31/05/2012 - A distribuição gratuita de medicamentos para asma foi o assunto do Bom dia Ministro
O Bom Dia Ministro entrevistou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha que detalhou a distribuição gratuita de medicamentos para asma. A partir do dia 04 de junho, o governo inicia a distribuição por meio do programa Saúde Não Tem Preço. Alexandra Padilha também falou sobre a ampliação de cirurgias eletivas, a Carta SUS e a redução da mortalidade materna.
12/12/2016
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APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Olá, amigos em todo o Brasil. Eu sou Kátia Sartório e começa agora mais uma edição do programa Bom Dia, Ministro. O programa tem a coordenação e a produção da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços. E hoje, aqui nos estúdios da EBC Serviços, o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Bom dia, Ministro. Seja bem-vindo. MINISTRO ALEXANDRE PADILHA: Bom dia, Kátia. Bom dia a todos os nossos ouvintes, a todas as redes que estão conectadas junto conosco. Hoje é um dia importante para a saúde, que é o Dia Mundial Sem Tabaco. Vamos poder falar, também, de vários temas da Saúde com cada um de vocês. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Com certeza, Ministro. Além do Dia Mundial Contra o Tabaco, o Ministro vai conversar com a gente sobre a redução da mortalidade materna, a distribuição de graça de remédios para a asma, o aumento das cirurgias eletivas e a Carta SUS. O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, já está aqui, no estúdio da EBC Serviços, pronto para conversar com âncoras de emissoras de rádio de todo o país que compõem essa rede do Bom Dia, Ministro. O programa é multimídia: estamos ao vivo no rádio e na televisão. Ministro, vamos à Blumenau, em Santa Catarina, conversar com a Kátia Regina, da Rádio Clube de Blumenau AM. Bom dia, Kátia. REPÓRTER KÁTIA REGINA (Rádio Clube de Blumenau AM / Blumenau - SC): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministro Alexandre Padilha. Blumenau, Santa Catarina, o Vale do Itajaí, Ministro, já registrou aqui... A minha pergunta é com relação à vacinação da Gripe A. Blumenau já registrou aqui, na nossa região, cerca de 90 casos confirmados, no Vale do Itajaí, da Gripe A. A pergunta que a população faz é: por que este ano o Ministério da Saúde não ampliou o grupo de risco da vacinação contra a Gripe A? É apenas para crianças, não é, de seis meses e menores de dois anos, gestantes, população indígena e pessoas acima de 60 anos. Ministro, a pergunta é o seguinte: por que é que então esta vacinação, a campanha da vacinação não foi para um grupo de risco maior, já que tivemos... Mais de 80% dos casos são de pessoas que não tomaram a vacina, que não estão inclusas na meta da campanha de vacinação do Ministério da Saúde. MINISTRO ALEXANDRE PADILHA: Bom dia, Kátia. Exatamente o grupo de risco recomendado não só pelo Ministério da Saúde, mas pela Organização Mundial de Saúde, para o qual está indicada a vacinação em massa como campanha de saúde pública, são as pessoas que têm mais de 60 anos de idade, as crianças de seis meses até dois anos de idade, todas as gestantes, independente do momento da gravidez, se esteja no começo da gravidez ou no final da gravidez, todas as gestantes devem ser vacinadas, e todos os profissionais de saúde, seja da área pública ou da área privada. Por que é que a Organização Mundial de Saúde recomenda esse setor como grupo de risco que está orientado a fazer a vacinação em massa, as campanhas públicas de vacinação? Porque são aqueles que têm o maior risco de evoluir ou para a doença grave ou para internação... Ou, inclusive, em algumas situações, para a morte. Quando nós decidimos, no ano passado, em 2011, vacinar esse grupo de risco, ampliar a vacinação do grupo de risco com esses setores, cumprindo aquilo que a OMS recomendava, nós reduzimos em 66% os óbitos e em 44% as internações e casos graves em relação à Gripe H1N1. Por isso que esse ano nós estamos mantendo a recomendação da OMS. Além da vacinação, uma outra decisão do Ministério da Saúde, em 2011, reduziu, também, óbitos e casos graves, que foi a maior distribuição de remédio de graça contra a Gripe H1N1, que é o chamado Oseltamivir, que as pessoas conhecem como Tamiflu. Esse remédio está em distribuição ampla na rede. Com a indicação de qualquer pessoa que tenha algum fator de risco e tenha os primeiros sinais de uma gripe, já deve tomar esse remédio. O resto da população só deve tomá-lo se tiver algum sinal de gripe moderada ou grave. Quando a gente vacina esse grupo, além de proteger as pessoas que têm maior risco de ser internado, de ter doença grave ou óbito, nós também cortamos uma cadeia de transmissão, porque, ao vacinar o idoso, ele não passa para o filho, não passa para o neto. Ao vacinar a gestante, ela se protege, protege o bebê, protege o conjunto da família. Então o Ministério da Saúde segue exatamente a recomendação da Organização Mundial de Saúde em relação a qual é o grupo que tem que ser vacinado. Eu quero chamar atenção da população de todo o estado de Santa Catarina que a vacina vai até o dia 1º de janeiro... É 1º de junho, desculpe, até sexta-feira, amanhã. Aí no estado de Santa Catarina já cumprimos a meta de vacinação: 85% da população... Da nossa meta, que era 80%, já chegamos a 85% da vacinação, já cumprimos a meta, mas as pessoas que fazem parte desse grupo podem procurar a unidade de saúde até o dia 1º de junho. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. Eu sou Kátia Sartório e estamos, hoje, com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele conversa com âncoras de emissoras de rádio de todo o país. Lembrando às emissoras que estamos na rede, no satélite, no mesmo canal de A Voz do Brasil. Ministro, vamos, agora, ao Rio de Janeiro, conversar com a Rádio Nacional do Rio, onde está Luiz Augusto Gollo. Bom dia, Luiz Augusto Gollo. REPÓRTER LUIZ AUGUSTO GOLLO (Rádio Nacional AM / Rio de Janeiro - RJ): Bom dia, Kátia Sartório. Bom dia, Ministro Alexandre Padilha. Antes de qualquer coisa, eu gostaria que o senhor comentasse a redução da mortalidade materna em 21%, porque aqui, no Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, e esse cenário não é diferente ou muito diferente do resto do país, o aborto está... O aborto mal feito está como terceira causa de morte de gestantes aqui no Rio de Janeiro, a mortalidade materna, como se diz. E, além, também, de uma subnotificação histórica desses casos. Eu gostaria que o senhor comentasse essa relação entre a legalização do aborto, a discussão da legalização do aborto, que foi razão, inclusive, de várias passeatas e manifestações nesse final de semana que passou, no país inteiro, e essa redução da mortalidade materna. O senhor vê relação entre essas coisas? MINISTRO ALEXANDRE PADILHA: O Ministério da Saúde mostrou claramente que a redução da mortalidade materna que nós tivemos no ano de 2011, comparado com 2010, ela mostra que é possível intensificar a curva de redução de óbitos entre as mulheres, mesmo sem qualquer tipo de mudança legal no nosso país. Ampliando o acesso aos serviços. Com as ações da Rede Cegonha, que nós começamos em 2011, o que nós conseguimos já de resultados? Primeiro, ampliar fortemente o acesso ao pré-natal. O primeiro passo para evitar um óbito materno é um pré-natal bem feito, com a gestante cumprindo todas as consultas. A gente podendo ofertar o conjunto dos exames gratuitos, mais perto de onde as pessoas vivem, de onde moram, na Unidade Básica de Saúde, durante o pré-natal. Pela primeira vez, mais de 1,7 milhão de mulheres, no ano de 2011, realizaram pelo menos sete ou mais consultas do pré-natal. Isso foi um aumento muito importante com relação ao período anterior. Isso levou à redução de 21% dos óbitos maternos no Brasil em 2011, comparado com 2010. Para vocês terem uma ideia da intensificação dessa redução, historicamente, nos últimos dez anos, a redução vinha variando de 5% a 7% ao ano. Uma outra medida que tem a ver com a Rede Cegonha, que ajudou com a redução, foi a expansão. O Ministério da Saúde passou um recurso específico para as maternidades de alto risco, para aquelas que atendem os casos mais graves, que precisam, às vezes, até de fazer cesárea, que precisa de uma UTI, para que melhorasse a qualidade do serviço, do atendimento, e estruturasse novos leitos, também. Inclusive, aí no estado do Rio de Janeiro, o governo do estado está para inaugurar, na parceria com o Ministério da Saúde, uma nova maternidade no município de Mesquita, que vai expandir os serviços de maternidade com qualidade para a Baixada Fluminense. O Rio de Janeiro, de 2011 para 2010, teve uma redução, inclusive, maior do que a média nacional; foi 27% de redução dos óbitos. Agora, isso não é só para comemorar. Isso é para mostrar que nós estamos no caminho correto com a Rede Cegonha e intensificar cada vez mais as ações, para reduzirmos ainda mais. Você tocou numa questão importante, que é fundamental orientar as mulheres, o que nós chamamos do planejamento reprodutivo, elas conhecerem todos os métodos anticoncepcionais que já estão à disposição nas unidades de saúde. Pela primeira vez, em 2011, reduziu o número de gravidez na adolescência, ou seja, uma curva que vinha crescendo ano a ano até 2010, e, em 2011, começou a cair. Isso tem a ver com orientar as mulheres sobre o melhor momento para ter a gravidez, o que a gente chama do planejamento reprodutivo, inclusive com os métodos anticoncepcionais. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. O nosso convidado de hoje, o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que conversa com âncoras de emissoras de rádio de todo o país. Ministro, vamos, agora, a Bom Jesus, no Rio Grande do Sul, falar com a Rádio Aparados da Serra AM, onde está Nilson Spagnoli. Bom dia, Nilson. NILSON SPAGNOLI (Rádio Aparados da Serra AM / Bom Jesus - RS): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministro. Ministro, a fila de espera por cirurgias ditas eletivas – apesar de um anúncio aí, que houve um aumento no número de atendimentos, superior a 60% –, ainda se percebe que é bastante grande e, também, o tempo de espera. Que medidas ainda podem ser tomadas, para que esse tempo de espera diminua e que sejam atendidas essas cirurgias, Ministro? MINISTRO ALEXANDRE PADILHA: Bom dia, Nilson. Reduzir o tempo de espera para o atendimento é uma obsessão do Ministério da Saúde. A gente precisa muito dos estados e dos municípios para nos ajudarem nessa tarefa, porque são eles que organizam os serviços, que contratam os médicos. O Ministério da Saúde criou uma portaria específica, no ano passado, que dá um aumento de recursos para reduzir a fila das cirurgias eletivas, apoiando a realização de mutirões, de campanhas de cirurgia. Essa portaria já nos trouxe resultado. Em 2011, nós aumentamos em 69% o número de cirurgias eletivas, em todo o Brasil, reduzindo as filas, organizando mutirões, organizando campanas. Só a catarata aumentou 19%, as cirurgias. Mas isso não aconteceu em todos os estados, ainda. Por isso que é importante a mobilização de todos os estados e dos municípios. Aí, no caso do Rio Grande do Sul, nós conversamos com a Secretaria Estadual de Saúde, para que ela organizasse, junto aos municípios, essas campanhas e mutirões, porque é um dos estados que não teve o aumento que nós tivemos em todo o Brasil. O Ministério da Saúde deu uma oportunidade para os municípios e estados. O recurso é maior, é uma tabela específica; o projeto é aprovado rapidamente, tem um sistema informatizado, que acompanha esse projeto; a remuneração para o médico, para a equipe é maior, para que a gente reduza as filas de cirurgias, em várias regiões do nosso país. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. Você que ligou o rádio, agora, estamos, hoje, com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, neste programa que é multimídia – estamos, também, na TV NBR, a TV do governo federal. Ministro, vamos, agora, ao Maranhão, falar com a rádio Timon, a Rádio Comunitária de Timon FM. Leal Filho, bom dia. REPÓRTER LEAL FILHO (Rádio Comunitária Timon FM / Timon - MA): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministro. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Leal, você pode aumentar o retorno, por favor? REPÓRTER LEAL FILHO (Rádio Comunitária Timon FM / Timon - MA): Está legal, agora? APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Se você conseguir aumentar um pouquinho mais, eu te agradeço. Leal? REPÓRTER LEAL FILHO (Rádio Comunitária Timon FM / Timon - MA): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministro. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: OK. A gente consegue te ouvir, obrigada. REPÓRTER LEAL FILHO (Rádio Comunitária Timon FM / Timon - MA): Está bom? MINISTRO ALEXANDRE PADILHA: Bom dia, Leal. REPÓRTER LEAL FILHO (Rádio Comunitária Timon FM / Timon - MA): Ministro, inegavelmente, a criação do SUS foi um grande avanço para a sociedade, mas há-- APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Leal... REPÓRTER LEAL FILHO (Rádio Comunitária Timon FM / Timon - MA): Oi? APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ainda está muito baixo. A gente não está conseguindo te ouvir. REPÓRTER LEAL FILHO (Rádio Comunitária Timon FM / Timon - MA): Está baixo. Aumenta o volume. Inegavelmente, a criação do SUS é um grande avanço para a sociedade, já trouxe muitos benefícios significativos acerca das políticas públicas de saúde, Ministro. Entretanto, infelizmente, ainda... Existe, ainda, um grande distanciamento das prerrogativas do SUS com a realidade atual. Vemos, tristemente, prática de filas de pessoas nas portas dos hospitais e postos de saúdes, embora a política seja para todos. O acesso está ainda meio que indigno, em alguns casos. Como o senhor avalia o fortalecimento do SUS, nessa conjuntura? MINISTRO ALEXANDRE PADILHA: Eu diria, viu, Leal, um dos grandes desafios do SUS é a qualidade no atendimento. E a redução do tempo de espera, que a gente possa atender no tempo adequado para a necessidade de saúde da pessoa é uma das questões fundamentais. Quando a gente fala das cirurgias eletivas, que, às vezes, é a principal fila de espera, a pessoa está aguardando uma cirurgia que não é uma cirurgia de urgência... Por isso que o Ministério da Saúde criou uma política específica para isso. Só no caso do Maranhão, para você ter uma ideia, no ano de 2010, foram realizados só 900 procedimentos eletivos no Maranhão. Depois da portaria do Ministério da Saúde, que estimula campanhas, mutirões, esforço concentrado, idêntica que hospitais, que serviços podem fazer as cirurgias num tempo mais rápido, o Maranhão já no fechou, no ano de 2011, com mais de 13 mil cirurgias realizadas. Ainda não é tudo que nós precisamos fazer. Nós precisamos aumentar, cada vez mais, esse procedimento, para reduzir o tempo de espera. Mas mostra que o caminho está correto. Quando a gente tem uma política específica, com um recurso específico, onde o gestor municipal, o próprio hospital pode acessar esse recurso através de um sistema informatizado do Ministério, de uma forma mais rápida, organizando mutirões, campanhas no interior, no meio rural, a gente consegue resolver um dos problemas importantes que a população tem. Eu vou dar um outro exemplo, que é uma questão importante para o SUS: as pessoas terem acesso ao remédio de graça, mais perto de onde vivem, num meio mais fácil de receber esse medicamento. Quando a gente colocou o remédio de graça para a hipertensão e diabetes no Farmácia Popular, em um ano, nós aumentamos em três vezes o número de pessoas que tiveram acesso à remédio para a hipertensão e diabetes. E, pela primeira vez, começamos a reduzir o número de internações por diabetes. Agora, a partir do dia 4 de junho, na próxima segunda-feira, nós estamos colocando de graça o remédio para a asma na Farmácia Popular. Olhando, sobretudo, para as crianças, dentro do programa Brasil Carinhoso. A asma é a segunda causa de internação das crianças até seis anos de idade. Olhando para as crianças, mas o remédio vai estar de graça para toda a população, independente da faixa etária. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. Eu sou Kátia Sartório. Estamos, hoje, com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que conversa com âncoras de emissoras de rádio de todo o país. Lembrando que a TV NBR, a TV do governo federal, reapresenta a gravação dessa entrevista ainda hoje à tarde e, também, no domingo, às sete horas da manhã. Ministro, vamos a Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, conversar com a Rádio Gaúcha AM. Leandro Staudt, bom dia. REPÓRTER LEANDRO STAUDT (Rádio Gaúcha AM / Porto Alegre - RS): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministro. Bom, o Ministério da Saúde prorrogou até amanhã a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe. A pergunta é: existe a possibilidade de uma nova prorrogação ou, simplesmente, as vacinas continuarão à disposição das pessoas nos postos de saúde ou, ainda, então, o governo trabalha com a possibilidade dos estados decidirem pela ampliação dos grupos de vacinação, ou seja, ampliar, de repente para outras crianças ou para um grupo jovem, na faixa dos 30 anos? Há alguma definição, nesse sentido? MINISTRO ALEXANDRE PADILHA: Bom dia, Leandro. É muito importante, sobretudo, no Estado do Rio Grande do Sul, que as pessoas compareçam, até amanhã, dia 1º de junho, na campanha de vacinação. Nós acompanhamos, diariamente, as metas de vacinação. Até ontem, no fim da tarde, no Estado do Rio Grande do Sul, nós tínhamos cerca de 70% da população alvo vacinada. A nossa meta é chegar a 80% dessa população. Reafirmando que é fundamental, os grupos prioritários, recomendados pela Organização Mundial de Saúde, são as pessoas com mais de 60 anos de idade, crianças de seis meses a dois anos, todas as gestantes, todos os profissionais de saúdes da rede pública ou privada e, depois, estamos fazendo, também, vacinações nas comunidades indígenas, população penitenciária. Tem outras pessoas que já fazem tratamento para doenças crônicas, acompanham no médico, que têm indicação de vacinação. Um número menor de pessoas, que os médicos podem recomendar que essas pessoas procurem os centros especializados. Esses são os grupos prioritários, recomendados pela Organização Mundial de Saúde, nesse momento, porque nós não estamos vivendo uma pandemia da H1N1, como nós tivemos em 2009. E, ao vacinarmos Nesses grupos prioritários, em 2011, e termos ampliado a distribuição de remédio de graça contra a H1N1, que é o Tamiflu, fez com que a gente tivesse reduzido em 66% o número de óbitos e em 44% o número de casos graves pela gripe H1N1. Ou seja, ao vacinar esse grupo, além de protegê-lo, nós cortamos a cadeia de transmissão. Então, a recomendação do Ministério é essa. Nós vamos avaliar caso a caso, estado a estado, como evoluiu o cumprimento da meta, para novas decisões do Ministério da Saúde. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ministro, vamos, agora, a Belo Horizonte, Minas Gerais, falar com a Rádio América, onde está Kátia Gontijo. Bom dia, Kátia. REPÓRTER KÁTIA GONTIJO (Rádio América / Belo Horizonte - MG): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministro Alexandre Padilha. Embora o senhor tenha se empenhado bastante, inclusive, com o aumento das cirurgias eletivas, os nossos gestores ainda não estão investindo o suficiente para ampliar o atendimento à saúde. Por que é tão difícil, Ministro, fazer os gestores aplicarem corretamente os recursos destinados para a saúde, e como o Ministério do senhor tem feito para poder fiscalizar estes recursos, principalmente, nos municípios? MINISTRO ALEXANDRE PADILHA: Bom dia. Bom dia, Kátia. Bom dia a todos os nossos ouvintes aí, em Minas Gerais. Nós temos duas grandes ações, nesse sentido. Por um lado, como o Ministério não contrata os profissionais, não contrata os serviços, o Ministério pode, com recursos, fazer uma indução financeira, dar incentivo financeiro para a melhoria da qualidade do atendimento. Um exemplo é das cirurgias eletivas, para reduzir a fila das cirurgias. Aí, no Estado de Minas Gerais, em 2010, mais de 4.300 procedimentos eletivos tinham sido realizados. Com a nova portaria do Ministério da Saúde, em 2011, que aplica um recurso específico, cria um incentivo, mobiliza campanhas e mutirões, mais de 56 mil cirurgias foram realizadas aí, em Minas Gerais, para a redução da fila de espera para as cirurgias. Um outro exemplo: o Ministério da Saúde criou um incentivo de qualidade para as equipes que atuam na atenção básica, nos bairros, mais perto de onde as pessoas vivem, que elas, se cumpriram os indicadores de qualidade do Ministério da Saúde, melhorar a qualidade do atendimento, recebem o dobro de recursos do Ministério da Saúde. Ou seja, dando mais recursos para quem se esforça a atender bem a população. E uma outra medida é uma forte ação de combate ao desperdício. Uma novidade que nós temos, esse ano, é a Carta SUS. O que é isso? O Ministério da Saúde estabeleceu uma obrigação que qualquer pessoa internada no SUS, no momento do preenchimento da ficha de internação, tem que ter o endereço da pessoa. Senão, o Ministério não paga mais essa internação. Para quê? Porque desde janeiro, o Ministério envia uma carta para toda pessoa internada no Sistema Único de Saúde, para que, em primeiro lugar, ela ajude a fiscalizar. Nós já descobrimos com essa carta, Kátia, pessoas que, ao receberem a carta, se surpreenderam, porque foram atendidas pelo SUS, e um médico, um profissional ou mesmo a clínica cobrou aquele procedimento, o que é absolutamente proibido. Isso nos permitiu descredenciar a clínica, identificar essa irregularidade, fechar, punir esse tipo de irregularidade. E essa pessoa, o usuário também responde à carta fazendo uma avaliação do serviço do hospital, do atendimento. Isso nos ajuda a ter relatórios do Ministério da Saúde, onde nós poderemos premiar os hospitais que atendem bem a população, punir irregularidades e identificar o que precisa ser melhorado no SUS. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Quer dizer que nessa Carta SUS, Ministro, as pessoas podem, não só os pacientes, avaliar como foram tratados, mas também denunciar o que está errado? MINISTRO ALEXANDRE PADILHA: Essa carta, a primeira função dela é ouvir a população para ajudar a denunciar irregularidades. Com essa carta, nós já descobrimos situações de clínicas que cobravam o procedimento que era feito pelo SUS e cobravam de forma irregular, porque não pode ser cobrado nenhum procedimento feito pelo Sistema Único de Saúde. Nos ajudam também a avaliar o serviço. E aí, com essa resposta, com essa informação, o ministério vai poder premiar quem se força para atender bem, com qualidade a população, punir irregularidades e identificar o que nós precisamos mudar. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Ministro. Estamos aí com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele conversa com âncoras de emissoras de rádio de todo o país neste programa que é multimídia: estamos no rádio e na televisão. Ministro, vamos agora ao Ceará, em Crateús, conversar com a Rádio Príncipe Imperial AM. Helvécio Martins, bom dia. REPÓRTER HELVÉCIO MARTINS (Rádio Príncipe Imperial AM / Crateús - CE): Bom dia. Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, bom dia. Fico feliz em poder abraçá-lo e dizer para todo o Brasil o quanto admiramos o seu trabalho, sua competência, o seu talento nessa área bastante difícil, chamada saúde, e o tratamento humilde que você dá a toda a imprensa. O Ministro sabe que estando o senhor no Ceará, não perco nenhum encontro, como foram os casos de Fortaleza, Crateús e Juazeiro do Norte. Aproveito também, Ministro, para dar um bom dia no nosso querido conterrâneo, o seu braço direito, o Dr. Odorico Monteiro. Ministro, a minha pergunta foge um pouco o tema. Diante do grande avanço na área de Saúde aqui no estado do Ceará, através do governador Cid Gomes, da presidente Dilma Rousseff, do secretário Arruda Bastos, do senhor também, o nosso estado construiu uma nova rede de assistência, com quatro hospitais regionais novos: Sobral, Quixeramobim, região metropolitana e Juazeiro de Norte, que o Ministro inaugurou 22 policlínicas, 22 CEUs, 48 UPAs e a universalização do SAMU em todos os 184 municípios cearenses. Como resolver todo esse investimento nessa parceria e como o Ministério da Saúde, do governo Dilma, pode colaborar com mais recursos? MINISTRO ALEXANDRE PADILHA: Um grande abraço, Helvécio. Um grande abraço a todos os amigos aí do estado do Ceará. E parabéns todo esse esforço que está sendo feito em parceria do Ministério com o estado e com o município. O Ministério da Saúde quer exatamente é incentivar com mais recursos quem se esforça para atender bem a população. Através desse programa das cirurgias eletivas, o Ministério colocou um recurso específico, maior, para quem se organiza para fazer nesses hospitais regionais, em hospitais de pequeno porte, em situações adaptadas e em mutirões, cirurgias para reduzir a fila de cirurgias. O Ceará tem respondido bem a essa realidade. Em 2010 tinham sido realizados 12 mil procedimentos desse tipo de cirurgia no estado do Ceará. Depois dessa nova política do Ministério da Saúde, que estimula as campanhas, mutirões de cirurgias, o estado do Ceará já terminou 2011 com mais de 14.300 cirurgias. Isso vai mais recurso, inclusive para esses hospitais. Além disso, todos os hospitais que se integram nas redes prioritárias do Ministério da Saúde recebem mais recursos por isso. A Rede Cegonha, que ajudou a reduzir a mortalidade materna no ano de 2011, no Estado do Ceará essa redução for maior inclusive do que a média nacional, foi mais de 40% de redução de óbitos maternos. Um hospital que adere à Rede Cegonha, ele recebe o dobro de recurso para um leito de UTI, ele recebe o dobro de recurso para um Centro de Parto Normal, de Casa da Gestante, do Bebê, ou seja, o recurso para a manutenção e contratação de profissionais o ministério repassa para o estado e município de acordo com o desempenho e a qualidade desse atendimento. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. Eu sou Kátia Sartório e estamos, hoje, com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele conversa com âncoras de emissoras de rádio de todo o país. Lembrando que a EBC Serviços disponibiliza o sinal dessa entrevista no satélite, no mesmo canal da Voz do Brasil. Ministro, vamos agora à Bahia, à Salvador, conversar com a Rádio Educadora 107,5 FM. Sueli Diniz, bom dia. REPÓRTER SUELI DINIZ (Rádio Educadora 107,5 FM / Salvador - BA): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministro. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Sueli, você aumentar seu retorno, por gentileza? REPÓRTER SUELI DINIZ (Rádio Educadora 107,5 FM / Salvador - BA): OK. Olá, Kátia. Bom dia. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Bom dia. REPÓRTER SUELI DINIZ (Rádio Educadora 107,5 FM / Salvador - BA): Bom dia, Ministro Alexandre Padilha. É um prazer a Rádio Educadora estar participando, nesta amanhã, do programa Bom Dia, Ministro. Eu tenho uma pergunta, Ministro, eu queria que o senhor considerasse que ela está fora da pauta do programa. Mas aqui em Salvador a campanha de vacinação está sendo encerrada na sexta-feira, amanhã, e aqui na Bahia, mesmo com a prorrogação, não se atingiu a metade daquela meta que foi estabelecida inicialmente. O que fazer, a que o senhor acredita o interesse do público pela falta da vacinação? MINISTRO ALEXANDRE PADILHA: Bom dia, Sueli. Bom dia a todos os nossos amigos do estado da Bahia. A campanha vai até amanhã, dia 1º de junho, na sexta-feira. Aí os nossos dados no estado da Bahia, o dado final da tarde de ontem é que a Bahia já ultrapassou essa proporção, já chegou a 65% da população. Nós queremos que chegue a 80%, ou seja, faltam 15% para que a gente alcance a meta, e é fundamental não só que hoje, mas amanhã as pessoas procurem as unidades de saúde. Essa vacina, é importante que as pessoas saibam que essa vacina contra a gripe não é só mais uma vacina para os idosos, porque por muitos anos era concentrada nesse grupo. A decisão do Ministério da Saúde em 2011, de ter ampliado a vacina para as pessoas que têm mais de 60 anos, para todas as gestantes, para as crianças de seis meses a dois anos de idade, para todos os profissionais de saúde, reduziu em 66% os óbitos em 2011 e 44% os casos graves. Por isso que é importante as pessoas irem se vacinar, a vacina é absolutamente segura. Eu tomei a vacina no primeiro dia da campanha, no dia 5 de maio, isso protege os profissionais de saúde, e protege também não só as pessoas que tomam a vacina, mas quebram a cadeia de transmissão para outras pessoas. Uma boa saúde começa com a prevenção. A gente sabe que às vezes o brasileiro deixa para o último dia, por isso que até amanhã, na sexta-feira, as unidades de saúde estarão abertas, a vacina é de graça, segura e cabe a esses grupos prioritários. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ministro, e do Nordeste vamos agora à Região Norte. Vamos a Manaus, no Amazonas, conversar com a Rádio CBN de Manaus. Charles Fernandes, bom dia. REPÓRTER CHARLES FERNANDES (Rádio CBN Manaus / Manaus - AM): Bom dia, Ministro Alexandre Padilha. Bom dia, Kátia Sartório. Bom dia, ouvintes. Ministro, aqui no Amazonas, a Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do estado registra baixa considerável no estoque sanguíneo e, por conta disso, existe o risco de que cirurgias eletivas possam ser canceladas nos hospitais de Manaus. A situação é mais preocupante porque pacientes com leucemia precisam de ao menos dez bolsas de plaquetas por procedimento. Além disso, tem aumentado as demandas no atendimento médico de urgência e emergência nos hospitais de Manaus. Aqui no Amazonas, o Hemoam enfrenta muita dificuldade, Ministro, para sensibilizar a população na questão doação de sangue, que a gente sabe que a coleta de sangue é importante para a realização de cirurgias eletivas. No entanto, o Hemoam possui apenas um ônibus para fazer a coleta de sangue em Manaus e, além disso, o Hemoam também enfrenta um estoque pequeno de bolsas para plaquetas. O Ministério da Saúde, Ministro, sabe sobre essas dificuldades? E de que forma motivar a população para ir até aos centros de hemoterapia e hematologia para fazer a doação de sangue? MINISTRO ALEXANDRE PADILHA: Bom dia, Charles. Aí no estado do Amazonas, nós aumentamos muito as cirurgias eletivas desde quando começou essa política do Ministério da Saúde. Para você ter uma ideia, em 2010, foram 2.700 cirurgias desse tipo de cirurgia, cirurgias eletivas, e, em 2011, foram mais de 6.100 cirurgias eletivas, mas nós queremos aumentar cada vez mais. São aquelas cirurgias que não ocorrem em uma situação de urgência e emergência, e as principais filas são as cirurgias de catarata, as cirurgias ortopédicas, que vêm depois de acidentes. Então, nós queremos aumentar cada vez mais a capacidade do estado do Amazonas de realizar esse tipo de cirurgia, não só na cidade de Manaus, mas no interior. Essa nova política do Ministério é exatamente para isso, você poder fazer esse tipo de cirurgia inclusive no interior. E, como você falou muito bem, Charles, um dos fatores importantes para ampliar a capacidade de realizar as cirurgias, reduzir fila de cirurgias, é ter uma retaguarda segura de sangue, de derivados de sangue, quando for necessário. A rede pública se consolidou como uma rede bastante segura. Antes de existir o SUS, essas clínicas de sangue eram clínicas privadas que levaram à transmissão de várias infecções, como o HIV, hepatite, para várias pessoas, a gente conhece essas histórias. E, ao longo desses anos, nós consolidamos uma rede bastante segura, pública, onde as pessoas podem doar sangue bom, porque elas fazem uma avaliação antes do momento da doação de sangue, exames são realizados, não tem nenhum risco para a saúde, muito pelo contrário. Eu sou um doador permanente de sangue e ajudo a salvar vidas. Então, nós reforçamos um apelo ao conjunto da população, não só de Manaus, mas do estado do Amazonas, que procure os bancos de sangue para doação. Combinado com isso, o Ministério da Saúde fez, agora, uma forte expansão de estruturação dos serviços dos hemocentros e bancos de sangue. Uma das medidas é colocar um teste rápido, chamado NAT, que ele mais rapidamente identifica se aquela pessoa tem infecção ou não pelo HIV. Então, esse teste ajuda, inclusive, a aumentar o número de pessoas que podem doar sangue e, com isso, poder enfrentar essa situação que você comentou. Como nós queremos aumentar ainda mais o número de cirurgias eletivas no estado do Amazonas, levar para o interior, é importante que a população doe sangue, dê esse ato de doação para a vida. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o Programa Bom Dia, Ministro. Eu sou Kátia Sartório, e o nosso convidado de hoje, o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O Bom Dia, Ministro é coordenado e produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços. Ministro Alexandre Padilha, vamos, agora, a São João do Meriti, no Rio de Janeiro, conversar com a Rádio Escola 101 100,9 FM, e a pergunta é de Adilson Flávio. Bom dia, Adilson. REPÓRTER ADILSON FLÁVIO (Rádio Escola 101 100,9 FM / São João do Meriti - RJ): Bom dia, Ministro. Bom dia. Agradeço a participação, por poder participar a Rádio Escola... APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Adilson, você pode aumentar o retorno para a gente? REPÓRTER ADILSON FLÁVIO (Rádio Escola 101 100,9 FM / São João do Meriti - RJ): Bom dia, Ministro. Eu agradeço a oportunidade da Rádio Escola estar participando, mais uma vez, dessa entrevista. A minha pergunta é a seguinte: o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, mantém uma ordenação dos países por taxa de mortalidade, utilizando um conceito chamado Under-Five Mortality Rate ou U5MR, definido pela OMS como a probabilidade de uma criança morrer até os cinco anos de idade por mil crianças nascidas vivas. O Brasil se baseia nesse índice? MINISTRO ALEXANDRE PADILHA: O Brasil se baseia em dois indicadores importantes para avaliar as suas políticas. Um é a chamada mortalidade infantil, que também é um indicador utilizado no mundo inteiro, pela Unicef e pela Organização Mundial de Saúde, que é o número de crianças que morrem antes do primeiro ano por mil nascidos vivos. E o Brasil reduziu pela metade a mortalidade infantil nos últimos dez anos. E nós queremos reduzir ainda mais através da Rede Cegonha. No ano de 2012, nós acreditamos que o Brasil alcance, já, as metas estabelecidas pelos Objetivos do Milênio para 2015. Nós deveremos alcançar, já em 2012, em relação à mortalidade infantil, que são as metas estabelecidas pela Onu. Um outro indicador que nós usamos é a chamada mortalidade da infância, que você comentou, viu, Adilson, que é o número de óbitos até essa faixa etária de cinco anos. Para isso, uma das medidas importantes é colocar o remédio de graça, para a asma, na Farmácia Popular. A asma é a segunda causa de internação entre as nossas crianças até seis anos de idade. Quando o Ministério da Saúde coloca esse remédio de graça, a partir de junho, em toda Farmácia Popular, é para que as pessoas tenham acesso ao remédio mais fácil, mais perto de onde trabalham, de onde moram, e, com isso, reduzir o número de internações das nossas crianças, além de reduzir o sofrimento dos pais, que tem que levar as crianças no pronto-socorro durante a noite ou de madrugada. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ministro, vamos, agora, a Registro, em São Paulo, conversar com a Rádio Amiga FM, onde está Nelson Rodrigues. Bom dia, Nelsinho. Nelsinho? REPÓRTER NELSON RODRIGUES (Rádio Amiga FM / Registro - SP): Sim, bom dia. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Bom dia. REPÓRTER NÉLSON RODRIGUES (Rádio Amiga FM / Registro - SP): Bom dia. Eu não estou, ao vivo, aqui, ainda. Eu vou colocar ao vivo, porque eu estava esperando só a entrada no ar, tudo bem? APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Demora muito? Porque a gente está com uma lista de rádios. Então, daqui a pouco, a gente te chama. REPÓRTER NELSON RODRIGUES (Rádio Amiga FM / Registro - SP): Não. Na verdade, são 12 segundos. Vamos lá, vamos embora. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Nelsinho? Bom, daqui a pouco, a gente fala com a Rádio Amiga FM, de Registro, em São Paulo. Vamos, então, a Cascavel, no Paraná, conversar com a Rádio Integração AM. A pergunta é Edivaldo Cândido quem faz. Bom dia, Edivaldo. REPÓRTER EDIVALDO CÂNDIDO (Rádio Integração AM / Cascavel - PR): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministro. Ainda há pouco, Ministro, o senhor falava sobre cirurgias eletivas na região Norte do país. Aqui na nossa região oeste do Paraná, estamos com um problema parecido. Apesar dos mutirões realizados para reduzir as filas de espera, temos ainda esse problema. Na regional de saúde de Cascavel, por exemplo, que atende 25 municípios da região oeste do estado, são cerca de seis mil pessoas aguardando por procedimentos diversos. Houve um reajuste do Ministério da Saúde, do governo federal, em cerca de 20 procedimentos na tabela SUS, mas, em muitos casos, os valores ainda são considerados baixos pelos prestadores de serviço e isso acaba desestimulando o atendimento, já que eles não têm um vínculo de concurso público, por exemplo, com a saúde, atendem conforme a sua disponibilidade. O argumento da regional de saúde, do gestor estadual, no caso, é de que o Paraná complementa essas verbas, mas, ainda assim, os valores ficam abaixo do que os profissionais consideram o ideal. O Ministério Público, inclusive, está interferindo em alguns casos. Em Cascavel, já são oito que temos conhecimento que a Promotora está intervindo para tentar agilizar esses procedimentos de pessoas que aguardam até mais de três, quatro anos para uma cirurgia. Há alguma previsão de mais algum tipo de reajuste na tabela SUS, alguma situação para resolver esse problema, para estimular os profissionais, Ministro? MINISTRO ALEXANDRE PADILHA: Bom dia, Edivaldo. Bom dia a todos aí do Paraná. A decisão do Ministério da Saúde foi no ano de 2011, de criar essa nova política que criou um reajuste, um reajuste maior para aqueles tipos de cirurgias que a fila de espera é maior em todo o Brasil, são cirurgias ortopédicas, cirurgias de cataratas e cirurgias vasculares, e ter um mecanismo de repasse que estimule mutirões, campanhas, esforços concentrados, facilitando para os prestadores poderem realizar essas cirurgias. Isso deu um aumento de 69%, o que mostra que a políticas do Ministério, a nova portaria, esse estímulo tem dado resultado. É importante a gente poder acompanhar cada região do país onde pode ter um tipo de cirurgia, uma demanda específica que possa exigir novas mudanças, novos reajustes. Essa é uma nova política, aplicada em 2011, e, anualmente, nós vamos fazer uma avaliação junto com os gestores estaduais e gestores regionais. Agora, a grande preocupação do Ministério é exatamente reduzir as filas de espera. E aumentamos em 69% o número de cirurgias em todo o Brasil. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Agora, sim, vamos falar com Registro, em São Paulo, Ministro Alexandre Padilha. Vamos falar com a Rádio Amiga FM. Nelsinho, bom dia. Estamos ao vivo na sua emissora? REPÓRTER NELSON RODRIGUES (Rádio Amiga FM / Registro - SP): Estamos ao vivo, sim. Bom dia, Ministro. Bom dia. Falamos de Registro, o senhor já esteve aqui acho que por duas oportunidades ou mais. Seja bem-vindo, mais uma vez, pelo telefone, com o povo do Vale do Ribeira. Nós queríamos falar só um pouquinho mais sobre a redução da mortalidade materna. Como isso, para o senhor que conhece a região do Vale do Ribeira, como isso está sendo programado, o que está sendo feito? MINISTRO ALEXANDRE PADILHA: Para o Ministério da Saúde, essa região do Vale do Ribeira é uma região prioritária, porque, embora o estado de São Paulo seja o mais rico do país, a região do Vale do Ribeira tem indicadores de áreas de pouco desenvolvimento econômico no nosso país. É uma região que precisa ser enfrentada, apoiada, apoiar fortemente os municípios, as prefeituras, a nossa prefeita aí de Registro, que é uma grande parceira do Ministério da Saúde. Para isso é que veio a Rede Cegonha. As ações da Rede Cegonha que ampliaram o pré-natal com mais recursos do Ministério da Saúde, que deram incentivos para melhorar as maternidades, auxílio-transporte para as gestantes ajudaram a reduzir em 21% a mortalidade materna no país, isso é três, quatro vezes do que era a média histórica. No caso do estado de São Paulo, essa redução chegou a 23%. Por isso que estimular os municípios a entrar na Rede Cegonha aí na região do Vale do Ribeira é o que pode intensificar, ainda mais, a redução da mortalidade materna, porque, apesar de nós chegarmos a uma marca histórica, em 2011, a Rede Cegonha quer reduzir ainda mais os índices de óbito materno no nosso país. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o Programa Bom Dia, Ministro. Estamos com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele conversa com âncoras de emissoras de rádio de todo o país. Lembrando que essa entrevista, a degravação dessa entrevista e o áudio vão estar disponíveis, ainda hoje pela manhã, na página da EBC Serviços na internet. Anote o endereço: www.ebcservicos.ebc.com.br. Ministro, vamos a Salgueiro, em Pernambuco, conversar com a Rádio Salgueiro FM. Paulo Barbosa, bom dia. REPÓRTER PAULO BARBOSA (Rádio Salgueiro FM / Salgueiro - PE): Bom dia. Bom dia a todos. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Paulo, não estamos te escutando. REPÓRTER PAULO BARBOSA (Rádio Salgueiro FM / Salgueiro - PE): Ok? APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Pode aumentar, por favor. REPÓRTER PAULO BARBOSA (Rádio Salgueiro FM / Salgueiro - PE): Está me ouvindo bem? APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ainda não. REPÓRTER PAULO BARBOSA (Rádio Salgueiro FM / Salgueiro - PE): Alô? APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Agora, sim. Obrigada. REPÓRTER PAULO BARBOSA (Rádio Salgueiro FM / Salgueiro - PE): Agora sim? APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada. REPÓRTER PAULO BARBOSA (Rádio Salgueiro FM / Salgueiro - PE): Ok. Muito bom dia ao Ministro Alexandre Padilha, bom dia aos ouvintes do Programa Bom Dia, Ministro. Ministro, nós temos acompanhado a atuação de vários ministérios, não é, a atuação também de secretarias aqui em nosso estado de Pernambuco com relação ao problema da seca, que é, sem dúvida, uma das maiores dos últimos tempos. O que o Ministro tem de informação, no seu Ministério, o Ministério da Saúde, para essa questão, Ministro? MINISTRO ALEXANDRE PADILHA: Bom dia, Paulo. Bom dia a todos de Pernambuco. O Ministério da Saúde apoia as ações coordenadas pela Defesa Civil com duas medidas: a primeira são as ações específicas para a oferta de água na região do semiárido. Através da Funasa, no Programa Brasil sem Miséria, o Ministério da Saúde contratou, no ano passado, mais de seis mil cisternas para essa região do semiárido. Outro dia, inclusive, eu estava no interior da Paraíba, em Pombal, inaugurando não só cisternas, mas um microssistema de água em Pombal, no interior da Paraíba, e foi uma obra fundamental para enfrentar a seca no Nordeste nesse momento. Além disso, nós mapeamos os municípios com maior concentração de pobreza, que são exatamente os municípios do semiárido, e eles recebem mais recursos para manter as equipes de atenção à saúde da família. E o estímulo para a Farmácia Popular também é maior nesses municípios de extrema pobreza. O remédio para a asma, que agora vai entrar de graça na Farmácia Popular, a partir do mês de junho, se expande as farmácias populares exatamente nos municípios de extrema pobreza e do semiárido nordestino. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ministro Alexandre Padilha, infelizmente, acabou o nosso tempo. E eu queria agradecer, mais uma vez, a sua participação em nosso programa. MINISTRO ALEXANDRE PADILHA: Muito obrigado, Kátia. Um grande abraço a toda rede que esteve junto conosco. E reforçar à população que, a partir do dia 4 de junho, o remédio para asma estará de graça na Farmácia Popular, como parte do Programa Brasil Carinhoso, mas estendido a todas as faixas etárias da nossa população. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Ministro. E a todos que participaram conosco dessa rede, meu muito obrigada e até o próximo programa.