizados ainda hoje na nossa página na internet. Anote aí o endereço: é o www.servicos.ebc.com.br. Diretor Marcelo Moreno, nós vamos agora fazer aqui a nossa ligação com o Estado de Goiás. Quem vai conversar com o senhor é o Nilton Pereira, da rádio São Francisco de Anápolis. Olá, Nilton, bom dia.



REPÓRTER NILTON PEREIRA (Rádio São Francisco/Anápolis - GO): Bom dia para vocês todos. Bom dia ao Dr. Marcelo Moreno. Doutor, o questionamento aqui, nós estamos a 120 a 130 quilômetros de Brasília. E a BR 060, é a importante rodovia que liga Goiânia a Brasília, tem algumas melhorias, né, e está num estágio muito bom, mas há um gargalo que nós ressentimos aqui, o posto da Polícia Rodoviária Federal, que é obsoleto, é antigo, de várias décadas. E existe uma proposta ou pelo menos existiu uma proposta de se construir um novo posto aqui. A nossa pergunta é exatamente essa: essa proposta está de pé? Quando é que a Polícia Rodoviária Federal teria ou terá esse novo posto para o atendimento aqui dessa região?



SR. MARCELO MORENO: Bom dia, Nilton, a todos os ouvintes do Estado de Goiás. A Polícia Rodoviária Federal, como eu disse, principalmente nos últimos quatro anos, passou por uma... tem passado por uma reformulação muito grande no que diz respeito às suas unidades operacionais. Tanto em questão do espaço, da adequação do ambiente para a fiscalização quanto ao reposicionamento da localização em termos estratégicos. Nós temos, Nilton, e você deve ter acompanhado, o que estado de Goiás passou até o ano passado por reformas em praticamente todos os seus postos. Nós sabemos que tem alguns trechos que são rodovias concedidas, algumas situações particulares que a PRF então, trata com a ANTT, com as próprias concessionárias, e os investimentos têm sido feitos. A superintendência aí tem atuado muito em relação a projetos e certamente essa complementação das medidas, elas estão planejadas e devem acontecer o mais breve possível.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Nilton Pereira, da rádio São Francisco, de Anápolis, o que mais você gostaria de perguntar ao diretor Marcelo Moreno?



REPÓRTER NILTON PEREIRA (Rádio São Francisco/Anápolis - GO): Olha, apenas testemunhar sim o bom trabalho que a Polícia Rodoviária Federal faz aqui, não só na BR 060, mas também na BR 414, que inclusive terá agora parte duplicada aqui no trecho urbano de Anápolis e também na BR 153, que é a Belém/Brasília. Então, há essa expectativa exatamente por conta desse bom serviço e nós notamos, a comunidade inteira aqui, nota que o posto da Polícia Rodoviária, que já está hoje no perímetro urbano, ele é acanhado por conta da dimensão que alcançou a Polícia Rodoviária nacional. Essa é a colocação, Dr. Marcelo.



SR. MARCELO MORENO: Exatamente como foi dito, o foco nosso é esse. A polícia, ela quer ter sempre a maior mobilidade possível, né? Então, assim, dinamizar o patrulhamento, a mobilidade, a tecnologia embarcada em nossos veículos, facilitando aí percorrer todo o trecho, mas sabemos também da importância desse reposicionamento dos postos e Anápolis, que é uma cidade extremamente estratégica, a BR 060, o trecho urbano também, de extrema importância, como disse, o nosso superintendente, toda a regional, tem esse planejamento, já foram implementados aí mais de 90% dos postos com melhorias no estado de Goiás, e Anápolis consequentemente terá a implementação dessas mudanças.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Muito obrigado ao Nilton Pereira, da rádio São Francisco de Anápolis, pela participação aqui no programa. Diretor, o senhor mencionou o Estado de Minas Gerais, né, quando se referia à preocupação com pontos críticos, índices de acidentes. Nós vamos ter a oportunidade de falar aqui com o Vinícius Andrade, da Rádio América de Belo Horizonte. Olá, Vinícius, bom dia. Perdemos o contato neste momento com a Rádio América. Tentaremos retomar. Então, eu gostaria de trazer de volta a questão que foi apresentada pelo Armando, de Salvador, em relação a socorro às vítimas. Diretor, eu queria até colocar uma situação prática que pode ser enfrentada por qualquer um de nós, quem está nos ouvindo, quem está nos assistindo. Digamos que o cidadão, ele acaba presenciando um acidente e naquele desejo de prestar um socorro, de atender, ele pode até tomar uma atitude indevida que pode comprometer ainda mais a situação do acidentado. Então, qual deve ser a primeira atitude, qual deve ser o primeiro contato, o primeiro socorro que um motorista trafegando numa rodovia deve tomar diante de um acidente que ele presenciou?



SR. MARCELO MORENO: Muito bem observado, Roberto. De fato a rodovia oferece risco, né, pelo excesso de velocidade, pelas suas próprias características, e ao se deparar com um acidente, a própria Polícia Rodoviária Federal tem como conceito a primeira medida é sinalizar, quer dizer, a primeira medida é zelar pelo local, é evitar consequências maiores, porque muitas das vezes nós já identificamos, né, que de uma colisão às vezes de menor gravidade, uma situação indevida na condição de sinalização, de retirada, pode trazer maiores impactos e um acidente de maior repercussão. Além disso, a própria questão do ferido, né? As sequelas, os traumas, eles podem ser agravados caso tenha alguma medida de quem não tem exatamente o preparo e a condição para o resgate. A Polícia Rodoviária Federal tem um número, tri-digito, o nº 191, estamos como eu disse em todas as rodovias e podemos ser acionados e consequentemente o Samu, as outras unidades vão prontamente se deslocar para atender a essas ocorrências.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Então, se tiver que guardar um número, 191 é já um contato que vai dar início a esse atendimento?



SR. MARCELO MORENO: Exatamente, para que a gente possa agir com segurança e evitar maiores consequências.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Ótimo. E só para ficar claro, o senhor falou de sinalização, o senhor está se referindo ao triângulo, a qualquer outra alternativa que o motorista tenha?



SR. MARCELO MORENO: É.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Tem um distanciamento que se recomenda? Que muitas vezes a gente até presencia algumas situações em que o motorista é surpreendido por uma sinalização muito próxima ao acidente e acaba às vezes tendo dificuldade para desviar muitas vezes.



SR. MARCELO MORENO: É, eu sei que é difícil, mas às vezes é evitar mesmo a curiosidade, porque essa aglomeração, isso dificulta até o próprio acesso dos órgãos, né? Que tem que ali atuar. A sinalização, o próprio, eu digo, a própria Polícia Rodoviária Federal ao se deparar com o acidente, ela busca já pensar em evitar as consequências maiores em relação ao local, preservar o local, isolar. E fazer com que dentro do possível, às vezes não é, o trânsito vai ser contido e a medida que a situação vai sendo resolvida, permitir a fluidez dos demais, evitando aí outras consequências na rodovia.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Muito bom. Parece que restabelecemos o contato com a Rádio América de Belo Horizonte. Vinícius Andrade, você está nos ouvindo?



REPÓRTER VINICIUS ANDRADE (Rádio América/Belo Horizonte - MG): Agora sim. Tudo certo, bom dia.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Bom dia.



REPÓRTER VINICIUS ANDRADE (Rádio América/Belo Horizonte - MG): Marcelo, bom dia. Em Minas Gerais, quais são as principais atuações da Polícia Rodoviária Federal nessa operação especial?



SR. MARCELO MORENO: Bem, Vinícius, Minas... bom dia a todos os ouvintes do Estado de Minas Gerais. Minas é um estado emblemático para a Polícia Rodoviária Federal. A maior malha rodoviária federal que nós temos e certamente dispensa muita atenção, movimentação de efetivo até de outras localidades para o Estado de Minas Gerais. Dos dez pontos críticos, né, mapeados por nossa área de estatística, nós temos em Minas atualmente a BR 040, figurando entre os dez, no quilômetro 520 a 530 na região de contagem. Isso não faz com que nós deixemos de ter a atenção nos demais pontos, portanto, é sempre intensificada a fiscalização em Minas Gerais.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Vinícius Andrade, o que mais você gostaria de perguntar ao diretor Marcelo Moreno?



REPÓRTER VINICIUS ANDRADE (Rádio América/Belo Horizonte - MG): Eu gostaria de saber se na BR 381, que liga a Governador Valadares, Ipatinga, se tem alguma operação especial voltada para essa região específica.



SR. MARCELO MORENO: Com certeza. A Polícia Rodoviária Federal, ela tem ao longo com o país, mais de 150 delegacias e esses trechos que você cita, cada delegacia local estabeleceu um planejamento dedicado, né? Fortaleceu o efetivo e a BR 381 é uma área muito importante, nós certamente vamos atuar com intensidade e preocupado com ultrapassagem indevida, a questão da alcoolemia, o uso do cinto de segurança e excesso de velocidade.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Nós agradecemos a participação do Vinícius Andrade, da Rádio América de Belo Horizonte, aqui no programa Brasil em Pauta, que hoje recebe o diretor-geral substituto da Polícia Rodoviária Federal, Marcelo Moreno. Ele comenta com os ouvintes e telespectadores as ações da RodoVida, a operação da Polícia Rodoviária Federal para prevenir e também reduzir acidentes de trânsito nas rodovias neste período de fim de ano, férias e carnaval. Diretor, eu queria retomar aqui um outro ponto que já foi mencionado, que é a questão das motocicletas. Nós temos assistido, infelizmente, um crescimento do número de acidentes envolvendo motociclistas, até pelo fato de ter aumentado muito a frota desse tipo de veículo no país. Num primeiro momento a gente pensa nos acidentes de trânsito que ocorrem dentro das cidades, mas nas rodovias isso também é um problema que tem crescido, que tem preocupado ainda mais a Polícia Rodoviária Federal, a presença maior de motociclistas e o próprio comportamento do condutor?



SR. MARCELO MORENO: Certo, Roberto. O número de frota de motocicletas aumentou muito, principalmente na região Nordeste do país. Nós temos visto um número crescente de acidentes nas rodovias, com o uso da motocicleta. E a orientação que nós temos dado é, primeiro a questão do capacete, infelizmente nós ainda nos deparamos, principalmente na região Nordeste do país, com motociclistas sem a utilização do capacete. Atender para a utilização do farol, exatamente pela motocicleta ser um veículo de menor porte, ela tem que ser vista, né? Isso para todos os veículos, principalmente nas rodovias, a função da iluminação não é só para ver, enxergar melhor no período noturno, mas é também para ser visto. Então, principalmente as motocicletas, os faróis acesos. Ultrapassar somente pela esquerda, manter distância de seguimento, distância regulamentar entre os veículos, pois nós sabemos que o impacto num acidente com motocicleta, ele normalmente atinge aquilo que a Polícia Rodoviária Federal mais tende a preservar, que é a vida e a gravidade, a letalidade dessas ocorrências.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Perfeito. E como o senhor mencionou o Nordeste, nós vamos agora para Fortaleza, no Ceará. O contato é com a Rádio FM Dom Bosco, e quem faz a pergunta é Jocasta Pimentel. Olá, Jocasta, muito bom dia.



REPÓRTER JOCASTA PIMENTEL (Rádio FM Dom Bosco/Fortaleza - CE): Bom dia, Roberto. Bom dia, Marcelo. Há um diferencial da operação deste ano em comparação a que foi desenvolvida no ano passado?



SR. MARCELO MORENO: Bom dia, Jocasta. Bom dia a todos os ouvintes no estado do Ceará. Inclusive o nosso superintendente atual no Ceará, Stênio Pires, é um dos precursores desse trabalho de estatística e é exatamente esse o diferencial, Jocasta. Nós temos procurado constantemente, continuadamente atualizar os pontos críticos das rodovias, então, a polícia foca no âmbito de todo o país, em 100 pontos críticos, mas eles se modificam, se alteram. E a integração, né? O que se busca é a quinta edição da operação RodoVida, como eu disse são vários órgãos envolvidos no estado do Ceará, a integração com órgãos municipais de trânsito, com as polícias estaduais, das rodovias estaduais, e o diferencial é que a cada ano nós temos conseguido, além de reduzir, fortalecer ainda mais essa integração.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Nós agradecemos a participação da Rádio FM Dom Bosco, agradecemos a Jocasta Pimentel, que fez a pergunta aqui ao diretor. E com esta emissora nós vamos partindo para o encerramento do programa de hoje, agradecendo a todos pela participação. Lembro mais uma vez que o áudio e a transcrição desta entrevista vai ser disponibilizado ainda hoje na página da EBC Serviços na internet. O endereço é www.servicos.ebc.com.br. Diretor Marcelo Moreno, as recomendações finais da Polícia Rodoviária Federal para quem vai pegar a estrada.



SR. MARCELO MORENO: Bem, Roberto, como nós dissemos, a preocupação da Polícia Rodoviária Federal com a segurança de todos que vão viajar para momentos festivos, para as férias, para encontro das famílias. Então, a preocupação é que cheguem ao seu destino. Para que isso possa acontecer é importante sempre planejar a viagem, o roteiro, a questão do clima. Viajar descansado. Evitar ultrapassagens indevidas, né? Ter essa programação para que não precise se valer de excesso de velocidade, a polícia estará lá exatamente para acompanhar estas situações, mas precisa muito da consciência de cada motorista. A questão do trânsito impacta muito a nossa sociedade, o Brasil especialmente. E ela depende fundamentalmente não só do esforço legal, da integração das questões de engenharia, segurança no trânsito, mas da conduta, da postura. Temos trabalhado ao longo do ano com educação, com a conscientização e, então, os motoristas pensem, né, nesses valores, na vida humana, na segurança, na tranquilidade, não só de si, mas de todos que transitam em nosso país. Boas festas, né? E a Polícia Rodoviária Federal, por meio do 191 e de todo o seu efetivo integrado com todos os outros órgãos, estará à disposição para atender a sociedade.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Como o senhor mesmo disse aqui, o importante é chegar lá e chegar bem, não é?



SR. MARCELO MORENO: Exatamente.



APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Muito obrigado, diretor Marcelo Moreno. E obrigado a você que esteve conosco pela rádio e pela TV, e até o próximo Brasil em Pauta.