APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Olá amigos de todo o Brasil, começa agora mais uma edição do Brasil em Pauta, programa que tem a realização da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Eu sou Roberto Camargo e recebo hoje, aqui no estúdio, o secretário de Gestão do Trabalho e de Educação na Saúde, do Ministério da Saúde, Heider Pinto. Bom dia secretário, seja bem-vindo ao programa.
SECRETÁRIO HEIDER PINTO: Bom dia, eu que agradeço o convite, é um prazer estar aqui.
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: E na pauta dessa edição, a oferta de mais três mil bolsas de residência médica do no país, além da criação do cadastro nacional de especialistas e da contratação de 880 professores de medicina. O secretário vai conversar com radialistas de todo o país, nesse programa que vai ao ar via satélite pelo mesmo canal de a Voz do Brasil, e que também é transmitido ao vivo pela TV NBR, a TV no Governo Federal. Secretário, já está na linha conosco aqui a rádio Itatiaia de Belo Horizonte, Minas Gerais. Quem vai fazer a pergunta ao senhor é o Alexandre Nascimento. Olá Alexandre, bom dia a você.
REPÓRTER ALEXANDRE NASCIMENTO (Rádio Itatiaia/Belo Horizonte - MG): Muito bom dia Roberto, muito bom dia também ao secretário. Eu queria saber se essas três mil novas bolsas de residência médica, queria saber se tem bolsa para Minas Gerais e como que os alunos podem ter acesso a essas bolsas de estudo?
SECRETÁRIO HEIDER PINTO: Está bom, Alexandre bom dia, meu conterrâneo, eu sou de Minas Gerais também. Alexandre, nessa etapa agora do programa, a gente tem chamado Mais Médicos Residência , que o Mais Médicos, ele prevê a universalização do acesso a residência médica, ou seja, para cada médico formado até 2018 terá que ter no início do 2019 um número de vagas da residência para todos esses médicos, de maneira que nenhum médico, caso queira, ele ficará sem vaga da residência, diferente da situação atual, não é? Esse edital, ele abre agora e nessa abertura os municípios, as instituições de ensino, as universidades, as secretarias de estado, as escolas de saúde pública, podem aderir ao edital. Então não tem, a princípio, a priori quantas vagas tem em Minas Gerais. Tem três mil vagas para todo o Brasil, tem a prioridade na medicina de família e comunidade e, também, um conjunto de outras especialidades. Então vai depender dos municípios do Governo do Estado, das instituições de sentencio de Minas Gerais fazerem a adesão e solicitarem os programas de residência médica.
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Alexandre Nascimento, mais alguma pergunta ao secretário Heider Pinto?
REPÓRTER ALEXANDRE NASCIMENTO (Rádio Itatiaia/Belo Horizonte - MG): Perguntando somente como as universidades, então, farão esse cadastro?
SECRETÁRIO HEIDER PINTO: Conforme o lançamento do edital que estará em todos os sites do Governo Federal e também do Ministério da Saúde, em especial no site, no portal do Mais Médicos, é só entrar no sistema, tem um sistema específico, que a maior parte das instituições já conhece esse sistema, porque nós já temos hoje no Brasil mais de 20 mil bolsas, depois do lançamento do programa Mais Médicos, a gente chega agora a quase oito mil bolsas depois de 2013. Então as instituições já conhecem, entram lá, fazem o cadastro, é tudo on?line no sistema, depois elas recebem uma visita da Comissão Nacional da Residência Médica para poder ver as condições dessa residência, e aí inicia no iniciou do ano que vem o programa já com as bolsas custeadas diretamente pelo Governo Federal.
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Nós agradecemos a participação de Alexandre Nascimento, da rádio Itatiaia, de Belo Horizonte. E de Minas Gerais, secretário, nós vamos agora para a Bahia, na rádio Juazeiro. A pergunta quem faz é Ramos Filho. Olá Ramos Filho, bom dia.
REPÓRTER RAMOS FILHO (Rádio Juazeiro 1190 AM/Juazeiro - BA): Bom dia Roberto, bom dia secretário Heider Pinto. Eu vou Ramos Filho e falo da rádio Juazeiro, aqui em Juazeiro na Bahia, já divisa com Petrolina, em Pernambuco. E nosso caso, secretário, é um pouco diferente porque não seria residência médica, Juazeiro foi um dos municípios contemplados com novos cursos de medicina no país, em parceria com instituições privadas, é uma ação para formar mais médicos no Brasil. Juazeiro, a instituição já foi selecionada, é a Universidade Estácio Sá que tem sua sede no Rio de Janeiro. O senhor poderia informar qual a previsão para que esses cursos entrem atividade, quando vai iniciar esse curso de medicina aqui em Juazeiro, que é aguardado com tanta expectativa?
SECRETÁRIO HEIDER PINTO: Está bom. Bom dia Ramos, prazer responder a sua pergunta. Na Bahia, Ramos, você deve saber disso, né? A gente tem um número de 470 vagas de graduação já autorizadas, a Bahia tem uma expansão muito interessante, e nós expansão de federais, a Federal do Oeste, a Federal do Sudoeste da Bahia, a Federal do Sul da Bahia, a Federal do Recôncavo baiano, então tem grande oferta de universidades federais na Bahia, e também os editais das universidades privadas. Nesse edital, o edital ele está ainda na fase de recurso, ele está concluindo, tão logo proclamado o resulto final desse edital, as instituições, elas têm no máximo 18 meses para poder implantar o curso, que significa fazer o vestibular e os estudante começarem a cursar, mas a expectativa é que a gente já tenha cursos ou no início do ano que vem ou no segundo semestre do ano que vem, a média das instituições vai ser isso, início do ano que vem e segundo semestre do ano que vem.
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Ramos Filho, o que mais você gostaria de perguntar ao secretário Heider Pinto?
REPÓRTER RAMOS FILHO (Rádio Juazeiro 1190 AM/Juazeiro - BA): Heider, e haverá a possibilidade de estudantes de baixa renda adentrarem nesse curso, já que se trata de uma instituição particular?
SECRETÁRIO HEIDER PINTO: Ramos, a quantidade de vagas eu não sei de cabeça te dizer, nós temos uma variação. A quantidade de vagas, ela é definida em função da rede de saúde, porque a gente tem que ter uma equipe de saúde da família para cada três estudantes, nós precisamos ter cinco leitos hospitalares para cada estudante. Então de acordo com a rede que o município de Juazeiro apresentou, incluindo os municípios da região, é que foi definida a quantidade de vagas para o município, para a instituição que venceu essa concorrência em Juazeiro. Em relação ao acesso, isso é uma questão muito importante, é fundamental a gente ampliar o acesso, democratizar o acesso ao ensino superior, em especial, em relação a medicina. Então um dos elementos que foram considerados na concorrência das universidades foi justamente algumas coisas chamadas contrapartidas. Então tem que aderir ao Fies, tem que aderir ao Prouni e a Universidade, além disso, apresentou proposta também de programa de auxílio estudantil e de bolsas próprias para estudantes. Então interessa a maior quantidade de estudantes, percentual de estudantes subsidiados para que a gente dê acesso à estudantes da região e de baixa renda.
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Está foi a participação da rádio Juazeiro, da Bahia, no programa Brasil em Pauta, hoje recebe o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Heider Pinto. Secretário, da Bahia nós viremos agora aqui para Goiás, mais perto aqui da gente, é a rádio CBN, de Goiânia. Quem faz a pergunta é Luiz Geraldo. Olá Luiz, bom dia.
REPÓRTER LUIZ GERALDO (Rádio CBN/Goiânia - GO): Olá Roberto, bom dia, bom dia secretário. Secretário, ontem ao lembrar os dois anos do programa Mais Médicos aqui no estado, os gestores locais apresentaram uma preocupação, que é com relação a continuidade do projeto. O senhor pode garantir a continuidade desse projeto?
SECRETÁRIO HEIDER PINTO: Com certeza, eu posso garantir porque ele está no ordenamento jurídico do Brasil, né? O Mais Médicos mais do que nunca, ele não é um projeto de governo, ele é um projeto, ele uma é política de Estado, né? Foi uma medida provisória editada pela presidenta Dilma em 2013, mas que foi convertido em lei em outubro de 2013. Então o projeto não tem tempo para acabar. Tem uma confusão muitas vezes, Luiz, que o pessoal faz, achando que o projeto vai terminar que é justamente o seguinte, é porque na lei diz que cada médico, ele pode receber uma concessão, uma autorização do Governo Federal para poder atuar no Brasil, mesmo que ele não tenha registro no Brasil, por três anos, prorrogável por mais três anos. Mas o que isso significa, Roberto? Significa que o médico que chega hoje, por exemplo, em 2015, ele pode ficar a até 2018 e prorrogado a 2021, um que chega em de 2020 pode ficar até 2023 ou 2026. O programa não tem prazo, as metas do programa são metas até 2026, que é justamente quando o eixo de expansão de vagas na graduação do programa pretende atingir 2.7 médicos por mil habitantes em 2026. Então no início do programa tínhamos no Brasil 1.8 médicos por mil habitantes, e com as últimas mudanças do programa em que a cada três mês há o chamamento de vagas, de médicos caso alguns médicos tenham saído do programa deu ainda mais estabilidade, mais segurança para os cidadãos, para os gestores municipais de que o programa e o Governo Federal sempre vai estar garantindo médicos naquelas vagas já autorizadas ao municípios.
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Luiz Geraldo, mais alguma pergunta ao secretário?
REPÓRTER LUIZ GERALDO (Rádio CBN/Goiânia - GO): Roberto e secretário, o senhor disse aí do projeto até 2026, né, o cronograma até 2026, aqui no estado nós temos 246 municípios, e hoje 163 são beneficiados com o projeto, há já previsão para crescimento desse número de municípios aqui que podem ser beneficiados com o programa Mais Médicos?
SECRETÁRIO HEIDER PINTO: Nós tivemos esse ano de 2015, nós tivemos uma expansão do programa, então teve a possibilidade de novos municípios aderirem ao programa e municípios que já tinham aderido ao programa tiveram a oportunidade de solicitar mais médicos. O critério do programa é sempre o seguinte, combina-se as necessidades da população com a oferta de atenção básica que os municípios já têm, porque aí nós temos que somar o Mais Médicos com todos os profissionais contratados, concursados pelos próprios municípios e a infraestrutura para receber esses profissionais. Então nessa combinação é que é definida a quantidade de vagas. Esse ano nós não teremos expansão de municípios, nem expansão de vagas das atuais, são 18.240, o que nós temos são editais de preenchimento casos alguns médicos tenham saído do programa, né? Agora estamos isso para 2016, ainda não tem uma definição, mas 2015 não tem expansão de municípios.
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Obrigado, Luís Geraldo, da Rádio CBN de Goiânia, pela participação aqui no programa, lembrando a você que nos acompanha, que o áudio desta entrevista vai estar disponível ainda hoje na internet, anote aí, o nosso endereço é: www.servicos.ebc.com.br. E agora nós vamos para o Estado do Pará, secretário, a rádio Clube de Marabá e quem faz a pergunta ao senhor é Zeca Moreno. Bom dia, Zeca.
REPÓRTER ZECA MORENO (Rádio Clube de Marabá/Marabá - PA): Bom dia Roberto. Bom dia, Secretário Heider Pinto, a gente começa... pede pra ele fazer um balanço, né, do Programa Mais Médicos, ao longo da sua criação aqui para a região Norte sobretudo aqui no Pará, onde nós temos aí alguns municípios com baixo IDH, que não tinha nem presença de médico, a presidente Dilma anuncia esse programa que visa garantir a formação de especialistas no país, quantas vagas serão destinadas para Norte e Nordeste, para corrigir esse déficit histórico de profissionais nessas regiões.
SECRETÁRIO HEIDER PINTO: Isso, em relação ao Pará, como você mesmo disse, né, Zeca?! A gente tem 134 municípios o que representa um número, Roberto, de 93 municípios, 93% dos municípios do Estado do Pará. São quase 800 médicos no Estado do Pará do programa atendendo aproximadamente aí 2,7 milhões de pessoas, além disso a gente tem uma expansão de vagas também, nós temos uma expansão de 116 vagas de graduação no Estado do Pará. E aí, Zeca, eu queria te chamar atenção no seguinte, a gente costuma dizer, né, desde que D. João fez a primeira faculdade de medicina do Brasil, lá na Bahia, em Salvador, e na sequencia fez a de São Paulo e do Rio de Janeiro, a partir daí nunca mais... a de São Paulo e do Rio de Janeiro não foi o D. João não, mas a partir daí nunca mais o Nordeste teve mais vagas de medicina do que o Sudeste e isso vê perdurando até 2013, agora com o Programa Mais Médicos, a gente com as vagas já autorizadas, não necessariamente criadas, as já autorizadas, a gente finalmente consegue chegar num equilíbrio, numa proporção semelhante entre as regiões Norte, Nordeste, Sul e Sudeste, faltando ainda um pouco o Centro-Oeste pra crescer as vagas. Então, nós tínhamos no lançam do programa 0.8 vagas de medicina por 10 mil habitantes e agora a meta do programa é chegar em 2017 com 1.34 vagas por 10 mil habitantes, então o programa não tem metas só de médicos por habitante, o programa também tem meta de vaga de medicina por habitante, para que cada Estado chegue em 2017 com 1.34 por 10 mil habitantes e chegue em 2026 com 2.7 médicos por 10 mil habitantes. Então, eu tenho a te dizer, Zeca, que a gente está corrigindo essa diferença, essa desigualdade histórica entre as regiões Centro-Sul do Brasil e as regiões Norte e Nordeste.
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Zeca Moreno o que mais você gostaria de perguntar ao Secretário?
REPÓRTER ZECA MORENO (Rádio Clube de Marabá/Marabá - PA): Secretário, o Programa Mais Médicos deu um salto em todo o país no atendimento à população mais carente, mas ainda, quando você procura o atendimento no SUS, nos postos de saúde, você só encontra o básico, né, o Governo tem pretensão de aumentar especialidade, para melhorar o atendimento dentário, né, faltam dentistas, um dermatologista, seria necessário criar um Mais Médicos, mais dentistas... nessa questão de especialidade, pode melhorar?
SECRETÁRIO HEIDER PINTO: Esse básico que você chamou, ele é amplo, eu quero reforçar a importância desse básico, esse modelo do que é básico no Brasil e que finalmente agora, com o aumento do investimento na atenção básica nos últimos quatro anos o orçamento aumentou em 100%, saiu de 9.7 bilhões em 2010 para o orçamento de 2014 que chegou em torno de 20 bilhões de reais, tem um investimento importante na realização de 25 mil obras na atenção básica, e agora também com o Mais Médicos, além de ter os 18 mil médicos no programa, a gente chega na cobertura de aproximadamente 135 milhões de brasileiros tendo essa atenção da família, aí vamos começar pela saúde bucal, de cada 10 equipes da saúde da família, nós temos aproximadamente seis equipes de saúde bucal então, inclusive a atenção básica à saúde bucal no Brasil é a maior de mundo, o modelo do que é a atenção básica, a exemplo do que tem no Canadá, na Inglaterra, na Austrália, na Espanha, Portugal, Cuba, esses modelos são modelos que eles podem responder 80% dos problemas que levam a pessoa ao médico. Eu, por exemplo, sou médico de família, né?! Uma unidade básica de saúde com estetoscópio, com pequenos equipamentos que eu poderia citar, mas que cabem na maletinha, aquela chamada maleta, que você não precisa do raio X, você não [...] e tal, você consegue resolver 80% dos problemas por isso que o Programa Mais Médicos tem reduzido as internações, porém, existe aqueles20% dos problemas, ou seja, em cada 10 atendimentos, dois atendimentos que você precisa encaminhar. Ontem a Presidenta Dilma, ela assinou o decreto que cria o Cadastro Nacional dos Especialistas, porque, Zeca, você não tem ideia, a gente não tem no mesmo lugar hoje no Brasil, informação sobre todos os especialistas formados., Conselho Federal de Medicina tem informação, Associação Médica Brasileira tem outra, o MEC tem outra, as universidades tem outra informação, a Comissão Nacional da Residência Médica tem outra, então esse decreto junta todas as informações, permite a gente saiba quais são os especialistas do Brasil, como eles foram formados, em que, onde estão atuando e até a carga horária de atuação dele, seja no setor público e setor privado e isso é a base da organização do Mais Especialidades. No anuncio de ontem, quando a gente falou das 3 mil bolsas de residência, 25% dessas bolsas são dirigidas às especialidades que o Brasil mais precisa. Então, eu quero só reforçar, Zeca, que é muito importante esse passo da atenção básica, esse básico responde por 80% dos programas de saúde, mas é fundamental o planejamento nos 20% restantes, e esse planejamento, pelos anúncios de ontem, ele começou a dar um passo muito importante para a agente, no curto prazo ter a quantidade de especialista que o Brasil precisa.
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Ou seja, primeiro uma radiografia desses profissionais e aí então um planejamento pra melhor distribuição, né, não é verdade?!
SECRETÁRIO HEIDER PINTO: Exatamente, as duas coisas ao mesmo tempo, a radiografia com cadastro, mas já o anúncio de três mil bolsas para dar condições a Universidade de formar esses especialistas.
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Tivemos aqui a participação da rádio Clube de Marabá no Brasil em Pauta, programa que tem a realização da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. E agora, secretário, nós vamos a Pernambuco, vamos falar com Paulo Barbosa da rádio Salgueiro FM. Olá, Paulo bom dia a você.
REPÓRTER PAULO BARBOSA (Rádio Salgueiro FM/Salgueiro - PE): Bom dia a você. Bom dia ao Secretário, nós estamos aqui a 510 quilômetros da capital pernambucana e no centro das obras importantes do Governo aqui na região Nordeste, transposição, Transnordestina, que no momento não estão assim tão avançadas, as obras estão um pouco paradas, mas vivemos aqui um momento de recebermos em nossa cidade, em nossa região aqui do Sertão, centrão de Pernambuco, muita gente, e isso aumentou evidentemente a procura por postos de saúde, e nos hospitais regionais da região. Nós tivemos aqui, ontem a informação de que há uma prioridade para a região Nordeste, no sentido de corrigir esse déficit que a gente sabe que existe e não é de hoje. Aqui para a nossa região, para o nosso Pernambuco, que diferença vai fazer que aqui fala em região Nordeste, né, mas para Pernambuco como é que isso vai ser priorizado Secretário?
SECRETÁRIO HEIDER PINTO: Bom dia, Paulo, prazer falar com você, Roberto eu estou aqui, né?! Falei: ah, falei com o cara de Minas, falei: Ah, sou mineiro e Pernambuco agora, eu fiz faculdade de medicina aí em Pernambuco, na Universidade Estadual de Pernambuco, nem morei na Bahia, então eu estou bem à vontade aqui no programa. Em Pernambuco nós temos a expansão de 197 vagas de graduação, isso é uma questão muito importante, né?! E a gente, nessa expansão de 197 vagas de graduação, isso é o que? São as metas de vagas já autorizadas para Pernambuco, além disso tem expansão em Pernambuco tanto da públicas como de privadas, por exemplo, a gente tem o campus da Universidade Federal de Pernambuco, que abriu em Caruaru, não é perto de Salgueiro, Caruaru é um pouco mais próximo de Recife, né, e são 973 médicos, um número parecido em Pernambuco, em termos de percentual de adesão que o Pará, Pará passou um pouco de 90%, Pernambuco a gente tem 85% dos municípios aderidos, 3, 3 milhões de pessoas. A prioridade no Nordeste, ela é uma evidência em todas as ações do Programa Mais Médicos, o Nordeste proporcionalmente ele tem mais obras de infraestrutura, construção de unidades, reforma, ampliação, o Nordeste ele tem uma proporção de médicos por habitante do Programa Mais Médicos maior do que as das regiões Sul e Sudeste, até porque um dos grandes critérios foram as áreas do semiárido, um dois grandes critérios foi a questão do percentual de população em extrema pobreza, infelizmente tem uma melhora significativa nos últimos anos, a condição socioeconômica da população nordestina, mas ainda o percentual de populações [...] em pobreza é maior do que das regiões Sul e Sudeste, né?! E além disso, na distribuição de vagas de residência, como bem o Paulo falou, nós temos justamente uma prioridade para a região Norte e Nordeste e Centro-Oeste, então a maior parte das vagas, ainda que a população da região Norte, Nordeste e Centro-Oeste seja menor que a soma da população da região Sudeste e Sul, a quantidade de vagas para essas três regiões é maior do que a da região Sul e Sudeste.
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Paulo Barbosa, mais alguma pergunta?
REPÓRTER PAULO BARBOSA (Rádio Salgueiro FM/Salgueiro - PE): Só para complementar um fato importante, a gente tem recebido denúncias aqui na rádio, é com relação a falta da comunicação entre médicos cubanos e bolivianos que atendem aqui na região, as pessoas terminam uma consulta e não sabem exatamente o que o médico falou, existe uma preocupação nesse sentido de facilitar esse entendimento entre médico que está aqui para servir, todo mundo entende, que verdade é importante, mas para que o paciente também possa sair satisfeito dos postos?
SECRETÁRIO HEIDER PINTO: Paulo, eu acho que você pegou um caso mais isolado, sabe por quê? Vou te dizer, tem uma pesquisa ampla feita com mais de 14 mil usuário que foi realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais e pelo Instituto de Política Econômica Social de Pernambuco, o Ipesp, e justamente em Pernambuco, e essa avaliação mostrou o seguinte, apenas 85, 87%, apenas não, 85, 87% das pessoas não relataram nenhuma dificuldade de comunicação, então o número que fica ai são 13% das pessoas que relataram alguma dificuldade de comunicação dessas pessoas, nós só temos 3% que avaliaram que a dificuldade de comunicação persistiu até o final da consulta, quando a gente comparou com o caso controle, a pesquisa é comparar com os médicos brasileiros fora do programa, os números foram parecidos, ainda que a quantidade de pessoas tenha sido menor do que 10%, foi em torno de 7% a dificuldade de comunicação, as que permaneceram ao final da consulta com dificuldade de comunicação também foi de 3%, qual a razão num caso? A razão num caso foi a língua, a razão no outro caso foi o vocabulário, o que nós temos percebido no programa é que os profissionais, portugueses, espanhóis, argentinos, cubanos, tem russo também no Programa Mais Médicos, são mais de 40 países, os profissionais têm feito um esforço para se fazer compreender e um esforço para ser entendido e isso tem solucionado o problema em 97% das situações, como a gente tem trabalho isso? A gente a supervisão de professores das universidades públicas brasileiras, e nessa supervisão você tem uma supervisão de orientação pedagógica em relação as questões do Sistema Único de Saúde, em relação as doenças no Brasil, mas você também tem orientação em relação a língua, eu considero que é uma questão muito importante, Paulo, mas eu quero sinalizar para você é que as pesquisas mostram que ela tem sido superada e hoje ela não é uma questão maio difícil na comunicação do Programa Mais Médicos do que na própria comunicação dos médicos brasileiros com os pacientes.
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Obrigado Paulo Barbosa pela participação no programa Brasil em Pauta, Paulo Barbosa da rádio Salgueiro de Pernambuco e nós vamos para agora São Paulo, nosso contato é com a rádio Capital AM, quem vai falar com o senhor, secretário é Sid Barboza, Bom dia Cid.
REPÓRTER CID BARBOZA (Rádio Capital AM/São Paulo - SP):Bom dia. Secretário, estão sendo anunciados três mil bolsas de residência médica em todo o país com prioridades para regiões mais carentes e 75% dessas vagas para formação de médicos especialistas em medicina geral de família e comunidade, essa bolsas estão imediatamente atreladas à prestação de serviços, dos bolsistas no Programa Mais Médicos? E eles já tem de imediato, assim que aderem, a definição de onde irão trabalhar?
SECRETÁRIO HEIDER PINTO: Cid, prazer responder sua pergunta, eu não posso de deixar de citar os números de São Paulo, que São Paulo pelo tamanho sempre tem números impressionantes, 2528 médicos em São Paulo, quem imaginava que São Paulo, até porque é um dos estados do Brasil, o mais rico, e um dos estados que tem a maior proporção de médico por habitante, mesmo assim São Paulo, os 385 municípios de São Paulo, solicitaram esses 2528 médicos, 60% dos municípios de São Paulo aderiram ao programa, são 8,7 milhões de pessoas, mais de meio bilhão de reais em obras do Estado de São Paulo, são 2500 obras e 780 vagas de graduação no Estado da São Paulo e eu digo mais, o Estado de São Paulo, comparado com Pernambuco que a gente acabou de falar, a proporção das vagas já autorizadas, de vagas previstas, proporção de vagas por 10 mil habitante ainda é menor, porque por mais que São Paulo tenha muitas vagas, São Paulo tem mais de 40 milhões de habitante, então é um Estado muito grande, a residência ela não mudou as regras em relação as regras atuais já da residência, nessas regras da residência o que a gente pode trazer pra você? As instituições de ensino, elas fazem as inscrições, mesmo que ela faça a inscrição, por exemplo, 75% de vagas de medicina geral de família e comunidade, é a mesma regra da residência, a residência necessariamente pela lei é um treinamento em serviço, ela é um médico, ele tem autorização, registro no Conselho Regional de Medicina para poder atuar, então ele vai estar atuando no serviço, agora naquela atuação ele passa por um processo de aprimoramento, então ele tem preceptores e etc. A atuação na residência já é uma atuação no serviço e no SUS, se ele está fazendo a residência, por exemplo, em pediatria ele está na unidade básica, no laboratório de pediatria e no hospital, na enfermaria de pediatria, se ele está fazendo dermatologia a mesma coisa, e se ele está fazendo a saúde da família, então necessariamente ele tem que estar fazendo as unidades básicas de saúde e nas urgências, cada município organiza de um certo modo, ele não é parte do Programa Mais Médicos, enquanto os médicos do programa, quando a gente fala que tem 18.240 médicos no programa, não estamos falando dos residentes, os residentes fazem parte desse escopo do programa Mais Médicos, ele tem outro tipo de atuação, mas eles também atendem a população na atenção básica e eles também cobrem a população, nós progressivamente vamos começar a mostrar que os médicos do Programa Mais Médicos que fazem especialização e que atuam nas unidades, cobrem uma determinada população e os médicos que fazem residência médica que tem uma característica diferente, estão em unidades que podem ser, algumas são iguais, outras são diferentes, mas que também cobrem uma população importante, a gente ainda não está divulgando esses números, mas é um número que vai crescer muito porque até 2018 nós precisaremos, pela lei, ter 18 mil residentes aproximadamente em medicina geral de família e comunidade, então um número, vai ser um número também que os residentes devem estar cuidando de mais de 40 milhões de pessoas em breve até 2018.
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Obrigado Cid Barboza, da rádio Capital de São Paulo, pela participação aqui no Brasil em Pauta, e agora temos a participação do Ceará, a rádio Educadora de Sobral, vai interagir com o ministro, Genaldo Azevedo, faz a pergunta, bom dia Genaldo.
REPÓRTER GENALDO AZEVEDO (Rádio Educadora 950 AM/Sobral - CE): Bom dia, bom dia a todos, uma perguntinha, nós estamos no Estado do Ceará e há uma precariedade muito grande de médicos em postos de saúde, eu quero perguntar o seguinte, o Brasil pode atingir, qual o número ideal que o Brasil vai atingir de médicos, ministro? É a nossa pergunta, a preocupação de todos nós na questão da saúde, dos médicos nos postos de saúde que é precária aqui no Estado do Ceará.
SECRETÁRIO HEIDER PINTO: Genaldo, prazer responder sua pergunta, vou falar pra você e pro Roberto não me chamar de Ministro não, se o ministro escutar isso meu nome sai no Diário Oficial amanhã, que ele vai achar... mas eu sou Secretário. Geraldo veja, só no Estado do Ceará, nós já temos 1480 médicos, são 172 municípios, 93%, Roberto, dos municípios do Ceará solicitaram médicos proporcionalmente, Genaldo, foi um dos Estados que mais solicitou médicos no Programa Mais Médicos, mas não são esses 1480 médicos que vão enfrentar o problema da proporção insuficiente de médicos por habitante no Estado do Ceará, a principal medida, a medida mais estruturante, é justamente a abertura de 110 vagas da graduação, tanto em universidades públicas, quanto em universidades privadas, autorizadas para o Estado do Ceará, além das bolsas do programa de residência médica, o nosso objetivo é atingir já em 2017 a proporção necessária, de vagas por 10 mil habitantes, eu tenho falado aqui que é 1,34 vagas de faculdade de medicina para cada 10 mil habitantes, com essa proporção, Genaldo, no Brasil como um todo, a gente chega em 2026 com 2.7 médicos por mil habitantes, eu não sei te dizer exatamente a conta do Ceará, se chega em 2024, em 2025, agora até 2026 ele chega nessa quantidade de médicos por habitantes.
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Muito obrigado, Genaldo Azevedo da rádio Educadora de Sobral no Ceará pela participação no programa Brasil em Pauta, e com essa emissora nós encerramos a edição de hoje, agradecendo a todos que participaram, lembrando que o áudio dessa entrevista vai estar disponível ainda hoje em nossa página da internet, www.servicos.ebc.com.br. E a TV NBR reapresenta o Brasil em Pauta em horários alternativos durante a programação, você pode ainda ver ou rever esta entrevista pelo nosso canal no youtube, youtube.com/tvnbr. Secretário Heider Pínto, muito obrigado pela participação tão boa aqui no programa Brasil em Pauta.
SECRETÁRIO HEIDER PINTO: Roberto, eu que agradeço e achei excelente a oportunidade de poder discutir com as rádios do Brasil inteiro, esclarecendo a população sobre um programa tão importante. Muito obrigado e conte sempre com a gente.
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: E a todos que estiveram conosco, nosso muito obrigado e até a próxima edição do Brasil em pauta.
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05/08/2015 - Brasil em Pauta detalhou oferta de mais três mil novas bolsas de residência médica
O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Heider Pinto, foi o convidado do programa Brasil em Pauta desta quarta-feira (5/8), das 8h às 8h30. Na pauta, a oferta de mais três mil bolsas de residência médica no país, além da criação do Cadastro Nacional de Especialistas e contratação de 880 professores de Medicina. O programa, que tem a participação de radialistas de todo país, é produzido e coordenado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e será transmitido, ao vivo, pela TV NBR e via satélite de rádio por meio do mesmo canal de A Voz do Brasil.
12/12/2016
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