26/10/2012 - Ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, fala da expansão do setor no país
O ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, falou sobre o Plano Safra da Pesca e Aquicultura, que tem como objetivo expandir a aqüicultura no país e ampliar as exportações. Mais de quatro bilhões de reais serão destinados para a expansão da produção, a modernização da pesca e o fortalecimento da indústria e do comércio pesqueiro.
12/12/2016
|
17:57
compartilhar notícia
Ouça na íntegra:
Download
transcrição

APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Olá, amigos, em todo o Brasil. Eu sou Kátia Sartório; e começa, agora, mais uma edição do programa Bom Dia, Ministro. O programa tem a coordenação e a produção da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços. Aqui, no estúdio da EBC Serviços, hoje, com a gente, o Ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella. Bom dia, Ministro. Seja bem-vindo, mais uma vez. MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Bom dia, Kátia, prazer enorme estar com você. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Na pauta do programa de hoje, o Plano Safra da Pesca e Aquicultura, que foi lançado, ontem, pela Presidenta Dilma Rousseff. O Ministro começa, agora, a conversar com âncoras de emissoras de rádio de todo o país, neste programa que é multimídia – estamos no rádio e na televisão. Ministro, vamos, primeiro, a Belo Horizonte, Minas Gerais, conversar com a minha xará, a Kátia Gontijo. Ela é da Rádio América, de Belo Horizonte. Bom dia, Kátia. REPÓRTER KÁTIA GONTIJO (Rádio América / Belo Horizonte – MG): Bom dia, Kátia Sartório. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Kátia? REPÓRTER KÁTIA GONTIJO (Rádio América / Belo Horizonte – MG): Bom dia. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Nós estamos com o seu bem retorno baixinho. Você pode aumentar, por gentileza? REPÓRTER KÁTIA GONTIJO (Rádio América / Belo Horizonte – MG): Sim. Está ouvindo agora, Kátia? Melhorou? APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Melhorou. REPÓRTER KÁTIA GONTIJO (Rádio América / Belo Horizonte – MG): Bom dia.APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Bom dia.REPÓRTER KÁTIA GONTIJO (Rádio América / Belo Horizonte – MG): Bom dia a você. Bom dia, Dr. Marcelo Crivella.MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Bom dia. REPÓRTER KÁTIA GONTIJO (Rádio América / Belo Horizonte – MG): Vem notícia boa aí, para toda a comunidade, não só a comunidade pesqueira. O Plano de Safra, deste ano, da Pesca e Aquicultura, vai destinar 4.1 bilhões para a expansão da nossa pesca brasileira. Mas, Ministro, o plano vai ajudar, também, na divulgação desse pescado para o consumo do Brasil? Por que é tão difícil levar o peixe para as regiões fora de margem de rios e mar? MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Olha, Kátia... Bom dia. Muito obrigado pela pergunta. A verdade é que nós, no Brasil, produzimos muito pouco, para o nosso consumo. Nós somos 200 milhões de habitantes, e se imaginarmos que cada um de nós vai comer um quilo de peixe, por ano, a mais do que comemos, hoje, nós vamos precisar de 200 mil toneladas. Duzentas mil toneladas é coisa que o Brasil demora anos para crescer. De tal maneira que a falta de produção é que gera a falta de consumo, porque o peixe fica caro. Agora, com o Plano Safra, nós vamos produzir muito mais. Nós vamos aumentar a nossa produção em 800 mil toneladas. Aí, sim. Aí, eu tenho a impressão de que o peixe vai chegar na casa de todo mundo, e mais barato. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Kátia Gontijo, da Rádio América, de Belo Horizonte, você tem outra pergunta para o Ministro Crivella? REPÓRTER KÁTIA GONTIJO (Rádio América / Belo Horizonte – MG): Sim, Dr. Marcelo. Dentro dos objetivos do Plano Safra da Pesca estão o resgate de 100 mil famílias que estão na linha da pobreza. Qual é o benefício para essas famílias? E como se pretende, realmente, chegar a essas pessoas que necessitam desse auxílio, principalmente, na fase que não pode ser pescado? MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Olha, Kátia, as pessoas que, hoje, na pesca, ganham menos de R$ 500 reais por mês, a parte mais pobre da pesca são os pescadores dos rios, das represas, das barragens. Muitos, inclusive, aí no seu Estado de Minas Gerais. O que eles devem fazer é procurar o seu sindicato, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, ou a Superintendência Federal da Pesca, ou a sua associação, ou a sua cooperativa, ou a sua colônia e, ali, eles vão tomar conhecimento de que vai haver um projeto em que eles poderão se transformar de pescadores de canoa para aquicultores, com dois, três tanques redes, onde eles vão cultivar, dependendo de sua região, tilápia, tambaqui e outros peixes. Essa produção, que vai ficar pronta para a comercialização em seis meses, sete meses, é que vai dar o dinheiro que eles precisam para sair dessa situação, eu diria, de miséria que, hoje, vivem. Você lembrou bem. No meu Ministério, Kátia, são 1,07 milhão pescadores registrados, metade precisa de Bolsa Família, e 380 mil estão no Brasil Sem Miséria. Agora, é um paradoxo, porque nós temos muitas águas, temos um oceano imenso. O que o nós precisamos é organizar o setor. E temos, também, um mercado consumidor que é importador. O Brasil importa US$ 1 bilhão de peixe. E nós precisamos é organizar isso tudo, para que essa riqueza produza, também, emprego, trabalho e renda para os nossos pescadores. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada pela participação, Kátia Gontijo da Rádio América, de Belo Horizonte, que está com a gente, nessa rede de emissoras do Bom Dia, Ministro. Hoje, o nosso convidado, o Ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella. Ministro, vamos, agora, a Florianópolis, Santa Catarina, falar com a Rádio Cultura AM 1110, de Florianópolis, onde está Cristian Goes. Bom dia, Cristian.REPÓRTER CRISTIAN GOES (Rádio Cultura AM 1110 / Florianópolis – SC): Bom dia. Muito bom dia. Bom dia, Ministro, também. MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Bom dia, Cristian. REPÓRTER CRISTIAN GOES (Rádio Cultura AM 1110 / Florianópolis – SC): Tudo bem? MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Tudo em paz. REPÓRTER CRISTIAN GOES (Rádio Cultura AM 1110 / Florianópolis – SC): Que bom. É um prazer estar, de novo, conversando com o senhor. E vendo esse Plano Safra, Pesca e Aquicultura, eu gostaria de que o senhor explicasse, para a gente, assim, do ponto de vista da expansão da aquicultura, qual a importância do Plano Safra, Ministro? MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Olha, o Plano Safra, ele está aplicando dos 4,1 bilhões, praticamente, eu diria que próximo a 2,8 bilhões e 3 bilhões em aquicultura. Na infraestrutura, na melhoria da nossa produção de ração, nos laboratórios de alevinos e no financiamento, para que as pessoas produzam mais peixe. Vamos falar de Santa Catarina. Santa Catarina tem cooperativas, associações extraordinárias. Eles, hoje, estão criando... Suponhamos, estão cultivando soja, ou algodão, ou milho. Eles têm água, porque eles irrigam seus cultivos. No Plano Safra, nós vamos dar financiamento para que, nesse reservatório deles, eles possam colocar peixe. Eles vão ter dinheiro para o investimento e para custeio. Além do mais, além de ganhar dinheiro com esse peixe, essa água onde se cria o peixe vai ser nitrogenada pelos excrementos do peixe, fazendo com que aquela produção, por exemplo, de maçã seja maior. Então, o Plano Safra convida... Além dele financiar uma série de setores, ele convida, também, o agricultor familiar para colocar o peixe no seu sistema produtivo. Nós precisamos aumentar a nossa produção. O brasileiro precisa comer mais peixe e, para isso, o peixe estar mais barato. Para estar mais barato, tem que ter mais quantidade. Esse é um dos eixos principais do nosso Plano Safra, voltado para a aquicultura. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você tem outra pergunta, Cristian Goes, da Rádio Cultura AM de Florianópolis? REPÓRTER CRISTIAN GOES (Rádio Cultura AM 1110 / Florianópolis – SC): Não, quero encerrar, parabenizando o Ministro pelo excelente conhecimento técnico que ele demonstra ter e, também, por conhecer tão bem o Estado de Santa Catarina. Muito obrigado, Ministro Marcelo Crivella. MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Um grande abraço para o senhor. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigado, Cristiano Goes, da Rádio Cultura AM, de Florianópolis, Santa Catarina. Vamos, agora, Ministro Crivella, conversar com a Rádio Celinauta AM, de Pato Branco, no Paraná. Quem está lá, comandando a rádio, é Tiago Tessano. Bom dia, Tiago. REPÓRTER TIAGO TESSANO (Rádio Celinauta AM / Pato Branco – PR): Bom dia. Bom dia, Ministro. MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Bom dia, Tiago. REPÓRTER TIAGO TESSANO (Rádio Celinauta AM / Pato Branco – PR): O nosso questionamento é com relação... Até então, o Pronaf apresentava-se como única forma de encaminhamento de recursos para os piscicultores. Agora, são outras formas, nova formas aí, de financiamento? MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Sem dúvida. Com juros mais baratos, carência e prazo maior para pagar. Além disso, no Plano Safra da Pesca e da Aquicultura, nós estamos disponibilizando projetos que deram sucesso, em outras partes do Brasil, para servirem de modelo. Estamos investindo R$ 100 milhões, especificamente, na assistência técnica para a piscicultura. Estamos gastando R$ 160 milhões em pesquisa, ciência, tecnologia e inovação, para melhorarmos a condição genética, a alimentação, a reprodução, a comercialização de cinco espécies: tilápia, pirarucu, tambaqui, camarões e moluscos bivalves. Com tudo isso, nós achamos que esse Plano Safra da Pesca e Aquicultura, voltado, especificamente, para o setor, era o que precisássemos. Porque, com o Pronaf antigo, a produção era pequena. A produção de pescado, ela engatinhava. Agora, voltado, focado, exatamente, para produção de peixe, esperamos ter uma produção muito maior. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Tiago Tessano, da Rádio Celinauta AM, de Pato Branco, você tem outra pergunta para o Ministro? REPÓRTER TIAGO TESSANO (Rádio Celinauta AM / Pato Branco – PR): Tenho, sim. Nós estamos em uma região, aqui, no sudoeste do Paraná, uma região com várias áreas... Com alagados. E muitos piscicultores estão nessa área – em Pato Branco, também, nessa mesma situação –, com... A orientação, agora, para esses piscicultores, as forma de buscar os recursos, esses encaminhamentos, Ministro? MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Olha, é só falar com a Superintendência da Federal da Pesca aí, no Estado do Paraná. Pode ser, também, com as cooperativas, com as associações, para que eles possam encaminhar os projetos modelos que nós estamos apresentando, propondo; buscar, também, uma assistência técnica e ir a um banco operador do sistema. Pode ser o Banco do Brasil, a Caixa Econômica. Pode ser no Nordeste, o Banco do Nordeste, pode ser na Amazônia, o Basa. E aí, o gerente já está sabendo e vai indicá-lo como conseguir esse recurso: três anos de carência, dez para pagar e juros abaixo da inflação. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada a Tiago Tessano, da Rádio Celinauta AM, de Pato Branco, no Paraná, que participou com a gente dessa rede de emissoras que compõem o Bom Dia, Ministro. Lembrando que a TV NBR reapresenta a gravação dessa entrevista, em vários horários da programação. Ministro, vamos, agora, ao Amazonas, conversar com a Rádio Amazonas FM. Lá, em Manaus, está Patrick Motta. Bom dia, Patrick. REPÓRTER PATRICK MOTTA (Rádio Amazonas / Manaus - AM): Agora... Bom dia, Kátia Sartório, senhoras e senhores ouvintes e bom dia, Ministro Crivella. MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Bom dia, Patrick. REPÓRTER PATRICK MOTTA (Rádio Amazonas / Manaus - AM): Ministro, recentemente, o Ministério da Pesca e Aquicultura cancelou aí, o registro geral de pesca de 30 pessoas, no interior do Amazonas, por, supostamente, estarem cadastradas como pescador profissional de forma irregular. O grupo recebia benefícios sociais garantidos aos profissionais, no período de defeso das espécies de peixe da Bacia Amazônica. Esses fatos ocorreram em dois municípios do interior, aqui, do Amazonas: Japurá e São Gabriel da Cachoeira. O Governo do Estado, Ministro, decidiu beneficiar 33 mil pescadores, através de um seguro chamado Seguro Defeso do Pescador Artesanal. E aí, eu pergunto: E o Ministério da Pesca e Aquicultura, o que está fazendo, Ministro, sobre esse amparo aos pescadores, na época do defeso, isso aqui na Amazônia, Ministro? MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Patrick, o Ministério da Pesca e Aquicultura, ele tem um sistema de defeso que alcança 580 mil. O senhor falou que o Governo do Estado colabora com 30 mil. No Ministério da Pesca, o seguro defeso chega a R$ 1 bilhão, R$ 1,3 bilhão. Um recurso que, todos os anos,beneficia os nossos pescadores. Agora, é muito importante relembrar que o Plano Safra, ele quer ser uma ponte, uma ponte da proteção para a inclusão. A nossa Presidenta Dilma, ela tem um lema, uma legenda bela, estupenda, ela diz que governar é crescer, proteger e incluir. É, mais ou menos, como uma mãe faz, não é? A mãe protege o filho, na barriga dela, quando é bebê, quando é criança. Quando faz 14, 15, 16 anos, a mãe já quer logo que ele vá trabalhar: “Vai procurar um emprego”. Quando cresce mais um pouquinho, já pergunta: “Você não vai casar? Não vai arrumar uma namorada? Eu quero ter neto”. Então, a mãe protege, a mãe inclui. O governo é, mais ou menos, assim. Nós queremos oferecer, com o Plano Safra da Pesca e Aquicultura, opções para que os nossos pescadores possam, por exemplo, ser aquicultores e ganhar dinheiro, ao invés de dependerem da proteção. O Plano Safra da Pesca oferece financiamentos e projetos em diversas modalidades. A nossa esperança é que, com um mercado consumidor extraordinário que nós temos, no Brasil, que adoraria, em vez de importar US$ 0,5 bilhão, todos os anos... Aliás, desde 1831, a primeira remessa de bacalhau salgado que veio para o Brasil foi uma encomenda de Dom Pedro I. Até hoje, 170 anos, nós estamos comprando bacalhau salgado. Mas nós podemos produzir bacalhau do pirarucu aí, do nosso riquíssimo Estado do Amazonas. Nós queremos, também, passar os nossos pescadores da proteção para a inclusão.APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO:Patrick Motta, da Rádio Amazonas FM, você tem outra pergunta? REPÓRTER PATRICK MOTTA (Rádio Amazonas FM / Manaus - AM): Sim, Kátia Sartório. Ministro, o senhor falou sobre o Plano Safra da Pesca, não é, que destina aí R$ 4,1 bilhões para expandir a Aquicultura, modernizar a Pesca e fortalecer a indústria e o comércio pesqueiro. Pergunto, Ministro, esse plano, ele contempla também a renovação dos barcos pesqueiros, que hoje, Ministro, pelo menos aqui na Amazônia, são totalmente ultrapassados?MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Olha, Sr. Patrick, não é só na Amazônia não, o senhor tocou num assunto que nos preocupa a todos. Nossos barcos são muito antigos. Grande maioria deles feitos de madeira, de vez em quando abrem no meio. Nós temos notícias disso. O plano tem, além dos R$ 500 milhões do BNDES, que vai financiar barcos maiores, tem também recursos para nós financiarmos os pescadores. Com um projetinho que nós idealizamos no ministério, que é fibrar, fibrar esses barcos, com R$ 15 mil, R$ 20 mil nós conseguimos. Fibrando os nossos barcos mais antigos nós já vamos melhorar muito o armazenamento desse peixe e diminuir o desperdício sobre. Agora, se me permite eu tenho uma notícia boa para o bravo estado do Amazonas, é que a Conab, em parceria com o Ministério da, já está comprando diretamente a produção do pescador. Há uns meses, alguns dias atrás o pescador do Amazonas estava vendendo jaquiri a R$ 0,50 o saco, hoje a Conab está pagando R$ 1,50 o quilo. E vamos fazer a mesma coisa com a pirarara, enfim, com as espécies extraordinárias, maravilhosas do nosso Amazonas, vendendo diretamente para Conab com preço mínimo, para evitar que o pescador, sobretudo na safra, no período da safra, acabe perdendo tanto dinheiro na mão dos atravessadores. Agora, se der certo no Amazonas, nós vamos implantar no Brasil inteiro, nos 92 armazéns da Conab. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada a Patrick Motta da Rádio Amazonas FM pela participação com a gente no Bom Dia, Ministro. Lembrando as emissoras de rádio que o nosso sinal está no satélite, no mesmo canal de A Voz do Brasil. Ministro Marcelo Crivella, vamos agora a Anápolis, aqui pertinho, em Goiás, conversar com a rádio São Francisco 670 AM, onde está Nilton Pereira. Nós estamos ao vivo com vocês, não é isso, Nilton? Bom dia! REPÓRTER NILTON PEREIRA (Rádio São Francisco 670 AM / ANÁPOLIS - GO): Bom dia. Confere, estamos ao vivo. Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministro Crivella. MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Bom dia, Sr. Nilton. REPÓRTER NILTON PEREIRA (Rádio São Francisco 670 AM / ANÁPOLIS - GO): Bom dia também. Historicamente, Ministro, a política pesqueira, não é, e principalmente da indústria pesqueira nacional é mais voltada para estados litorâneos, até pela facilidade da logística. Mas nós temos também, no Centro-Oeste, notadamente na região onde o senhor mora hoje, em Brasília, um grande mercado consumidor e que não tem tido tanto acesso assim ao produto da Pesca. Quando é que seria possível, nós aqui do Centro-Oeste também participarmos desse projeto importante que o governo está lançando? MINISTRO MARCELO CRIVELLA: O governo está dando... Fazendo um Plano Safra de R$ 4,1 bilhões com 80% voltado para as águas continentais, para Aquicultura. Pronto, chegou a vez de Goiás, chegou a vez de Tocantins, do Mato Grosso do Sul, também chegou a vez das 12 bacias de hidrográficas, chegou a vez dos nossos milhares de reservatórios das nossas hidroelétricas. Pelo menos 250 deles, esse aqui de Três Marias, pertinho da gente, obra extraordinária, sempre bom lembrar do inesquecível Juscelino Kubitschek de Oliveira, Três Marias é 13 vezes maior que a Baía de Guanabara. Dos R$ 4,1 bilhões mais de R$ 3,5 bilhões estão sendo dedicados, ou quase isso, para Aquicultura. Chegou a hora do Brasil investir no mar de água doce e dali tirar a sua produção de Pesca. Então, o senhor fique tranquilo, porque o senhor vai ver florescer muitos projetos de produção de pescado aqui na nossa região. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Nilton Pereira, da rádio São Francisco 670 AM de Anápolis, Goiás. Você tem outra pergunta? REPÓRTER NILTON PEREIRA (Rádio São Francisco 670 AM / ANÁPOLIS - GO):  Ah, sim, apenas mais uma, agradecendo inclusive a gentileza do Ministro falar conosco em Goiás, mas é também a questão econômica desse projeto pesqueiro. O que pode se vislumbrar em curto prazo, Ministro, nesta proposta do governo, nesse investimento para fomentar essa atividade pesqueira nacional? MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Olha, Sr. Nilton, imagine que o senhor tenha amigos aí próximo da Serra da Mesa. Eles agora poderão buscar a Superintendência Federal da Pesca do estado de Goiás e manifestarem o desejo de produzirem peixe. Eles podem contar com empréstimo de R$ 12,5 mil, um projetinho manual de como comprar três tanques redes, qual a ração usar, aonde adquirir o alevino e quem vai ser o seu assistente técnico, o seu professor, o seu monitor. Imediatamente eles partem para a produção, com o clima maravilhoso do estado do Goiás e com a beleza, com a pujança, com o colosso dessas águas, em seis meses cada tanque rede desses já produziu uma tonelada de peixe. Vamos supor que eles vendam esse peixe a R$ 4. R$ 5 o quilo, eles já têm R$ 5 mil, se forem três tanques, R$ 15 mil. Pegaram R$ 12,5 mil não vai ter dificuldade para pagar. Agora, vamos lembrar que esses R$ 12,5 mil só começam a pagar três anos depois, e tem dez para terminar, com os juros abaixo da inflação. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada a Nilton Pereira, da rádio São Francisco de Anápolis, Goiás, pela participação com a gente no bom dia Ministro. Ministro Marcelo Crivella, vamos agora ao Rio de Janeiro conversar com a rádio Escola 100,9 FM, é rádio Escola 101 do Rio de Janeiro. Quem está lá é Marcelo Ramos. Bom dia, Marcelo. REPÓRTER MARCELO RAMOS (Rádio Escola 101 100,9 FM / São João do Meriti - RJ): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministro. Bom dia a todos. MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Bom dia, Marcelo. REPÓRTER MARCELO RAMOS (Rádio Escola 101 100,9 FM / São João do Meriti - RJ): Ministro, em primeiro lugar eu parabenizá-lo por tão pouco tempo como Ministro já ter esse conhecimento amplo sobre os assuntos que o senhor tem respondido com um conhecimento, que a gente... Parece até que o senhor já está bastante anos já como Ministro, não é? MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Obrigado, Marcelo. REPÓRTER MARCELO RAMOS (Rádio Escola 101 100,9 FM / São João do Meriti - RJ): Está bom. Então, a primeira pergunta é o seguinte, é de acordo com os nossos ouvintes aqui da rádio, eu queria que o senhor explicasse para eles o que é exatamente o Plano Safra. MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Marcelo, o Plano Safra são recursos do governo que visam quatro coisas para melhorar a produção de pescado no país. Primeiro lugar a desoneração tributária. O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, tirou tributos para toda a indústria pesqueira. Ela hoje não precisa mais pagar sobre os seus funcionários o INSS. A indústria pesqueira, Marcelo, ela tem que eviscerar, por exemplo, aí no nosso estado, em São Gonçalo, as sardinhas a mão. Isso demanda milhares de pessoas. Essas pessoas têm salários e há contribuição do INSS. As empresas não precisam pagar mais, elas vão pagar agora 1% sobre o faturamento total. Isso já injeta nas nossas empresas para novos investimentos R$ 50 milhões. Mas o projeto também disponibiliza recursos públicos para financiamento e investimento. Financiamento que vão ser pagos com três anos de carência e dez para amortizar, com os juros abaixo da inflação. Também, o Plano Safra investe em ciência e tecnologia. Marcelo, uma tilápia, aqui no Brasil, ela tem... demora seis meses para engordar, ela come 1,5kg de ração para engordar um quilo, e ela tem 35% de filé. Mas se nós desenvolvermos nossa capacidade de modificação genética e nos dedicarmos em laboratórios, com a nossa rede científica, nós podemos fazer o que outros países fazem, engordar essa tilápia, invés de seis meses, em três. Ela, invés de 35% de filé vai ter 45% de filé. E mais, ao invés de comer 1,5kg ração para engordar um quilo, ela pode comer 1kg de ração e engordar um quilo. A produção pesqueira depende muito de ciência e tecnologia. Mas não é só isso não, nós também estamos implementando um amplo programa de assistência técnica. E, por último, Marcelo, nós estamos usando o poder estratégico do estado de compra para incentivar o setor. O programa de aquisição de alimentos do governo federal gasta por ano R$ 2 bilhões para comprar comida para as crianças nas escolas, também para os presos, para alguns hospitais, e para a Marinha, para Exército, para Aeronáutica. Agora a ideia é quintuplicar o valor do programa de aquisição de alimentos do governo federal na compra de peixe dos pescadores. Com todos esses, vamos dizer assim, essas iniciativas, o Plano Safra pretende fazer com que o Brasil, em 2014, já esteja produzindo 2 milhões de toneladas. Então, eu te falei o plano e o objetivo. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Marcelo Ramos, da rádio Escola 101 do Rio de Janeiro, você tem outra pergunta para o Ministro? REPÓRTER MARCELO RAMOS (Rádio Escola 101 100,9 FM / São João do Meriti - RJ): Tenho sim, Kátia. Havendo, Ministro, essa disponibilidade orçamentária, qual o ministério que vai assumir a despesa deste acordo? MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Esses recursos são dados do Tesouro Nacional e há bancos que operam. É o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, o Banco do Nordeste e também o Basa. Agora lembre, Marcelo, são recursos que são colocados no setor, e depois da produção o produtor volta com esse dinheiro para o Tesouro, de tal maneira que são empréstimos. Apenas em alguns casos, onde existe... Miséria extrema é que há recursos a fundo perdido, mas na maioria das vezes eles são reembolsados. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. Eu sou Kátia Sartório, estamos hoje com o Ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella. Ele participa respondendo à perguntas de âncoras de emissoras de rádio de todo país. Ministro, vamos agora a São Paulo, capital, conversar com a Super Rádio Tupi de São Paulo. José Maria Scachetti, bom dia. REPÓRTER JOSÉ MARIA SCACHETTI (Super Rádio Tupi / São Paulo - SP): Olá, Kátia Sartório, bom dia. Bom dia, Ministro Marcelo Crivella. MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Bom dia, José Maria Scachetti.  REPÓRTER JOSÉ MARIA SCACHETTI (Super Rádio Tupi / São Paulo - SP): Bom dia, Ministro. Meu irmão de signo, nós somos do signo de libra, viu, Ministro? MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Nós somos é italianos!  REPÓRTER JOSÉ MARIA SCACHETTI (Super Rádio Tupi / São Paulo - SP): É... O Ministros do dia 09 e eu do dia 25 de setembro. Ministro, vamos falar das coisas aqui da terra. O Plano Safra vai injetar mais de R$ 4 bilhões na expansão da Aquicultura e também no comércio pesqueiro. Entre os objetivos está o resgate de 100 mil famílias na linha de pobreza. Com essas medidas, Ministro Crivella, o governo vai dar o peixe ou vai ensinar a população a pescar? E [ininteligível] perguntando e emendando uma outra pergunta: por que o brasileiro não é muito afeito ao pescado, ao peixe, é pelo preço ou pela dificuldade de acesso ao alimento, Ministro Crivella? MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Meu querido amigo, José Maria, nós temos, no Brasil, um lema que nos deu a Presidenta Dilma e que nos faz todos lembrar nossa mãe. O que a nossa mãe fez com a gente, José Maria? Ela protegeu no seio dela, na barriga dela, segurando a mão dela para atravessar a rua, para ir para a escola, levava e trazia, dava banho e botava para dormir, proteção. À medida que a gente foi crescendo, ela foi incluindo: “Você precisa encontrar um emprego, você tem que ter uma profissão. Você tem que arrumar uma namorada, você tem que casar”. O Brasil é, mais ou menos, assim. Nós temos muita gente, no Brasil, que foi esquecida, que ficou para trás, não sabe assinar o nome e não tem noção de computador. Vive lá na área rural tentando pegar um peixe, que está cada vez mais magro, mais longe e mais difícil de ser pego. Com o Plano Safra, a Presidenta Dilma quer oferecer para eles treinamento, assistência técnica para serem aquicultores, poderem entrar em uma área auspiciosa da economia e não é brasileira, não, mundial. A FAO diz que a única maneira de matar a fome do mundo, no futuro, não é porco, não é frango, não é boi, é peixe. Lembrando também, que peixe é proteína sem gordura e é uma vida mais saudável. De tal maneira, que nós não vamos dar o peixe, mas vamos ensinar a pescar. Eles estão hoje até pescando, mas ainda não têm técnicas de cultivo para peixe, que façam com que eles sejam viáveis economicamente. O nosso plano é exatamente isso, é treinar nossos pescadores, que hoje estão no Brasil Sem Miséria e no Bolsa-Família, para que eles possam ser economicamente independentes. Agora, o senhor fala assim: “O brasileiro está comendo pouco”. É verdade, nós estamos comendo pouco peixe. Agora, se nós quisermos comer um quilo a mais por ano, são 200 mil toneladas, porque nós somos 200 milhões. Onde a gente vai tirar 200 mil toneladas? Só se a gente importar e, para vergonha nossa, nós somos grandes, crescentes importadores. Não me anima nenhum sentimento de xenofobia, mas um país que tem a maior quantidade de água doce do mundo e um litoral desse tamanho importar pescado, parece até que a gente é displicente. Outro dia, conversando com o Sindirações, eu levei um susto. O Brasil está gastando quatro vezes mais em ração para cachorrinho e para gatinho do que para peixe. Sem nenhum demérito aqui a todas as ilustres damas, rapazes, homens e mulheres, que têm os seus gatinhos e cachorrinhos de estimação, mas nós precisamos produzir mais peixe. Aí, sim, o peixe vai ser mais barato, as pessoas vão pegar gosto e nós vamos consumir o melhor alimento que existe. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você tem outra pergunta, José Maria Scachetti, da Super Rádio Tupi, de São Paulo. REPÓRTER JOSÉ MARIA SCACHETTI (Super Rádio Tupi / São Paulo - SP): Eu quero agradecer a resposta do Ministro e desejar boa sorte a ele. Obrigado, Ministro.MINISTRO MARCELO CRIVELLA: José Maria, um grande abraço e muito sucesso aí na Tupi. REPÓRTER JOSÉ MARIA SCACHETTI (Super Rádio Tupi / São Paulo - SP): O senhor também, muito obrigado.APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada então pela participação, José Maria Scachetti, da Super Rádio Tupi, de São Paulo. Ministro, vamos agora a Fortaleza, no Ceará, falar com a Rádio Jangadeiro FM, de Fortaleza. Alex Mineiro, bom dia. REPÓRTER ALEX MINEIRO (Rádio Jangadeiro FM / Fortaleza - CE): Bom dia, Kátia Sartório. Bom dia, Ministro Marcelo Crivella. MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Bom dia, Alex. REPÓRTER ALEX MINEIRO (Rádio Jangadeiro FM / Fortaleza - CE): Bom dia. Ministro, os pescadores do litoral leste, aqui, do Ceará, aliados aos da capital, Fortaleza, comandam um movimento no país para a ampliação do defeso da lagosta de seis meses para 18 meses. A queda na produção do crustáceo, aqui, no estado, causada principalmente pela pesca predatória, motiva a iniciativa. Além dos pescadores, o Ibama também apresenta propostas de mudança do defeso. O órgão, ele quer dividir em seis meses e, assim, a pesca da lagosta ficaria proibida duas vezes por ano: de fevereiro a abril e de agosto a outubro. Então, eu pergunto: como é que o senhor analisa essas propostas? Elas são possíveis? MINISTRO MARCELO CRIVELLA: São possíveis, sim, Alex, nós estamos preocupadíssimos. Esse ano, o pessoal que saiu para o mar dia 1º de junho achava que ia recuperar o dinheiro de armar um barco, que custa R$ 20 mil, no primeiro mês ou no segundo. Nós estamos em outubro e está todo mundo quebrado e é uma tristeza. Ontem, nós lançamos, junto com o Plano Safra, um projeto, que é o Plano Nacional de Combate à Pesca Ilegal. Aí, na Praia da Redonda, foi um dos dias, desse curto mandato que eu tenho, que mais me emocionou e cheguei às lágrimas. Ouvi os pescadores gritando como se fossem João Batista no deserto. Quatro já haviam sido mortos, eles já não aguentavam mais a pesca ilegal, é a pesca de escafandro, é a pesca também de roubar das armadilhas as lagostas. A lagosta está cada vez mais escassa exatamente por isso, pessoas não estão respeitando o defeso e trazendo um prejuízo danado para aqueles que respeitam. Já mandamos duas lanchas para aí. Ontem, lançamos esse plano, que tem a participação do Ibama, da Polícia Federal, do Ministério da Justiça, das Forças Armadas e, também, nós. Eu espero fazer com que os pescadores valorosos, nossa gente sofrida e valente do Ceará tenha condições de um dia voltar ao mar nas suas jangadas, são apaixonados por elas, inspiram a todos os brasileiros, é um dos símbolos mais lindos da nossa pátria, possam voltar com suas jangadas, seus barcos repletos de lagosta. Agora, enquanto isso, nós, no Plano Safra, estamos oferecendo para eles financiamento de R$ 24 mil para que eles possam, junto com o Dnocs, se transformarem em carcinicultores. Aliás, eu gostaria, se o senhor me permitir, Sr. Alex, fazer aqui uma homenagem de público ao Dnocs. O trabalho extraordinário que faz no Ceará e já conseguiu dar destino de vida a 70% dos pescadores das águas continentais em projetos de piscicultura. O Castanhão é para nós todos um grande exemplo. Ano passado, produziu-se, no Estado do Ceará, 30 mil toneladas de peixe de cultivo vendido a R$ 4, no próprio Ceará, gerando R$ 120 milhões. Mais do que isso, a Petrobras está comprando todo o óleo da víscera do peixe, pagando R$ 1,50, também, nos açudes do Dnocs, da produção de óleo para o biodiesel. O Ceará, realmente, tem sido para nós um modelo. Nós estamos tentando fazer, no Brasil, o que o Ceará já está fazendo, com todos os méritos, com todas as honras, com todos os aplausos para o nosso Governador Cid e, também, para os engenheiros do Dnocs. É isso que eu falei com o senhor, nós vamos ter que adotar um defeso muito maior, mas o plano que assinamos ontem, com todas as forças do governo para conter a pesca ilegal, foi elaborado e inspirado em resposta aos nossos pescadores do Ceará, sobretudo da lagosta. Vamos também oferecer a eles financiamento para, enquanto não puderem pescar a lagosta, irem para os açudes, irem para as áreas que hoje já têm carcinicultura do Rio Grande do Norte e do Ceará, produzir camarão. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Alex Mineiro, da Rádio Jangadeiro FM, de Fortaleza, no Ceará, você tem outra pergunta para o Ministro Marcelo Crivella? Alex Mineiro? Perdemos o contato com a Rádio Jangadeiro. Alex? REPÓRTER ALEX MINEIRO (Rádio Jangadeiro FM / Fortaleza - CE): Alô? APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você tem outra pergunta, Alex? REPÓRTER ALEX MINEIRO (Rádio Jangadeiro FM / Fortaleza - CE): Pronto. Aproveitando a oportunidade, também. Já que o Ceará passa por um período de longa estiagem, não é? Nós temos aí mais de 100 municípios cearenses que são afetados pela seca. Isso deve reduzir o consumo do pescado, deve afetar os pescadores? Como é que o senhor também analisa essa seca no Estado do Ceará, Ministro? MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Olha, realmente, a seca é um dos problemas que nós temos na produção de pescado. Agora, eu estava comentando aqui que nós queremos oferecer milhares de oportunidades para os nossos pescadores produzirem o camarão, o camarão em água salgada. Graças a Deus, água salgada não falta no Ceará e nem em lugar nenhum do Brasil. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Alex Mineiro, pela participação com a gente no Bom Dia, Ministro. Ele que é da Rádio Jangadeiro FM, uma das emissoras que fazem parte dessa rede, que é o Bom Dia, Ministro. Ministro, vamos agora a Coxim, no Mato Grosso do Sul, falar com a Rádio Vale do Taquari, em Coxim, Marcos Vazz está lá. Bom dia, Marcos. REPÓRTER MARCOS VAZZ (Rádio Vale do Taquari / Coxim - MS): Bom dia, bom dia, Ministro. Bom dia, querida. Olha, é uma satisfação, mais uma vez, em participar com vocês deste programa. Observo a importância do Ministro e o que leva tanto a sério, realmente, essa questão da pesca, principalmente quando ele quer elevar a quantidade de pescado por habitante. É um caso muito importante que a gente tem que realmente reconhecer. Vamos falar, aqui, de Coxim, rapidamente dessa pergunta que eu gostaria de fazer para o Ministro. Eu até fiz alguma pergunta parecida na última participação minha, com relação aos pescadores, aqui, na região do Pantanal. Nós estamos, aqui, já fazendo parte da Bacia Pantaneira e nós temos aquele velho problema relacionado às PCHs, aqueles problemas relacionados também às participações da população com relação à população ribeirinha, que sobrevive única e exclusivamente da pesca. Com certeza, eles estão ficando muito mais felizes, Ministro, com essa ação e saber que nós vamos ter aí cerca desse dinheiro, em bilhões, falando aí é muito grande mesmo, R$ 4,1 bilhões, para a expansão da aquicultura. Eles vão ficar muito também... Realmente, muito felizes. Agora, o que eu gostaria de pedir, mais uma vez, para o nosso Ministro é aquela atenção voltada, Ministro, com relação à pesca dos nossos rios, aqui, também, da cidade de Coxim, do Pantanal, tanto do Rio Coxim quando do Rio Taquari, porque nós temos aquele velho problema, não é? Lá no Pantanal, por exemplo, eles trancam ali as bacias, os fazendeiros, serve até como um tipo de denúncia, e acaba a população ribeirinha, os pescadores praticamente passam fome, aqui, na região. O que o Ministro pensa em fazer também sobre isso? Primeiro, lhe parabenizar por essa atitude desse plano. MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Marcos Vazz, muito obrigado, tanto pela pergunta como pelos seus votos de congratulações. Marcos, é isso, nós temos... No começo do programa, eu falei que o nosso elo mais frágil da corrente são os pescadores dos rios, pescadores das águas continentais. Esses, segundo nossos levantamentos no Ministério da Pesca, são os que estão dependendo de Bolsa-Família e Brasil Sem Miséria. É um paradoxo, porque nós temos tantas águas doces, temos tantas bacias hidrográficas, temos o seu Pantanal e ainda temos o nosso pescador com os dentes estragados, muitos deles com problemas de pele e outros, do mar, ficando cegos. Aliás, ontem, na cerimônia de lançamento, o Presidente da Confederação Nacional da Pesca não pôde ler o seu discurso. Ele teve que fazer de improviso e o fez muito bem, ele fala bem de improviso. Mas por quê? Porque o mar estragou a vista dele. Você passa 20, 30 dias e todo dia de manhã lavando o rosto com água salgada, escovando o dente com água salgada e tomando aquela brisa, enfim. Eu queria lembrar, também, que nós lançamos, ontem, em convênio com o Ministério da Saúde, uma viatura, aliás, 27, vai uma aí para o seu Mato Grosso do Sul e para o resto do Brasil. Ela vai correr as colônias de pescadores com três especialistas: dentista; dermatologista, porque a gente toma muito sol e as manchas podem virar câncer; e, vai também ver os olhos dos pescadores, uma maneira de a gente desinflamar isso e tentar melhorar. Pois bem, esses pescadores têm uma saída, se transformarem em aquicultores. Para isso, nós estamos financiando, dando um projeto, um livrinho e garantindo assistência técnica. Sair hoje em uma canoa para pescar em um rio é difícil. Além disso, há muitos setores da pesca esportiva, do turismo, que fazem pressão, no Congresso, para proibir por um ano, dois, três, tem projeto de cinco anos, aí no seu Pantanal e nos rios das bacias que o abastecem, a pesca extrativa, a pesca artesanal, seja qual for a pesca, para a recomposição de estoques e para reflorescer o turismo. Então, essas coisas, elas só têm uma saída: é nós financiarmos os pescadores para se tornarem aquicultores e é exatamente isso que o Plano Safra está fazendo. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Marcos Vazz, da Rádio Vale do Taquari, em Coxim, Mato Grosso do Sul, você tem outra pergunta? REPÓRTER MARCOS VAZZ (Rádio Vale do Taquari / Coxim - MS): Olha, eu quero parabenizar, mais uma vez, o Ministro e repito, mais uma vez, o parabenizo. É uma ação muito importante, os pescadores devem estar aí felizes e agradecendo o nosso Ministro. De uma forma especial, a gente, aqui, da região do Pantanal, agradece este plano e ficamos na expectativa relacionada, também, a uma atenção voltada maior às PCHs e às bacias que estão sendo fechadas no Pantanal. A gente fica um pouco preocupado e eu deixo aí essa pergunta, até um momento de reflexão para o nosso Ministro, de estar sempre com olhos voltados, aqui, à nossa região. Um forte abraço, um bom dia e parabéns, mais uma vez. MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Marcos Vazz, eu que agradeço a sua simpatia e a sua generosidade. E eu queria fazer uma lembrança. A presidenta Dilma também, com a mesma preocupação do Marcos Vazz, no discurso da inauguração de Estreito, lá no Rio Tocantins, na divisa do Tocantins com o Maranhão, no discurso dela, ela disse uma coisa que nós todos devíamos lembrar e guardar. Ela disse o seguinte: “Essas hidroelétricas que nós fazemos - e lá não é PCH, não, lá é uma grande hidroelétrica - precisa trazer benefícios para todos e não excluir ninguém, sobretudo os pescadores”. Então, ela disse assim: “O processo de desenvolvimento do Brasil precisa ser humano, ele não pode beneficiar apenas a minoria que o explora, mas deve beneficiar também a grande maioria que o promove: o pedreiro, o carpinteiro, o servente, o pescador. Todos os que trabalham na construção de uma obra gigantesca como essa, e não só com o seu esforço, mas também com o seu imposto, não podem, depois, serem devorados apenas pelos capitalistas que a financiam”. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Marcos Vazz, da Rádio Vale do Taquari, de Coxim, Mato Grosso do Sul, que participou com a gente do Bom Dia, Ministro. Ministro, vamos agora conversar com a Rádio Nacional AM, aqui de Brasília, onde está Válter Lima. Olá, Válter. Bom dia. REPÓRTER VÁLTER LIMA (Rádio Nacional AM / Brasília - DF): Olá, Kátia. Bom dia para você. Ministro Marcelo Crivella, também, o nosso bom dia. MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Bom dia, Válter. REPÓRTER VÁLTER LIMA (Rádio Nacional AM / Brasília - DF): Bem, Ministro, cientificamente, é dito que o consumo do peixe é bom para o crescimento, especialmente da criança, e também ótimo para a saúde da população. Então, eu pergunto ao senhor: o peixe está presente na merenda escolar? E, mais: e o cardápio prestado, preparado para os doentes internados na rede pública de saúde contempla o peixe? MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Muito pouco. Sr. Válter, nós tínhamos que dar muito mais peixe para as nossas crianças. O meu Ministério fez, agora, uma pesquisa, no início do ano - faz todo ano -, mandando um questionário, via internet, para 5.564 municípios do nosso país. É direcionado para as secretárias de Educação. O senhor sabe, apenas 20% dessas escolas têm peixe pelo menos uma vez por mês. E aí a gente pergunta: “Por que não tem?”. Elas dizem que é caro, que tem falta de acesso. Algumas também reclamam que o problema é frigorífico e coisas desse tipo. Eu, às vezes, fico até um pouco desconfiado que as mulheres modernas já não gostam muito de ficar passando faca em escama de peixe, aquilo deixa um cheiro danado. A gente precisa industrializar melhor o nosso pescado. Agora, eu quero contar uma história aqui no ar para todas as nossas ouvintes, é uma história que eu ouvi de uma das damas mais ilustres dessa república. Ela me disse o seguinte, que quando era menina, era pobre, e a mãe dela ia na feira... Aliás, ela mesma trabalhava em uma barraquinha de feira, ia para a escola e depois trabalhava na barraca da feira. Ganhava, lá, os peixinhos que sobravam e levava para casa. A mãe cortava o rabo, a cabeça e fazia sopa, mas, dos olhos do peixe, com uma pequena colherzinha, tirava a geleia e botava em uma canequinha e dizia para ela: “Minha filha, você tem que comer, porque tem muito fosfato, você vai ficar inteligente, vai aprender o que o professor ensina e não vai esquecer”. E ela não esqueceu mesmo, porque essa menina pobre acabou se formando, estudando, passando na faculdade, doutorado e mestrado e, hoje, é a presidenta da Petrobras, a nossa Graça Foster. Então, nós precisamos dar peixe para as crianças, Sr. Válter Lima, para a gente ter não é uma nem duas, não, é para a gente ter muita presidenta da Petrobras, que é a maior empresa do meu estado, do Brasil e uma das maiores do mundo. Peixe é muito bom para as crianças. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Válter Lima, você tem outra pergunta? REPÓRTER VÁLTER LIMA (Rádio Nacional AM / Brasília - DF): Sim. Vamos lá. Em termos de preferência, Ministro Marcelo Crivella, o peixe tem como igualar ao lobby das carnes de boi, porco e frango? MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Infelizmente, hoje, não, porque essa cadeia é antiga, é poderosa, tem bancada forte no Congresso e dispõe de benefícios que nós ainda não temos para bancar para o peixe. Já conseguimos uma desoneração. É com muita luta, mas já desoneramos. Eu falei, aqui, da folha de pagamento. Agora, a ração é mais barata para o frango, para o porco, para o boi. Agora, Sr. Válter, vamos fazer aqui uma comparação. Um boi... O melhor pecuarista brasileiro, em um hectare de terra - um hectare é um campo de futebol -, ele consegue engordar um quilo... Desculpa, mil quilos de boi. No mesmo hectare, se ele colocar peixe, ele engorda dez toneladas de peixe, às vezes, 12, 13, pode chegar até 20. O boi, ao ruminar, exala metano, pior gás para a atmosfera em termos de efeito estufa, 24 vezes pior do que o gás carbônico dos automóveis. O boizinho, ele precisa comer 26 quilos de ração para engordar um quilo, e o peixe come... Peixe é modesto, ele come um quilo e meio, às vezes até menos. Agora, 100 gramas de carne de boi tem 25% de proteína, 100 gramas de carne de peixe tem 20% de proteína, de tal maneira que nós devíamos seguir o exemplo de Jesus, que não multiplicou nem o boi, nem o porco, nem o frango, com todo o respeito, mas multiplicou o peixe. O Plano Safra é para multiplicar o peixe, Sr. Válter. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Válter Lima, da Rádio Nacional AM, aqui de Brasília, pela participação com a gente no Bom Dia, Ministro. Lembrando que estamos, hoje, com o Ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, que conversa com âncoras de emissoras de rádio de todo país. E a íntegra dessa entrevista, o áudio e o texto dessa entrevista estão disponíveis em www.ebcservicos.ebc.com.br. Ministro, agora eu vou aproveitar e fazer uma pergunta para o senhor. Eu queria saber... Porque, ontem, a presidenta Dilma, ela anunciou que quer que o Brasil se transforme em uma potência pesqueira, e, há pouco, o senhor disse que a gente importa muito peixe. Quanto a gente exporta? Ou seja, quanto, hoje, o Brasil vende, para outros países, de peixe? MINISTRO MARCELO CRIVELLA: No último ano, US$ 200 milhões. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Em toneladas? MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Bom, eu não saberia dizer, porque a maior parte disso são de lagostas, são peixes exóticos. Agora, é muito pouco em relação ao que a gente importa. O que nós importamos é US$ 1,4 bilhão, metade salmão, do Chile, meio bilhão, e a outra metade bacalhau, da Noruega, também meio bilhão. Cresce muito, hoje, na pauta de importação do Brasil, os produtos asiáticos, que são o panga e a merluza do Alasca. Se você pegar US$ 1,4 bilhão que a gente importa e deduzir os US$ 200 milhões que a gente exporta, como eu disse a você, na nossa pauta principal está aí a lagosta, e que, agora, os nossos companheiros do Ceará já estão pedindo para fazer um defeso duas vezes por ano, porque já está, vamos dizer assim, se esgotando a lagosta, o nosso déficit é de mais de US$ 1 bilhão por ano. Ontem, a presidenta Dilma, a senhora citou, ela disse assim: “O Brasil precisa ser uma potência do pescado”. Agora, isso, ela diz em resposta a uma demanda internacional. A FAO, que, hoje, é presidida por um brasileiro, o José Graziano, o homem que nos deu o Bolsa Família... Desculpe, o Brasil sem Miséria, não é? APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: É o Fome Zero, na verdade. MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Fome Zero. Perdão. O Fome Zero, isso. O José Graziano nos deu o Fome Zero. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Foi o pai de tudo isso, não é? MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Foi o pai de tudo isso. Então, o José Graziano, hoje, é presidente da FAO, e ele tem uma visão global, em termos de fome no mundo inteiro, de produção agrícola e produção pecuária. E ele disse, e eu estava presente na última reunião em Roma, que a população mundial aumenta de tamanho e renda, portanto está comendo mais proteína animal, e que a única maneira de produzir e atender a essa população crescente em quantidade e renda é o pescado. E fez a ressalva: “O Brasil precisa cumprir com o seu destino”. O Brasil tem, hoje, a maior reserva de água doce do mundo, secundado pela Rússia, que não chega à metade, e produz 500 mil toneladas de pescado. A China, que tem muito menos água que a gente, produz 30 milhões de toneladas. Isso trouxe, sobre a presidente Dilma, uma preocupação extra. Não é apenas a gente melhorar a nossa alimentação, até porque, aqui, a gente tem muito frango, muito suíno, temos variedade de carne bovina, mas nós temos um compromisso com o mundo, e não podemos pensar que o mundo vai nos achar ou nos considerar displicentes diante da riqueza que temos e não produzimos de acordo com ela. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Ministro. Vamos agora conversar com Rádio Mossoró, Difusora de Mossoró, lá no Rio Grande do Norte. Jota Nobre, bom dia. REPÓRTER JOTA NOBRE (Rádio Difusora de Mossoró / Mossoró - RN): Olha, bom dia. Bom dia ao Ministro Marcelo Crivella. Nós também não poderíamos ficar de fora em relação a uma situação tão importante. E aqui no nosso estado existem várias barragens. Hoje, o Ministro Garibaldi Alves Filho, da Previdência, quando governo do estado, quando foi governador do Rio Grande do Norte, ele ficou conhecido como o governador das águas, em que levou adutoras, em que levou água para as várias regiões do estado. E existem as barragens, só que, muitas vezes, ali ao lado, pertinho, 80, 100, 200 metros, tem pessoas que moram na própria comunidade, mas não têm, como um meio de sobrevivência, praticamente nada. Eu pergunto: haverá, por parte do governo, incentivo também para essas pessoas, principalmente onde elas moram mesmo, às margens da barragem? A Barragem de Santa Cruz, que o senhor deve conhecer, que fica na cidade de Apodi, a Barragem de Armando Ribeiro Gonçalves, enfim, a Barragem de Umari, são várias barragens em que a pessoa que mora nas proximidades, muitas vezes, vendo aquele mundão d’água, porém sem uma condição para fazer absolutamente nada, porque a renda não lhe permite. MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Perfeito, Sr. Jota Nobre. Esse Plano Safra é exatamente para essas pessoas. Nós estamos querendo que o Dnocs... Estamos em parceria com o Dnocs, para que ele faça, no Rio Grande do Norte, o mesmo que fez no Ceará, ou seja, ocupe suas barragens, as barragens do Dnocs, com a piscicultura. Aliás, o Pedro Eymard, que é o coordenador do Dnocs em termos de piscicultura, ele abre o nosso Plano Safra com uma frase que ele disse e eu fiz questão de transcrever. A frase é a seguinte, Sr. Jota Nobre, que, no ano passado, no ano de 2011, o Dnocs gastou R$ 140 milhões nos perímetros irrigados do Ceará e obteve uma produção final de R$ 145 milhões. No mesmo ano, o Dnocs gastou R$ 3,5 milhões nos açudes do Dnocs com piscicultura e, ao final do ano, obteve uma renda de R$ 120 milhões. O senhor imagina, gastou 140 para 145, 3,5 para 120. O Ceará, hoje, produz 30 mil toneladas de pescado, tilápia vendida a R$ 4 no mercado interno. Olha, R$ 4 está abaixo do quilo do frango. E frango tem osso, peixe tem espinho, é muito menor. O Rio Grande do Norte vai poder contar com isso e mais um pouquinho. No Rio Grande do Norte, nós temos uma expressiva produção de camarão, e a ideia nossa é criar, no Rio Grande do Norte, algumas estações, estações de adaptação, para que o camarão da água salgada possa ser criado em água doce, e repetir também o mesmo sucesso que no Ceará foi feito, se obteve, que é produzir bastante camarão no Rio Grande do Norte. Nós já temos grandes empresários que produzem as larvas, agora é espalhar tanto a piscicultura nos açudes como também a produção de camarão no sertão do Rio Grande do Norte e acabar com a miséria, com a fome. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Jota Nobre, da Rádio Difusora de Mossoró, no Rio Grande do Norte, você tem outra pergunta? REPÓRTER JOTA NOBRE (Rádio Difusora de Mossoró / Mossoró - RN): Só saber, Ministro, propriamente, na prática, quando é que, realmente, vai começar todo esse trabalho. Quando essas ações, realmente, vão ser colocadas em prática? MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Já começou. Os pescadores, aqueles que moram próximos às barragens, já podem procurar a Superintendência Federal da Pesca. Aí no Rio Grande do Norte, o nosso superintendente chama-se Abraão Júnior, mas podem procurar também os bancos operadores, o Banco do Nordeste, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica. Eu tive reunião com todos os diretores ontem. Pode procurar também o Dnocs e falar com eles, ou se associaram ou individualmente, para obterem um projetinho padrão. Nós temos uns livrinhos, uns projetinhos padrões, em que eles precisam de um técnico, que nós vamos pagar, para assinar o projeto. É mais ou menos como a pessoa vai construir uma casa, não é? Ela tem o terreno e aí ela faz... Procura um arquiteto, faz o projeto, dá entrada na prefeitura e depois vai na Caixa Econômica para financiar a construção da sua casa. É mais ou menos isso. As pessoas vão lá, tem o... Só que, para fazer a casa, ela precisa de um arquiteto para fazer o projeto. No nosso caso, como o projeto se repete, ela pode pegar o projeto no próprio Ministério da Pesca. Agora, ela vai precisar de um assistente técnico, que nós vamos pagar, para assinar e para estar ao lado dela na implementação do processo. Isso começou ontem, com uma dama ilustre, com a nossa presidenta Dilma. E agora é arregaçar as mangas e começar a trabalhar e produzir tambaqui, tilápia, camarão, dobrar a produção. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Jota Nobre, da Rádio Difusora de Mossoró, no Rio Grande do Norte, que participou com a gente do Bom Dia, Ministro. E, Ministro, infelizmente, acabou o nosso tempo. Eu queria agradecer, mais uma vez, a sua participação no programa. MINISTRO MARCELO CRIVELLA: Eu que agradeço. Muito obrigado. Terceira vez que eu tenho tido a honra de estar aqui. Deixar um grande abraço para você, Kátia, para os nossos ouvintes. E lembrando sempre o apelo que faço: vamos comer mais peixe; sobretudo, vamos criar esse hábito para as nossas crianças. Um grande abraço. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Ministro Marcelo Crivella, da Pesca e Aquicultura, pela participação. E a todos que participaram conosco desse programa, meu muito obrigada e até a próxima edição.