22/07/09 Ministros das Cidades e do Esporte sugerem parcerias entre estados e municípios para a Copa de 2014
Os ministros das Cidades, Marcio Fortes e do Esporte, Orlando Silva foram os entrevistados do Bom dia, Ministro, Especial, desta quarta-feira, dia 22 de julho. Após a definição das 12 cidades sede, em maio, o governo brasileiro iniciou a preparação para a Copa do Mundo de Futebol de 2014. As cidades escolhidas foram: Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PA), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP). O Governo irá constituir um Comitê Gestor das Ações do Governo Federal para a Copa 2014. Este comitê reunirá 16 ministérios e vai interagir com os comitês locais para definir os investimentos e as alternativas de crédito, além de cuidar de programas de alocação de recursos e infraestrutura. Um dos temas a ser discutido será as alternativas de parcerias com o setor privado na gestão e construção dos estádios. Este comitê também será responsável pela fiscalização do andamento das obras para a Copa 2014, pela segurança e transparência das ações do governo. Marcio Fortes e Olrando Silva, esclareceram questionamento de âncoras de emissoras de rádio de todo o país.
12/12/2016
|
17:57
compartilhar notícia
Ouça na íntegra:
Download
transcrição

BOM DIA, MINISTRO ESPECIAL COM OS MINISTROS DO ESPORTE, ORLANDO SILVA E DAS CIDADES, MÁRCIO FORTES. APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Nesta edição especial do Programa os ministros vão falar sobre as ações e os investimentos do governo federal para Copa do Mundo de 2014. Após a definição das 12 cidades sede em maio, o governo brasileiro, iniciou a preparação para a Copa de Mundo de Futebol 20014. As cidades escolhidas foram Belo Horizonte e Minas Gerais, Brasília no Distrito Federal, Cuiabá no Mato Grosso, Curitiba no Paraná, Fortaleza no Ceará, Manaus no Amazonas, Natal no Rio Grande do Norte, Porto Alegre no Rio Grande do Sul, Recife em Pernambuco, Rio de Janeiro no Rio de Janeiro, Salvador na Bahia e São Paulo capital. O governo irá constituir um comitê gestor de ações do governo federal para a Copa de 2014. Este comitê vai reunir 16 ministérios e vai interagir com os comitês locais, para definir os investimentos e as alternativas de créditos, além de cuidar dos programas de alocação de recursos e naturalmente de infraestrutura. Um dos temas a ser discutido, será a alternativa de parcerias com o setor privado na gestão e na construção de estádios. Este comitê também será responsável pela fiscalização do andamento das obras para a Copa do Mundo 2014, pela segurança e pela transparência das ações do governo. Nós vamos começar com vários radialistas do Brasil, fazendo perguntas diretamente aos ministros. RÁDIO JOVEM PAN-SÃO PAULO/PATRICK SANTOS: eu queria primeiramente fazer uma pergunta ao ministro Márcio Fortes. Tendo em vista já o exemplo da organização do PAN 2007 no Rio já visando 2014. Eu acredito que ainda esteja muito fresco na memória do governo federal o episódio do evento, quando os encargos para a organização do PAN 2007 foram crescendo, a medida que a prefeitura se diz incompetente, para cumprir tudo que havia prometido, no que se refere a organização do evento. Que medidas estão sendo estudadas nesse momento para que isso de fato não ocorra e esses gastos, desses encargos visando 2014 não aumente?MINISTRO MÁRCIO FORTES: O caso específico do Ministério das Cidades, nós trataremos do caso específico da mobilidade urbana, ou seja, deslocamento de torcidas para o estádio, para os aeroportos, para os hotéis, com rapidez e segurança. Nós estaremos adotando dentro dos critérios do PAC da mobilidade, os mesmos critérios que adotamos para os PACs no caso específico do Ministério das Cidades, PAC da Habitação e saneamento, ou seja, estaremos conversando com os prefeitos, com os governadores no sentido de definir o alcance das parcerias. Parceria significa apoio nosso e contrapartida local, são compromissos seguidos de acordo com o termo de cooperação federativa de como fizemos antes. Esse é o esquema que adotaremos também para a Copa de 2014. RÁDIO JOVEM PAN-SÃO PAULO/PATRICK SANTOS: eu queria também fazer uma pergunta ao ministro Orlando Silva, com relação a uma pesquisa, que saiu essa semana, dizendo que o Brasil é o país com mais óbitos em conflitos de torcedores. Segundo um levantamento, um estudo que foi feito na Universidade Federal do Rio de Janeiro. E o Brasil quer organizar a Copa de 2014, aliás, já está definido isso. Primeiramente eu queria saber do senhor, como o senhor recebe um dado tão preocupante como esse, e se isso pode ter algum reflexo, ai no processo de organização da Copa?MINISTRO ORLANDO SILVA: É um dado muito preocupante mesmo. Preocupante não pela Copa em 2014, mas preocupante pela segurança, pela integridade dos nossos torcedores. Em março desse ano, o presidente Lula enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei que cria punições muito duras, para torcedores responsáveis por atos de violência. E a atitude do presidente Lula reflete uma leitura que fizemos da experiência internacional. O mundo inteiro, o combate a violência em torno do futebol passou pelo estabelecimento de penas duras, para torcedor brigão. E além de afastar dos estádios os torcedores que provoquem conflitos, nós fizemos um acordo de cooperação envolvendo vários atores dentre os quais a CBF, o Ministério da Justiça, o Poder Judiciário do Ministério Público, onde nós definimos medidas, que estão em curso, como melhor preparação das polícias, uso de armas não letais, estabelecimentos de juizados de torcedores para julgar rapidamente conflitos havidos nos estádios, estabelecimento no sistema de controle de acessos e de monitoramento por imagens do estádio, do entorno do estádio, de rota de acesso aos estádios. Então eu acredito, que é um fato muito grave. Se apenas uma morte tivesse acontecido em 10 anos, já era motivo gravíssimo e nós tivemos 42 mortes a partir do evento futebol. Por isso essas medidas, que eu creio que deve até ficar num prazo muito rápido. Inclusive a Câmara dos Deputados voltou a lei em 50 dias e agora o Senado está examinando. Eu aposto, que num prazo muito curto, nós teremos um ambiente mais seguro e confortável para os nossos torcedores. LUCIANO SEIXAS: Ministro quais as prioridades de investimento do governo federal, para realização dessa Copa do Mundo de 2014?MINISTRO ORLANDO SILVA: Meu colega Márcio Fortes tem uma responsabilidade imensa, ele deve falar sobre isso, em torno de mobilidade urbana, que é um tema ligado a infraestrutura, assim como os aeroportos. Um outro tema muito importante, porque são milhares de visitantes que virão pra cá e circularão pelo país. As estradas para dar suporte as visitas dos nossos turistas, nossos torcedores internacionais também. A primeira questão da Copa do Mundo é melhorar a infraestrutura do Brasil, portos, aeroportos, mobilidade urbana. A segunda questão diz respeito a qualidade dos serviços, um melhor serviço de hospitalidade, segurança, saúde, é muito importante para o sucesso da Copa do Mundo. Uma terceira questão diz respeito a rede de arenas, como falamos, os novos estádios, adequados, seguros e confortáveis para os nossos torcedores. E a quarta dimensão, que não é bem infraestrutura, é a promoção do Brasil. Mostrar para o mundo, um país competente, moderno, democrático, estável. Então eu diria que a Copa do Mundo é uma grande oportunidade, para promover o Brasil, qualificar serviços, estabelecer uma rede de arena de última geração e melhorar a infraestrutura. São os desafios que a copa vai permitir para o nosso país até 2014. LUCIANO SEIXAS: Ministro Márcio Fortes, como vai ser a seleção dos projetos para as cidades, haverá participação de prefeitos, de governadores como aconteceu com o PAC do saneamento e habitação?MINISTRO MÁRCIO FORTES: Exatamente essa será a regra, nós temos já uma carteira inicial em que podemos já identificar quais são as prioridades apontadas em fase inicial para prefeitos e governadores. Essa é uma referência, assim como a habitação e saneamento, nós tínhamos uma referencia inicial e depois partimos para a conversa direta com prefeitos e governadores que faremos agora também, para identificar realmente se são essas as prioridades, se há outras alternativas. E temos alguns critérios para essa discussão. Por exemplo, modicidade dos projetos alternativas modais. Se eu posso fazer um BRT porque eu vou fazer um metrô, se eu posso fazer um VLT porque eu vou fazer um metrô. É uma combinação de elementos é claro, a título de exemplo. Teremos que fazer os cronogramas das obras, tudo tem que ficar pronto dentro do cronograma que a FIFA exige não é Orlando, pelo menos um ano antes da Copa esses projetos têm que estar terminados. Temos que ver o alcance, tem que ser projetos que apóiem a infraestrutura da cidade, não só estaremos tratando da questão da Copa que é primordial, mas esse também, essas soluções devem contribuir para a solução de problemas das cidades como legado inclusive para o futuro. Então é só para identicar alguns pontos, que serão objetos de discussão. E lembrar que nós estaremos tratando no nosso ministério, especificamente no parque da copa da mobilidade urbana, deslocamento de torcidas como eu disse. Mas lembrar que nós temos os PACs em curso que afetam também diretamente o que o Orlando colocou que é a qualidade de serviço. Saneamento significa eu ter água de qualidade, água potável de qualidade para os turistas, e ter também o saneamento funcionando, até porque muitos serão as praias, eu tenho que assegurar balneabilidade das praias também.RÁDIO CBN-RIO DE JANEIRO /VANESSA MAZZARI: Minha pergunta ao ministro Orlando Silva é se ele teme uma fiscalização maior por parte do Tribunal de Contas da União, depois dos problemas encontrados nos jogos Pan-Americanos, no Rio. MINISTRO ORLANDO SILVA: Veja Vanessa eu espero uma fiscalização do Tribunal de Contas da União, tanto que no mesmo período que o Brasil foi escolhido há um ano e meio atrás para receber a Copa do Mundo de 2014, eu enviei um expediente ao presidente do Tribunal de Contas na época solicitando que o tribunal estruturasse uma equipe de apoio para acompanhar todas as iniciativas de preparação da Copa do Mundo desde aquele momento. Nós acreditamos que o Tribunal de Contas da União é um parceiro importante no acompanhamento dos investimentos feito pelo governo federal. Além de cumprir uma missão institucional de fiscalizar os gastos públicos federais, o Tribunal de Contas da União pode nos permitir evidenciar com muita nitidez a transparência com que o governo federal organiza as iniciativas no campo da Copa de 2014. Eu tenho certeza que a estruturação de uma matriz de responsabilidade definindo claramente quem vai fazer o que, entre os níveis de governo, prefeituras, estados e governo federal, qual o cronograma, tudo isso a definição clara de responsabilidade vai permitir não só o Tribunal de Contas da União, dos estados e dos municípios, mas sobretudo a sociedade e a imprensa acompanhar em tempo real a preparação do Brasil. Se tem um ente interessado em transparência na preparação da Copa do Mundo pode anotar ai, é o governo federal. MINISTRO MÁRCIO FORTES: Acrescentar Orlando que na situação dos PACs que já estão correndo, estão em curso, nós temos uma contribuição específica dos tribunais quanto a agilidade, porque realmente, se o PAC tem prioridade você na identificação de eventuais problemas, situações que devem ser modificadas nós temos que agilizar na solução, porque senão a solução final demora a chegar e ai nós temos prazo temos cronograma com a Copa, assim como temos no caso dos outros PACs, um compromisso com a população no sentido de integrar e entregar rapidamente as obras, não é o caso de habitação e saneamento que são os sonhos da população.RÁDIO CBN-RIO DE JANEIRO /VANESSA MAZZARI: A respeito de uma declaração ao jornal o Globo do João Havelange ele disse que o dinheiro acabou e que todos que se apresentaram como construtoras para fazer estádios no Brasil para a Copa de 2014 já recuaram. Segundo ele não haverá novos estádios, mas apenas alguns reformados e João Havelange disse ainda que o BNDES não vai liberar verbas para construção. Inclusive ele disse também que já cogita dividir a Copa de 2014 com Portugal. MINISTRO ORLANDO SILVA: Veja Vanessa, eu confesso que eu não acompanhei as declarações do nosso querido amigo, mestre Dr. João Havelange, mas é necessário para o Brasil realizar com sucesso a Copa do Mundo, que nós tenhamos estádios com a série de características com a capacidade mínima de público, com a capacidade de receber os milhares de jornalistas que acompanharão a realização do mundial, estádios com padrão de conforto que a Fifa exige que está muito acima dos padrões que o Brasil possui, e por tudo isso é muito importante que haja a reforma e a construção de novos estádios. Eu posso te assegurar que nesse momento uma série de instituições financeiras me escutem, modelos para financiar reformas e construção de estádios de futebol. Eu participei pessoalmente de algumas reuniões que já estão finalizando o modelo de financiamento. Levando em conta a experiência da Eurocopa o que vai permitir, digamos assim, o financiamento adequado. Agora, o que nós não vamos permitir é 'elefante branco', não tem dinheiro sobrando o que tem é o recurso necessário para termos estádios adequados. Esse semana inclusive, aqui em Brasília, nós tínhamos uma reunião marcada para finalizar uma proposta de um banco federal que pode abrir uma linha de financiamento para a construção ou reforma de estádios. Eu vou procurar o Dr. Havelange vou dar segurança a ele de que nós temos todas as condições de oferecer estádios adequados para que a Fifa faça com sucesso a Copa em 2014. APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Ministro Márcio Fortes o senhor acompanhou essa declaração não é verdade?MINISTRO MÁRCIO FORTE: Eu acompanhei hoje na mídia essa declaração ele falava que haverá apenas algumas reformas e não construção de novos estádios. Estou certo de que teremos condições sim, de levar diante a empreitada que é de disponibilizar para a Copa estádios novos e estádios também reformados. As duas alternativas existem, como disse Orlando, é somente a questão de organizar adequadamente os recursos financeiros que forem necessários de financiamento ou de parcerias com PPP podemos fazer de maneira objetiva dando resposta a esse compromisso. RÁDIO EXCELSIOR DE SALVADOR-BA/EDSON SANTARINI: Ministro Márcio Fortes, se nós compararmos o nordeste com o sudeste em questões de infraestruturas estamos ainda um pouco atrasados, os investimentos são ainda tímidos para comportar um evento tão importante da magnitude como é na Copa do Mundo. O nordeste especificamente Salvador, terá um atendimento uma atenção especial, por conta dessa diferença que há de padrão de investimentos do sul e do sudeste e também do nordeste, ou o investimento vai ser igual para todos ministro. MINISTRO MÁRCIO FORTES: A priorização será idêntica para todos, porque nós daremos priorização máxima, ou seja, queremos dar a resposta no tempo exato. Ou seja uma vez que tenhamos discutido com prefeitos, com governadores quais são os projetos vai ser o mesmo regime do PAC, ou seja, PAC não tem contingenciamento não tem restrição, o que eu sempre disse no meu ministério para habitação e saneamento, obra executada é obra medida é obra paga, ou seja, não tem restrição orçamentária, a priorização será máxima para todos, o objetivo é entregar o projeto. MINISTRO ORLANDO SILVA: Eu diria, que a Copa vai permitir o Brasil avançar na superação das desigualdades regionais. Se você Edson pegar os pontos das cidades escolhidas as 12 cidades se pudesse ligar uma cidade a outra com a reta você veria que vai ser formado uma réplica do mapa do Brasil. Isso é reflexo de um esforço que nós tivemos muito com a Fifa e que a Copa deveria ser uma copa nacional,espalhada pelo Brasil para permitir inclusive superar determinadas deficiências estruturais que algumas regiões ainda possui. E agora você ouviu a palavra do nosso ministro Márcio Fortes, a bola está com as cidades. É preciso apresentar projetos consistentes, boas soluções técnicas, viáveis para que os gargalos e as dificuldades possam ser superadas,e o nordeste, o norte o centro-oeste que aqui acolá tenham alguma dificuldade possam avançar e possa explorar as vantagens que essas regiões tem, muitas vezes na rede hoteleira, nas belezas naturais, que interessam muito aos visitantes que virão ao Brasil.MINISTRO MÁRCIO FORTES: Edson não esteja preocupado porque para Salvador nessa rodada preliminar nós já temos cerca de 9 projetos apresentados foi a cidade que mais apresentou projetos no nordeste. Ou seja, se é por falta de projetos não perca o sono, haverá projetos suficientes como alternativa para discutir os melhores e os que poderão ser atendidos com essa parceria que esperamos estabelecer com o governo federal e as cidades sede da Copa. RÁDIO EXCELSIOR DE SALVADOR-BA/EDSON SANTARINI: Existem alguma possibilidade ministro de a cidade não se adequar, não houver possibilidade de fazer investimentos a tempo a cidade de Salvador pode ficar fora da Copa por conta disso, ou não?MINISTRO: Veja a cidade de Salvador assumiu compromissos com a Fifa. A Copa de 2014 é um evento da Fifa, os compromissos firmados com a cidade de Salvador terão de ser cumpridos, da cidade de Salvador com a Fifa, sob pena de ela ficar fora sim, a hipótese existe. Agora eu acredito que todas as cidades que se empenharam tanto para ser uma das escolhidas cumprirão os cronogramas cumprirão as suas responsabilidades, até porque o cumprimento desse cronograma significará melhores estádios e melhores condições e mais do que isso, geração de empregos, que a preparação da cidade vai permitir. Então Edson a hipótese sempre existe, desde de que não se cumpra o contrato, mas eu tenho certeza que são hipóteses que não vai acontecer, porque eu sei do compromisso do governador Jackson Wagner, sei do compromisso do prefeito João Henrique e de toda a comunidade baiana. RÁDIO CBN-RECIFE-PE/JOFRE MELO: Ministros, um dos maiores problemas enfrentados pela população aqui no Recife que está em festa com a escolha da nossa capital pernambucana uma das cidades se de ou sub-sede da Copa do Mundo, é a questão do transporte coletivo. A estrutura atual não atende a demanda dos usuários além de possuirmos uma frota sucateada e com péssimo atendimento. Com base nessa realidade específica como é que esse comitê gestor de ações vai cobrar dos municípios os avanços de alguns setores básicos como a infraestrutura do transporte, por exemplo, ministro. MINISTRO MÁRCIO FORTES: Bem, e nós já temos projetos, inclusive do governo federal, correndo no PAC atual da mobilidade, o PAC dos metrôs. lembrar que o Ministério das Cidades tem a operação do metrô do Recife. Eles tem um investimento importante, já temos a linha sul funcionando, tivemos a extensão da linha que vai a Camaragibe temos programada a extensão até Cabo, com licitação do VLT. Então, independentemente da discussão do PAC da Copa, nós já temos um PAC atual do metrô em funcionamento. Então, já é a garantia também de apoio neste deslocamento. Lembrar que a linha sul vai do centro da cidade, passa pelo aeroporto, vai pela região hoteleira. Então, já está enquadrada mais ou menos no espírito que é deslocamento de torcidas por essas áreas. À respeito dos outros projetos, como já assinalamos, vamos discuti-los. Discuti-los e apoiar aqueles que mais contribuam para esse subjetivo de integração das torcidas com o local do evento. Mas também, repito, serão projetos que ficarão como legado para a cidade. É importante dizer. Vamos tratar o problema da Copa, pensando também no legado futuro que assim estaremos contribuindo também para resolver problemas locais de infraestrutura de transportes urbanos.MINISTRO ORLANDO SILVA: Eu creio que o Márcio já foi preciso, que as cidades devem se qualificar mais. Recife tem um estádio projetado para a cidade da Copa, em São Lourenço da Mata, que já fica próximo, digamos assim, da rodoviária da cidade de Recife. O metrô chega até uma área próxima ao estádio. Agora, evidentemente que nós temos que conectar a cidade da Copa projetada, com o metrô da cidade, e facilitar a circulação, na própria cidade do Recife, na região metropolitana. O estado de Pernambuco tem um litoral belíssimo, então, é preciso facilitar a circulação dos turistas pelo litoral. E creio que a perspectiva do Jofre, e com razão, é que depois da Copa as cidades sejam melhores para os cidadãos. Nós pensamos na Copa em 2014. Mas pensamos no Brasil em 2015. E creio que de fato o tema mobilidade, como bem falou o ministro Márcio fortes, merece muito cuidado.RÁDIO CBN - RECIFE (PE)/JOFRE MELO: Eu queria, só para concluir com o ministro das Cidades, Márcio Fortes, o senhor falou do VLT, Veículo Leve sobre Trilhos, é um dos sonhos da população de Recife. O senhor acha que com a proximidade da Copa esse projeto pode tomar mais corpo e ser agilizado?MINISTRO MÁRCIO FORTES: Nós já temos a licitação em curso para ligar Jaboatão até Cabo. ou seja, o veículo utilizará a linha que atualmente é usada por uma composição à diesel, e estaremos colocando o transporte moderno do VLT. E lembrar que o próprio presidente Lula esteve no Recife já inaugurando a linha sul, ou seja, a linha que vai de Cajueiro Seco, em Biribeira, é uma linha que já está funcionando e para qual daremos apoio necessário, inclusive para aumentar o fluxo de passageiros com mais composições.RÁDIO NACIONAL AM -BRASIÍLIA (DF)/ LUCIANO SEIXAS: Inclusive ele falou em sucateamento da frota, não é isso ministro? Parece que há uma verba grande nesse sentido né? MINISTRO MÁRCIO FORTES: A respeito do sucateamento de frotas, lembrar que eu também sou vice-presidente do Conselho Curador do Fundo de Garantia, e que a coisa de dois meses atrás, aprovamos uma linha adicional para capital de giro através de operações de mercado, com compra de debêntures recebíveis, direitos creditórios, em que o Fundo de Garantia poderá disponibilizar R$ 1 bilhão para o Brasil todo, exclusivamente para a renovação de frotas. A linha já foi aprovada com esse objetivo. Tratar exclusivamente dos ônibus. A linha não é para o metrô e nem para VLTs. Exclusivamente para ônibus. Ou seja, somando-se o investimento do metrô com essa linha disponível, e mais os projetos que estaremos discutindo no PAC da Mobilidade, eu creio que estaremos dando uma resposta à população do que seja necessário fazer para que o deslocamento se faça com rapidez e segurança para as áreas ligadas ao evento da Copa, e também ficando como legado para as cidades do Recife, e cidades da região metropolitana.RÁDIO ITATIAIA-BELO HORIZONTE (BH)/SOLANGE BASTOS: Eu gostaria de fazer a pegunta para o ministro Orlando Silva: ministro, o ministério já tem avaliação de empresas privadas interessadas nas reformas dos estádios, que é o caso aqui de BH, e a construção de estádios no país. E eu queria que o senhor comentasse, o metrô para o BH terá garantia?MINISTRO ORLANDO SILVA: Veja, sobre o metrô vai falar meu companheiro especialista em metrô e temas de mobilidade urbana, que é o ministro Márcio Fortes. Sobre os estádios, no acordo com a Fifa a responsabilidade dos estádios não coube ao governo federal. Nós dissemos desde a primeira hora que não repassaremos recursos voluntários, recursos do orçamento do governo federal para construção ou reforma de estádios. Nós acreditamos que inclusive, as cidades e estados que possuem estádios, deveriam aproveitar o processo da Copa do Mundo para criar algum modelo de gestão diferente. Alguma concessão, para que o setor privado possa ocupar e administrar esses equipamentos. Os governos estaduais e municipais, na minha opinião, tem assuntos mais graves, importantes, e urgentes para tratar, do que administrar estádios de futebol. E a concessão, eu imagino que pode permitir, Solange, o melhor aproveitamento desses espaços para futebol e para outras atividades o que pode permitir a sustentabilidade, e facilitar a manutenção desses equipamentos. Então, eu acredito que os estados e eu sei que em Minas Gerais se trabalha com essa perspectiva de construção de um centro de eventos e a gestão seria privada, isso vai permitir muito a otimização deste tipo de espeço. Como é responsabilidade de cidades e estados, são elas próprias que tem avaliado. O que nós temos trabalhado no governo federal é na estruturação de uma linha de financiamento que vai permitir o financiamento para a construção ou reforma de estádios. Então o nosso foco nesse momento, na fase final de elaboração da lei de financiamento, é fixar quais as garantias serão necessárias para oferecer o financiamento adequado para a construção ou reforma de estádios. Quem tem analisado os projetos são cidades ou estados, variando em função de qual que é o proprietário do equipamento. No caso de Minas Gerais, isso cabe ao governo do estado.MINISTRO MÁRCIO FORTES: Não sou especialista, acontece que a empresa de metrô está no nosso âmbito, do ministério, e também sou presidente do Conselho de Administração da empresa. Por isso que Orlando está brincando que eu sou especialista. Nós temos a operação do metrô de Belo Horizonte. Eldorado Vilarinhos é a linha que funciona plenamente. Fizemos todos os investimentos necessários para a modernização da linha, investimentos em segurança, em bilhetagem, sinalização. A linha já está em curso, então, não há problemas contra isso. Estamos trabalhando agora na integração com os outros modais, que também é importante, urbanos ou interurbanos. Então é importante que haja espraiamento da atividade do metrô beneficiando a população. É claro que há projetos que são discutidos tradicionalmente em Belo Horizonte, tradicionalmente se fala no bairro Calafati, na Savassi Pampulha. Mas, lembrar que nos projetos apresentados preliminarmente, temos BRTs, que são ônibus, linhas de ônibus em corredores exclusivos. Seja na Antônio Carlos, seja na Pedro II. Então, são alternativas também de investimentos. É importante lembrar que ainda essa semana foi colocado pela Anac, que teremos revitalização também no Aeroporto da Pampulha. E também não é só Confins, com Pampulha teremos o deslocamento ali afetando essa área do aeroporto em relação ao centro da cidade, rodoviária em relação ao local do evento, o estádio, no Mineirão. Então, temos aí uma alternativa também de investimento para resolver essa questão. Agora, o metrô está funcionando, como está atualmente. As discussões quanto à ampliações, passarão no momento adequado por essas conversas com prefeitos, governadores de estados, na mesma linha que fazemos anteriormente para habitação e saneamento. Como disse, o espírito é parceria, verificar se é só governo com governo ou se haverá interesse do setor privado em participar. Como também nos investimentos mencionados pelo Orlando. Então, na conversa teremos então o encaminhamento das soluções, dentro do espírito de parceria, e foi bem colocado (sic) aquela pergunta inicial, de responsabilidade. Tudo tem que ficar pronto à tempo e à hora, afinal, o Tribunal de Contas também estará acompanhando com agilidade como eu mencionei anteriormente.APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Um rápido esclarecimento, a gente fala de metrô, o senhor falou agora de BRT, que são os corredores exclusivos de ônibus, e tem se falado também de VLT, que é o veículo leve sobre trilhos. É isso?MINISTRO: Exatamente. E tem também o BRT, o corredor exclusivo do ônibus. Temos o ônibus simples, bem articulado, ou articulado, então pode chegar a transportar mais de 270 passageiros, é uma alternativa muito boa. O VLT , aquele bondinho europeu que você tem então. É um veículo muito mais leve, um trem leve de superfície, e tem um custo um pouco mais alto que o BRT. E também temos no caso, o VLP, perdão, que é o VLT que é trilho e o VLP que é sobre pneus. O VLP é como se fosse um trem sobre pneus que anda numa canaleta. Então tem o BRT, VLT e VLP. São as alternativas, cada um com seu custo, cada um com seu tempo de implantação. temos que jogar, lembrar isso com cronograma, com seu custo. Se você pode usar um modal ao invés do outro, vamos pensar qual vai ser adotada a solução. E também pensar o seguinte, que eu não falei anteriormente, como é que fica o pós-evento? Que eu tenho que ter o modal que seja sustentável. Eu não posso ter um só modal com um grande investimento da Copa e depois? Ele vai ficar perdido? Ele tem que funcionar para a cidade e não vai me pedir depois subsídio para a tarifa. Então, tem que ser auto sustentável, saber quem vai operar, se é o poder público, se vai ser a sociedade civil através de uma PPP, como será isso, tem que definir. Então, o tema é bem complexo. É no momento da Copa, é o pós-Copa e sobretudo, como fica o legado para as cidades. Queremos também ajudar as cidades através da solução do problema da Copa.RÁDIO RIO MAR-MANAUS (AM)/JOSÉ CAMACHO: A minha primeira pergunta é sobre a concessão de estados, mas já foi respondida. Ministro, eu faço a seguinte pergunta: o seu ministério considera quatro pontos principais para realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014: destinos turísticos, modernização de infraestrutura, qualificação dos serviços e criação de rede de arena de última geração. Eu lhe pergunto: somente nesses quatro itens principais, na visão do ministério, teriam a ingestão de recursos públicos?MINISTRO ORLANDO SILVA: Esses quatro itens já abrem um leque de possibilidades infinitas. Veja: quando eu falo qualificar serviço, estou tratando de um tema como segurança. Segurança é um serviço essencial, fundamental para a realização da Copa com sucesso de um lado, e fundamental para a população brasileira. Eu falo de todo o serviço vinculado à hotelaria, à hospitalidade, ao turismo, que é uma indústria fantástica, geradora de empregos em grande escala. Então, esse esquema, digamos assim, essa caracterização, visa apenas delimitar as áreas de ênfase, estruturar eixos de trabalho. A promoção do Brasil não é apenas a promoção turística. É a promoção da imagem que nós pretendemos realizar num futuro próximo. Veja que a China acabou de fazer os jogos olímpicos e qual que é a imagem que o mundo percebeu da China? Um país poderoso, uma potência do século XXI. A Alemanha fez a Copa do Mundo e qual é a imagem que procuraram transmitir? Um país que quer fazer amigos no mundo, quer juntar as suas diferenças nacionais. Então eu acredito que quando falamos de promover o Brasil, é promover em múltiplas dimensões. Quando falamos de serviços, são serviços em várias áreas. Infraestrutura, falamos de portos, aeroportos, estradas, mobilidade urbana e tudo isso é importante que nós tenhamos recursos públicos dos vários governos, mas é fundamental estruturarmos modelos de negócio que permitam uma atração do setor privado, do investidor privado do Brasil e de fora do país, para que a Copa possa ter um grande resultado econômico, possa gerar emprego e possa contribuir com o desenvolvimento nacional.MINISTRO MÁRCIO FORTES: Com relação a Manaus, como também é o caso de Cuiabá, é lembrar que nós temos um forte apelo turístico, porque são duas cidades que têm uma relação direta com o meio ambiente, ou seja, é a Amazônia, é o Pantanal. Então, nós temos que além de pensar na Copa, pensar também no apoio, como disse o Orlando, na parte de hotelaria, de hospitalidade e ver quais investimentos necessários também com relação à beleza das cidades. Eu sei que Manaus, com essas chuvas, passam por um problema de asfalto, das vias. Esse é um problema delicado, temos que tratar também, porque não adianta ter deslocamento rápido, eficiente etc.. A cidade tem que estar bonita, o apelo ali é turístico. Então, o futebol, com apelo turístico com relação ao meio ambiente. Me lembraram aqui a respeito de Manaus, que nós temos uma preocupação importante lá que é a questão de água. Vão dizer: mas água? em Manaus? Com tanto rio em volta? Exatamente, Manaus tem um problema de fornecimento de água, não é solução de curto e de médio e longo prazo. Estamos adotando as soluções dentro do PAC do saneamento, porque nós estamos com essa preocupação: disponibilizar água com qualidade para toda a população e para os turistas que vão chegar.APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Ministro, o senhor tem feito muita referência na questão do prazo. O ministro Orlando Silva já confirmou que tem que estar tudo pronto em 2013. Um ano antes, inclusive, tem Copa das Confederações. Mas qual é o prazo agora pra coisa começar? As cidades têm prazo, os governos estaduais têm algum limite nesse sentido? MINISTRO MÁRCIO FORTES: Nós estamos realizando reuniões dentro do governo federal para encaminhar justamente o relacionamento com as prefeituras, com os governos de estado. Ainda ontem mesmo, o Orlando e eu participamos de uma longa reunião para dar uma vista em todos os projetos, formar ideia à respeito, porque queremos em breve, principalmente já agora, no início de agosto, começar os contatos com prefeitos e governadores para passar à efetividade, ou seja, como fizemos no PAC de habitação. Pessoal, vamos discutir o que que é importante, o que que não é, o que tem que fazer, qual a parceria, qual a contrapartida, até onde vamos chegar, qual o prazo? Vamos discutir tudo. Esse projeto está pronto, este não está pronto, isso é uma coisa que depois não vai passar até pela Caixa, porque a Caixa Federal, é a nossa mandatária, é a nossa parceira e nós discutimos e depois o projeto tem que aparecer. Se o projeto aparecer, tem que ser discutido. É engenharia. Você tem que ver as questões ambientais, a questão da regularização fundiária, pensar nas licitações, tudo isso. Já passamos por isso em habitação e saneamento, já estamos escolados a respeito de toda essa questão e queremos que essa etapa seja vencida agora com mais segurança, com mais rapidez e efetividade.RÁDIO VERDES MARES-FORTALEZA (CE)/NILTON SALES: Nós estamos querendo saber se de acordo com essa previsão de R$ 3 bilhões para aplicação, quanto vai para Fortaleza? O senhor podia me dizer?MINISTRO ORLANDO SILVA: R$ 3 bilhões relativos a quê, Nilton?RÁDIO VERDES MARES-FORTALEZA (CE)/NILTON SALES: PAC. PAC da Copa, são R$ 3 bilhões.MINISTRO MÁRCIO FORTES: Trata-se do programa Pró-Transporte, com recursos de financiamento do Fundo de Garantia, é um orçamento que aprovamos já no ano passado, para período de três anos, R$ 1 bilhão por ano, para o período de 08, 09 e 2010. Então, é uma coisa inicial que nós temos, está lá bloqueado o recurso, reservado até para o PAC da mobilidade. Não foi utilizado por ninguém. Você deve ter lido na minha entrevista ontem, eu me referi a isso. É um valor que está exatamente à disposição das negociações que faremos agora para financiamento, isso não é Orçamento Geral da União, ou seja, financiamento é como qualquer linha do Alimento Para Todos, pró-moradia e ao pró-transporte, também que já tem um regulamento próprio que aprovamos no ano passado.APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: E isso é só o início?MINISTRO MÁRCIO FORTES: É a reserva inicial. Nós, no Fundo de Garantia, sempre ajustamos orçamentos às necessidades de outros programas.RÁDIO GAÚCHA-PORTO ALEGRE (RS)/LÉO SABALLA JÚNIOR: A minha primeira pergunta para o ministro Orlando Silva: o ministro seguidamente vem aqui a Porto Alegre, vai também em outras cidades e vai aos órgãos de futebol. Aqui em Porto Alegre, o senhor comparece bastante ao estádio Beira Rio, assiste aos jogos do Internacional. Ministro, eu queria uma avaliação particular sua com relação ao estádio Beira Rio e até na comparação com os outros estádios que o senhor costuma visitar. E a segunda pergunta pro ministro Márcio Fortes, com relação ao metrô, aqui próximo ao estádio, o metrô que vai chegar até o estádio Beira Rio. Quais as últimas informações que o senhor pode trazer pra gente e até questões de prazos, se for possível?MINISTRO ORLANDO SILVA: A cidade de Porto Alegre talvez seja a cidade brasileira que tem a felicidade de ter os melhores estádios. O estádio do Beira Rio é um belíssimo estádio, assim como é belíssimo o estádio olímpico. E felizmente a cidade de Porto Alegre conta com dois grandes projetos: o estádio olímpico Arena do Grêmio será um novo estádio, eu conheci detalhadamente o projeto, mas o estádio da Copa, em Porto Alegre, será o estádio Beira Rio. Já hoje, o estádio Beira Rio tem uma bela condição de jogo, o gramado, drenagem, irrigação. É um estádio localizado numa região importante, de acesso fácil e ainda assim, nós temos debatido com a cidade a melhoria do acesso ao estádio do Beira Rio. O estádio teve a modernização importante na área que vocês aí chamam de suítes. As suítes do Beira Rio são áreas confortáveis, que serão trabalhadas para corporações, e vai inclusive incrementar recursos para a grande reforma e a cobertura que será feita no estádio vai permitir mais conforto para todos os torcedores. Então eu diria pra ti que o estádio do Beira Rio tem belas instalações para quem disputa o jogo, tem boas condições para quem frequenta. O estádio do Beira Rio, por exemplo, é um estádio, como você sabe, que tem um bom sistema de monitoramento por imagens. Então, se acompanha todo o comportamento, as atitudes, a circulação dos torcedores no estádio e no entorno, já hoje, com equipamento utilizado lá no Beira Rio. Então eu diria que é um estádio que felizmente foi escolhido para a Copa e as benfeitorias da cidades se tornarão ainda mais atraentes à realização de atividades naquele lugar.APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Ministro Márcio Fortes, a pergunta do Léo foi referente ao metrô de Porto Alegre, não é?MINISTRO MÁRCIO FORTES: Bem, o Orlando tem ido muito aos jogos lá, e eu vou todo mês porque sou presidente do Conselho de Administração de (inaudível) e tenho reunião todo mês e falo muito para vocês da Rádio Gaúcha. A respeito de metrô, nós já temos a operação do metrô de São Leopoldo a Porto Alegre, com a extensão que agora nós estamos fazendo de São Leopoldo a Novo Hamburgo. Nós estamos dando também uma contribuição para o deslocamento de torcidas que vêm do Vale dos Sinos. Com respeito aos projetos especificamente para a cidade de Porto Alegre, a região metropolitana, é lembra que não apenas o metrô é o que está em pauta, mas temos corredores da terceira perimetral, corredor da avenida Atron, corredor ao longo do Pinheiro, ciclovia, aeromóvel. Vários projetos foram apresentados. Os portais da cidade. A linha 2 do metrô é um dos projetos também que serão objetos de discussão. Sei que a bancada gaúcha tem discutido muito este tema. A iniciativa privada também tem sido procurada para fazer uma PPP, vamos para a mesa de negociação justamente discutir quais serão os modais apoiados, dentro daquela linha: custo, prazo e operação pós-Copa. Esses temas são todos importantes e se quiser conversar comigo, daqui a alguns dias estarei para a próxima reunião do conselho, semana que vem estarei em Porto Alegre.MINISTRO ORLANDO SILVA: Márcio, me permita: custo, prazo, pós-copa e conexão com o projeto da Copa. Os projetos devem estar vinculados a uma boa realização da copa.APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Ministro Orlando Silva: uma curiosidade geral é a questão dos dois maiores eventos que expõem mais o país na Copa do Mundo. A abertura e o jogo da final, não é? Isso vai ser definido quando? Quem define? É a CBF, é a Fifa, há um acordo, há uma pesquisa? Por exemplo: existe uma pesquisa, não é no Ministério das Cidades nem do Esporte, mas do Turismo, que o internauta pode ir lá votar na sua cidade. Me parece que Belo Horizonte pena frente na questão da abertura. Como está esta questão, ministro?MINISTRO ORLANDO SILVA: Existe um comitê organizador local, constituído pela Fifa, que tem responsabilidade de preparar o país com relação ao evento em si, aos jogos, a como eles vão acontecer, em quais cidades, com que período e etc. Cabe a esse comitê que é ligado à Fifa a decisão sobre a cidade que vai abrir os jogos, que realizará a fase final dos jogos, as semifinais e a própria final. Não há uma decisão sobre esse assunto, está cedo ainda. A Fifa não vai tratar desse tema antes da realização da Copa do Mundo na África do Sul, que é no que vem. No Brasil, nós temos vivido uma certa ansiedade sobre essas matérias, mas veja: em 2010 ainda veremos uma nova Copa do Mundo. Só a partir daí é que o Brasil receberá definitivamente o bastão da Fifa e a partir daí, não só definiremos cidades que receberão abertura, semifinais e finais, mas outros eventos em torno da Copa; o sorteio das chaves, que é um momento muito importante. Então, eu creio que haverá tempo e nós queremos, inclusive, não só envolver nos eventos da Copa as cidades que receberão jogos, mas cidades que pretendiam receber jogos, que não receberão jogos, mas que poderão participar de promoções em torno da Copa do Mundo. Então, daqui a pouco nós teremos notícia, mas ainda é um pouco cedo.APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Ministro Orlando Silva falou de ansiedade por parte do público em geral, mas também essa ansiedade se reflete nos prefeitos e governadores, não é, ministro Márcio Fortes?MINISTRO MÁRCIO FORTES: Exatamente, por isso estamos agora já neste mês de agosto iniciando os contatos para passar da concepção à discussão dos projetos e pensando já em imediata realização dos mesmos. Ou seja, o início é importante. Eu sempre brinco que na área de habitação e saneamento o importante é o que eu chamo de PNB, não é Produto Nacional Bruto, é Pé No Barro. Ou seja, começar a obra imediatamente para a população saber que começou e o prefeito fica tranqüilo. Mas o prefeito também tem que correr atrás porque o prefeito tem que ter equipe, não só para o projeto, mas também para a execução e fiscalização, porque a responsabilidade da obra é dele, ele tem que fazer com que as coisas aconteçam. O prefeito envolvido com a Copa do Mundo tem que ter agora uma outra cabeça. Cabeça para pensar no evento e contribuir decisivamente para que as coisas aconteçam como falou o Orlando. Não existe nada disso pensar que não vai acontecer em tal ou qual cidade: vai acontecer sim, o prefeito vai estar engajado e responsabilizado.RÁDIO EDUCADORA 107,5 FM-SALVADOR(BA)/CAIO COUTINHO: em Salvador, hoje a cidade amanheceu aqui com um boato de que Salvador poderia não ser mais uma subsede da Copa do Mundo de 2014. Por conta de um embargo por uma organização ambiental, as obras nas reformas do estádio da Ponte Nova. Eu estava querendo saber se já chegou essa informação a Brasília e qual deve ser a postura dos ministérios em relação a isso?MINISTRO ORLANDO SILVA: O próximo dia 31 de agosto é uma data chave o cronograma de preparação da Copa do Mundo no Brasil, porque os estados e as cidades se comprometeram de entregar à Fifa, no dia 31 de agosto, um Edital de seleção dos projetos para construção ou reforma dos estádios. Então, eu sei que o estado da Bahia e a prefeitura juntos têm trabalhado duro para fechar esse edital, estruturado num belo modelo de financiamento, com gestão futura bem definida. Eu acredito que há tempo para que o governo do estado e a prefeitura possa cumprir esse cronograma. É normal que haja insegurança aqui ou acolá, num tema ou noutro, não só em questões ambientais, mas questões ligadas ao patrimônio histórico. Por vez, suscita debates. Na Bahia, particularmente, o estádio da Fonte Nova é um patrimônio do estado da Bahia, tem um peso histórico, cultural muito importante, mas eu sei que o diálogo vai imperar e nós teremos condições de até o final de agosto definir claramente esse edital, esse projeto e Salvador, que é uma das cidades mais desejadas de ser conhecida pelo mundo inteiro, estará com certeza participando do projeto da Copa de 2014.APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Ministro Márcio Fortes, essa segunda referência, essa questão do cancelamento de Salvador como sede, o ministro Orlando Silva falou agora pouco que é muito cedo para saber quem abre a copa, quem encerra. Os jogos como vão ser. Também, talvez, seja muito cedo para definir quem está fora, não é? Ainda tem que apresentar projetos, inclusive de infraestrutura.MINISTRO MÁRCIO FORTES: Eu sou otimista por natureza. Tudo vai acontecer no seu tempo e na hora. A questão ambiental será resolvida com espírito de público daqueles que tratam da matéria e ninguém quer desrespeito à questão ambiental. Nós queremos agilidade na resposta. Assim como fizemos, inclusive recentemente, no programa Minha Casa Minha Vida. Foi um acordo geral, conduzido pela ministra Dilma, com órgãos ambientais, com cidades representativas no sentido de que prazos específicos seriam adotados para que o programa funcionasse. Ou seja: basta ter a vontade de decidir, que a coisa está feita, por quê procrastinar? Tudo na vida tem que ter sua velocidade. Copa do Mundo tem que ter o seu timming, seu cronograma, e tudo deve ser ajustado. A decisão fundiária, a decisão ambiental, editais e etc. Tudo dentro dos seus prazos, então, vamos correr atrás e vamos fazer acontecer.RÁDIO CULTURA AM-CUIABÁ(MT)/CARLOS ROBERTO: Aqui, nos jornais de hoje da capital, Cuiabá, temos uma notícia: Sedes terão R$ 3 bilhões para investir na Copa de 2014 . Ao todo serão R$ 5 bilhões. De onde está saindo tanto recurso, ministro?MINISTRO MÁRCIO FORTES: Não se trata de sair tanto recurso disso. É um orçamento aprovado no Conselho Curador do Fundo de Garantia para o programa Pró-Transporte. Este recurso está reservado. Não quer dizer que ele seja único, nem que vai ser parcial totalmente ou haverá necessidade de mais recursos. Vamos estudar os projetos para ver o que será necessário aplicar. Esse recurso é oneroso, é recurso de financiamento, é apenas uma indicação de que já existe um orçamento definido para o Fundo de Garantia começar a lidar com o assunto.RÁDIO CULTURA AM-CUIABÁ(MT)/SEBASTIÃO SIQUEIRA: Eu gostaria de saber do ministro com relação ao cumprimento do projeto apresentado pelas subsedes. Como vai ser a fiscalização, o acompanhamento e se há possibilidade de alguma subsede que não venha a cumprir aquilo que prometeu à Fifa e à CBF de perder essa subsede?MINISTRO ORLANDO SILVA: O contrato é feito para ser cumprido. As cidades, os estados e o Brasil firmaram contratos com a Fifa e eu tenho convicção absoluta que todos os contratos serão cumpridos. Eu te asseguro isso aí da parte do governo federal. O presidente Lula e vários ministros assinaram 11 garantias à Fifa e rigorosamente cada uma das garantias assinadas pelo governo federal tem sido entregues à Fifa. Eu tenho certeza que o mesmo acontecerá com estados e com prefeituras. O governador Blairo Maggi esteve conosco em Zurique, quando o Brasil foi escolhido como país-sede da Fifa, mostrando todo seu compromisso. O prefeito Wilson Santos esteve recentemente na reunião da Frente Nacional de Prefeitos, esteve na reunião que aconteceu há dois meses atrás com representantes da Fifa, sempre reafirmando cada compromisso firmado pela cidade de Cuiabá. Então eu tenho absoluta convicção de que a cidade de Cuiabá, o estado do Mato Grosso, assim como o Brasil, todos cumpriremos todos os contratos firmados com a Fifa, o que significa afastar qualquer risco de saída de Cuiabá desse projeto da Copa de 2014. Estou seguro, porque conheço os gestores, sei da responsabilidades que cada um deles tem. Mas eu queria aproveitar e fazer um comentário breve sobre a preocupação do Carlos Roberto, quando perguntou ao ministro Márcio Fortes de onde vai vir tanto dinheiro. R$ 3 bilhões é muito recurso, mas vai ser necessário mais do que R$ 3 bilhões para preparar o Brasil. E lógica tem que ser de compreender esses recursos como investimentos. Cada centavo investido será feito com muita transparência, será feito com controle social, com controle público e significará melhores cidades para o nosso povo depois da Copa, significará geração de emprego, geração de renda e desenvolvimento para o nosso país.RÁDIO BANDNEWS FM-BRASÍLIA (DF)/MICHELLE MATTOS: A minha primeira pergunta é para o ministro Orlando Silva. Ministro, no fim do mês passado, em uma reunião, o encontro que reuniu aqui em Brasília diversos prefeitos das cidades que vão sediar a Copa, o senhor demonstrou preocupação em relação aos aeroportos, porque hoje realmente tem alguns trajetos que precisam fazer conexões, o que poderia se tornar um transtorno até mesmo para os turistas, para o público que vai prestigiar os jogos. Então eu aproveito para perguntar para o senhor: o governo federal já tem algum plano de ação preparado para os aeroportos? O senhor já pode adiantar algo para a gente nesse sentido?MINISTRO ORLANDO SILVA: De fato, o tema aeroporto é um tema-chave para a Copa do Mundo. Para que você tenha ideia, a única cidade brasileira conectada com todas as demais que participarão do projeto da Copa 2014 é Brasília. Só Brasília tem acesso a todas as outras 11 cidades. O que nós não podemos permitir é que um torcedor que queira sair de Fortaleza e viajar para Salvador tenha que vir fazer uma conexão em Brasília, não faz sentido. É preciso que nós primeiro tenhamos uma malha aérea mais eficiente e para isso a Anac, que regula o setor, já atua no sentido de estimular o setor privado que opera nessa área, para prever uma malha aérea mais eficiente. De um lado essa questão, e de outro lado, é necessário nós ampliarmos os terminais de passageiros dos aeroportos de todas essas cidades, porque nós estamos próximos da saturação na maioria dos aeroportos das cidades escolhidas para a Copa do Mundo, independente da Copa do Mundo, nós já teríamos que fazer uma expansão do terminal de passageiros, em alguns casos expansão de pista ou construção de uma nova pista. E a Infraero tem um compromisso conosco, o brigadeiro Nicácio, de que no começo de agosto nós teremos um plano final de reforma de infraestrutura e de melhoria de serviços em todos os aeroportos do Brasil. Então nós teremos esse plano e rapidamente nós vamos colocar em prática, de modo que as cidades estarão prontas para receber a Copa e o Brasil vai agradecer, afinal de contas, a malha aérea e os aeroportos serão mais eficientes a partir do movimento de 2014.APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Ministros, nós estamos chegando ao final do programa. Ministro Márcio Fortes, suas últimas colocações, por favor.MINISTRO MÁRCIO FORTES: Esse tema de aeroportos é realmente crítico, lembrar que a reunião recente da Sudene, foi realizada até em reunião comemorativa, o cinquentenário da Sudene em Minas Gerais, nós tivemos a oportunidade de discutir essa questão da malha. Porque isso afeta mais o Norte e o Nordeste do que o Sudeste e o Sul e o deslocamento deve ser agilizado com a proposta de entrada de novas linhas para operação na Copa. Bem, da nossa parte, quero dizer o seguinte: nós estamos com a experiência do PAC, no ministério. Repito aquilo que disse no início: o PAC não tem contingenciamento, tem definição sólida na parte orçamentária e financeira, ou seja, definido o projeto, a parceria funciona, o apoio que vamos dar, só vai refletir na liberação de recursos de maneira objetiva, prática e imediata, ou seja, eu vou repetir: obra que andar será emitida e será paga dentro do espelho do PAC. Por outro lado, o que esperamos da parceria: os projetos, a realização das licitações, a execução das obras, a fiscalização e também acompanhando a nossa velocidade de liberação de recurso, é isso que temos que fazer. Ação conjunta em todas as frente, afinal somos todos torcedores de futebol, ninguém vai querer perder capital alguma. Ainda mais Cuiabá, com essa preocupação que foi colocada aí, lembrar que foi uma das capitais que mais brigou para ser sede, então tenho certeza que todos estarão juntos lá para não perder, como foi colocado pelo nosso querido amigo na pergunta que foi dirigida a nós.MINISTRO ORLANDO SILVA: Eu agradeço o convite para participar mais uma vez do Programa Bom Dia Ministro, agradeço a chance de encontrar o meu colega Márcio Fortes, um dos melhores ministros do presidente Lula. E dizer que o governo federal vai atuar fortemente para garantir planejamento, transparência na preparação da Copa de 2014, cumprimento dos prazos, cumprimento dos cronogramas e o bom uso do recurso público. A Copa sairá no Brasil com eficiência, sem elefantes brancos, não é? De modo que o Brasil celebre em 2014 o melhor mundial de todos os tempos.APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Nós estamos encerrando neste momento o Programa Bom Dia Ministro Especial. Hoje recebemos os ministros do Esporte, Orlando Silva e das Cidades, Márcio Fortes. Voltamos numa próxima oportunidade.