APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Olá, amigos em todo o Brasil. Começa agora mais uma edição do programa Bom Dia, Ministro. O programa tem a coordenação e a produção da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços. Hoje, aqui, nos estúdios da EBC Serviços, o Ministro do Esporte, Orlando Silva. Bom dia, Ministro, seja bem-vindo. MINISTRO ORLANDO SILVA: Bom dia, Kátia, é um prazer falar com você mais uma vez. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: O prazer é todo nosso, Ministro. Na pauta do programa de hoje, o segundo balanço da preparação do país para a Copa do Mundo Fifa Brasil 2014 e também o Projeto de Lei da Copa. O Ministro do Esporte, Orlando Silva, já está aqui no estúdio, pronto para conversar com âncoras de emissoras de rádio de todo o país, nesse programa que é multimídia - estamos ao vivo no rádio e na televisão. Ministro, nós já temos uma emissora na linha. É uma emissora de Goiânia, Goiás, a Rádio 730 AM, de Goiânia, onde está Samuel Straioto. Bom dia, Samuel. REPÓRTER SAMUEL STRAIOTO (Rádio 730 AM / Goiânia - GO): Olá, bom dia a você, bom dia ao Ministro, bom dia a você ligado em todo o Brasil. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Pronto, Samuel. REPÓRTER SAMUEL STRAIOTO (Rádio 730 AM / Goiânia - GO): Ministro, sobre o Projeto de Lei-Geral da Copa do Mundo de 2014, que será apreciado no Congresso Nacional, ele prevê a resolução de alguns pontos, a questão de aeroportos, estádios, rede hoteleira. Na sua avaliação, qual é o principal desafio que o Brasil deverá enfrentar até a realização da Copa? E esse projeto, o senhor acredita que afeta a soberania do país em alguns pontos? MINISTRO ORLANDO SILVA: Bom dia, Samuel, é um prazer falar com você, com os amigos de Goiás e de todo o Brasil. Veja, Samuel, a Lei-Geral da Copa é um projeto que consolida garantias governamentais que o governo do Brasil se comprometeu de efetivar com a Fifa, quando da conquista do mundial de 2014. São temas importantes para a organização, diz respeito à proteção de marca, de produtos da Fifa, diz respeito a acesso a vistos para todos aqueles que virão ao Brasil, não apenas os dirigentes, organizadores do mundial, mas profissionais que virão trabalhar durante o mundial, os visitantes, que nós esperamos que sejam 600 mil que virão ao Brasil, em função da Copa do Mundo. Ao mesmo tempo, trata de temas ligados a marketing. Enfim, um conjunto de questões que são operacionais, que são úteis para o bom funcionamento do mundial, garantindo os direitos que a Fifa, que é a dona do evento, os direitos que a Fifa possui sobre esse evento. É uma lei muito detalhada, e nós temos convicção que ela vai consolidar os compromissos que o Brasil firmou com a Fifa. Evidentemente que o Projeto de Lei, neste momento, está sendo examinado no Congresso Nacional, que vai discuti-lo, aperfeiçoá-lo, e espero que ainda, ainda em 2011, nós possamos ter essa lei aprovada, o que vai concluir os compromissos do Brasil com a Fifa, já que a primeira fase de compromissos, ligada a temas tributários, nós já cumprimos, com a aprovação de uma lei tributária especificamente para a Copa. Então, eu tenho certeza, Samuel, que não há nenhuma violação à soberania do Brasil. Muito pelo contrário. É a reafirmação da soberania do Brasil, que convive harmoniosamente, positivamente, com a Fifa, na preparação desse evento. E os desafios são inúmeros, mas, seguramente, a Copa deixará um legado de melhoria na infraestrutura do país, melhoria no serviço do país, belos estádios que construiremos, de modo que o país será o principal ganhador com a realização do mundial em 2014. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Samuel Straioto, da Rádio 730 AM, de Goiânia, você tem outra pergunta? REPÓRTER SAMUEL STRAIOTO (Rádio 730 AM / Goiânia - GO): Ministro, nos últimos eventos envolvendo a Copa do Mundo de 2014, a presidenta Dilma Rousseff, ela não esteve ao lado do presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Existe, Ministro, algum motivo para desencontro de agendas ou as acusações feitas ao presidente da CBF deixam, no momento, o governo em situação desconfortável? MINISTRO ORLANDO SILVA: Veja, Samuel, o governo tem uma relação institucional com a Fifa, com o Comitê Organizador da Copa no Brasil, que é presidido pelo Ricardo Teixeira, que também preside a CBF. A relação é institucional. Evidentemente que a presidenta Dilma tem uma agenda de trabalho muito intensa, uma agenda de trabalho muito densa, que não permite participar de todos os eventos da Fifa, todos os eventos preparatórios. Mas eu recordo que, recentemente, no Rio de Janeiro, quando foi feito o sorteio preliminar, que foi um evento importantíssimo, aliás, o primeiro grande evento da Copa no Brasil, a nossa presidenta, de uma maneira muito gentil, compareceu ao evento da Fifa, falou inclusive naquele evento, reafirmando os compromissos do Brasil. Então eu diria para ti que a relação do governo brasileiro é positiva, responsável, institucional com a Fifa, com os seus agentes, aqui, no Brasil, e há um esforço, uma busca de um trabalho cada vez mais produtivo, mais positivo, mais harmônico, até porque o sucesso do mundial de 2014 é um objetivo do Brasil, que sedia o evento, e da Fifa, que é responsável pela sua realização. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. Eu sou Kátia Sartório, e o nosso convidado de hoje é o Ministro do Esporte, Orlando Silva. Ele conversa com âncoras de emissoras de rádio de todo o país, num programa multimídia - estamos no rádio e na televisão. Lembrando às emissoras de rádio que o sinal dessa entrevista está no satélite, no mesmo canal da Voz do Brasil. Ministro Orlando Silva, vamos agora a Curitiba, no Paraná, conversar com a Rádio Iguaçú AM 830, onde está Eduardo Kampa. Bom dia, Eduardo. REPÓRTER EDUARDO KAMPA (Rádio Iguaçú AM 830 / Curitiba - PR): Bom dia, Kátia Sartório. Bom dia ao Ministro Orlando Silva e todo o Brasil. Ministro, a nossa expectativa, aqui no Paraná, região de Curitiba, está focada na implantação, na verdade, do metrô, haja vista que o estádio do Atlético, a Arena da Baixada, já é uma questão definida. Eu perguntaria para o senhor se existe uma possibilidade da implantação de um sistema metroviário até a Copa de 2014, aqui em Curitiba. MINISTRO ORLANDO SILVA: Bom dia, Eduardo. É importante nós consolidarmos o estádio, conhecido como Arena da Baixada, o estádio do Atlético Paranaense, na Copa. É um estádio dos mais modernos do Brasil. E eu tenho notícias de que, por esses dias, inclusive, haverá retomada da reforma, da ampliação, na verdade, da capacidade desse estádio, o que é muito importante, porque Curitiba é um polo de destaque, assim, no futebol brasileiro e nós tínhamos uma expectativa enorme quanto à participação de Curitiba na Copa do Mundo. Existe, Eduardo, um conjunto de intervenções de transportes coletivos, de modalidade urbana, que foram pactuadas com o governo do estado do Paraná e com a prefeitura municipal de Curitiba. Essas intervenções, elas estão em cursos, boa parte delas em licitação, aí, para melhorar o transporte coletivo. E houve um debate com as autoridades paranaenses sobre a implantação do metrô. Todos nós sabemos que Curitiba é um exemplo mundial de transporte coletivo, o que, hoje, se chama BRT, que são esses corredores rápidos de ônibus, com alta capacidade de transporte, foram inovações que tiveram Curitiba uma das suas origens e daí foram para o mundo inteiro. E a prefeitura avalia que esse sistema de BRTs, que é o exemplo mundial, chega próximo da sua capacidade. Daí a necessidade de expandir a capacidade de transporte. E foi aberta uma discussão, um programa chamado PAC, o Plano de Aceleração de Crescimento de Mobilidade Urbana, focado nas grandes cidades, para introduzir em Curitiba sistemas mais rápidos e sistemas com maior capacidade, como o metrô. Então, eu diria que não faz parte do conjunto de obras programadas para a Copa metrô em Curitiba, mas eu sei que há uma discussão, já em fase final, entre o governo municipal e o governo federal, no PAC Mobilidade Urbana de grandes cidades, para que o metrô chegue lá. Independente da Copa, eu diria para ti que, em breve, Curitiba deve contar com o sistema metroviário, que é muito bom para a cidade. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você tem outra pergunta, Eduardo Kampa, da Rádio Iguaçú AM 830, de Curitiba, no Paraná? REPÓRTER EDUARDO KAMPA (Rádio Iguaçú AM 830 / Curitiba - PR): Kátia, uma última pergunta. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Pois não. REPÓRTER EDUARDO KAMPA (Rádio Iguaçú AM 830 / Curitiba - PR): Eu queria que o Ministro Orlando Silva também nos falasse com relação a essas obras que estão sendo implementadas, aí, nas sedes, nas 12 sedes, né, para a Copa de 2014. Se essas obras também já estariam visando as Olimpíadas de 2016. MINISTRO ORLANDO SILVA: Veja, Eduardo, no caso do Rio de Janeiro, evidente, porque o Rio de Janeiro é a sede da Copa do Mundo e é sede dos Jogos Olímpicos. Então, lá, por exemplo, tem uma intervenção que é superimportante, que liga a Barra, que é o coração dos Jogos Olímpicos, até o Aeroporto Internacional Tom Jobim, que é a principal porta de entrada da cidade do Rio de Janeiro. Essa intervenção será funcional, útil, para a Copa do Mundo e para os Jogos Olímpicos. Evidentemente que instalações esportivas, particularmente os estádios de futebol, serão úteis para a Copa do Mundo e para os Jogos Olímpicos. Você sabe, Eduardo, que, nos Jogos Olímpicos, o futebol acontece não apenas no Rio, mas também nas cidades de São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Salvador. Portanto, essas arenas serão úteis na Copa e nos Jogos Olímpicos. Intervenções em aeroportos, por exemplo, também serão muitos úteis para a Copa do Mundo e para aeroportos. Portanto, o planejamento que está em execução para a Copa do Mundo já leva em conta a necessidade do país para os Jogos Olímpicos. Há uma sinergia, um esforço comum, para que nós possamos colher o melhor resultado, digamos assim. Potencializar a utilização dos recursos públicos, investindo e melhorando a infraestrutura, servindo aos dois grandes eventos. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. O nosso convidado de hoje é o Ministro do Esporte, Orlando Silva, que conversa com emissoras de rádio de todo o país. Ministro, vamos agora ao Rio de Janeiro, conversar com a Rádio BandNews, do Rio de Janeiro. Mariana Procópio, bom dia. REPÓRTER MARIANA PROCÓPIO (Rádio Bandnews / Rio de Janeiro - RJ): Bom dia. Bom dia a todos. Bom dia, Ministro. Ministro, a minha primeira pergunta é sobre as obras do Maracanã. Durante 11 dias, agora, em setembro, as obras foram paradas, houve greve. Eu queria saber se o senhor acompanhou, como é que o senhor está vendo o desenvolvimento dessas obras, se o senhor acompanhou essa paralisação, o senhor ficou preocupado com ela. Como é que o senhor está vendo essa questão do Maracanã? MINISTRO ORLANDO SILVA: Bom dia, Mariana. Veja, o Maracanã é um dos estádios principais do Mundial. Há um desejo de muitos, inclusive, que seja o estádio da final. O Rio de Janeiro, como nossa cidade internacional, acaba criando uma expectativa no mundo inteiro. Quem já teve o privilégio de sair do Brasil e conversar com apaixonados por futebol sabe que o Maracanã é um templo do futebol mundial. Portanto, há muita curiosidade quanto ao novo Maracanã, o Maracanã restaurado, que o mundo conhecerá na Copa, em 2014. Mariana, nós temos a convicção de que o Maracanã será um estádio pronto, estará pronto até o final de 2012, se... tanto, no comecinho de 2013. É um estádio que será moderno, completamente moderno, funcional. E o processo de restauração do Maracanã, de reforma, ele anda num bom ritmo. Anda num bom ritmo. A greve no Maracanã e em outras cidades, que aconteceu, também, greve, como Belo Horizonte e Salvador, fazem parte do jogo democrático, Mariana. Eu acredito que os operários que entraram em greve, no Maracanã e, eventualmente, em outros estádios, estão tão interessados quanto qualquer brasileiro de que a Copa aconteça com sucesso e de que as obras sejam entregues no prazo. Eu acredito que foi muito positiva, até aqui, a atitude tanto de governos quando das empresas, que criaram canais de diálogo com os operários e permitiu... O que permitiu a solução dessas contradições, a solução desses conflitos. Então, a preocupação que eu tenho com o Maracanã é a preocupação que eu tenho com os 12 estádios, com as 12 arenas, de que nós possamos entregar com qualidade, no prazo adequado. E creio que os empreendedores, os governos devem estar atentos à situação dos trabalhadores, às condições de trabalho, às suas reivindicações. Manter o diálogo, para que nós não possamos ter, em manifestações desse tipo, a restrição ou risco ao sucesso do Mundial, em 2014. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Mariana, da Rádio BandNews, do Rio, você tem outra pergunta? REPÓRTER MARIANA PROCÓPIO (Rádio Bandnews / Rio de Janeiro - RJ): Tenho, sim. A minha última pergunta, mais uma vez, também sobre as leis da Copa. Eu queria saber, Ministro, qual o ponto que o senhor acha mais delicado, que é preciso sentar e conversar com mais calma com a Fifa? Qual o ponto, ali, alguns pontos que o senhor destacaria, que o senhor acha que merecem uma atenção especial? MINISTRO ORLANDO SILVA: Veja, Mariana, há um esforço nosso de transformar num projeto de lei, e numa lei efetivada, depois da votação no Congresso Nacional... Há um esforço de traduzir em lei as garantias governamentais que o país assinou em 2007. Então, nós, até aqui, trabalhamos junto com a Fifa, discutimos a elaboração do projeto, apresentamos as características do Brasil. Porque cada país tem as suas características. Na África do Sul, que aprovou, inclusive, leis para atender demandas da Fifa, na Alemanha, em outros países, cada país tem as suas características. E o Brasil tem características próprias. Não há um termo específico de interesse da Fifa; há um conjunto de questões, como disse agora, há pouco. O acesso às pessoas ao Brasil. Então, os vistos é uma coisa importante. O registro de marcas, produtos e a proteção - portanto, o combate ao marketing de emboscada, o combate à pirataria, que é um assunto que a Fifa manifesta interesse. Questões relativas à responsabilidade ou indenização, que a Fifa também manifesta... Há interesse. A Fifa se preocupa muito com a segurança dos torcedores. Portanto, o conforto, a segurança dos torcedores é um tema, também, muito importante. Eu diria, sobretudo, Mariana... Tem muita especulação na imprensa, mas eu diria que uma conversa franca, direta, que deve acontecer nos próximos dias, com autoridades da Fifa, autoridades do governo brasileiro, ela será elucidativa e mostrará que o Brasil cumpriu os seus compromissos. E a Fifa terá, eu tenho certeza, muito conforto, no que diz respeito às garantias institucionais que o país lhe oferece. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Mas já está marcada essa conversa, Ministro? Já tem data? MINISTRO ORLANDO SILVA: É uma conversa que deve acontecer nos próximos dias. A presidenta Dilma, inclusive, orientou que nós trabalhássemos, mapeássemos... Se houver algum tipo de preocupação, por parte da Fifa, mapeássemos qual é a preocupação, qual é a resolução para a preocupação da Fifa, de modo que nós tenhamos o máximo conforto, segurança, a segurança institucional, segurança jurídica na preparação do Mundial. A presidenta, vocês sabem, esteve no exterior, na semana passada, tem uma missão importante, na próxima semana, mas eu imagino que ainda essa semana devemos definir a delegação para a reunião com a Fifa, a data, o endereço, de modo que o Brasil siga avançando na preparação do Mundial. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o Programa Bom Dia, Ministro. Eu sou Kátia Sartório. Estamos, hoje, com o Ministro do Esporte, Orlando Silva. Ele conversa, nesse programa multimídia, no rádio e na televisão, com âncoras de emissoras de rádio de todo o país. Lembrando que a NBR, a TV do governo federal, transmite a gravação dessa entrevista ainda hoje, à tarde, e, também, no final de semana, em horários alternativos. Ministro, vamos agora à sua terra, Salvador, na Bahia. MINISTRO ORLANDO SILVA: Boa terra. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Conversar com a Rádio Excelsior AM. Edson Santarini, bom dia. REPÓRTER EDSON SANTARINI (Rádio Excelsior AM / Salvador - BA): Bom dia, Kátia. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Edson? REPÓRTER EDSON SANTARINI (Rádio Excelsior AM / Salvador - BA): Bom dia, Ministro. Conterrâneo o Ministro, um forte braço. Bom dia. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você pode aumentar o seu retorno para a gente, Edson, por gentileza? REPÓRTER EDSON SANTARINI (Rádio Excelsior AM / Salvador - BA): Ok, agora. Bom dia, Ministro. Bom dia, Kátia. Bom dia a todos os colegas. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Bom dia. REPÓRTER EDSON SANTARINI (Rádio Excelsior AM / Salvador - BA): Tudo bem? APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Tudo bem. MINISTRO ORLANDO SILVA: Tudo. REPÓRTER EDSON SANTARINI (Rádio Excelsior AM / Salvador - BA): Ok. A minha pergunta, Ministro... Bom dia. MINISTRO ORLANDO SILVA: Bom dia, Edson. REPÓRTER EDSON SANTARINI (Rádio Excelsior AM / Salvador - BA): Ministro Orlando Silva, a impressão que dá é que, por esses momentos, o governo Dilma vem fazendo uma espécie de apagar incêndios. Por que eu estou dizendo isso? A pergunta é: o governo Lula não teria negligenciado, no planejamento da Copa, colocando nas mãos dos estados uma responsabilidade que seria da União? E completando a pergunta... Porque, a meu ver, a Copa, na verdade, não é um campeonato de futebol, e, sim, um encontro de nações. E a minha preocupação... Porque nós temos 12 sedes, e tem Manaus, Cuiabá e Natal, que, praticamente, talvez se inviabilize essas capitais como sedes da Copa do Mundo. Existe um plano B do governo, caso isso não ocorra? MINISTRO ORLANDO SILVA: Prazer falar contigo, Edson, particularmente com os amigos da boa terra, da minha terra, da Bahia. Edson, governar é tomar decisões, implantar iniciativas, implantar projetos, a partir de um planejamento previamente estabelecido. Nós, algum tempo, já, Edson, estabelecemos um planejamento que tem três ciclos. O primeiro ciclo de planejamento envolve investimentos cuja maturação demora um pouco mais. Então, selecionamos para esse ciclo estádios. E, hoje, nós temos, Edson, obras nos 12 estádios. Até o final de 2012, teremos nove estádios prontos. Até o final de 2013, os demais estarão prontos. Aeroportos, que são 33 projetos de intervenção, para aumentar a capacidade dos aeroportos brasileiros, que, na verdade, é a necessidade do Brasil de hoje. Não é nem para a Copa, é para hoje, pelo crescimento de demanda nos aeroportos brasileiros. Portos, há melhoria em sete portos, terminais turísticos de cidades que têm portos importantes, com potencial turístico importante, e a melhoria do transporte, mobilidade urbana. Esse primeiro ciclo, Edson, é de investimentos com pouco... com uma maturação um pouco maior, que exige um pouco mais de tempo, e está em curso, não é? Com... O nível é desigual de execução de cidade a cidade. Então, tem cidades que o avanço é maior, cidades que o avanço é menor. Mas o avanço, ele tem acontecido em todas elas, conforme o balanço feito agora há pouco. O segundo ciclo de planejamento e trabalho diz respeito a temas de infraestrutura e serviços, que são suportes importantes para o Mundial. Eu falo de infraestrutura em telecomunicações, a infraestrutura de... O fornecimento de energia, segurança, que são temas que, nesse momento, nós trabalhamos. O Brasil tem uma boa condição, mas é importante uma integração de todos os governos. E o terceiro ciclo, que, na verdade, vamos iniciá-lo no ano de 2012, diz respeito a temas operacionais: a malha aérea, como vai ser a operação interna nos estádios, questões que são mais operativas, que o teste, em 2003, na Copa das Confederações, é importante, e a realização da Copa de 2014 é definitivo para essa fase operacional. Por que eu te falo isso, Edson? Porque o plano da Copa tem três ciclos diferentes, e ele procura ser cumprido religiosamente. Quando você questiona se há transferência de responsabilidades, eu diria para ti que não. Por quê? O Brasil não é uma República unitária, um estado unitário. Ele é uma Federação. Numa Federação, você tem entes governamentais com papéis diferentes. Tem temas que são específicos da cidade, tem temas que são próprios dos estados e tem temas que são de responsabilidade do governo central, da União, do governo federal. Por isso, o que há é um compartilhar de responsabilidades. Assinamos a chamada matriz de responsabilidade, definindo o papel de cada ente, no projeto de 2014. Por isso eu acredito que é um trabalho que não é simples, porque é um trabalho realizado há muitas mãos: são 12 governos estaduais, 11 prefeituras municipais, vários Ministérios atuando, o setor privado, empresários, a Fifa, o Comitê Organizador. Mas tenha segurança, Edson, que é muito trabalho, mas o trabalho tem avançado, e nós temos consciência da responsabilidade e do que ainda tem que ser feito para o sucesso do Mundial. Eu sempre digo, Edson, que a escolha de 12 cidades que a Fifa fez, estimulada pelo Brasil, tem o objetivo de nacionalizar o Mundial. Então, mesmo cidades que têm menos tradição no futebol, como algumas das quais você se referiu, elas compõem o Brasil. Elas, com a Copa, terão potencializado... Realizado o seu potencial turístico. Elas terão ganhos de melhoria de infraestrutura. Portanto, fazer em 12 cidades foi uma escolha da Fifa, apoiada pelo Brasil, para nacionalizar o projeto. Temos que ter inteligência: fazer estádios que diminuam de tamanho, depois que a Copa passar; fazer arenas multifuncionais, para não ser apenas do futebol. Então, eu diria, Edson, que nós temos procurado, de maneira... com muito trabalho, muita dedicação, cumprir os compromissos. E eu diria que o caminho... O caminho é certo, e a velocidade está sendo acelerada, dia após dia. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Edson Santarini, da Rádio Excelsior AM, de Salvador, na Bahia, você tem outra pergunta? REPÓRTER EDSON SANTARINI (Rádio Excelsior AM / Salvador - BA): Eu gostaria, sim, por favor, Kátia. Ministro, há uma preocupação, também, principalmente, nós, da imprensa, no tocante à responsabilidade na fiscalização, na proteção às marcas e símbolos relacionados à Copa do Mundo, com o que diz respeito à exclusividade da Fifa. De quem será a responsabilidade? Do Instituto Nacional de Propriedade Industrial ou isso vai ser dividido entre o município... os municípios e os estados? E se isso, também, não pode ocorrer em erro e pode ter problemas no futuro? MINISTRO ORLANDO SILVA: Veja, Edson, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial, o INPI, não é, como a gente fala, a sigla, o INPI, ele é o órgão do Brasil que responde pelo registro, pela anotação de marcas, não é? Essa é a sua responsabilidade institucional. Então, todas as marcas estão registradas, patenteadas no INPI. A Lei-Geral, inclusive, prevê um processo mais célere, mais rápido para o registro dessas marcas licenciadas pela própria Fifa, não é? E o Brasil se comprometeu de protegê-la. Existem organismos municipais, estaduais e mesmo no governo federal que realizam a fiscalização e cuidam do combate à pirataria, porque o objetivo central é combater a pirataria, o uso inadequado, o uso indevido dessas marcas. Para você ter uma ideia, Edson, ontem, eu visitei o Congresso Nacional, numa reunião com o presidente da Câmara, e, de repente, alguém me perguntou: “Mas, Ministro, a Fifa vai proibir a decoração das cidades do Brasil. A Fifa não vai permitir a reprodução de imagens que façam alusão à Copa do Mundo”. Eu falava: “Veja, o que nós queremos com essa lei é combater a pirataria, é combater o uso inadequado de marcas e produtos da Fifa, para auferir lucros a pessoas que não têm autorização”. Porque não é razoável que uma pessoa se aproprie de algo que não é seu e ganhe com isso. Porque não tem nada a ver com decoração das cidades. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Quer dizer, então, que a gente vai poder pintar o muro com o símbolo? MINISTRO ORLANDO SILVA: Veja, é da tradição, é da cultura brasileira nós decorarmos as nossas cidades, as nossas ruas. Tem cidades que têm concurso, concurso de qual é a rua mais bonita. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Mais enfeitada. MINISTRO ORLANDO SILVA: Mais enfeitada, melhor decorada, durante o Mundial. E eu tenho certeza, quando eu falo que a Copa no Brasil é uma Copa brasileira, e a Fifa tem entendimento das características da cultura brasileira, eu tenho certeza que a Fifa não apenas compreende como tem entusiasmo. Talvez até valesse a pena a Fifa fazer um concurso, qual a rua brasileira mais bonita, mais enfeitada, em cada uma das cidades-sede, para mostrar como que a entidade compreende a nossa cultura, valoriza. Porque isso... Veja, o jogo acontece dentro do estádio, mas a celebração do mundial acontece no país inteiro. Eu estive na Copa da Alemanha, por exemplo, e o alemão tem aquela imagem internacional do povo sisudo, sério, não é? O que eu vi foi um povo celebrando nas ruas, com grande alegria. Então, eu acredito que, no Brasil, será assim também, um momento de celebração. Não vai caber todo mundo nos estádios. Então, uma parte grande da população vai estar acompanhando nas ruas. E eu creio que a proteção das marcas é importante. A lei tem que garantir instrumentos para isso. O estado já possui hoje instrumentos de fiscalização para garantir, Edson, que as marcas da Fifa sejam protegidas. Mas sejamos razoáveis: o Brasil tem compromisso com o combate à pirataria, e isso será feito, e é importante até para a imagem do Brasil. A imagem de um país sério, que respeita os contratos, respeita a propriedade, respeita o direito de empresas, que nós queremos que, inclusive, muitas delas venham investir no Brasil. Agora, isso não tem nada a ver com a celebração, com a beleza das ruas, com enfeitar a cidade, que é uma marca da tradição, é uma tradição no Brasil. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ministro Orlando Silva, vamos agora a Guarulhos, em São Paulo, conversar com a Rádio Boa Nova AM, onde está José Damião. Bom dia, José Damião. REPÓRTER JOSÉ DAMIÃO (Rádio Boa Nova AM / Guarulhos - SP): Muito bom-dia, Kátia Sartório. Muito bom-dia ao Ministro do Esporte, Orlando Silva. Orlando Silva, em 2007, nos jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, mostramos a incompetência tanto na organização e na abertura do evento. Ministro Orlando Silva, como é que está sendo feita a preparação de atletas brasileiros por este Brasil, há descoberta de valores e novos talentos? Eu não sei... Nós temos escolinhas de futebol grátis, aí, para toda a população. Que, além de realizar um grande evento, um grande espetáculo que nós faremos, Ministro, Ministro Orlando Silva, nós queremos ganhar a Copa do Mundo de 2014. Cinquenta já ficou para trás, hein, Ministro? MINISTRO ORLANDO SILVA: José Damião, é um prazer falar contigo. Veja, 50, graças a Deus, ficou para trás, está bem longe. Aliás, Damião, você devia comemorar. O Brasil, ontem, ganhou da Argentina, uma equipe formada apenas por atletas brasileiros que atuam no país, assim como a equipe argentina... Valorizou muito nessa convocação, na antiga Copa Roca, aquele torneio, aquele superclássico da América do Sul. Então, deveríamos comemorar as vitórias, e, ontem, foi um dia muito importante. Parabéns à Seleção Brasileira de futebol. Eu acredito, José Damião, que o Brasil tem, tecnicamente, atletas de altíssimo nível, não é? Individualidades incríveis, e, para a nossa felicidade, o Brasil, a cada dia, surge um novo nome, um novo craque. Há tempo se fala de Neymar, de Ganso, de repente surge Lucas, um atleta extraordinário. Surge Casemiro, no São Paulo. Há pouco, o Oscar, não é, que é outro atleta incrível. Quando se fala: “Quem será o atacante da Seleção Brasileira?”, de repente surge Leandro Damião, o maior artilheiro do Brasil, no ano de 2011, um atleta incrível, assim, com uma capacidade de finalização, de resolução impressionante. Então, nós temos, digamos assim, as condições de montar uma equipe muito forte, eu confio. O técnico Mano Menezes tem uma clareza que eu acredito muito importante, que é preciso transformar individualidades num coletivo, numa equipe. Portanto, eu, José Damião, diria pra ti que tenho muita confiança na equipe brasileira, no técnico Mano Menezes. Sei que não é fácil, porque, tecnicamente, há muitas equipes muito poderosas. Se você observar o que é a Espanha, campeã mundial de hoje, a Holanda, vice-campeã, mas, sobretudo, equipes como a Alemanha, que me chama a atenção pela força do futebol, e dessa equipe, jovem equipe da Alemanha, eu tenho confiança de que o Brasil, em 2014, fará... terá um bom resultado. Sobre os Jogos Olímpicos, uma palavra apenas, que, quando você fala de preparação de atletas, sobretudo, isso tem impacto, eu creio, nos Jogos Olímpicos. Evidentemente, 2016 é logo ali. Está muito perto, está muito próximo. E o que nós temos que fazer é trabalhar na base que existe hoje. E para 2016, nós temos atuado com as confederações, comitê olímpico, comitê paraolímpico, para aperfeiçoar o sistema de gestão do esporte olímpico e paraolímpico do Brasil, de modo que nós possamos ter mais profissionalismo, um planejamento mais qualificado das entidades esportivas e ampliarmos a base dos praticantes, envolvendo escola, inclusive, e, a partir de 16, mostrarmos, com o bom resultado que teremos no Rio de Janeiro, a estratégia de médio e longo prazo de mantermos o Brasil entre as principais potências esportivas do mundo. Isso vai exigir difundir cultura esportiva, ampliar o número de modalidades praticadas no país, ampliar a base, qualificar melhor equipes técnicas, melhorar e aperfeiçoar as instalações esportivas do Brasil, aplicar mais ciência e tecnologia na performance, no alto rendimento esportivo. Existe uma agenda, José Damião, existe uma agenda de trabalho que tem sido buscada, perseguida. Nós esperamos que o Brasil, em 2016, esteja entre os dez países, pela primeira vez, nos Jogos Olímpicos. Esse inclusive é um compromisso do Comitê Olímpico Brasileiro. Nós já estamos entre os dez paraolímpicos, já tivemos assim na última Olimpíada, em Pequim. Portanto, eu diria que tem muito trabalho na preparação de atletas olímpicos e paraolímpicos, mas nós estamos no rumo da preparação. E tão importante quanto chegarmos bem em 16 é continuarmos bem depois de 2016. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. Eu sou Kátia Sartório. O nosso convidado de hoje, o Ministro do Esporte, Orlando Silva. Ele conversa com emissoras de rádio de todo o país, neste programa que é multimídia - estamos no rádio e na televisão. Lembrando que o áudio e a transcrição dessa entrevista vão estar disponibilizados ainda hoje, pela manhã, na página da EBC Serviços, na internet. Anote o endereço: www.ebcservicos.ebc.com.br. Ministro, vamos agora a Fortaleza, no Ceará, conversar com a Rádio FM Dom Bosco, onde está Renata Sampaio. Bom dia, Renata. REPÓRTER RENATA SAMPAIO (Rádio FM Dom Bosco / Fortaleza - CE): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministro Orlando Silva. Eu gostaria de saber se as obras do estádio Plácido Aderaldo Castelo, conhecido como o nosso Castelão, estão dentro do prazo regulamentar. MINISTRO ORLANDO SILVA: Bom dia, Renata. É um prazer falar contigo. Veja, eu estive, recentemente, visitando o estádio Castelão, as obras do estádio Castelão, junto com o nosso governador Cid Gomes, alguns secretários. Fiquei muito feliz de saber que a primeira etapa do Castelão... Você sabe, Renata, que a obra do Castelão, que tem previsão de entrega no final de 2012, do próximo ano, ela tem quatro etapas, e a primeira etapa já foi concluída, já foi entregue. É uma área que será utilizada... É uma área funcional, onde estará concentrada a Secretaria de Esportes, mas será uma área de base operacional da Fifa. O Castelão já teve a demolição de uma parte do estádio, que seria necessário para a construção de toda a área de área VIP, a área de muito destaque no mundial. O Castelão já teve um rebaixamento do gramado, não é? Eles estão, neste momento, nessa fase. Uma parte relativa à demolição interna também já foi operada. Então, eu diria, Renata, que o Castelão, para mim, é um belo exemplo de trabalho na preparação de um estádio. Há um desafio importante no Ceará, que é de acelerar as obras de mobilidade urbana, do acesso, porque o Castelão, como você sabe, está situado numa área que tem uma ocupação densa da população. Então, eu tenho muito otimismo com a preparação do Ceará. Fiz até um desafio para o governador Cid Gomes, na última vez que nos encontramos, e ele aceitou o desafio, de que o Castelão pode ser o primeiro estádio da Copa a ficar pronto. Então é com desafios como esse que nós acreditamos no trabalho que tem sido feito pelos nossos parceiros estaduais. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. O nosso convidado é o Ministro do Esporte, Orlando Silva. Ministro, vamos agora a Olinda, em Pernambuco, conversar com a Rádio Olinda AM. A pergunta é de Juliana Oliveira. Bom dia, Juliana. Juliana? Daqui a pouco, a gente tenta conversar de novo com Juliana Oliveira, da Rádio Olinda AM, de Pernambuco. Vamos, então, a Cuiabá, em Mato Grosso, conversar com a Rádio Gazeta AM/CBN. Michely Figueiredo, bom dia. REPÓRTER MICHELY FIGUEIREDO (Rádio Gazeta AM/CBN / Cuiabá - MT): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministro. Ministro, ontem, o senhor esteve reunido com o governador, aqui, de Mato Grosso, Silval Barbosa, para assinar a mudança na matriz de responsabilidade que autorizou o VLT para Mato Grosso. O senhor acha que essa mudança de BRT para VLT pode trazer algum atraso para as obras de modalidade urbana em Mato Grosso? MINISTRO ORLANDO SILVA: Bom dia, Michely. Ontem foi um dia muito importante mesmo, Michely. Tanto o governador Silval Barbosa quanto o prefeito Chico Galindo estiveram conosco, e nós assinamos um ajuste na matriz de responsabilidades, fazendo essa conversão. Que o BRT é um sistema de transporte de ônibus, não é? Você tem corredores exclusivos que dão uma agilidade maior para a circulação na cidade, mas a cidade de Cuiabá, o estado do Mato Grosso, há algum tempo, pautou ao governo federal quanto à possibilidade de ajustar a matriz, alterando o modal para um veículo leve sobre trilhos. A argumentação local é de que aumentaria a capacidade de transporte urbano da cidade, teria um impacto mais positivo na região metropolitana de Cuiabá. A partir daí, foi feito o estudo técnico, foi apresentado a viabilidade por parte dos governos do Mato Grosso e da cidade de Cuiabá. E, ao final, nós ajustamos. O governador tem um calendário que passa pela licitação dessa obra, usando inclusive regime diferenciado de contratações, que permite mecanismos mais céleres de contratação. E a licitação deve acontecer num prazo muito breve. E há a perspectiva de entrega do VLT até dezembro de 2013. Portanto, o acordo firmado com o governo do Mato Grosso é de que, até dezembro de 2013, teremos pronto o VLT. Nós confiamos no cronograma apresentado pelo governador, no estudo técnico feito pelo governo do estado, e essa é a aposta que nós fazemos. Será um meio de transporte moderno, energia limpa, e espero que seja uma marca positiva na Copa de 2014. Assim como o estádio... o nosso Verdão, que também tem um ritmo muito bom. Ontem fizemos um balanço com o governador com relação ao estádio, eu vi que... Se você observar... Se você passar próximo ao estádio, Michely, você vai ver que uma parte grande dos pré-moldados que serão utilizados no estádio já está pronta. Uma parte grande dos pré-moldados está pronta e, agora, feitas as fundações, que também está na fase... Mais de 90% das fundações do estádio já foram executadas. Vai crescer rapidamente essa obra do estádio, aí, na cidade de Cuiabá. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ministro Orlando Silva, vamos agora a São Paulo, conversar com a Rádio Cultura FM de São Paulo, capital. Gilson Monteiro, bom dia. REPÓRTER GILSON MONTEIRO (Rádio Cultura FM / São Paulo - SP): Oi, Kátia, bom dia. Bom dia, Ministro. MINISTRO ORLANDO SILVA: Bom dia. REPÓRTER GILSON MONTEIRO (Rádio Cultura FM / São Paulo - SP): São Paulo, toda vez que a gente fala em São Paulo, se a gente perguntar para qualquer um de todo o país, a referência de São Paulo, o problema é a locomoção. E a gente pensa aí na construção do principal estádio, agora, de São Paulo, aí, para a Copa, cotado como a sede para a abertura, e está em Itaquera, no extremo leste da cidade. O extremo leste já é densamente populacional, já tem muita gente morando. Para se locomover, hoje, a gente tem problemas no trânsito e no transporte público. O governo do estado já até anunciou alguns investimentos. Mas isso não é uma preocupação também do governo federal? Quer dizer, o governo federal não deve investir um pouco mais na questão da locomoção em São Paulo, Ministro? MINISTRO ORLANDO SILVA: Veja, Gilson, sejamos justos com a cidade de São Paulo. O trânsito, o tráfego, não é um problema paulista apenas. Semana passada, eu acompanhava a presidenta Dilma numa agenda em Nova Iorque... É incrível! Andar em Nova Iorque não é simples. Todas as grandes cidades do mundo - Londres, Paris -, todas as grandes cidades do mundo, se você observar, o desafio é... Um desafio é a mobilidade urbana, a circulação das pessoas na cidade. Então, sejamos justos com a nossa querida cidade de São Paulo. Mas, ao mesmo tempo, você tem razão. São Paulo precisa agir para melhorar a circulação das pessoas. Eu, pessoalmente, acompanho esse assunto, porque a minha origem, a minha residência, hoje, é na cidade de São Paulo, e sei que o governo do estado tem feito e tem financiamento do BNDES, portanto, participação do governo federal. Tem feito um programa de expansão do metrô, não é? Que é um investimento elevado, mas, numa cidade do porte de São Paulo, é a medida adequada para ter, digamos, um trabalho mais eficiente no transporte. Diria, Gilson, que um projeto que foi estruturado para a Copa do Mundo que, inclusive, antes, quando a Copa aconteceria em São Paulo, no estádio do Morumbi, mas que a decisão nossa é manter o projeto, ele vai ter uma repercussão interessante para a cidade, porque, hoje, se você observar, não tem conexão do aeroporto de Congonhas ou do aeroporto de Guarulhos com o sistema de trens, nem de metrô. E um projeto que foi selecionado ainda quando era o Morumbi prevê a conexão da linha Norte-Sul do metrô, aquela linha que vai para o Jabaquara, com o aeroporto de Congonhas, através de um monotrilho, o que é uma coisa muito importante, que vai ter uma conexão direta de Congonhas com o metrô, e essa conexão vai seguir de Congonhas até a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, a CPTM, que passa ali na chamada Marginal Pinheiros. Portanto, nós teremos, como legado da Copa em São Paulo, uma linha de monotrilho que vai conectar o metrô ao aeroporto de Congonhas e ao sistema de trens. Isso é um ganho. Apesar de não ser mais no Morumbi, mas a decisão de manter esse investimento é que vai ficar um legado para a cidade. Pouco mais de R$ 1 bilhão foi financiado pelo governo federal e tem uma grande contrapartida do estado de São Paulo para que esse experimento fique de pé. Eu conversei na segunda-feira com o governador Geraldo Alckmin, que me relatou que, na sexta-feira que completou mil dias para a Copa do Mundo no Brasil, o governador, o prefeito Kassab, o grande Ronaldo Fenômeno, entre outros, eles foram da Estação da Luz, que é no centro de São Paulo, até Itaquera, de metrô, e levaram 20 minutos. E há uma perspectiva do governo, inclusive, de modernizar os trens, que também há trem que leva você até Itaquera. E tem algumas intervenções viárias, algumas alças de acesso à Radial Leste e a outras rodovias próximas à região de Itaquera, que vai ter um impacto importante na região. Então, eu diria, Gilson, que você tem razão no que diz respeito à importância de investir em transporte, tem esses investimentos já definidos, que são os investimentos necessários para Itaquera ter um bom acesso, e creio que o impacto, Gilson, vai muito além da Copa. Eu tenho certeza que a região de Itaquera, onde está sendo construído o estádio do Corinthians, viverá um dinamismo econômico muito forte em função da construção desse estádio e dessas melhorias de infraestrutura. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. Eu sou Kátia Sartório e estamos, hoje, com o Ministro do Esporte, Orlando Silva, que conversa com âncoras de emissoras de rádio de todo o país, neste programa que é coordenado e produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços. Ministro, vamos, agora, à Rádio Nacional AM, aqui de Brasília, conversar com Válter Lima. Bom dia, Válter. REPÓRTER VÁLTER LIMA (Rádio Nacional AM / Brasília - DF): Bom dia, Kátia. Muito bom-dia, Ministro Orlando Silva. Bem, Ministro, duas questões: de quem é a decisão sobre a cidade que sediará a abertura da Copa do Mundo no Brasil? É da Fifa, que organiza o evento, ou do Estado Brasileiro, que sedia e banca a disputa? E mais: Brasília é a capital do país. Por que a cidade tem de entrar na disputa que define quem sediará a abertura da Copa, uma vez que, sendo a capital de todos os brasileiros, automaticamente, não fica sendo a cidade para esse evento, Ministro? MINISTRO ORLANDO SILVA: Válter, é um prazer falar contigo. Veja, a decisão sobre quais seriam as cidades que receberiam o Mundial, as 12 cidades, foi uma decisão da Fifa, a partir de uma análise técnica que eles realizaram. Você se recorda, Válter? Havia outras cidades disputando o direito de receber a Copa do Mundo, e a Fifa optou por essas cidades, levando em conta critérios técnicos e a consistência do projeto que foi apresentado. A decisão sobre as fases finais, sobre as cerimônias e o jogo de abertura, sobre o jogo de encerramento da Copa do Mundo também é da Fifa. E é bom dizer que nós temos estimulado que os critérios técnicos sejam utilizados pela Fifa, no nosso diálogo com eles, porque é muito importante ter base objetiva, técnica, considerar a cidade que tem melhores condições, levando em conta as características de cada fase da Copa, levando em conta as características de cada evento. Vou dar um exemplo para ti, Válter. A abertura da Copa é um momento que reúne o maior número de chefes de estado. Então, temas como aeroporto para a aviação geral, a aviação executiva, temas como hotéis para receber chefes de estado são critérios centrais, fundamentais para trabalhar a cidade da abertura da Copa. Portanto, eu diria que a Fifa deve ter critérios técnicos e objetivos. São quatro cidades, como você sabe, que se colocaram: a cidade de Salvador, que foi a primeira capital do Brasil; a cidade de Brasília, que é a atual capital do Brasil; a cidade de São Paulo, que é a uma cidade, enfim, da importância que sabemos; e Belo Horizonte, que também tem uma larga traição no futebol, na economia, enfim, uma cidade de muito destaque. Entre essas quatro, a Fifa deve escolher qual será a cidade da abertura do Mundial. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro, e o nosso convidado de hoje, o Ministro do Esporte, Orlando Silva. Ministro, vamos a João Pessoa, na Paraíba, conversar com a Rádio Correio 98 FM, de João Pessoa. Pollyana Sorrentino, bom dia. REPÓRTER POLLYANA SORRENTINO (Rádio Correio 98 FM / João Pessoa - PB): Bom dia. Bom dia, Ministro Orlando Silva. Aqui na Paraíba, muito se fala sobre a Copa de 2014, mas pouco se tem a respeito da participação efetiva do nosso estado, pois o estado não é sede e nem subsede da Copa. Qual a real colaboração que a Paraíba pode dar em 2014, Ministro? MINISTRO ORLANDO SILVA: Bom dia, Pollyana. Veja, a cidade de João Pessoa vive uma situação curiosa. Talvez seja uma das cidades que terão mais benefícios com o turismo, em função da Copa do Mundo, por um detalhe simples: ela está do lado de uma sede, que é a cidade de Natal; e do outro lado, de outra sede, é a cidade de Recife. Um automóvel, uma viagem curta de duas horas, talvez, Pollyana, você consegue se deslocar de uma cidade dessa para outra. Então, a primeira questão que eu não tenho a menor dúvida é que João Pessoa será um destino de muito interesse para os visitantes que virão ao Brasil. Deve ser um destino do interesse, inclusive, de seleções que virão treinar no Brasil. João Pessoa é uma cidade que tem uma boa estrutura, um povo muito acolhedor, não é? Ao mesmo tempo, uma cidade muito tranquila, o que pode, digamos assim, atrair seleções que, na fase de preparação do Mundial, estarão no Brasil, estarão no Brasil se ambientando. E, portanto, eu creio que a cidade deve fazer o que tem feito: preparar um projeto, apresentar às seleções que se classificarem para o Mundial do Brasil para atraí-las, para que estejam entre os paraibanos, para que esteja em João Pessoa, na fase prévia ao Mundial. E, sobretudo, na área de turismo, é preciso ter uma atitude muito positiva, porque muita gente vai estar circulando em torno de João Pessoa. Daí eu acreditar que é uma cidade que tem um papel importante. Aproveito até, Pollyana, me permita, para agradecer à cidade de João Pessoa por ter recebido, há poucas semanas, as Olimpíadas Escolares. Nós tivemos perto de cinco mil visitantes do Brasil inteiro, a maioria deles jovens, crianças de 12 a 14 anos, que participaram dos jogos escolares. E todos ficaram muito encantados com as instalações, com os serviços, sobretudo com o acolhimento que a cidade ofereceu ao futuro do esporte brasileiro. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ministro Orlando Silva, vamos a Belo Horizonte, Minas Gerais, Rádio Inconfidência AM. Júlio Baranda, bom dia. REPÓRTER JÚLIO BARANDA (Rádio Inconfidência AM / Belo Horizonte - MG): Muito bom-dia, Kátia. Muito bom-dia, Ministro Orlando Silva. Ministro, eu vou aproveitar para fazer duas perguntas em uma. Na verdade, aqui em Minas Gerais, assim como vários estados brasileiros, existem medidas proibitivas da venda de bebidas alcoólicas e também medidas que beneficiam estudantes e pessoas idosas na compra... No pagamento de meio ingresso, a meia entrada. E a Copa do Mundo, na realização dela, já há previsão de que vão ser vendidas bebidas alcoólicas e também que os ingressos não terão essa meia entrada. Quer dizer, isso vai ultrapassar essas medidas brasileiras. E um outro caso: o Mineirão é um dos estádios em que está em uma fase, nas obras, mais adiantadas do país. Como será a escolha, afinal, para a abertura da Copa do Mundo? Será por méritos ou será uma escolha política, Ministro? MINISTRO ORLANDO SILVA: Bom dia, Júlio. Prazer falar contigo e, particularmente, com os amigos mineiros. Como eu disse, com relação à abertura, agora há pouco, Júlio, nós temos estimulado a escolha objetiva, técnica, valorizando os aspectos técnicos, a condição que a cidade oferece. Evidentemente que estádio não é o único critério. Estádio é o lugar da competição, e você tem exigências técnicas de capacidade do estádio, de área para a imprensa, de infraestrutura. Um jogo de abertura é um jogo diferente, é um jogo especial, é o jogo que tem a maior quantidade de VIPs, não é, como se fala, de chefes de estado, enfim. Então, o critério não é só o estádio. É estádio, é a aviação em geral, aeroportos secundários para apoiar o aeroporto principal da cidade, é rede hoteleira, porque exige uma capacidade grande de hotéis. Então, o critério, eu creio que a Fifa deve utilizar critérios técnicos, indicadores técnicos para escolher o lugar de abertura. Tenho, inclusive, Júlio, estimulado a Fifa, na conversa que faço com eles, quanto à necessidade de ter eventos importantes da Copa no maior número possível de cidades. Você vê, o Rio acabou de fazer o sorteio preliminar, que é um evento superimportante. E há outros eventos superimportantes, e a minha expectativa é que várias cidades do Brasil possam receber vários eventos importantes, que não se resumem à abertura da Copa, há também outros momentos muito importantes. Você se referiu a dois temas - a meia entrada em estádios brasileiros e a venda e consumo de bebidas em estádios brasileiros - que merecem o seguinte comentário. Primeiro, a proibição de consumo de bebidas alcoólicas no Brasil é fruto de um regulamento de competições da CBF. Não é a lei, exatamente, que proíbe, mas o regulamento de competição da CBF veda a possibilidade de consumo de bebidas alcoólicas nos estádios. Então, isso se aplica ao torneio nacional, ao Campeonato Brasileiro. É claro que tem estados do Brasil, eu confesso que não sei se é o caso de Minas Gerais, mas sei que tem alguns estados do Brasil que há leis estaduais que vedam o consumo de bebidas alcoólicas. Então, esse é um assunto, onde há lei estadual, que deverá ser feita uma discussão com o estado onde há vedação explícita a isso. E há uma demanda da Fifa com relação a esse assunto e é um tema que está sendo estudado, avaliado. É preciso observar os vários aspectos dessa questão, porque o Mundial é um evento que tem as suas características. Tem, inclusive, um perfil, o seu público, que tem um perfil específico. É um Mundial que tem... Um evento onde a Fifa tem compromissos com patrocinadores. Então, é um tema que vai ser tratado, Júlio, com muito cuidado. Já a meia entrada, houve um debate se o projeto de lei que o governo enviou ao Congresso Nacional restringia meia entrada. Eu falei: “Olha, no caso de estudantes, não há lei nacional, lei federal que verse sobre meia entrada”. Portanto, não teria como o governo federal tratar de um assunto que não existe lei, de um lado; e, de outro lado, há leis estaduais. Mas o Congresso do Brasil intervir em leis estaduais poderia criar uma espécie de uma crise institucional, até, porque uma Assembleia Legislativa é um órgão do Poder Legislativo Estadual. Então, a questão da meia entrada não tem aspecto federal, tem leis estaduais e, portanto, será uma tema tratado com os estados. A única lei federal que existe sobre meia entrada é o Estatuto do Idoso, e a decisão do governo é não suspender esse direito à população idosa do Brasil. É o que eu teria a dizer sobre a questão da meia entrada. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: E aproveitando que o Júlio está lá em Belo Horizonte, a gente tem uma boa notícia, não é, Ministro, que a prefeitura de Belo Horizonte acaba de assinar um termo de combate à pirataria na Copa de 2014. MINISTRO ORLANDO SILVA: Fundamental. Parabéns ao prefeito Márcio Lacerda. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Vamos, agora, a Manaus, conversar com a Rádio Rio Mar AM, de Manaus, no Amazonas. Miro Barbosa, bom dia. REPÓRTER MIRO BARBOSA (Rádio Rio Mar AM / Manaus - AM): Bom dia, Ministro dos Esportes, Orlando Silva. Eu sou Miro Barbosa, da Rádio Rio Mar de Manaus, coordenador de esportes. Ministro, sabe-se que, aqui em Manaus, nós temos um serviço de internet de péssima qualidade e isso poderá travar o trabalho da imprensa na hora de enviar as suas matérias para as suas redações. Como o Ministro... APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Nós não estamos entendendo a sua pergunta, Miro. Miro, por favor, melhore o seu retorno para a gente. Nós não estamos conseguindo ouvi-lo. REPÓRTER MIRO BARBOSA (Rádio Rio Mar AM / Manaus - AM): Ministro. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Agora, sim. REPÓRTER MIRO BARBOSA (Rádio Rio Mar AM / Manaus - AM): Bom dia. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Bom dia. MINISTRO ORLANDO SILVA: Bom dia. REPÓRTER MIRO BARBOSA (Rádio Rio Mar AM / Manaus - AM): Ministro Orlando Silva, sabe-se que, aqui em Manaus, nós temos um serviço de internet de péssima qualidade e isso poderá travar os trabalhos da imprensa na hora de enviar materiais para as suas redações. Como o Ministro está tentando resolver essa questão junto ao comitê local? MINISTRO ORLANDO SILVA: Bom dia, Miro. Miro, existe um... Essa é uma responsabilidade do Ministério das Comunicações. Inclusive, nós aguardamos as especificações técnicas da Fifa, porque a Fifa pretende, no Brasil, utilizar as mais modernas tecnologias de telecomunicações em 2014. Portanto, há pouco, a Fifa definiu as chamadas especificações técnicas, que são as demandas que eles têm de comunicações, porque eles querem utilizar o que há de mais moderno, e o que é muito bom para o Brasil, até para transmitir a imagem de país moderno, com boa infraestrutura. O Ministério das Comunicações é quem tem a responsabilidade por garantir um sistema de banda larga, um sistema eficiente para a transmissão de dados. Então, há, inclusive, em Manaus, a previsão de investimentos para que tenhamos um sistema eficiente para a Copa, e vai ficar como legado depois, para que a imprensa possa utilizar um sistema eficiente de transmissão de dados. Há uma estimativa inicial de perto de R$ 200 milhões que serão investidos focados na melhoria de infraestrutura de comunicações para a Copa do Mundo. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ministro, vamos a Mossoró, no Rio Grande do Norte, conversar com a Rádio Rural de Mossoró AM. Cristian Cidarta, bom dia. REPÓRTER CRISTIAN CIDARTA (Rádio Rural de Mossoró AM / Mossoró - RN): Bom dia. Bom dia ao Ministro Orlando Silva. Ministro, a minha pergunta é: há sempre uma grande defesa por parte dos governantes locais, pelo menos do nosso, da nossa governadora, em olvidar todos os esforços para trazer a Copa, os jogos da Copa para o nosso estado. Isso, realmente, se conseguiu. Natal, a nossa capital, vai sediar jogos da Copa de 2014. O que de benefícios o senhor, enquanto Ministro, consegue enxergar, e que investimento, por exemplo, o senhor poderia citar como bons exemplos de que vale a pena, econômica e financeiramente, para o estado ter feito esse esforço para sediar jogos da Copa? Isso não só para a cidade onde ele acontece, mas, por exemplo, eu falo de Mossoró e estou estrategicamente localizado entre Fortaleza, capital do Ceará, e Natal, capital do nosso estado. Então, até onde as cidades circunvizinhas e nós, que não somos tão vizinhos assim, somos até um pouco distantes, mas somos a segunda maior cidade do estado e localizados em uma posição dessa, até onde a economia do estado, até onde, financeiramente falando, é compensador você fazer um investimento como esse que o nosso estado também está se mobilizando e já começando a fazer? MINISTRO ORLANDO SILVA: Veja, Cristian, é uma oportunidade. O estado do Rio Grande do Norte tem recebido mais investimentos em função da Copa do Mundo. Por exemplo, R$ 361 milhões foram financiados para melhorar o transporte da cidade de Natal. Melhora a capital, mas, ao mesmo tempo, gera empregos para o estado, não é? Isso vai trazer mais turismo para a cidade de Natal, para o estado do Rio Grande do Norte. Com certeza, cada vez mais gente que for à Natal vai dar uma esticadinha até Mossoró. Portanto, eu diria que nós temos que potencializar turismo, temos que valorizar a geração de empregos do Mundial, que é um fato que acontece, e outros ganhos. Na área de segurança, haverá investimentos importantes que vai repercutir para o estado como um todo. Então, eu creio que o governo fez bem de disputar o direito de receber a Copa do Mundo. E haverá ganhos em serviços, em infraestrutura e em geração de empregos. E, no futuro, eu creio que Natal, o Rio Grande do Norte, um ganho muito importante na área turística. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ministro, vamos agora a Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, conversar com a Rádio Universidade AM, da Ufrgs. Rejane Salvi, bom dia. REPÓRTER REJANE SALVI (Rádio Universidade AM / Porto Alegre - RS): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministro. Qual é a avaliação que o Ministro faz do andamento das obras para a Copa aqui no Rio Grande do Sul e que tipo de preocupação se tem na certificação ambiental dessas obras? MINISTRO ORLANDO SILVA: Bom dia, Rejane. Eu... O Rio Grande do Sul, enfim, dispensa comentários sobre a tradição, a força do futebol, a importância da cidade de Porto Alegre. O estádio do Beira Rio, o Internacional avançou na fase em que ele sustentou, isoladamente, essas obras. Você sabe que o Internacional fez um acordo com uma grande construtora, e eu sei que esse acordo, nos próximos dias, deve ser formalizado. Há o interesse de contrair financiamento do BNDES, e nós temos confiança que o estádio do Beira Rio cumprirá os prazos e estará pronto no momento adequado. No caso de mobilidade urbana, tem uma intervenção na Severo Dullius, que é uma intervenção importante para o acesso ao estádio do Beira Rio, que está em curso, e há outros oito projetos de mobilidade urbana que estão em fase de licitação. O prefeito Fortunati, que é o responsável por essas intervenções, tem consciência da necessidade de acelerar o ritmo dessas obras. E eu imagino que, na virada de 2011 para 2012, nós perceberemos, claramente, as obras em execução na cidade de Porto Alegre. Certificação ambiental é o interesse nosso da Copa. Nós queremos fazer a Copa mais verde da história. Os estádios, todos os estádios da Copa, têm certificação ambiental. É uma exigência da Fifa. Foi uma exigência nossa para garantir o financiamento do BNDES. E mobilidade e transporte, também esse assunto da sustentabilidade ambiental permeia. Nós valorizamos os que usam energia limpa, os que usam biocombustíveis, veículos sobre trilhos; tudo isso vai fortalecer o selo verde que a Copa deve ter no Brasil. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ministro Orlando Silva, do Esporte, eu gostaria de agradecer, mais uma vez, sua participação no Bom Dia, Ministro. MINISTRO ORLANDO SILVA: Eu posso fazer um convite? APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Claro. MINISTRO ORLANDO SILVA: Eu queria convidar a todos que nos acompanham para conhecer o portal da Copa. O endereço é: www.portaldacopa.gov.br. Tomara que seja assim: www.portaldacopa.gov.br, para que vocês possam ter, em tempo real, as informações sobre a preparação do Mundial do Brasil. É sempre atualizado, e vocês terão a oportunidade de acompanhar. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: É o .org? MINISTRO ORLANDO SILVA: .gov.br. É uma chance que vocês têm de acompanhar, em tempo real, a preparação do Mundial. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: O portal, inclusive, está transmitindo essa entrevista, Ministro. MINISTRO ORLANDO SILVA: Parabéns ao Portal da Copa pela transmissão da entrevista. Muito obrigado. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada pela participação, Ministro. E a todos que participaram conosco desse programa, até a próxima edição.
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29/09/2011 - Projeto de Lei para Copa 2014 e preparativos do Brasil para o evento foram temas do Bom Dia Ministro
O ministro do Esporte, Orlando Silva, falou sobre o segundo balanço da preparação do País para a Copa do Mundo FIFA Brasil 2014 e também explicou o projeto de lei da Copa. Conforme o balanço, todas as 12 cidades-sede iniciaram obras em seus estádios. Oito deles estarão concluídos até final de 2012 e os restantes estarão prontos até o final de 2013, a tempo portanto de sediar os jogos. Todas as arenas terão certificação ambiental. Os investimentos em aeroportos, realizados integralmente pelo governo federal, ultrapassam R$ 6,4 bilhões, em 13 aeroportos nas cidades-sede. Em oito aeroportos, as obras estão iniciadas. Já em relação aos portos, são sete obras de execução rápida, que visam essencialmente à construção de terminais turísticos modernos e adequados à demanda crescente de cruzeiros no litoral brasileiro.
12/12/2016
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17:57
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