APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Olá, amigos em todo o Brasil. Começa, agora, mais uma edição do Programa Bom Dia, Ministro, o programa que tem a coordenação e produção da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços. Hoje, o nosso convidado é o Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Bom dia, Ministro. Seja bem-vindo. MINISTRO EDISON LOBÃO: Bom dia, Kátia. Bom dia a todos os nossos companheiros do interior. Estou à disposição dos senhores. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Na pauta do programa de hoje, a redução das tarifas de energia elétrica e também os programas sociais do governo no setor elétrico. O Ministro de Minas e Energia já está aqui no estúdio pronto para conversar com âncoras de emissoras de rádio de todo o país. E quem já está na linha, Ministro Edison Lobão, é Rubéns Gonçalves, da Rádio 96 FM, de Palmas, no Tocantins. Olá, Rubéns. Bom dia para você. REPÓRTER RUBÉNS GONÇALVES (Rádio 96 FM / Palmas - TO): Olá. Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministro. É um prazer participar do programa. Eu gostaria de saber do senhor, Ministro, com relação à nossa capacidade de produção. Tocantins, como o senhor sabe, o senhor conhece, aliás, é um estado vizinho ao seu, que é o Maranhão, a gente tem uma grande capacidade de produção, produzimos, consumimos, aliás, cerca de apenas 10% daquilo que produzimos. É bem verdade que o sistema é integrado, não quer dizer que a gente consuma energia daqui, mas, enfim, eu gostaria de saber do senhor o seguinte, já que os chamados estados produtores do pré-sal querem receber mais royalties, porque, então, apesar da redução significativa aí, pelo governo federal, da energia elétrica, da tarifa de energia elétrica, por que os estados que produzem mais não têm uma redução ainda maior? Aliás, essa é uma luta também de um deputado federal aqui do Tocantins, o deputado César Halum. MINISTRO EDISON LOBÃO: Rubéns, o estado do Tocantins é abençoado por um rio que também serve ao Maranhão e ao Pará, que é o Rio Tocantins. Diversas hidrelétricas foram ali construídas, e, como você acentuou no começo, o sistema nosso é integrado e a energia é produzida aqui e consumida pelo país afora. É assim que é. Não há uma razão específica para a redução da energia nos estados produtores. Os estados produtores se beneficiam, desde logo, do ISS, que é cobrado durante a construção da hidrelétrica, de alguns royalties, de algumas vantagens que municípios ao lado do reservatório acabam tendo esse benefício, que é elevado. Essa é a forma de se contemplar, ainda mais, os estados e os municípios onde a energia é gerada. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você tem outra pergunta, Rubéns Gonçalves, da Rádio 96 FM, de Palmas, no Tocantins? REPÓRTER RUBÉNS GONÇALVES (Rádio 96 FM / Palmas - TO): Sim, Kátia. Eu queria saber em relação, agora, aos gastos com programas sociais como o Luz para Todos e o Tarifa Social deixarão de ser cobrados. Qual será o efeito disso? Ou seja, as políticas públicas, elas continuam mantidas, mas, nesse caso, não vai incidir em nada sobre as tarifas, é isso? MINISTRO EDISON LOBÃO: Exatamente. A Tarifa Social é uma tarifa mais barata cobrada pelo governo para que as pessoas que menos podem não sofram tanto com o preço da energia. Anteriormente, esta tarifa era bancada por um dos tributos cobrados da própria conta de luz, era um encargo social que se cobrava para financiar a tarifa social do povo mais pobre, e também cobravam-se recursos para o Luz para Todos. Hoje, isso não mais vai acontecer. A conta de luz de todos os brasileiros virá, está vindo já, sem esta cobrança. O Tesouro Nacional Brasileiro vai bancar esta despesa. Os programas sociais não serão suspensos, nenhum deles, porém serão bancados pelo Tesouro Nacional e não mais pela conta de luz. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o Programa Bom Dia, Ministro, eu sou Kátia Sartório, e estamos, hoje, com o Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que responde a perguntas de âncoras de rádio de todo o país. Ministro, depois de Tocantins, vamos a Teresina, no Piauí. Vamos falar com a Rádio Pioneira AM, de Teresina, onde está Gil Costa. Olá, Gil. Bom dia. REPÓRTER GIL COSTA (Rádio Pioneira AM / Teresina - PI): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministro Edison Lobão. MINISTRO EDISON LOBÃO: Bom dia, Gil.REPÓRTER GIL COSTA (Rádio Pioneira AM / Teresina - PI): Ministro, eu não sei se vou fugir um pouco aí da pauta das discussões, mas é algo de interesse tanto para o seu estado como também para o estado do Piauí, a questão dos leilões para a exploração do petróleo na bacia do Rio Parnaíba. Eu queria saber do senhor, inicialmente, como que está isso, não é, porque isso vai ser muito importante para o estado e, inclusive, também isso pode ser utilizado como uma fonte alternativa, até, de energia. Então, inicialmente, eu perguntaria ao senhor como estão esses editais de exploração, aqui no Piauí, dessa questão do petróleo.MINISTRO EDISON LOBÃO: Gil, a pergunta é muito boa. A bacia do Parnaíba contempla não apenas o Piauí, mas também o Maranhão. O que ocorreu recentemente? Fizemos um certame da bacia do Parnaíba e encontraram-se várias manifestações de gás do lado maranhense, nas proximidades de Capinzal; Capinzal, Presidente Dutra, Codó, naquela região. Como houve uma manifestação tão grande de gás, foram instaladas algumas termoelétricas movidas, portanto, a gás naquele local, na beira do poço, que tem também uma linha de transmissão e uma subestação de energia ali. Bom, até mesmo animados por isso e por todas as razões, nós estamos realizando, agora em maio, um novo leilão para mais de 200 blocos exploratórios do Brasil, entre os quais, com a quantidade considerável, na bacia do Parnaíba, já então no Piauí e no Maranhão de novo. E eu espero que sejam leiloados esses blocos e que o resultado seja semelhante ao resultado da vez passada. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você tem outra pergunta, Gil Costa, da Rádio Pioneira AM, do Piauí? REPÓRTER GIL COSTA (Rádio Pioneira AM / Teresina - PI): Me desculpem, mas seriam quase duas. Eu perguntaria ainda ao Ministro com relação à exploração de minérios em paulistana, onde tem um minério de uma boa qualidade a nível internacional, inclusive, e perguntaria também ao Ministro como ficaria, mais ou menos, a questão da redução de energia aqui no caso do Nordeste, do Piauí, com essa redução da energia agora ocorrida. MINISTRO EDISON LOBÃO: As manifestações de minério no Piauí são consideráveis também. Existem várias manchas com grande produtividade. Nós estamos concluindo o Marco Regulatório, o novo Marco Regulatório com o novo Código Mineral Brasileiro, e o Piauí será um daqueles que terão, desde logo, liberadas as explorações em várias áreas, várias cidades do estado, que ali se encontram muitos minérios, sobretudo minério de ferro. Quanto à redução na conta de luz, eu quero dizer não apenas a você, Gil, ao povo do Piauí, mas a todo o Brasil, que está nos ouvindo, que a redução veio para valer. É um ato revolucionário deste governo, porque importou em muita coragem para fazer o que foi feito. É uma atitude inédita no Brasil, e eu acho até também no mundo. Como se sabe, de um modo geral, os preços de tudo se elevam, se elevam mais, se elevam menos. O que se fez aqui foi reduzir os custos da energia para todo o povo brasileiro, para a indústria, para o comércio e para as residências todas, em média, 20%. E não foi uma redução feita por um mês, por dois meses, e sim para o resto da vida. Ela está sendo incorporada ao sistema de produção de energia e de fornecimento de energia elétrica, um desconto médio de 20%; para algumas residências, a partir de 18%, chegando a 32% para a indústria brasileira. E quero dizer mais, quando você desconta 32% da energia da indústria, nós estamos, com isso, barateando também os produtos que são ali fabricados para o povo e para a exportação. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Gil Costa, da Rádio Pioneira AM, de Teresina, no Piauí, pela participação com a gente no Programa Bom Dia, Ministro. O programa, hoje, recebe o Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Ministro, vamos agora a Belém do Pará conversar com a Rádio Belém FM, onde está Antônio Carlos. Bom dia, Antônio Carlos. REPÓRTER ANTÔNIO CARLOS (Rádio Belém FM / Belém - PA): Bom dia a todos. Bom dia, Ministro Edison Lobão. MINISTRO EDISON LOBÃO: Bom dia, Antônio Carlos.REPÓRTER ANTÔNIO CARLOS (Rádio Belém FM / Belém - PA): Nós falamos que o Pará é um gerador de energia, através de suas usinas aqui no Pará, fora a usina de Belo Monte também, que vai gerar energia para todo o Brasil. Sabemos que o Pará, em Belém, praticamente, é uma cidade escura, e percebemos que com essa redução da tarifa de energia, será que vai deixar de investir em novas luminárias, novos postes de energia na capital, que está praticamente nas escuras, Ministro? Um bom dia.MINISTRO EDISON LOBÃO: Muito bom dia. Olha, a iluminação municipal é feita às expensas do consumidor, que ele recolhe uma taxa que vai para a companhia elétrica, que repassa à prefeitura municipal. Então, chama-se iluminação pública. Essa iluminação é bancada, portanto, em geral, na conta de luz dos consumidores. Ela tem que ser bem feita, e é benfeita e ela é benfeita em quase todo o país. Se há algum município em que ela é precária, é uma questão de reclamar com a distribuidora e com a prefeitura local. E se isso não resolver nada, uma reclamação à Aneel, que fiscaliza todo o processo. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você tem outra pergunta, Antônio Carlos, da Rádio Belém FM? REPÓRTER ANTÔNIO CARLOS (Rádio Belém FM / Belém - PA): Sim, é em relação... Já que hoje os programas sociais como o Luz para Todos e a Tarifa Social deixarão de ser pagos pelos consumidores e passarão a ser custeados pela União, existe também, aqui no Pará, alguns indígenas que têm aí a [ininteligível]. Eles também terão este direito de ter custeados pela União essas energias, as comunidades indígenas, Ministro? MINISTRO EDISON LOBÃO: Sim, Antônio Carlos, as comunidades indígenas já estão recebendo o Luz para Todos. E dirá você: “Mas eu sei de uma comunidade indígena que ainda não recebeu”. Sim, seguramente, existem várias que ainda não receberam, mas todas vão receber, assim como os quilombolas e todos os brasileiros do interior, que não conheciam energia elétrica e estão sendo, paulatinamente, atendidos pelo Luz para Todos. Nós já colocamos energia elétrica nas residências de 15 milhões de brasileiros. E, na verdade, o programa, o projeto, era para dez milhões de brasileiros, já chegamos a 15 milhões de brasileiros. Somente no governo Dilma, o projeto contemplava cerca de 700 mil ligações, o que significa, mais ou menos, 3,5 milhões de brasileiros, e nós já cumprimos a metade dessas 700 mil ligações em dois anos. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Antônio Carlos, da Rádio Belém FM, pela participação com a gente no Bom Dia, Ministro. E de lá de Belém, Ministro, vamos a São Paulo capital falar com a Rádio Estadão ESPN, lá de São Paulo, onde está Lucas Lagatta. Olá, Lucas. Bom dia. REPÓRTER LUCAS LAGATTA (Rádio Estadão ESPN / São Paulo - SP): Bom dia. Bom dia ao Ministro Edison Lobão. MINISTRO EDISON LOBÃO: Bom dia, Lucas. REPÓRTER LUCAS LAGATTA (Rádio Estadão ESPN / São Paulo - SP): Bom dia. Ministro, eu gostaria de saber se ainda há espaço para ampliar, ainda mais, a redução na tarifa de energia elétrica no Brasil.MINISTRO EDISON LOBÃO: Anualmente, realiza-se uma remodelagem nas contas, que é feita por um cálculo da Aneel que se chama revisão tarifária, uma vez por ano. Essas revisões, às vezes, são para mais, mas, em alguns momentos, são para menos. O que se fez agora, esse ato de coragem a que eu me referi ainda há pouco, da presidente da República, Dilma, foi uma redução considerável, e todas as contas de energia desse mês já chegaram com a redução. Nós não temos tido nenhuma reclamação de alguém que tenha recebido a sua conta sem a redução, e é uma redução grande de, no mínimo, 18% na conta residencial. Em alguns estados, esta redução foi para mais, chegou a 19, e em alguns poucos lugares a 22, 23%. Agora, a conta industrial chega a 32% de redução. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você tem outra pergunta, Lucas Lagatta, da Rádio Estadão, de São Paulo? REPÓRTER LUCAS LAGATTA (Rádio Estadão ESPN / São Paulo - SP): Eu tenho, sim. Eu gostaria de saber se o governo tem intenção de construir novas usinas hidrelétricas, se há esse plano ou se planeja investir em outros meios para conseguir energia. MINISTRO EDISON LOBÃO: Lucas, o nosso sistema é hidrotérmico que contempla, basicamente, a existência de hidrelétricas. Nós temos cerca de 80%, 75, 80% de toda a nossa energia elétrica é provida do sistema hídrico. Nós vamos continuar construindo, e estamos, nesse momento, construindo várias hidrelétricas, porque é uma energia renovável, limpa e mais barata para o povo. Portanto, nós vamos perseverar nessa luta, mais e mais hidrelétricas. Temos tido dificuldades muito grandes com as questões ambientais, as questões indígenas, mas devo dizer que até as questões ambientais já estão sendo removidas e mais facilitadas. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Lucas Lagatta, da Rádio Estadão, de São Paulo, pela participação com a gente no Bom Dia, Ministro. Eu sou Kátia Sartório, e estamos, hoje, com o Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que conversa com âncoras de emissoras de rádio de todo o país. Ministro, vamos agora a Juiz de Fora, Minas Gerais, falar com a Rádio Itatiaia, de Juiz de Fora, onde está Desia Souza. Bom dia, Desia.REPÓRTER DESIA SOUZA (Rádio Itatiaia / Juiz de Fora - MG): Um bom dia para você. Bom dia ao Ministro. É um prazer participar desse quadro. Eu gostaria de perguntar para o Ministro o seguinte: os estados que não aderiram à questão da redução da tarifa de energia elétrica, a população desse estado, ela pode ficar prejudicada de alguma forma em termos de percentuais de redução da tarifa? MINISTRO EDISON LOBÃO: A população não perderá absolutamente nada daquilo que foi destinado a todos os brasileiros. Nos estados em que as companhias geradoras de energia, ou transmissoras, não aderiram ao programa do governo federal, o governo federal resolveu bancá-las. Então, não haverá prejuízo nenhum dessas populações. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Desia Souza, da Rádio Itatiaia, de Juiz de Fora, você quer fazer outra pergunta para o Ministro Edison Lobão? REPÓRTER DESIA SOUZA (Rádio Itatiaia / Juiz de Fora - MG): Não, é somente isso. Muito obrigada pelos esclarecimentos. Obrigada por nos permitir participar desse quadro.MINISTRO EDISON LOBÃO: É um prazer. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Desia Souza, da Rádio Itatiaia, de Juiz de Fora, Minas Gerais, que participou com a gente do Bom Dia, Ministro. Ministro, eu queria aproveitar e perguntar para o senhor, já tocando nesse assunto do desconto da tarifa, quem recebeu a conta de luz e, por acaso, não encontrou o desconto, o que tem que fazer?MINISTRO EDISON LOBÃO: Eu não encontrei ninguém que não tenha tido o desconto efetivado na sua conta, mas, eventualmente, por um acidente, pode ser que isso ocorra em algum momento, ou agora ou no mês seguinte. Nesta hipótese, o correntista, a residência tem todo o direito de reclamar com a distribuidora, mostrando que a sua conta não sofreu a redução, e se isso não resolver, pode reclamar com a Agência Nacional de Energia Elétrica, que ela tomará providências imediatamente. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Então, e assim, olhando a conta, qual é o caminho que o cidadão tem que percorrer para localizar esse desconto na conta? MINISTRO EDISON LOBÃO: Basta ver, comparar a sua conta do mês atual com o mês anterior. E todas já vieram com o desconto correspondente. Agora em fevereiro, há cerca de 24 dias, porque o desconto começou no dia 24 de janeiro passado. Então, já vem com o desconto de 24 dias; no próximo mês, o desconto será correspondente ao mês inteiro, 30 dias. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Os 30 dias. Obrigada, Ministro. Ministro, vamos agora a Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, conversar com a Rádio São Francisco AM, de Caxias do Sul. José Theodoro, bom dia para você. REPÓRTER JOSÉ THEODORO (Rádio São Francisco AM / Caxias do Sul - RS): Bom dia. Bom dia, Ministro. Bem, a minha pergunta é a seguinte: com a baixa da tarifa da luz e também com os programas do governo, como o Luz para Todos e outros, a gente sabe que, para isso, precisa de recursos e o governo abrir mão de arrecadação. Ministro, como é que o governo vai suportar tudo isso? Até quando o governo vai aguentar estes custos em função desses programas, desses benefícios? MINISTRO EDISON LOBÃO: Theodoro, deixa eu te explicar. A Tarifa Social e o Luz para Todos, isso tem um custo que não é exorbitante para as finanças e a economia do Brasil. É preciso não esquecer que o Brasil é, hoje, a sexta maior economia do mundo, é uma potência econômica, graças a Deus e graças aos esforços do todos os brasileiros que construíram este país gigantesco. O governo entendeu que já é hora, e nós já estávamos atrasados, de distribuir um pouco dessa riqueza nacional com os mais pobres, daí a Tarifa Social, daí o Luz para Todos, que o governo vai bancar com recursos do Tesouro Nacional. Agora, a redução na conta de luz de todos os brasileiros, esta foi obtida através de um esquema que nós votamos, segundo o qual os concessionários concordaram em abrir mão de seus lucros extraordinários, em razão do fato de que as geradoras e as transmissoras já estão amortizadas. Então, o vencimento dessas concessões, que se daria a partir de 2015, foi antecipado para agora e prorrogado por 30 anos, para que esses concessionários abrissem mão desses lucros e passassem, daqui para frente, a ter um lucro menor e transferindo esses recursos para a redução da conta de luz. Naquilo que não foi... Que precisará de ser completado, o Tesouro Nacional compareceu, mas uma vez só; daqui para frente, o sistema funcionará automaticamente.APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: José Theodoro, da Rádio São Francisco AM, de Caxias do Sul, você tem outra pergunta? REPÓRTER JOSÉ THEODORO (Rádio São Francisco AM / Caxias do Sul - RS): Uma outra pergunta é essa questão da energia elétrica para todo o brasileiro, o governo tem, assim, uma pesquisa, um dado de quanto por cento da população brasileira ainda não tem esse benefício da energia elétrica?MINISTRO EDISON LOBÃO: Theodoro, essa é uma boa pergunta. O presidente Lula mandou que o IBGE fizesse um levantamento no Brasil inteiro para saber quantos brasileiros, e onde eles se encontravam, não possuíam luz em casa, energia elétrica em casa. Veio o resultado e, no número redondo, dez milhões de pessoas, dez milhões de brasileiros não conhecem energia elétrica no Brasil. Pois bem, o programa foi feito para dez milhões de brasileiros, para atender a esses dez milhões que haviam sido localizados, e deveria durar até o final do primeiro governo Lula. Chegou-se ao final do governo verificando-se que os dez milhões tinham sido atendidos, porém surgiram muitos outros também. Ao longo dos anos, eles vão aparecendo. Como? Para a nossa surpresa, por exemplo, voltaram das grandes cidades para os povoados de origem cerca de um milhão de pessoas, o que é muito bom, porque desincha as grandes cidades da concentração popular. Além disso, pessoas que vão nascendo, vão crescendo, vão se casando, constituindo novas famílias, novas necessidades. O fato é que já atendemos 15 milhões e ainda existe um número grande de brasileiros por atender. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, José Theodoro, da Rádio São Francisco AM, de Caxias do Sul, pela participação com a gente no Bom Dia, Ministro. Ministro Edison Lobão, lá do Sul, vamos aqui a Goiás, Goiânia, falar com a Rádio Difusora 640 AM, de Goiânia, onde está Edson Rodrio. Olá, Edson. REPÓRTER EDSON RODRIO (Rádio Difusora 640 AM / Goiânia - GO): Bom dia. Bom dia, Ministro. Bom dia a todos. Bom, os brasileiros vivem grande expectativa, tarifa de energia com redução, e estamos também, Ministro, na expectativa da implantação do projeto das tarifas diferenciadas, teremos horários com tarifas distintas, o horário de pico, a tarifa um pouco mais elevada, tarifa intermediária também com um custo acima do normal, e a tarifa convencional. Autoridades no assunto afirmam que esse sistema, Ministro, é a solução para evitar a sobrecarga e, consequentemente, os apagões. A implantação desse projeto, Ministro, não está um pouco de forma lenta, já que temos pressa em resolver um problema específico? MINISTRO EDISON LOBÃO: Não, não está lento, nós estamos fazendo com segurança. A segurança, muitas vezes, exige uma certa meditação, correção de rumos e eficácia na forma apresentada e executada. Nós estamos trabalhando dia e noite na elaboração desses projetos todos e na execução deles. O que nós queremos é segurança, para não ter que voltar atrás depois daquilo que se fez. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada... Ou melhor, Edson Rodrio, você tem outra pergunta? REPÓRTER EDSON RODRIO (Rádio Difusora 640 AM / Goiânia - GO): Eu gostaria de perguntar ao Ministro o seguinte: um ex-funcionário da companhia de energia elétrica lá do Paraná, Copel, o Sr. José Luiz Zardo, ele criou um sistema, Ministro, que já está sendo divulgado no país inteiro, e o sistema dele garante ao consumidor um banho quente durante o horário de pico, com o chuveiro - que é o vilão desse período - o chuveiro desligado, e a energia utilizada é a da tarifa convencional. O projeto está sendo divulgado, já, no país, em alguns estados. Segundo ele, o custo, Ministro, é de apenas 10% do que está sendo utilizado nas moradias do projeto Minha Casa, Minha Vida, e ele quer doar isso tudo ao governo. O senhor conhece esse projeto, e se é possível que o governo tome frente nisso, já que o grande objetivo é disciplinar o consumidor e evitar o desperdício para economizar energia elétrica?MINISTRO EDISON LOBÃO: Pois é, você tocou em uma palavra chave: evitar o desperdício. Essa é uma das nossas recomendações permanentes. Nós temos que utilizar este bem que é de todos, é para todos, é gerador de conforto, de bem-estar e de riqueza, mas fazê-lo moderadamente, com cuidados, para evitar os desperdícios. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, então, Edson Rodrio, da Rádio Difusora AM, de Goiânia, pela participação com a gente no Bom Dia, Ministro. E agora, Ministro, vamos a São Luís do Maranhão, o seu estado, falar com a Rádio Mirante, de São Luís, onde está Roberto Fernandes. Olá, Roberto. Bom dia.REPÓRTER ROBERTO FERNANDES (Rádio Mirante / São Luís - MA): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministro Edison Lobão. Eu não poderia, Ministro, fazer outra pergunta ao senhor senão a respeito da refinaria, afinal de contas, aqui na Assembleia Legislativa do Estado, o debate, nos últimos dias, tem sido este, anunciando que a refinaria chegou ao fim, com demissão de trabalhadores, enfim, que esse projeto não passou, na verdade, de um engodo, de um golpe político eleitoral. O que o senhor diria a respeito? Esse projeto acabou? MINISTRO EDISON LOBÃO: Roberto Fernandes, esse projeto foi anunciado aí por mim, que sou Ministro de Estado, pela Petrobrás, através de sua diretoria, pelo presidente Lula, pela presidenta Dilma. O projeto dessa altura, não pode acabar. Além do mais, ele é uma necessidade para o país. Nós estamos importando, hoje, gasolina e diesel em grande quantidade, não que não tenhamos petróleo, mas porque não temos refinarias. Nós precisamos não apenas da refinaria do Maranhão, mas também a refinaria de Pernambuco, daqui a pouco a do Ceará e assim por diante, para atender as nossas necessidades internas. O que houve, até agora, é que ela é construída por etapas. Duas etapas já foram cumpridas, a terceira está se completando, que é da terraplanagem da refinaria. E, além disso, há uma certa dificuldade financeira da Petrobrás. Nesse momento, eu pedi, recomendei à presidente da Petrobrás, a Dra. Graça, que fosse à China completar uma negociação com uma grande empresa chinesa, estatal, para que venha se associar à refinaria do Maranhão e completá-la com os seus recursos também. E isso está sendo feito exatamente neste momento. Eu tive os primeiros encontros com a grande empresa e pedi à Graça que fosse lá. Então, você verifica que o governo toma as suas providências. Não há nenhuma intenção de paralisar nem esta refinaria, nem a do Rio de Janeiro, nem a de Pernambuco. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você tem outra pergunta, Roberto Fernandes, da Rádio Mirante, de São Luís, no Maranhão? REPÓRTER ROBERTO FERNANDES (Rádio Mirante / São Luís - MA): Olha, eu perguntaria sobre, talvez, o programa mais importante criado nos últimos anos, que é o Programa Luz para Todos. Indiscutivelmente, o programa permitiu o acesso à energia de muitos brasileiros que estavam fora dela, mas a gente, aqui no estado, ainda percebe que tem uma parcela da população que ainda não tem energia elétrica, principalmente nas áreas de difícil acesso. O programa continua e chegará a essa parcela da população, Ministro?MINISTRO EDISON LOBÃO: Roberto Fernandes, nenhum estado do Brasil recebeu, proporcionalmente, tanto Luz para Todos quanto o Maranhão. Já atendemos a 1,5 milhão de maranhense. Ora, isso não é brincadeira. Acontece que, a exemplo de outros estados, existem comunidades muito distantes, que ainda não foram contempladas. Além disso, é grande o número de ilhas, de áreas isoladas, cujo acesso é muito difícil. Nós estamos fazendo um programa para atender a ilhas com energia solar, energia eólica e assim por diante, mas é uma experiência, por enquanto. O fato é que o Luz para Todos vai chegar a todas as comunidades. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Roberto Fernandes, da Rádio Mirante, de São Luís do Maranhão, pela participação no Bom Dia, Ministro. De lá, vamos ao Rio de Janeiro, Ministro Edison Lobão, falar com a Rádio Escola 101, 100,9 FM. Adilson Flávio, bom dia. REPÓRTER ADILSON FLÁVIO (Rádio Escola 101, 100,9 FM / São João do Meriti - RJ): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministro. MINISTRO EDISON LOBÃO: Bom dia, Flávio.REPÓRTER ADILSON FLÁVIO (Rádio Escola 101, 100,9 FM / São João do Meriti - RJ): Ministro, a minha primeira pergunta seria a seguinte: Sr. Ministro, no ano passado, houve especulação sobre racionamento de energia elétrica, e este ano, tem como o governo garantir que não haverá racionamento? MINISTRO EDISON LOBÃO: Adilson, essa é uma parte que eu gostaria até de esquecer. Essas notícias de racionamento, elas não são novas, mas elas são absolutamente prejudiciais. Quando eu assumi o Ministério, em 2008, dizia-se a mesma coisa. Daí por diante, duas ou três vezes, também falou-se nisso. Houve o racionamento? Não. O racionamento que houve do Brasil está muito distante, foi em 2001, 2002. Nós tivemos, de fato, um racionamento ali da ordem de 20%, por conta, sobretudo, da inexistência das termoelétricas que hoje possuímos e em razão de não estar, o sistema de transmissão de energia elétrica, interligado. Hoje, nós temos um parque térmico considerável, que fica o ano inteiro paralisado, aguardando uma necessidade, um momento de emergência. No instante em que há esta necessidade, nós despachamos as térmicas para socorrer o sistema hídrico. Por outro lado, fizemos uma interligação completa de transmissão de energia. Nós temos 106 mil quilômetros de linhas de transmissão, coisa que poucos países do mundo possuem. Faltou energia no Rio Grande do Sul? Ela pode ir do extremo norte do país para atender ao Rio Grande do Sul, e assim por diante. Portanto, não haverá racionamento, nem este ano e nem adiante. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Adilson Flávio, da Rádio Escola, do Rio de Janeiro, você quer fazer outra pergunta para o Ministro? REPÓRTER ADILSON FLÁVIO (Rádio Escola 101, 100,9 FM / São João do Meriti - RJ): Sim. Sr. Ministro, poderia nos explicar o que significa o Projeto Nova Energia? MINISTRO EDISON LOBÃO: Nós estamos diversificando a nossa matriz energética. Nós temos energia hídrica, temos térmicas a carvão, temos térmicas a diesel, a óleo, temos energia nuclear e estamos ingressando na biomassa, que é a energia feita, sobretudo, de bagaço de cana, eólica, solar, são as energias novas que nós estamos explorando e vamos ver aonde vamos chegar. A energia eólica, nenhum país do mundo avança, hoje, tanto quanto o Brasil, proporcionalmente. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Adilson Flávio, pela participação, ele que é da Rádio Escola 100,9 FM, do Rio de Janeiro. Lembrando que o nosso convidado de hoje no Programa Bom Dia, Ministro é o Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Ministro, vamos agora falar com a Rádio Nacional aqui de Brasília, onde está Válter Lima. Olá, Válter. Bom dia. Válter Lima? Daqui a pouco, a gente tenta, então, o contato com o Válter Lima, da Rádio Nacional aqui de Brasília. Ministro, eu queria aproveitar e fazer uma pergunta que chegou para a gente, de ouvintes, perguntando por que a Cemig, de Minas Gerais, se recusou a aderir ao programa de redução do preço de energia, e isso vai prejudicar o povo mineiro? MINISTRO EDISON LOBÃO: Não. Como é o sistema? O sistema de concessão é o seguinte. A concessão é do Estado Brasileiro. Ele, frequentemente, faz os seus leilões e os empresários concorrerem, ganham e exploram aquele sistema durante tantos anos. Bom, ao final de 50 anos de exploração, e, às vezes, 30 anos de exploração, esses ativos estão totalmente pagos, remunerados, amortizados, eles têm que retornar a União Federal, que, novamente, os leiloa. O que aconteceu com a Cemig? A Cemig entendeu que não queria participar do programa estabelecido pelo governo. Está bem, não era obrigada. O que vai acontecer com a Cemig? Todo esse patrimônio, quando se vencerem as concessões, daqui a dois, três anos, retornará à União Federal, que vai leiloá-los de novo e receber por conta disso. Então, nenhum correntista de Minas Gerais, da Cemig, vai ser prejudicado. Quem vai sofrer algum prejuízo é a própria Cemig. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Está certo. Ministro, agora sim, está na linha Válter Lima, da Rádio Nacional, aqui de Brasília. Bom dia, Válter. Está nos ouvindo? REPÓRTER VÁLTER LIMA (Rádio Nacional / Brasília - DF): Olá, Kátia. Bom dia para você, bom dia também ao Ministro Edison Lobão. A minha pergunta, Ministro, está relacionada com a redução na conta, enfim, de consumo de energia elétrica. Essa redução na conta será por tempo indeterminado ou terá um prazo de validade, Ministro? MINISTRO EDISON LOBÃO: Válter, você faz uma pergunta muito interessante. A redução é para o resto da vida, é uma alteração estrutural que se fez, não é conjuntural, não é para atender a uma emergência, não é por um mês nem por dois. O desconto médio de 20% se dará na conta de luz de todo brasileiro para o resto da vida, o que não quer dizer que essa conta não aumente 1%, 2%, 5% a cada ano, mas os 20% já foram reduzidos, e reduzidos eles ficarão para o resto da vida. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Válter Lima, da Rádio Nacional, aqui de Brasília, você tem outra pergunta para o Ministro Edison Lobão? REPÓRTER VÁLTER LIMA (Rádio Nacional / Brasília - DF): Vamos lá. O Brasil, de tamanho continental, Ministro Edison Lobão, está realmente crescendo e crescendo muito, e daí a exigência da oferta de mais energia para o Brasil poder continuar crescendo. O que vem sendo feito de concreto nesse sentido, Ministro Edison Lobão?MINISTRO EDISON LOBÃO: Nós temos um planejamento de longo prazo, de médio prazo, que contempla este crescimento dentro das nossas necessidades. Este ano, a geração de energia elétrica vai se elevar em 8,5 mil megawatts de energia. Nos próximos quatro anos nós vamos produzir 42 mil megawatts de energia; nos próximos 15 anos, e aí eu chamo a atenção de todos os brasileiros, nós temos hoje 120 mil megawatts de energia. Nos próximos 15 anos, nós teremos que ter 240 mil. Ou seja, dobrar tudo o que nós temos hoje em 15 anos.APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Walter Lima, pela participação com a gente, ele que é da Rádio Nacional, aqui de Brasília, e que faz parte dessa rede de emissoras que compõem o Bom Dia, Ministro, o programa que é coordenado e produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços. Ministro Edison Lobão, vamos agora à Cascavel, no Paraná, conversar com a Rádio Integração AM, de Cascavel, onde está Jeferson Miranda. Olá, Jeferson. Bom dia!REPÓRTER JEFERSON MIRANDA (Rádio Integração AM / Cascavel – PR): Muito bom dia! Bom dia a todos os ouvintes. Bom dia, ministro!MINISTRO EDISON LOBÃO: Bom dia, Jeferson!REPÓRTER JEFERSON MIRANDA (Rádio Integração AM / Cascavel – PR): Obrigado por, mais uma vez, estar à disposição para a participação aqui do interior do Paraná. Ministro, a gente sabe que essa redução nas tarifas de energia elétrica vai beneficiar, sobretudo, a população de modo geral, com redução da inflação e principalmente com o bolso do trabalhador. Mas, para que o programa atinja a sua meta maior, atinja os seus números maiores benefícios, quanto tempo levará efetivamente para que toda a população possa se beneficiar desse novo sistema de tarifa reduzida?MINISTRO EDISON LOBÃO: Jeferson, a população inteira já se beneficiou. A sua conta, Jeferson, da sua casa deste mês, já vem reduzida com cerca de 18%, um pouquinho menos porque foram 24 dias apenas, e não 30 dias. No próximo mês virá, sim, a conta com 30 dias. O fato é que todos já se beneficiaram. Se há algum brasileiro que por algum erro, equívoco, não teve a sua conta reduzida em cerca de 18%, na residência, pode reclamar à sua distribuidora ou a Agência Nacional de Energia Elétrica.APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Jeferson Miranda, da Rádio Integração AM, de Cascavel, no Paraná, você quer fazer outra pergunta?REPÓRTER JEFERSON MIRANDA (Rádio Integração AM / Cascavel – PR): Existe uma especulação em relação a essa redução, de que o Tesouro bancaria esta redução das tarifas de energia, e, de certa forma, a redução para o consumidor, para a população, seria onerada pelo governo e deduzido de outros impostos. É desta forma que acontece, ou não, isso já vem de um planejamento alternativo e não envolve essa situação, ministro?MINISTRO EDISON LOBÃO: Não é procedente a informação. O governo está bancando uma parcela, pelo fato de a Copel, aí do Paraná, a Cemig, em Minas, e uma empresa em São Paulo não terem aderido a essa redução. O governo teve que bancar por elas, companhias, este valor. Mas isso foi feito uma vez só, e, daqui para frente entra tudo na normalidade.APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Jeferson Miranda, da Rádio Integração AM, de Cascavel, no Paraná, pela participação com a gente no Bom Dia, Ministro. Ministro, eu queria aproveitar e perguntar para o senhor sobre um relatório do IBGE que mostra que a redução do preço da energia já está pressionando a inflação para baixo. De que maneira essa redução vai contribuir para reduzir o custo de vida do cidadão, ministro?MINISTRO EDISON LOBÃO: Eu vi uma estatística do IBGE recente, e que demonstrava que cinco produtos contribuíram para a redução da inflação. O primeiro deles era a redução da conta de luz. Então, verifica-se o quanto a conta de luz está penetrando positivamente no orçamento e nas receitas das famílias brasileiras.APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ministro, vamos agora falar com a Rádio Nativa FM, de Imperatriz, no Maranhão. Mais uma vez o Maranhão participando com a gente, lá de Imperatriz, onde está Arimatéia Júnior. Olá, Arimatéia. Bom dia!REPÓRTER ARIMATÉIA JÚNIOR (Rádio Nativa FM / Imperatriz – MA): Bom Dia, companheira, bom dia, Sr. Ministro, bom dia, senhores ouvintes! O questionamento aqui da grande Imperatriz ao nobre ministro, nosso conterrâneo, diga-se de passagem, é quanto aos assentamentos. Alguns ainda reclamaram, conforme as lideranças políticas, da falta de energia elétrica no interior de alguns municípios da terra do Sr. Ministro. Sabendo-se do esforço, mas as cobranças são muitas. A outra situação que questiono ao Sr. Ministro é quanto a energia elétrica, que, segundo as informações, é uma das mais caras do Brasil. No caso, a energia fornecida pela Companhia Energética do Maranhão, a Cemar. Sr. Ministro, com a palavra. Muito obrigado pela abertura, atendendo também a esse questionamento. Bom Dia, Ministro!MINISTRO EDISON LOBÃO: Arimatéia, nós temos consciência de que em alguns poucos povoados do interior do Maranhão não receberam ainda o Luz para Todos. Os municípios todos têm energia, o Luz para Todos é que não chegou ainda a alguns poucos, pouquíssimos povoados do interior do estado do Maranhão, como não chegou em outros estados, mas está chegando paulatinamente. A todos a energia vai chegar. Eu, ainda há pouco dei uma informação, Arimatéia, segundo a qual o estado do Maranhão é o que proporcionalmente mais recebeu o Luz para Todos no Brasil. Então, significa que nós estamos trabalhando intensamente para fazer com que todos tenham acesso a este benefício.APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você tem outra pergunta, Arimatéia Júnior, da Rádio Imperatriz, do Maranhão, a Rádio Nativa FM, de Imperatriz?REPÓRTER ARIMATÉIA JÚNIOR (Rádio Nativa FM / Imperatriz – MA): O nosso outro questionamento ao nobre ministro conterrâneo é quanto ao preço, ao valor da energia elétrica cobrada do estado do Maranhão pela companhia energética do nosso estado, a Cemar, que é tida como uma das mais caras do Brasil. Se não me engano, a terceira energia mais cara do nosso país.MINISTRO EDISON LOBÃO: Arimatéia, a mais barata é Brasília. Por quê? Porque Brasília é uma cidade, é uma cidade/estado, concentrada, as despesas de distribuição da energia são muito menores. Nos estados grandes, como é o caso do Maranhão, em que a distribuição da energia passa por enormes distâncias, com postes, com fios, com trabalhadores, com estradas que não existem, com tudo isso, você vai encarecendo um pouco a energia. Em cada estado há um preço diferente, não é um preço só para o Brasil inteiro. É ainda mais barato para os lugares em que a facilidade é maior; é um pouco mais caro, não exageradamente mais caro, um pouco mais caro para os estados em que as dificuldades são maiores. Mas tudo isso vai se resolvendo ao longo dos tempos.APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Arimatéia Júnior, da Rádio Nativa FM, de Imperatriz, do Maranhão, pela participação com a gente no Bom dia, Ministro. Quem é o nosso convidado hoje é o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que responde a perguntas de âncoras de emissoras de rádio de todo o país. Lembrando que a íntegra dessa entrevista está em: www.ebcservicos.com.br. Agora mudou, agora é www.ebcservicos.com.br. Ministro, eu queria aproveitar e perguntar também para o senhor por que a indústria teve uma redução maior do que foi a redução para o consumidor residencial?MINISTRO EDISON LOBÃO: O consumidor residencial recebe energia em baixa tensão. É um fio ligado em cada residência. O consumidor industrial, ele recebe alta tensão, e ele consome grandes quantidades de energia, portanto, é razoável que, para aqueles, cuja despesa é menor, é o caso do industrial, que o custo seja também menor. Mas este benefício não se circunscreve a ele, industrial, ele acaba sendo também passado à população, na medida em que os produtos ali fabricados ficam mais baratos para a população. Portanto, o benefício é generalizado. Com isso, você gera mais riqueza e mais empregos para o povo.APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ministro, mudando um pouquinho de assunto, eu queria falar um pouquinho com o senhor sobre as novas descobertas do Pré-sal. Essa semana, inclusive, a gente já até anunciou a descoberta na bacia de Santos. E aí a gente começa a questionar a qualificação profissional dos brasileiros para essa área de petróleo e gás. As pessoas agora vão ter que assumir novas vagas que estão surgindo nesta nova área, não é isso?MINISTRO EDISON LOBÃO: Nenhuma companhia internacional tem a experiência, e a competência, eu até diria, da Petrobras, para explorar petróleo em águas profundas, no mar, com águas profundas. O Pré-sal é uma riqueza imensa que pertence a todos os brasileiros. Nós estamos fazendo o primeiro leilão do Pré-sal, agora no mês de novembro. A partir daí, não apenas a Petrobras, mas as outras petroleiras que se dispuserem, irão explorar esse petróleo, essa riqueza, que é muito grande, em benefício do Brasil, e em benefício dos brasileiros.APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: E essa qualificação entraria então aí, vão abrir novos concursos? Existe uma previsão?MINISTRO EDISON LOBÃO: A Petrobras tem o maior centro de pesquisas do mundo, que está no Rio de Janeiro. Os funcionários são altamente qualificados, e ela está frequentemente, não diria renovando, mas ampliando os seus quadros técnicos para que, com eles, ela possa prosseguir servindo ao Brasil e explorando o petróleo de que nós necessitamos. E a Petrobras estará em todos os blocos exploratórios do Pré-sal. Essas descobertas a que você se refere foram feitas recentemente, mas quase que todo o mês a Petrobras descobre petróleo em algum lugar do Brasil. Desta vez, foi na bacia de Campos.APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom dia, Ministro. Eu sou Kátia Sartório e estamos hoje com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Ministro, chega mais uma pergunta para o senhor: “A redução de tarifa pode aumentar o consumo? O que é que o governo pode fazer para evitar o desperdício?MINISTRO EDISON LOBÃO: Nós temos uma campanha contra o desperdício, uma campanha pública, e nós convidamos, convocamos todos os brasileiros a que não desperdicem energia. Eu não estou pedindo a ninguém para fazer racionamento, até porque eu mesmo não faço na minha casa, eu faço uma utilização racional. Eu estou no meu escritório de trabalho, no meu gabinete do ministério, e quando eu saio do meu gabinete, eu apago as luzes do meu gabinete. Eu estou na minha casa, no meu banheiro, fazendo a barba, quando eu saio de lá, eu apago a luz do meu banheiro. Não vou deixar a luz acesa desnecessariamente, porque aí eu próprio estarei pagando energia desnecessariamente. Mas isto não significa falta de energia e nem racionamento. Nós temos energia para fornecer com segurança a todo o povo brasileiro, em todas as suas necessidades. Repito, o convite que eu faço é por economia racional, e não porque não exista energia.APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, nós temos mais uma pergunta: “O governo vai retomar o leilão das térmicas este ano?”.MINISTRO EDISON LOBÃO: É provável. Nós temos térmicas de reservas, que são aquelas que ficam no estoque sem funcionar, desativadas, para o momento de eventual necessidade. Por exemplo, agora, este ano, que começou o ano com poucas chuvas, os reservatórios das hidrelétricas não estavam cheios completamente, nós despachamos as térmicas que havia. Elas funcionam como uma espécie de reserva estratégica, porque a energia realmente cara é a energia que não existe. Nós temos que ter garantia de fornecimento de energia para o povo.APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Agora, há pouco, o senhor falou sobre o Luz para Todos, e a gente tem informação de que a ONU resolveu adotar este programa, o Luz para Todos, como um modelo para outros países, não é, ministro? Como é que vai ser essa cooperação?MINISTRO EDISON LOBÃO: É muito interessante. A ONU estudou o programa brasileiro e chegou à conclusão de que se tratava de um modelo extraordinário. Fez um levantamento do mundo inteiro para saber quantas são as pessoas que, no mundo inteiro, ainda não têm energia em casa. Surpreendentemente apareceu um número imenso, cerca de 1,4 bilhão de humanos não têm energia em casa, espalhados pela África, pela Ásia, pela América Central, pelo mundo inteiro. O secretário-geral da ONU convidou então, a mim, como ministro de Energia do governo brasileiro, para que trabalhasse junto à ONU como consultor especial da própria ONU, e do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, auxiliando-o na elaboração de um grande projeto para que o Luz para Todos do Brasil seja um modelo aplicado no mundo inteiro, para resolver este problema da humanidade. E nós estamos trabalhando, eu vou frequentemente à Nova York, me encontrar com os dirigentes da ONU para a execução desse projeto. Eu não sou o único que fui convidado. Alguns poucos países receberam um convite semelhante. O fato é que nós estamos trabalhando nesse grande projeto de interesse da humanidade.APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ministro, vamos agora conversar com a Rádio Continental AM, de Serrinha, lá na Bahia, onde está Cleriston Silva. Bom dia, Cleriston!REPÓRTER CLERISTON SILVA (Rádio Continental AM / Serrinha – BA): Bom dia! Bom dia a todos, bom dia, ministro! A nossa pergunta aqui da Rádio Continental de Serrinha é a seguinte, ministro, bom, o governo já anunciou aí a redução nas contas de energia, e anunciou também que gastos com programas sociais, como o Luz para Todos, e a tarifa social, deixarão de ser pagos pelos consumidores e passarão a ser custeados pela União. A minha pergunta é a seguinte: Como é que o governo vai administrar, ou vai compensar? Porque, naturalmente, reduz a conta de energia, alguns programas sociais deixarão de ser custeados pelo consumidor, vai diminuir a arrecadação. Como é que o governo vai compensar para diminuir essa queda aí?MINISTRO EDISON LOBÃO: O governo está em um processo de racionalização de seus gastos públicos. Deixará de gastar em algum setor para investir nesse setor social importantíssimo, cumprindo essa tarefa. Agora, diante da riqueza atual do Brasil. O Brasil, eu ainda há pouco dizia, é a sexta economia do mundo, esses gastos sociais não são letais para o Tesouro Nacional. Esta é uma contribuição que o governo dá àqueles que mais precisam.APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você tem outra pergunta Cleriston Silva, da Rádio Continental AM, de Serrinha?REPÓRTER CLERISTON SILVA (Rádio Continental AM / Serrinha – BA): Obrigado pela participação.APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Nós é que agradecemos sua participação.MINISTRO EDISON LOBÃO: Obrigado, Cleriston.APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: E agradecemos a todas as emissoras que participaram com a gente do Bom Dia, Ministro. E o meu muito obrigada, mais uma vez, ministro, pela sua participação com a gente nessa viagem pelo Brasil.MINISTRO EDISON LOBÃO: Eu agradeço a você, também, Kátia, agradeço a todos os ouvintes dos municípios, dos estados que nos ouviram, a todos aqueles que compreendem a mensagem que estamos transmitindo hoje a eles. E a todos as minhas saudações.APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, ministro Edison Lobão. E, mais uma vez, muito obrigada a todos que participaram conosco dessa rede de emissoras, e até o próximo programa.
A Voz do Brasil - Acervo
A Voz do Brasil - Poder Executivo
Agora Brasil
Bibi - Vem História Aí
Boletim MEC
Boletim Saúde
Boletins Regionais
Bom Dia, Ministro
Brasil em Pauta
Café com a Presidenta
Café com o Presidente
Conversa Séria
Dedo de Prosa
Destaques da Semana - MEC
Dr João Saúde
Minuto Sebrae
Na Ponta do Lápis
Por Dentro do Governo
Pra você, cidadão
Pronunciamentos
Rio 2016
Rota Alternativa
Saiba Mais
Semana do Planalto
Sintonia Rural
Tecnologia e Educação
Trilhas da educação
Um voo pela história
Viva Maria
A Voz do Brasil - Acervo
A Voz do Brasil - Poder Executivo
Agora Brasil
Bibi - Vem História Aí
Boletim MEC
Boletim Saúde
Boletins Regionais
Bom Dia, Ministro
Brasil em Pauta
Café com a Presidenta
Café com o Presidente
Conversa Séria
Dedo de Prosa
Destaques da Semana - MEC
Dr João Saúde
Minuto Sebrae
Na Ponta do Lápis
Por Dentro do Governo
Pra você, cidadão
Pronunciamentos
Rio 2016
Rota Alternativa
Saiba Mais
Semana do Planalto
Sintonia Rural
Tecnologia e Educação
Trilhas da educação
Um voo pela história
Viva Maria
28/02/2013 - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, fala sobre a redução das tarifas de energia elétrica
Já estão em vigor as novas tarifas de energia elétrica, com redução média 20,2%. Para os consumidores residenciais, a redução mínima foi de 18%; já para os consumidores de alta tensão, o desconto pode chegar a 32%. A redução é resultado da Lei nº 12.783, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em 14 de janeiro de 2013, que promoveu a renovação das concessões de transmissão e geração de energia que venciam até 2017, e das medidas provisórias 591/2012 e 605/2013.
12/12/2016
|
17:57
Ouça na íntegra:
Download
transcrição
Outras Notícias
ver mais +