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08/12/2015 - Turismo nos Jogos Olímpicos é tema do Brasil em Pauta
O presidente da Embratur (Instituto Brasileiro do Turismo), Vinicius Lummertz, foi o convidado do programa Brasil em Pauta desta terça-feira (8), das 8h às 8h30. Na pauta, as oportunidades de negócios nos Jogos Olímpicos 2016 e o turismo como forma de aquecimento da economia.
12/12/2016
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16:59
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transcrição
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Olá, amigos de todo o Brasil. Começa, agora, mais uma edição do Brasil em Pauta, programa que tem a realização da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Eu sou o Roberto Camargo e recebo, hoje, aqui no estúdio, o presidente da Embratur, o Instituto Brasileiro de Turismo, Vinícius Lummertz. Bom dia, presidente Vinícius, seja bem-vindo ao programa. SR. VINÍCIUS LUMMERTZ: Bom dia a você e a todos os ouvintes. APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: E na pauta desta edição, as oportunidades de negócios nos Jogos Olímpicos 2016 e o turismo como forma de aquecimento da economia nacional. O presidente da Embratur, Vinícius Lummertz, vai conversar com radialistas de todo o país neste programa que vai ao ar via satélite pelo mesmo canal de a Voz do Brasil e que também é transmitido pela TV NBR. Presidente Vinícius já está no ar a Rádio Tupi do Rio de Janeiro e quem vai conversar com o senhor é o Cristiano Santos. Olá, Cristiano. Muito bom dia a você. REPÓRTER CRISTIANO SANTOS (Rádio Tupi/Rio de Janeiro - RJ): Olá, muito bom dia meu amigo, muito bom também ao presidente Vinícius. A gente começa com a pergunta... mediante a esse cenário político econômico que a gente vem vivendo. Eu gostaria de saber se há um programa específico para beneficiar o pequeno e microempreendedor durante os Jogos Olímpicos, presidente. SR. VINÍCIUS LUMMERTZ: Bom dia, Cristiano. Nós temos tido durante esse conjunto de grandes eventos uma participação muito importante de programas do Sebrae nessa direção. Eu mesmo fui diretor do Sebrae durante muitos anos, tanto do meu estado, lá em Santa Catarina, quanto do Sebrae nacional, e o Sebrae tem um programa específico para fornecedores. Ele trabalha a capacitação de fornecedores de micro e pequenas empresas para que elas possam, no regime de compras e de participação das compras governamentais e da integração das cadeias produtivas durante tanto a parte de construção de legado permanente quanto dos eventos em gerais, o Sebrae, ele constrói as oportunidades para os micro e pequenos empresários. E isso está alinhado com a estratégia do governo federal do governo estadual e do governo do município e a cargo do Sebrae Rio de Janeiro, porque o sistema Sebrae funciona em regime de unidades federativas. Mas é uma oportunidade importante para a micro e pequena empresa, em geral o turismo é uma grande oportunidade, são grandes oportunidades que se abrem para as micro e pequenas empresas, em 53 diferentes setores da economia. Então, o turismo sem dúvida nenhuma é a oportunidade nesse momento de crise que vai de alguma forma capitalizar o pequeno negócio. APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Cristiano, você gostaria de fazer mais uma pergunta ao presidente da Embratur? REPÓRTER CRISTIANO SANTOS (Rádio Tupi/Rio de Janeiro - RJ): Somente essa pergunta mesmo. Muito obrigado, um bom dia, presidente, bom dia a todos. SR. VINÍCIUS LUMMERTZ: Bom dia. APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Nós agradecemos também a participação do Cristiano Santos, da Rádio Tupi do Rio de Janeiro. E de lá nós vamos agora para Foz do Iguaçu, no Paraná. É a Rádio Cultura que faz o contato aqui conosco. Quem tem a pergunta aqui ao presidente da Embratur é a Cida Costa. Bom dia, Cida. REPÓRTER CIDA COSTA (Rádio Cultura AM/Foz do Iguaçu - PR): Bom dia, bom dia presidente. Bom dia a todos os ouvintes, colegas da mesa. Olha, a minha pergunta aqui de Foz do Iguaçu, do Paraná, é com relação ao que o Paraná pode ter em termos de economia, de geração de economia, e Foz do Iguaçu por ser realmente um dos pontos turísticos importantes do estado, nós temos aqui cataratas do gaúchoução, nós temos a Itaipu binacional e diversos outros pontos turístico, como passeios e compras no Paraguai e Argentina. Ministro, faz uma avaliação para a gente, o que Foz do Iguaçu pode ganhar com isso em termos também o Paraná? SR. VINÍCIUS LUMMERTZ: Bom, Foz do Iguaçu é o segundo maior destino do turismo internacional de lazer do Brasil. E vem se constituindo também num belo ponto de turismo de negócios com a nova hotelaria, a hotelaria de peso que ela está constituindo. A intenção do viajante para o Brasil durante a Copa do Mundo, ela é de ir para algumas cidades a mais, além daquelas cidades da Copa, e viajaram para 491 cidades. Isso vai ocorrer também durante as Olimpíadas e Foz do Iguaçu, fora do Rio de Janeiro, fora do Rio de Janeiro, eu diria aí com São Paulo, porque São Paulo também vai funcionar como parceiro do Rio por conta do suporte hoteleiro e por conta da ponte aérea que permite voos de 50 minutos, uma hora, Foz do Iguaçu será um destaque durante esse período, antes e depois dos Jogos Olímpicos. Nós, o Ministério, o ministro Henrique Alves e nós, da Embratur, trabalhamos para manter as compras em 300 dólares, era uma perda que ia acontecer a seis meses atrás, nós seguramos, porque achamos que é importante. E, agora, nós também liberamos os vistos para os Estados Unidos, através de uma portaria da presidente, nós, o Ministério da Justiça e o Ministério do Turismo e o Ministério das Relações Exteriores estão liberando ou isentando de vistos turistas que têm um grande, uma grande tendência de ir para Foz do Iguaçu, que são os norte-americanos, os americanos e os canadense, os australianos e principalmente os japoneses. Então, Foz vai ser muito beneficiada durante esse período, e Foz merece, porque vem fazendo um trabalho a nível da sociedade civil, das organizações institucionais da região aí, desde a Itaipu com a própria presença do presidente, o Piola, são pessoas que nós conhecemos, o prefeito Reni, todos têm um esforço, os fundos, as entidades são exemplares e hoje Foz se projeta, com uma lógica de planos diretores para o turismo, que estão entre aqueles que são... entre os mais importantes do mundo. Nós temos uma mudança em curso em Foz do Iguaçu na direção de uma condição superior de se criasse aí uma área especial de desenvolvimento turístico e nós vemos já essas coisas acontecendo. Mais voos para Foz, hoje vem do Peru, recentemente estivemos inaugurando um para Florianópolis. Foz realmente vai ser uma usina do turismo brasileiro por vocação natural e por vocação da sua comunidade. APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Cida Costa, o que mais você gostaria de perguntar ao presidente da Embratur? REPÓRTER CIDA COSTA (Rádio Cultura AM/Foz do Iguaçu - PR): Eu gostaria de perguntar, já que nós temos a estatística da própria Embratur aí, de que o público maior vindo do Paraguai, um grande público do Paraguai e também da Argentina. Existe uma preocupação também com relação a melhorar a infraestrutura aqui de atendimento ao turista pelas pontes, caso o movimento venha a acontecer nesse período também? SR. VINÍCIUS LUMMERTZ: Olha, nós estamos movimentando a temporada com uma campanha, a temporada que nós chamamos de verão, que é o verão olímpico, nós já estamos nesse momento com investimentos em promoção de turismo da Embratur em torno de 10 milhões de reais na Argentina e no Paraguai e no Uruguai, na Colômbia, no Peru e no Chile. São investimentos que estão agora ocorrendo em TV a cabo, placas, enfim, promoção inclusive em Assunção, em Buenos Aires, públicos que acabam também vindo visitar Foz do Iguaçu. As questões operacionais locais não são do encargo da Embratur, mas nós sempre que procurados, né, nós temos tido a condição de mediação, como tem sido nessas questões do parque do Iguaçu, os problemas terríveis que a comunidade que valoriza o parque do Iguaçu se ressente quando há problemas de caráter burocrático, como aconteceu nesse caso de ajudarmos a manter o nível das compras. Então, nós somos sempre parceiros. Mas existe, evidentemente, nas questões burocráticas, outros órgãos do nível federal, estadual e municipal que estão além, estão fora do controle da Embratur, que se dedica à promoção do turismo e da intermediação dos temas diretamente ligados ao turismo. Portanto, podemos ajudar desde que sejamos ativados. APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Nós agradecemos a participação da Cida Costa, da Rádio Cultura de Foz do Iguaçu aqui no programa Brasil em Pauta, que hoje recebe o presidente da Embratur, o Instituto Brasileiro de Turismo, Vinícius Lummertz. E nesse giro que fazemos pelo país, continuando na região Sul, presidente, nós vamos agora para o seu estado Natal, Santa Catarina. O senhor mencionou agora há pouco, né, o voo para Florianópolis. E é de Florianópolis que vem a pergunta do José Paganini, da Rádio Cultura AM de Santa Catarina. Olá, José Paganini. Bom dia a você. REPÓRTER JOSÉ PAGANINI (Cultura AM 1110/Florianópolis - SC): Muito bom dia, Roberto Camargo. Bom dia, presidente Vinícius. Bom dia a todos que sempre nos acompanham com o programa Brasil em Pauta. Presidente Vinícius, nos quase três anos aí frente ao Ministério do Turismo, liderando o processo de elaboração do plano de marketing nacional, o seu empenho que ajudou a transformar o setor aí nos principais vetores do desenvolvimento econômico brasileiro, também à frente da Secretaria de turismo, esporte e cultura aqui de Florianópolis, enfim, a frente do turismo também em Santa Catarina, nós perguntamos o seguinte, particularmente aqui para Florianópolis e para o nosso Estado de Santa Catarina, nessa expectativa, né, de todo o Brasil, Rio 2016: o que podemos esperar? Bom dia. SR. VINÍCIUS LUMMERTZ: Bom dia, Paganini. Obrigado pela suas carinhosas palavras como meu coestaduano e como, possivelmente, um 'Manezinho', se não natural, adotivo de Floripa. Muito obrigado pelas suas palavras. E te dizer que Florianópolis está num bom momento e vai estar bem no turismo agora por conta do novo câmbio. Nós podemos buscar mais turistas internacionais. O Brasil, durante esse ciclo de grandes eventos dos últimos anos, desde os Pan-americanos de 2007, Jogos Mundiais da Juventude, todos esses grandes eventos, Copa do Mundo, passando pela Copa das Confederações, o Brasil se aproveitou muito dos grandes eventos e as cidades foram visitadas. Durante a Copa do Mundo nós recebemos um número importante de visitantes e receberá durante as Olimpíadas. Agora é preciso um trabalho assíduo para além do momento olímpico. É preciso, e Florianópolis tem feito isso, o que vale ainda mais é a presença nas feiras, nos eventos, a presença contínua no turismo. Nós vamos ter um pico, mas o turismo, como qualquer comércio, você pode aproveitar o pico, mas você depois, antes, depois, tem que estar trabalhando duro. E Florianópolis tem feito isso. Santa Catarina teve uma campanha muito boa, uma das melhores campanhas, eu acho que empatado aí com a do Ceará, que está muito bonita em curso de divulgação do turismo, essa campanha, ela deu visibilidade a Santa Catarina e vai dar resultado agora no verão. Então, não há substituto para a comunicação. Se Santa Catarina quiser ter mais turistas no seu inverno, é preciso divulgar, é preciso ela fazer o que está fazendo e se puder fazer mais, né? E ela terá os resultados, eu vi uma pesquisa recente agora, recentemente, José Paganini, sobre a percepção do florianopolitano sobre o que é importante em Florianópolis. E para minha surpresa, as coisas mudaram por aí. O que aparece em primeiro lugar é o turismo e praias. E turismo e praias que não eram percebidos pela população como tão importantes para a cidade, passaram a ser. Uma cidade que era uma cidade de funcionários públicos, com uma noção de salário de fim de mês, cada vez mais se transforma numa cidade empreendedora, né? Então, essa é uma surpresa, é uma mudança e Florianópolis que, em 2012, que foi reconhecida pelo Ministério do Turismo como a classe empresarial de pequenas e microempresas mais empreendedores do Brasil. Então, eu acho que esse estímulo que Florianópolis está dando ao turismo vai reverter em benefício da própria cidade. APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Paganini, fique à vontade para dirigir mais uma pergunta ao presidente da Embratur. REPÓRTER JOSÉ PAGANINI (Cultura AM 1110/Florianópolis - SC): Obrigado, Roberto Camargo. Presidente Vinícius, como um bom catarinense, orgulho de ser catarinense, um bom 'Manezinho', acompanhando de perto os trabalhos aqui do nosso prefeito Nélson Souza Júnior, do nosso governador Colombo e também os trabalhos da nossa presidenta Dilma, nós temos acompanhado aí a Embratur, que defende publicamente a isenção do visto para turistas estrangeiros no ano olímpico, presidente Vinícius. SR. VINÍCIUS LUMMERTZ: Olha, nós trabalhamos duro nisso. Trabalhamos duro e tivemos uma vitória. O Ministério do Turismo e a Embratur. É uma vitória importante. Nós conseguimos para os 90 dias aí em torno das Olimpíadas retirar o visto para os norte-americanos, que são o segundo maior público de viajantes para o Brasil depois dos argentinos, que são o maior público, mas que gastam mais. Os americanos gastam um valor muito mais alto quando vêm ao Brasil. E viriam mais se nós tirássemos esse visto. E nós tiramos. Canadenses incluídos, australianos e japoneses. Isso vai melhorar o fluxo de turismo, principalmente porque existe a Olimpíada, mas não só, também porque existe um câmbio favorável que trará mais estrangeiros para o Brasil. A nossa preocupação nesse sentido é que se ampliem movimentos nessa direção, nós vimos recentemente uma reclamação da esposa do Bill Gates, que para vir ao Rio de Janeiro levou 12 semanas para tirar a vista. Que a burocracia é uma coisa antiga, é uma coisa do passado. Nós temos que encaminhar para a desburocratização e/ou para a automatização. Os argentinos já têm visto eletrônico, né? Houve problemas nessa formulação de visto eletrônico no Brasil na área tecnológica que nós precisamos solucionar. Mas uma vez solucionado, nós temos que caminhar em alta velocidade na direção da desburocratização, porque não só os turistas virão, como também com a sua vinda virão os investimentos destes países que começam a acompanhar o fluxo dos seus turistas. É evidente que quanto mais americanos estiverem vindo para o Brasil, mais os investidores americanos virão atrás deles para investir em hotéis, voos e em infraestrutura. Então, é um círculo virtuoso que se estabelece, Paganini, se nós acreditamos nele, porque o turismo é a maior indústria do mundo e ela é uma indústria que pode ajudar inclusive o desenvolvimento sustentável. O turismo, ele tem essa tendência e nós, em Florianópolis, nós precisamos e aí eu falo para a cidade, nós precisamos dessa consciência. O turismo pode ser o meio de ajudar a despoluir a lagoa da Conceição, pode ser o meio de viabilizar os parques naturas, pode ser o meio de nós conquistarmos um uso racional das baías, dos oceanos, e com isso gerar conscientização. Veja que o turismo de parques no Brasil tem seis milhões de visitantes, enquanto que nos Estados Unidos tem 280 milhões de visitantes. E, porém, o Brasil é a maior... é o país com maior potencial natural do planeta. É o primeiro em 140 países pelo Fórum econômico mundial. Então, veja o que nós temos para fazer em termos de parques natural. Aqui em Brasília, aí em Santa Catarina, mesmo em Florianópolis, metade do território da cidade é composto de reservas ambientais, mas não há esta estrutura de parques, é uma pequena exceção ali no Parque do Rio Vermelho, mas isso se repete em todo o país. É uma obtusidade ainda atrapalhando o entendimento de que parques naturais podem servir para a educação ambiental, podem servir para o desenvolvimento científico e podem servir para o desenvolvimento turístico, desde que tragam a iniciativa privada para a participação, isso é... importante quebrar essa amarra, porque o recurso público, ele vai cada vez mais estar concentrado na educação, na saúde e na segurança. E que precisam desesperadamente de recursos. Esses recursos precisam ser gerados no outro lado da economia, no lado privado, e onde há potencial, como nessas oportunidades, não há potencial apenas econômico e financeiro, há potencial também de conscientização e de mudança de valores, se nós quisermos que os nossos jovens sejam diferentes de nós, melhores do que nós, principalmente no quesito do consumo, do consumismo, que eles sejam... eu diria mais conscientes, é preciso que de a eles acesso a essas novas gerações e a esse contato, que se crie essa cultura de relacionamento com a natureza. Mas se os parques estão fechados, isso não acontecerá. Então, as crianças optarão pelo shopping e não pelo parque natural, porque o parque natural não é seguro, não tem atrativos ou não tem coisas para se fazer dentro daqueles limites impostos, evidentemente, pela carga de suporte do parque e assim por diante. Então, nós temos tudo à nossa frente para ser uma potência mundial do turismo. O Brasil caminha nessa direção. O turismo pode dar muito, fazer muito pelo Brasil. APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: E como o senhor mencionou, a participação da iniciativa privada, uma vez incentivada, é um estímulo também ao empreendedorismo, o que fortalece a economia nacional. SR. VINICIUS LUMMERTZ: Evidente, porque o pequeno e microempresário, eles estão... para o pequeno e microempresário o turismo é como se fosse uma injeção na veia, vai direto na veia, porque grandes e grandes empreendimentos de outros setores são muito concentradores. Tem cadeias produtivas com poucos setores. No turismo, até o guardador de carro, até o informal, né, mas tudo é uma cadeia de 52 ou 53 setores, obtém benefícios daí. E o investimento, ele é espalhado por todos esses segmentos diretos e indiretos, induzidos, que hoje no Brasil, na soma, nós estamos falando já de 8,8 milhões de empregos, nós estamos falando de uma economia, que é nove, mais de nove por cento da economia brasileira, que é representativa da maior economia do mundo, que é o turismo e que o Brasil está começando a desenvolver, mas que tem aí 50 anos à frente para garantir o futuro de duas gerações e aí sucessivamente porque realmente o Brasil é um potencial planetário nº 1. Eu não estou falando de nº 2 ou nº 3. Não, o Brasil é o nº 1. Nós temos o maior potencial para o turismo em todo o planeta. APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Sem dúvida. Então, nós agradecemos a participação do José Paganini, da Rádio Cultura de Florianópolis, Santa Catarina. Este é o programa Brasil em Pauta, que você acompanha hoje com o presidente da Embratur, Instituto Brasileiro de Turismo, Vinicius Lummertz. Este programa tem a realização da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. E, agora, nós vamos Brasil o Mato Grosso do Sul, presidente, nós vamos conversar com a Rádio Cultura 680 AM de Campo Grande. Quem fala com a gente é o Marcelo Nunes. Olá, Marcelo, bom dia. REPÓRTER ARTUR MÁRIO (Rádio Cultura 680 AM/Campo Grande - MS): Bom dia, Roberto. Aqui é Artur Mário. Marcelo, hoje está afastado por questões de saúde, mas de qualquer forma a Rádio Cultura e esse Pantanal Sul-mato-grossense espera ter uma expectativa muito grande, presidente Vinicius Lummertz, sobre a realização dos Jogos Olímpicos. E a pergunta nossa de Mato Grosso do Sul, aqui do Pantanal, de Bonito, enfim, claro que as oportunidades de negócios, os jogos, é o grande enfoque e o turismo como forma de aquecimento da economia. Mas a minha pergunta é por conta até de que na nossa trajetória de cronista esportivo, de jornalista esportivo, a gente cobriu muitos eventos no Brasil e também eventos internacionais. Os Jogos Olímpicos, digamos em 2012, a Rádio Cultura esteve presente, nós estivemos por lá, e o que fica na nossa, no nosso questionamento é que transformações sociais, além dos negócios, do impacto da economia, e dentro da transversalidade nas políticas públicas do governo brasileiro, as diversas esferas não, só a Embratur, mas os outros Ministérios, que transformações sociais poderemos ter com a realização dos jogos em função deste momento brasileiro que nós estamos vivendo? SR. VINICIUS LUMMERTZ: A sua pergunta, eu diria é no mínimo complexa, porque ela tem muitos nuances, né?! Ela guarda muita complexidade. Mas vamos tentar simplificar e dizer o seguinte: cinco bilhões de pessoas estarão assistindo o Brasil durante os Jogos Olímpicos, cinco bilhões de pessoas mediante 25 mil jornalistas, são 205 países. É o maior evento da humanidade. Então, a primeira e mais importante coisa que acontece, é o grau de maturidade que o Brasil vai demonstrar ao mundo, como demonstrou durante a Copa do Mundo, fazendo a Copa das copas, e eu sou testemunha porque eu representei o Brasil em vários eventos no mundo antes e depois, e esse reconhecimento, que nós fizemos uma Copa extraordinária, isso o mundo inteiro reconheceu e vai ser reconhecido nas Olimpíadas. E aqui não se trata de ufanismo, trata-se do que eu vi, que está sendo construído no Rio de Janeiro, na cidade do Rio de Janeiro, pelo prefeito Eduardo Paes, com o apoio do governador, com o apoio do Governo Federal, da Sociedade dos Empresários, só na barra estão sendo construídos, está sendo dobrado o número de hotéis do Rio de Janeiro, quer dizer, está sendo construída uma nova cidade turística. Os investimentos, em especial no Rio de Janeiro, que aconteceram pelo BRT, pelo VLT, pelo novo metrô, pelo porto maravilha e a participação da iniciativa privada. São um grande aprendizado de participação econômica e que vão transformar o Rio de Janeiro, ainda que o Rio de Janeiro tenha ainda muitas questões a serem resolvidas, mas transformar o Rio de Janeiro numa das cidades com maior investimento público no mundo e a transformam novamente, a colocam de volta no patamar de cidade turística mundial e portal desse imenso Brasil, cujas portas para voos diretos e conectividade se abrem em todas as partes do país. Então, tem um impacto. Houve um impacto no aumento da competitividade no turismo brasileiro de quase 30 posições. O Brasil subiu muito, subiu por quê? Houve a privatização dos aeroportos, concessões, porque o governo acordou para as concessões, para as privatizações, para a importância da iniciativa privada. Essa separação entre o público e o privado no Brasil, ela é danosa à construção do nosso país. Nós precisamos de uma relação transparente, de concessões e PPP's, porque esses recursos, eles estão disponíveis no Brasil. Agora as dificuldades de licenciamento, o inferno jurídico legal, essas coisas sacrificam a velocidade dos empreendimentos. Então, uma marina no Brasil leva 12 anos para ser muitas vezes construída, licenciada e tudo mais, na Califórnia, na Flórida, muitas vezes esse licenciamento é feito em 90 dias. Quer dizer, é feito pelo próprio governo, pelo próprio estado. Há um plano entre o público e o privado transparente em países que se desenvolveram, para fazer com que flua o investimento e que todos ganhem. Isso nós não aprendemos no Brasil a contento. Mas, houve uma evolução, tanto é que nós subimos tantas posições e somos o país mais competitivo hoje no turismo, e eu diria que foi graças aos grandes eventos que trouxeram essa conscientização e esse benefício econômico e social de geração de empregos e em caráter permanente e eficiência para a cadeia produtiva. Quem está aqui em Brasília sabe que a participação desse aeroporto aqui em Brasília, do novo aeroporto concessionado, modificou completamente as relações de Brasília com o resto do Brasil, que era o sonho de Dom Bosco, o sonho de Kubitscheck, que hoje tem um 'hub' aqui que desde segunda de manhã até domingo à noite está sempre lotado, com gente viajando de todo o lugar do Brasil. Então, tem uma transformação em curso. É uma transformação em curso que muitas vezes não se dá a observância no momento, mas esse protagonismo do Brasil para o mundo e para dentro do Brasil ocorre. O que nós precisamos fazer é acelerar essa direção, porque o problema do Brasil não é que o Brasil deixa de fazer as coisas, o problema do Brasil é que o Brasil demora para fazer as coisas, nós demoramos muito, nós precisamos ser mais rápidos nessas tomadas de conclusões. E a central aqui, a participação da economia privada, dentro de regras claras, que a comunidade possa observar, e que esse investimento possa fluir para dentro da economia do turismo. APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Sem dúvida. Muito obrigado ao Artur Mário, da Rádio Cultura AM de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, pela participação. E, agora, vamos para Pernambuco. Nós vamos ouvir o Jofre Melo, da rádio jornal, que vai fazer a pergunta. Olá, Jofre, bom dia a você. REPÓRTER JOFFRE MELO (Rádio Jornal AM e FM/Recife - PE): Bom dia, bom dia a todos que nos ouvem, em especial ao presidente que participa conosco hoje. Presidente, eu dei sorte aqui na escolha do tema, eu queria conversar com o senhor, que eu já vi que o senhor gosta de falar dessa questão da iniciativa privada. O que rege hoje é uma prática importantíssima aí para as economias. Então, tendo como exemplo a realização da Copa do Mundo e que nós tivemos aqui em Pernambuco uma das sedes, a gente percebeu e isso foi uma queixa do setor empresarial, assim, pouca participação do estado junto à iniciativa privada. Limitou-se a coisa com uma pequena participação na construção do estádio da Arena Pernambuco. E, lógico, o estado e o município participaram bem na questão de trabalhar com os taxistas, para receber os turistas, enfim, foram alguns programas interessantes. Para a realização da Olimpíada e que a gente tem aí bons lucros nisso daí, como é que vai ser a atração, como é que está sendo feita, aliás, pelo Governo Federal, essa atração, essa ligação com o setor privado efetivamente para que as obras andem mais rápido ou que a gente tenha uma imagem melhor ou facilite a realização desses jogos? SR. VINICIUS LUMMERTZ: Bom, eu só queria terminar uma informação que eu deixei de passar para reconhecer do Mário, na questão empresarial, é que Bonito aumentou 50% do seu turismo durante a Copa, e hoje nós estamos com 50 mil turistas. E bonito tem ganho prêmios internacionais e nós estamos trabalhando em parceria para fazer semanas ecológicas lá e, assim, eu reconheço a importância das pequenas e médias empresas, dos hotéis lá, no trabalho que foi feito em Bonito, como historicamente o turismo de Pernambuco e Recife tem tido uma importante parceria da iniciativa privada. Eu diria que nós precisamos de melhores condições, mais condições mais amigáveis para o empreendedor. Eu tenho um antigo aliado dessa luta, há pelo menos 25 anos, que é o atual presidente do Sebrae, o Guilherme Afif Domingos, né?! A questão do simples, do supersimples , de trazer o pequeno, de simplificar, de facilitar. Da sociedade reconhecer o papel empresarial, bater palmas para o pequeno e médio empresário, trazê-lo para o protagonismo. Facilitar as condições. Veja, Jofre, que eu disse aqui que o Brasil é o maior, é o país com maior potencial natural para o turismo entre 140 países. Mas ainda nós somos, e aí na cultura surpreendeu, na cultura por conta da Copa do Mundo, a divulgação, nós, e Recife está dentro desse quadro, com sua cultura, com sua dança, com seu centro histórico, nós subimos em cultura 15 posições e estamos em oitavo no planeta. Quer dizer, é muita coisa. Mas, quando nós olhamos para o outro lado da régua, em 140 países, o Brasil é o 137º país mais difícil para se empreender. Por conta de burocracia, e não só de burocracia inventada pelo governo estadual, federal e municipal. Mas, também, pela incerteza jurídica que permite no nível das Procuradorias, dos vários níveis, ou seja, é um burocratismo que nós herdamos lá desde Portugal, passando pelo Império, que ficou e, como dizia um grande amigo falecido há algum tempo, que valeria para esse tema, o ex-senador Luiz Henrique, meu governador de Santa Catarina, não é apenas matar o monstro, mas remover-lhe as entranhas. E a entranha aqui é o burocratismo na cabeça do brasileiro, porque burocracia é uma coisa boa quando ela serve para controlar, mas não é uma coisa boa quando ela serve para impedir. Então, os empresários vêm e são insensíveis ao investimento quando esses investimentos lhe dão o retorno, porque daí que ele paga os funcionários e os impostos. O empresário não é uma entidade benemerente, é uma entidade que tem interesse, mas esse interesse pode ser levado no interesse do público. E quando nós compreendemos isso, nós seremos uma social democracia moderna, né, que é o que nos falta. Sermos uma social democracia moderna. A decisão do país de ser um país moderno ainda não foi tomada. Ela foi tomada em pedaços, e eu acho que esses grandes eventos, como o turismo, nos ajudam a enxergar a diferença entre como os outros países fazem, como nós estamos evoluindo, como que nós estamos fazendo, e como nós podemos beneficiar o nosso país. Eu acho que o turismo, nós estamos acordando para ele, né, e o turismo nos ajuda a nosso acordarmos em com relação a outros problemas do Brasil, como, por exemplo, a burocracia. APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Sem dúvida. Então, nós agradecemos ao Jofre Melo, da Rádio Jornal, de Recife, Pernambuco, pela participação: e, com isso nós encerramos o programa de hoje, agradecendo a todos que participaram. Lembrando o que áudio dessa entrevista vai estar disponível ainda hoje na nossa página na internet. Anote o endereço: www.servicos.ebc.com.br. Esse é o Vinicius Lummertz, presidente da Embratur. Muito obrigado pela participação aqui no programa. SR. VINICIUS LUMMERTZ: Obrigado a vocês e a todos os jornalistas que nos acompanharam Brasil afora. Foi uma alegria poder compartilhar dessa preocupação e desse sonho do turismo desenvolvendo o nosso país. APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: E a todos que estiveram conosco, o nosso agradecimento também e até o próximo Brasil em Pauta.
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