APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Olá, amigos em todo o Brasil. Eu sou Kátia Sartório, e começa agora mais uma edição do Programa Bom dia, Ministro, o programa que tem a coordenação e a produção da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços. Hoje, a nossa convidada, aqui no estúdio, é a Ministra da Cultura, Marta Suplicy. Bom dia, Ministra. Seja bem-vinda. MINISTRA MARTA SUPLICY: Bom dia, Kátia, e bom dia, Brasil. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Na pauta do programa de hoje, o Programa Mais Cultura nas Escolas e também o Vale-Cultura. A Ministra Marta Suplicy já está aqui no estúdio, pronta para conversar com âncoras de emissoras de rádio de todo o país. Ministra, já está na linha a Rádio Universitária FM, de Recife, Pernambuco. Quem está lá é Roberto Sousa. Bom dia, Roberto. REPÓRTER ROBERTO SOUSA (Rádio Universitária FM / Recife - PE): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministra. A gente começa falando sobre o Mais Cultura nas Escolas e trazendo também para uma informação de hoje. O precedente de conteúdos como música, no teatro, na literatura, na contação de histórias, Ministra, podem surgir aí conteúdos afrodescendentes nas propostas. A gente pergunta: a definição sobre editais do Minc para a cultura negra, suspensos, essa definição, esse embate judicial que se apresenta aí, vai ter algum rebatimento nesse outro trabalho aí do Ministério? MINISTRA MARTA SUPLICY: Bom, boa pergunta. Bom dia, Roberto. Olha, primeiro, uma coisa não tem a ver com a outra, graças a Deus, e essa suspensão dos editais, eu acredito que nós vamos conseguir reverter... Acredito não, vamos reverter a decisão, que é absolutamente racista, no meu ponto de vista, e não tem nenhum sentido de anticonstitucionalidade você fazer um edital para negros; agora, nós estamos lançando um edital para mulheres; já lançamos um edital para indígenas. Então, isso vai ser resolvido, principalmente porque o edital para criadores negros foi um edital que deu muito certo. E não foi fácil dar certo, porque, no começo, nós tivemos poucas pessoas entrando, apresentando projetos. Aí, nos demos conta que as comunidades negras, os criadores negros, não tinham acesso a essa proposta, a esse edital. Na hora que nós pedimos para as regionais do Ministério da Cultura fazerem seminários, irem atrás das comunidades, das instituições negras e ajudarem a fazer os projetos, estimularem... Bom, de 18 projetos que nós tínhamos na Funarte, Kátia, só para ter uma ideia, nós tivemos, ao todo, 2.970 e poucos projetos que já entraram. Então, agora, nós estamos até com o problema inverso, é como selecionar para as vagas que temos. São poucas vagas para filmes, algumas para circo, para dança, para música e outras para a publicação de livros. Então, isso, eu estou muito entusiasmada com esse edital. Nós vamos, certamente, repeti-lo, e eu ainda estou vendo como nós vamos ampliar, porque as vagas que nós tínhamos se tornaram muito pequenas face à procura, que a gente via, então, que tinha uma demanda bastante reprimida para criadores negros. E esse programa aconteceu porque, observando a Lei Rouanet, que é onde nós temos a condição de possibilitar a captação de patrocínio para aquele empreendimento, aquele projeto cultural, você não acredita, Kátia, projetos que tratavam ou da temática negra, porque, pessoas, nós não sabemos que... que cor tinha, mas a temática, não é... Não tinha captação, não conseguia. A partir dessa constatação é que nós falamos: “Está difícil, então, nós temos que fazer por meio de edital”. Porque, por meio de edital, eles não têm que buscar dinheiro. O edital fala... manda fazer o projeto, se nós apreciamos o projeto, achamos que está de acordo com os critérios, a pessoa ganha o recurso para fazer o projeto. Então, foi muito importante ter isso, e vamos continuar a fazer. Agora, em relação ao Mais Cultura, não tem nada uma coisa com a outra. Agora, o que tem, e é muito bom você ter perguntado, é que nós queremos que muitas escolas tenham projetos afros, porque é importantíssimo na nossa formação de identidade cultural. E, se sobrar um tempinho, eu ainda quero falar do Museu Afro de Brasília, que estamos criando. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Roberto Sousa, da Rádio Universitária FM de Recife, Pernambuco, você tem outra pergunta para a Ministra? REPÓRTER ROBERTO SOUSA (Rádio Universitária FM / Recife - PE): Sim. Ainda sobre o Mais Cultura nas Escolas, eu gostaria que a senhora falasse um pouquinho sobre a liberação dos recursos, como vai ocorrer, a tramitação. MINISTRA MARTA SUPLICY: Olha, a tramitação dos recursos é via o MEC. Como os recursos são, realmente, transmitidos para as escolas, é muito rápido, sem burocracia. As escolas têm essa... esse hábito, já, de receber a transferência desses recursos. Vão ser de R$ 20 mil a R$ 22 mil por escola selecionada. Agora, não são todas as escolas do Brasil, que chegam a 200 mil. São 34 mil escolas que podem concorrer, que são as escolas que já têm tempo integral e participam de alguns projetos do MEC. Essa lista das escolas que podem participar está no site do MEC e também na prefeitura da sua cidade. Então, as pessoas que têm interesse em saber se a sua escola está dentro, são as escolas que têm programas especiais do MEC. E aí, dessas, serão selecionadas, nessa primeira leva, 5 mil. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Em www.mec.gov.br. Obrigado, então, Roberto Sousa, da Rádio Universitária FM, de Recife, Pernambuco, pela participação com a gente no Bom Dia, Ministro, o programa que recebe, hoje, a Ministra Marta Suplicy. Ministra, vamos agora a Parintins, Amazonas, falar com a Rádio Alvorada. A pergunta é de Aroldo Bruce. Bom dia, Aroldo! REPÓRTER AROLDO BRUCE (Rádio Alvorada / Parintins - AM): Muito bom dia, Kátia. Bom dia, Ministra Marta Suplicy. Bom dia a toda a equipe. Ministra, é uma satisfação falar com a senhora. Quanto ao Programa Mais Educação, Ministra, o programa de educação na escola, quais são os procedimentos que o gestor terá para concorrer e ter a sua escola contemplada com o Programa Mais Educação? MINISTRA MARTA SUPLICY: Olha, primeiro, ele tem que saber se a sua escola está dentre essas possibilidades do MEC, e isso ele pode averiguar no site do MEC, e se ele faz parte do programa do MEC que permite às escolas terem programa integral. Então, tem um nome específico, que eu gostaria de ter aqui para poder falar. Bom, a partir disso, ele vai receber, nós esperamos, da parte da produção cultural daquela cidade, sugestões: “Eu quero ir, eu tenho um programa bacana para apresentar”. E aí, a escola vai escolher o que lhe agrada, e o que nós queremos é que tenha a maior exposição de linguagens culturais, que se apresentem grupos de teatro, de mímica, de música, de dança, programas afros, tudo isso, porque essa diversidade é que vai permitir à escola... Ela tem... Ontem, o Ministro Mercadante, que é Ministro da Educação, mostrou todo o formulário, que me pareceu bastante simples, que a escola tem que preencher. É algo que a escola faz assim normalmente. Ela preenche muitos desses papéis para o MEC, então, não é nada difícil. E esses papéis, a diferença que ela tem é que ela vai ter que prestar contas, e o jeito de prestar contas, eu achei bom, vai ter que ter fotos ou um filme sobre o que está sendo feito e apresentado na escola, para dizer que realmente aconteceu, não é? Para a escola poder provar isso. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Aroldo Bruce, da Rádio Alvorada, de Parintins, você tem outra pergunta para a Ministra? MINISTRA MARTA SUPLICY: Olha, Aroldo... APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Pois não, Ministra. MINISTRA MARTA SUPLICY: Chama Simec, o que vocês têm que acessar. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Aroldo? REPÓRTER AROLDO BRUCE (Rádio Alvorada / Parintins - AM): Pois é, Kátia, a pergunta agora seria qual é o período que a escola tem para apresentar o projeto, para concorrer aí, ao Programa Mais Educação, e quando ele começa já a estar funcionando? MINISTRA MARTA SUPLICY: Olha, rapidinho, viu? Porque o tempo é curto. Até final de junho, a escola tem que apresentar o seu projeto, e, em julho, o MEC e o Ministério da Cultura vão analisar os projetos recebidos, e a gente espera, no começo das aulas, já poder falar as escolas que foram escolhidas. Agora, a escola que não for escolhida, ela pode concorrer, porque esse programa, a gente está tentando que seja um programa estável. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada pela participação, Aroldo Bruce, da Rádio Alvorada, de Parintins, aqui com a gente no Bom Dia, Ministro, o programa que tem a coordenação e a produção da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços. Ministra Marta Suplicy, vamos agora a Timon, no Maranhão, falar com a Rádio Comunitária Timon FM, onde está Leal Filho. Olá, Leal. Bom dia! REPÓRTER LEAL FILHO (Rádio Comunitária Timon FM / Timon - MA): Bom dia. Bom dia, Ministra Marta Suplicy. Eu tenho uma pergunta preparada que é muito parecida com o nosso colega de Parintins, mas ela abrange mais, inclusive, os dois temas. O programa foi lançado ontem, o programa... Eu vou fazer a pergunta completa, que vai dar mais uma dinâmica. O documento enviado pela Secretaria, ontem, Social da Presidência da República para nós, para a execução do programa de hoje, refere que serão disponibilizados R$ 100 milhões para o Programa Mais Educação nas Escolas. Então, o que as escolas ou a Secretaria de Educação precisa? É a escola? Ela vai entrar aonde? E o projeto, para ter essa adesão, será avaliado por quem, esse projeto? APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você está falando, Leal, é do Mais Cultura nas Escolas, o projeto que foi lançado ontem? É isso? REPÓRTER LEAL FILHO (Rádio Comunitária Timon FM / Timon - MA): Mais Cultura nas Escolas. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ah, está certo. REPÓRTER LEAL FILHO (Rádio Comunitária Timon FM / Timon - MA): Quem vai avaliar o projeto para que essa distribuição dos recursos no país, como será feita para que seja feita de forma mais equânime possível? E, outra, o Projeto Vale-Cultura, quem vai gerir para disponibilizar? A quem se deve recorrer para poder ter o direito de receber esse projeto, esse Vale-Cultura? Quem vai gerir esse projeto aqui, para a gente ficar sabendo para poder dar entrada para tentar adquirir esse Vale-Cultura. MINISTRA MARTA SUPLICY: Olha, Timon, o parecerista do programa... Quer dizer, quem vai julgar é um grupo que vão ser de universidades federais escolhidas por MEC e Ministério da Cultura, e esse grupo vai dar o parecer dos melhores projetos. Qual é o critério? O critério... Claro, tem que entrar um critério regional, isso vai pesar, e aí a adequação a temas também. São nove programas temáticos que nós gostaríamos de ver abrangidos. Então, vai uma programação indígena, uma programação de teatro, uma programação de dança. Então, a ideia é que nós tenhamos o mapa do Brasil coberto por escolas razoavelmente equilibradas regionalmente e, ao mesmo tempo, os temas também. Esses nove temas que são apresentados para que a escola escolha, esses temas têm que também estar sendo bem equacionados. Então, nós vamos tentar fazer essa seleção a partir disso. Acho que não vamos ter problema, porque esse é um programa que as escolas estão esperando, estão muito satisfeitas, e as escolas que vão participar, que podem participar, eu vou repetir, são 34 mil escolas do Ensino Médio Inovador e Mais Educação. Esses programas são programas do Ministério da Educação. Então, no site da página do Ministério da Educação, se você olhar ‘Ensino Médio Inovador’, as escolas que estão nesse programa, e na página onde estiver escrito ‘Programa Mais Educação do Ministério da Educação’, essas escolas são as que podem concorrer. Dessas 34 mil escolas, vão ser selecionadas 5 mil. Critério: regionalidade, temática e, evidentemente, um bom projeto. Agora, eu não... Bom, eu acho que eu posso falar na próxima pergunta, porque vai continuar isso. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: É do vale, que ele perguntou também. MINISTRA MARTA SUPLICY: Ah, do vale. Eu vou falar do vale. Depois do Mais Cultura, eu quero falar do Produtor Cultural. Do vale, você perguntou quem vai gerir. O Ministério... da Cultura vai gerir. Agora, nós temos... É um quadro grande, porque você tem a operadora, tem a bandeira, que é o cartão, você tem a outra firma que credencia quem vai poder oferecer o serviço. Agora, eu estou sugerindo no Ministério, Timon, que nós tenhamos uma página dizendo... para quem possa dizer assim: “Eu não estou credenciado e eu deveria estar”. Então, o Ministério, sabendo disso, vai poder avaliar por que aquela... produção cultural não está. Agora, uma boa notícia para todo mundo é que nós temos um... vamos ter um grande empenho para os Pontos de Cultura poderem ser credenciados para o Vale-Cultura. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, então, pela participação Leal Filho, da Rádio Comunitária Timon FM, de Timon, no Maranhão, que participa com a gente dessa rede de emissoras que compõe o Bom Dia, Ministro. Ministra Marta Suplicy, vamos agora conversar com a Rádio Nova Aliança, aqui de Brasília. Quem está lá é Priscila Roque. Bom dia, Priscila! REPÓRTER PRISCILA ROQUE (Rádio Nova Aliança / Brasília - DF): Bom dia, Kátia Sartório. Bom dia, Ministra Marta Suplicy. Bom dia a todos. O meu questionamento é a respeito do Vale-Cultura. O incentivo ao acesso à cultura com a diminuição do valor do livro, do ingresso ao show de teatro ou cinema não atingiria diretamente a população? A senhora acredita que, com o Vale-Cultura, pode ocorrer uma divisão no caso de qualidade de cultura oferecida e acessível? Por exemplo, moradores de regiões mais carentes, a cultura que ele tem acesso não é a mesma de um morador do centro da cidade, no caso, os valores são diferentes e, muitas vezes, eles não são acessíveis. É esse o meu questionamento, obrigada e bom trabalho a todos. MINISTRA MARTA SUPLICY: Olha, Priscila, boa pergunta, mas acho que não, eu acho que é ao contrário. Eu percebo que os produtores até de grandes espetáculos, como disse uma moça aqui de Brasília para mim, ela disse: “Olha, o meu sonho era ter ido assistir no teatro, aqui em Brasília, Raimunda, com a Regina Duarte. Custava R$ 70, e eu não pude ir. Agora, eu vou”. Então, esses espetáculos mais caros vão ser possíveis de acesso a essas pessoas. E vejo também que os espetáculos caríssimos, que são, geralmente, mais no eixo Rio-São Paulo, eles estão pensando em fazer dias só para o Vale-Cultura, então, pessoas que não teriam acesso a Rei Leão, esses espetáculos desse porte, vão poder talvez... Talvez, porque isso, o Ministério da Cultura não tem... Nós não entramos nisso, isso, o mercado vai decidir, mas eles estão percebendo que eles podem ter um mercado muito interessante que nunca teve acesso. Agora, é ao contrário do que você está imaginando, o impacto na produção cultural. Por exemplo, se eu tenho uma produção cultural que geralmente eu consigo um público de 30, 60 pessoas, com mais pessoas podendo assistir, eu vou ter um fluxo muito maior de gente podendo me assistir e não vai competir... Quer dizer, vai competir, o que eu acho ótimo, mas não vai competir no preço só, vai competir na qualidade da produção, porque, como a pessoa tem condição de decidir, ela vai onde ela quer, ela vai decidir o que ela quer ver. E o boca a boca, a gente sabe, o grande sucesso dos espetáculos não é a página do jornal, nada disso, o grande sucesso é o boca a boca. A pessoa foi, fala para o vizinho: “Como é que você não viu? É maravilhoso”. Aí a pessoa economiza e vai. Então, eu acredito que nós vamos ter uma disputa, sim, muito boa, porque a produção vai aumentar, a oferta vai aumentar e a qualidade vai aumentar. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Priscila Roque, da Rádio Nova Aliança, aqui de Brasília, você tem outra pergunta para a Ministra? REPÓRTER PRISCILA ROQUE (Rádio Nova Aliança / Brasília - DF): Não, Kátia, somente esse questionamento. Obrigada e bom trabalho. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, então, pela participação, a Rádio Nova Aliança, aqui de Brasília. MINISTRA MARTA SUPLICY: Kátia? APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Sim, Ministra. MINISTRA MARTA SUPLICY: Antes de mudar para outra rádio, eu queria dar o endereço eletrônico do MEC: www.mec.gov.br. E da Cultura: www.cultura.gov.br, para fazer todos esses acessos que a gente está aqui falando. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: É, principalmente sobre o Projeto Mais Cultura nas Escolas, que foi lançado ontem. MINISTRA MARTA SUPLICY: Ah, mas pode dar uma passeadinha também, porque o nosso site é muito bonito. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Com certeza. Então, agora, Ministra, nós vamos a Ribeirão Preto, São Paulo, falar com a Rádio 79 AM, de Ribeirão. Quem está lá é Antônio Carlos Morandini. Bom dia, Morandini. REPÓRTER ANTÔNIO CARLOS MORANDINI (Rádio 79 AM / Ribeirão Preto - SP): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministra. Um prazer muito grande falar com a senhora, nós que já a entrevistamos aqui na 79. Mas eu gostaria de fazer uma colocação do Vale-Cultura, que é uma coisa que eu acredito que ninguém tenha colocado. Eu participei, quando estudante, dos teatros estudantis, e era um formador de artistas, um difusor de cultura, inclusive nos preparava para a profissão. A mim, por exemplo, foi ótimo. E eu gostaria de sugerir que, no Vale-Cultura, se colocasse também uma vertente para se incentivar o teatro estudantil. MINISTRA MARTA SUPLICY: Olha, Antônio Carlos, primeiro, um prazer falar com vocês aí em Ribeirão. Mas não sei, tem que pensar, não é? Porque uma das coisas que nós estamos colocando, e eu acabei acho que de colocar... Eu acho que eu não terminei, eu acabei não terminando o pensamento, é as pessoas que não forem contempladas, elas vão poder acessar o Ministério da Cultura para dizer: “Olha, o meu programa cultural não foi contemplado como receptador do Vale-Cultura e eu acho que eu mereço, que eu tenho condição”. Então, nós vamos atrás para colocar. Essa questão do teatro estudantil, você tem toda a razão no sentido de que é formador importante. Agora, precisa ver em termos legais, operacionais, não é? Para ter um teatro infantil que possa cobrar a entrada e valer o vale, tem um certo procedimento nisso, ele tem que ter uma consistência. Não é assim, então, tem que ver, mas eu acho que eu vou analisar, porque eu concordo que é um formador fantástico. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Antônio Carlos Morandini, da Rádio 79 AM, de Ribeirão Preto, São Paulo, você tem outra pergunta? REPÓRTER ANTÔNIO CARLOS MORANDINI (Rádio 79 AM / Ribeirão Preto - SP): Não, só quero agradecer à Ministra e dizer para pensar, porque quando nós fizemos o teatro estudantil antes da revolução, nós difundimos as ideias, as mais variadas, inclusive colocamos o povo a par daquilo que acontecia através da arte. Muito obrigado, Ministra. MINISTRA MARTA SUPLICY: Obrigada, Antônio Carlos. E deixa eu falar um pouco sobre o que é o Vale-Cultura, porque pode ter gente que não sabe o que é, não é? APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Com certeza. MINISTRA MARTA SUPLICY: Ele ainda não está funcionando, vai funcionar, vai ser lançado por volta de... nós achamos julho, agosto, talvez já comece a funcionar. É um cartão de crédito, tipo tíquete-alimentação, que a pessoa recebe, quem ganha até cinco salários mínimos e a empresa que ele trabalha faça a adesão ao programa. Bom, com esses R$ 50, a pessoa pode usufruir de todos os estabelecimentos culturais credenciados. As empresas têm que ter um lucro real até 1%, que isso faz com que sejam empresas grandes, as estatais vão entrar e as empresas grandes. Para dirimir essa questão de só ser empresa grande, e aí quem trabalha em algo menor não poder entrar, a Fazenda... Nós conseguimos um bom acordo, que as empresas de lucro presumido poderão entrar, só que elas não vão poder descontar no seu Imposto de Renda, não é incentivo fiscal. O que elas vão poder fazer? Elas vão poder dar R$ 50 para o seu trabalhador, e esses R$ 50 não vai ser tributado. Então, por exemplo, uma padaria, um salão de cabeleireiro... Um salão de cabeleireiro tem dez funcionários, lucro real, ele nunca poderia entrar, porque não ia recolher tanto para pagar tudo isso todo mês para dez funcionários, mas, se ele paga um lucro presumido, ele vai poder dar... Aí, é um gesto do empregador, é um gesto, mas um gesto que vai deixar o seu funcionário muito satisfeito, e o funcionário vai ter R$ 50 a mais para poder gastar. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Ministra, e obrigada também à Rádio 79 AM, de Ribeirão Preto, que participa com a gente do Bom Dia, Ministro. Ministra, vamos agora a Montes Claros, Minas Gerais, falar com Rogeriano Cardoso. Ele está lá na Rádio 100,3 FM Itatiaia. Olá, Rogeriano. Bom dia para você. REPÓRTER ROGERIANO CARDOSO (Rádio 100,3 FM Itatiaia / Montes Claros - MG): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministra Marta Suplicy. Bem, Ministra, eu gostaria de saber como a senhora pretende ampliar ou mesmo incentivar parcerias junto às prefeituras para a implantação dos Centros de Artes e Esportes Unificados em regiões que carecem de mais investimentos em Minas Gerais, como o norte de Minas, com apenas duas unidades em obras e uma no Vale do Jequitinhonha, ainda não iniciada. MINISTRA MARTA SUPLICY: Olha, esse é um dos grandes projetos do Ministério, e nós estamos bastante empenhados. Eu estou aqui tentando achar Minas como é que está. Nós temos... Olha, são bastante os CEUs em Minas Gerais. Primeiro, eu acho que eu vou explicar o que é o CEU das Artes, não é, porque, muita gente, Rogeriano, não sabe. O CEU das Artes vão ser centros de cultura e de esporte e eles vão ter um pequeno teatro que também é um cineminha com filmes da Cinemateca e da Ancine e vão ter uma biblioteca de arte, uma biblioteca focada em arte, no sentido que a pessoa pode folhear um livro de dança, um livro de música, um livro que explique sobre esses temas, e, ao mesmo tempo, vai ter DVDs, por exemplo. Se eu sou um aficcionado da ópera, eu vou ter ali óperas para poder escutar no mundo todo. Então, nós sabemos que, para Montes Claros, está previsto um CEU. Então, você diz que ele não está se erguendo tão rápido. Agora, eu vou dizer para você, tudo que é PAC funciona, entende? Porque tem dinheiro e levanta. Isso, eu, agora que estou trabalhando no Ministério, acho isso ótimo, porque, muitas vezes, você quer fazer coisas e não tem dinheiro. O PAC tem sempre dinheiro. Agora, às vezes, vai mais vagaroso na aprovação de contas, na medição. Por exemplo, outro dia, teve um prefeito nos visitando no gabinete e eu até cobrei com bastante ênfase dele que o CEU dele não estava levantando, aliás, era uma prefeita. E ela falou: “Tá, nós vamos inaugurar daqui a quatro, cinco meses, e o recurso não está saindo”. Aí nós vimos que realmente ela tinha razão, estava meio emperrado, a liberação de recursos, mas o recurso sai. E isso é muito bom, vai ser levantado. Agora, eu tenho até, às vezes, ligado para prefeitos onde nós temos a informação, porque agora, com essa modernidade toda, a gente tem online a informação, então, eu sei o que está sendo executado ou não está sendo, e tem uns que, olha, está difícil. Isso ocorreu há uns dois meses atrás, você liga e o prefeito fala: “Ah, mas eu acabei de assumir, eu nem sei o que é isso”. O outro não deu a informação, ele não sabia. Então, são muitos, são 360 no Brasil todo. E eu estava vendo aqui a relação, eu... Gozado, eu não tinha nem percebido a dimensão, Minas Gerais tem 41 CEUs, é o segundo estado, o primeiro é São Paulo com 77, pode ter certeza que não fui eu que pus, mas Minas Gerais tem 41, e depois, o seguinte é Bahia com 27, depois nós temos Rio de Janeiro com 25, Rio Grande com 24, Paraná com 23, Ceará com 21... Olha, são as regiões... Essa decisão da Presidenta Dilma foi criar Centros de Cultura e Esporte nas regiões do Brasil onde nós estávamos com mais problema de violência, de dificuldade mesmo de... Principalmente com jovens, para que pudesse agregar esses jovens. Eu como fui quem tive a experiência do CEU em São Paulo, eu sei o impacto. O impacto foi diminuição de evasão escolar, diminuição de violência. É maravilhoso, esse programa. E os CEUs da Presidenta Dilma, eles não são escolas, eles são centrados só na arte, não tem aula lá de Fundamental ou Colegial, nada disso, só na arte, e não são fechados para jovens, eles também são abertos, o que eu achei muito importante, porque a comunidade necessita de espaços culturais para se expressar, e vai estar muito aberto. Cada CEU já está em treinamento, já foram treinados mais de 2.500 gestores para cada CEU, com dois líderes comunitários, que vão ajudar a tocar o projeto. O projeto, eu já inaugurei um em Toledo, outro foi inaugurado em Pato Branco, Paraná, e a qualidade do que eu inaugurei e vi que vai ser esse o padrão, porque são todos iguais, é de primeiro mundo, são lindíssimos. E a parte de cinema, nós estamos dando um upgrade na parte de projeção e tudo, para que a gente consiga ter uma coisa de muito boa qualidade. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Rogeriano Cardoso, da Rádio 100,3 FM Itatiaia, de Montes Claros, você tem outra pergunta? REPÓRTER ROGERIANO CARDOSO (Rádio 100,3 FM Itatiaia / Montes Claros - MG): Ministra, o Projeto Mais Cultura nas Escolas, ele demonstra ter um objetivo de democratizar, para todo o país, o acesso à cultura, integrando estudantes, professores e comunidades escolares, mas existem regiões que convivem com reais dificuldades de acesso às informações e sobretudo na elaboração de projetos que cumpram todo o protocolo exigido. Então, para evitar que escolas e comunidades mais humildes, mas culturalmente ricas, ou que o programa fique restrito apenas aos grandes centros, existe interesse ou possibilidade do Ministério da Cultura percorrer estas regiões informando e treinando comunidades interessadas, Ministra? MINISTRA MARTA SUPLICY: Olha, nesse primeiro momento, creio que não. Porque não está aberto para as 200 mil escolas do Brasil, é um programa voltado para 34 mil escolas que fazem parte de um programa do MEC que chama Ensino Médio Inovador e outro que chama Mais Educação. Essas escolas não vão ter dificuldade nenhuma de preencher, elas são em lugares muito carentes, e essas escolas, segundo o Ministro Mercadante colocou, elas entraram nesse Programa de Ensino Médio Inovador e Mais Educação exatamente porque elas não pontuavam bem nos exames do MEC. Então, elas foram... Estão sendo injetadas ações para que essas escolas consigam se recuperar um pouco do jeito que você está preocupado, e agora elas vão receber mais uma injeção que vai ser o Programa Mais Cultura nas Escolas. Agora, esse programa, eu tenho certeza que vai acontecer de forma tão forte e é tão bom, e educação e cultura são irmãos siameses, nós temos que estar juntos em tudo, que esse programa vai para as 200 mil, em algum momento. E eu tenho certeza que nós vamos conseguir essa conquista. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Rogeriano Cardoso, da Rádio 100,3 FM, de Montes Claros, pela participação com a gente no Programa Bom Dia, Ministro, o programa que recebe, hoje, a Ministra da Cultura, Marta Suplicy. Ela conversa com âncoras de emissoras de rádio de todo o país. Ministra, vamos agora a Tubarão, Santa Catarina, conversar com Eduardo Ventura, da Rádio Santa Catarina. Olá, Eduardo. Bom dia. REPÓRTER EDUARDO VENTURA (Rádio Santa Catarina / Tubarão - SC): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministra. Um prazer conversar e participar, mais uma vez, do programa. Continuando o assunto do Mais Cultura nas Escolas, o Sul do Brasil, Ministra, especialmente Santa Catarina, como as escolas podem participar, as comunidades mais carentes podem participar e ser contempladas com o projeto do Governo Federal? MINISTRA MARTA SUPLICY: Olha, existe um programa no MEC que se chama Ensino Médio Inovador e Mais Educação. São essas escolas que são as escolas consideradas mais carentes, mais difíceis, que pontuam menos em todos os testes do Ministério da Educação, é que vão poder se inscrever. Esse programa abrange 34 mil escolas no Brasil. Então, não são as 200 mil que vão poder entrar, só essas 34 mil é que vão poder concorrer a entrar nesse projeto de Mais Cultura nas Escolas. Nós esperamos, depois, poder ampliar para as 34 mil e depois para todas as outras, porque esse é um programa que realmente vai fazer diferença na escola. Eu não comentei ainda, Eduardo, vou aproveitar agora para comentar com você, que eu tenho que dar um alerta rápido para a produção cultural. Você que está em uma cidade, que você está em uma cidade que foi contemplado pelo MEC, alguma escola da sua cidade, e essa lista das escolas estão no site do Ministério da Cultura e no Ministério da Educação, e eu vou repetir o site: www.mec.gov.br, www.cultura.gov.br, tem que ser a escola que está no Programa Ensino Médio Inovador e Mais Educação. Se essa escola da sua cidade estiver nesse programa, é lá que você que é produtor cultural vai levar o seu projeto para a diretora. Você vai chegar na diretora e vai falar: “Eu quero participar disso, o meu projeto é esse”. Você tem um projeto bacana, começo, meio e fim, duração de seis meses, R$ 20 mil. Bom, aí, a diretora vai ter... espero que ela tenha uma gama grande de escolhas. São nove temáticas que ela pode entrar, quer dizer, ela pode entrar em um programa de cultura indígena, ela pode entrar em um programa de visitação a museus, ela pode entrar... Ela vai escolher como ela vai gastar isso. E aí ela vai apresentar isso ao MEC e ao Ministério da Cultura, e aí vai ser feita a seleção. Quem faz a seleção são pareceristas, porque o Ministério da Cultura não tem gente para fazer essa avaliação toda, das universidades federais, e nós temos certeza que os programas vão ser bons. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Eduardo Ventura, da Rádio Santa Catarina, em Tubarão, você tem outra pergunta para a Ministra Marta Suplicy? REPÓRTER EDUARDO VENTURA (Rádio Santa Catarina / Tubarão - SC): Tenho, sim, Kátia. O Vale-Cultura, no começo, quando foi observado pela Ministra, deu um pouco de polêmica com relação à divulgação: “Ah, é mais uma bolsa no nosso país”. Mas eu gostaria de saber da Ministra, que tem uma larga experiência política, como que, de fato, vai funcionar para o povo esse Vale-Cultura, independente de que pode ser descontado da empresa, pode ser colaborado, mas como o povo pode receber esse benefício, esse recurso, tão logo já esteja disponível pelo Governo Federal? MINISTRA MARTA SUPLICY: Olha, esse programa é um programa que vai beneficiar as pessoas que ganham até cinco salários mínimos e as pessoas que trabalham em empresas que façam adesão ao programa. Essas empresas têm que usar como incentivo fiscal. Então, elas têm que ter um lucro real até 1%, que elas possam usar. Para te dar uma ideia, para uma empresa tipo uma Petrobrás, uma empresa desse porte, ela tem incentivo fiscal que ela pode usar para os seus funcionários, principalmente, que também têm uma gama de salários alta. Para o Correios, Kátia, os Correios, nós estamos aguardando a posição, porque de todas as empresas estatais, os Correios são os que tem mais funcionários que ganham até cinco salários mínimos, e nós fomos dar uma olhada rápida e percebemos que eles vão ter que colocar dinheiro no programa, uns R$ 30 milhões, mais ou menos, e aí vai ser uma determinação presidencial, porque... se investem ou não esse recurso no Vale-Cultura, para que todos os seus funcionários possam ter acesso. Eu acho muito importante, Correios, Banco do Brasil, Caixa, porque tem capilaridade no Brasil, entende? Essas estatais, elas chegam onde nada chega. Aí, você pode pensar que foi uma coisa que nós pensamos: “Bom, aí o funcionário dos Correios vai ter os seus R$ 50 para gastar”. Vai gastar onde em uma cidade de 20 mil habitantes que não tem cinema, não tem museu, não tem teatro? Porque as estatísticas mostram isso, não é? Então, nós estamos conversando com os prefeitos, e aproveito aqui para também reforçar isso, o prefeito tem que reforçar a produção cultural da sua cidade, porque aí o recurso fica lá, senão aquela pessoa vai gastar na cidade vizinha, não é, ela vai ver uma peça de teatro onde tem teatro. Nós sabemos, por exemplo, que livrarias, as livrarias vão poder ter Vale-Cultura, DVDs vão poder também ser vendidos com o Vale-Cultura, jornais, revistas. Isso, eu sei que, em uma cidade pequena, facilita, porque pode assinar tudo isso. Mas eu gostaria muito... O Vale-Cultura, a ideia é a diversificação, que a pessoa possa escutar, ter acesso a uma linguagem que nunca teve, gente. Isso que é o importante, para que o brasileiro possa consumir cultura de todo o tipo. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Eduardo Ventura, da Rádio Santa Catarina, em Tubarão, pela participação com a gente no programa Bom Dia, Ministro. E, lá de Santa Catarina, vamos ao Ceará. Vamos a Fortaleza, conversar com Eléia Scariot, da Rádio FM Dom Bosco. MINISTRA MARTA SUPLICY: Estou lá amanhã, Eléia. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Viu, Eléia? A Ministra vai estar aí amanhã com vocês. Bom dia. REPÓRTER ELÉIA SCARIOT (Rádio FM Dom Bosco / Fortaleza - CE): Bom dia. Bom dia, Ministra. Eu gostaria de perguntar sobre o Vale-Cultura, que o Vale-Cultura tem o objetivo de garantir meios de acesso e participação nas diversas atividades culturais desenvolvidas no Brasil, a exemplo do vale-transporte, do vale-refeição. Haverá algum desconto na folha de pagamento do trabalhador? MINISTRA MARTA SUPLICY: Desculpa, eu estava aqui trocando uma ideia com a Kátia e... Você estava falando do Vale-Cultura? APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você pode repetir a sua pergunta, Eléia? REPÓRTER ELÉIA SCARIOT (Rádio FM Dom Bosco / Fortaleza - CE): Posso repetir, Ministra. O Vale-Cultura tem o objetivo de garantir meios de acesso à participação nas diversas atividades culturais desenvolvidas no Brasil. A exemplo do vale-transporte, do vale-refeição, haverá algum desconto na folha de pagamento do trabalhador? MINISTRA MARTA SUPLICY: Sim e não. Vou te explicar. É R$ 50,00, e só vai participar a empresa que fizer a adesão. Aí o trabalhador pode aderir ou não, ele é descontado R$ 5,00. A gente espera que, assim como o tíquete-alimentação, que as empresas não descontem esses R$ 5,00, mas poderão descontar. Então, o funcionário vai receber, na verdade, R$ 45,00, mas são R$ 50,00, na verdade, que ele recebe, mas R$ 5,00 foi ele que vai pôr. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você tem outra pergunta, Eléia? REPÓRTER ELÉIA SCARIOT (Rádio FM Dom Bosco / Fortaleza - CE): Tenho outra pergunta. Em relação ao Mais Cultura nas Escolas, eu gostaria de saber e a nossa rádio gostaria de saber qual a finalidade do Mais Cultura nas Escolas e qual o prazo para entrar em vigor. MINISTRA MARTA SUPLICY: Olha, a finalidade é propiciar às escolas darem aos seus alunos uma possibilidade de acesso à cultura, uma democratização do saber, da cultura. Então, você ter uma escola que é uma escola com dificuldades, não é uma escola rica, que está lá com recurso para ter grandes empreendimentos, oferecer coisas extras para o seu aluno. Na hora que essa escola recebe R$ 20 mil e é para gastar em cultura, ela pode pensar o que ela vai fazer. Ela pode levar seus alunos, primeiro... Eu vou falar de uma cidade grande, por exemplo, né? Fortaleza. Ela pode levar os seus alunos em museus, ela pode levar seus alunos em cinemas, ela pode fazer esse tipo de programação para fora da escola, mas ela pode também reservar uma parte desse dinheiro para trazer produção cultural interessante da cidade para dentro da escola. Então, por exemplo, ela quer desenvolver um programa de cultura afro dentro daquela escola, ela pode ter um contato com comunidades, instituições que trabalham com cultura afro, ter um bom projetinho que leva lá e apresenta para a escola para desenvolver. Algo que vai ser muito enfatizado é que a parte pedagógica que o aluno está passando na escola seja acoplada, tenha interesse a ver com a produção cultural que a escola está levando. Isso eu acho que seria um grande ganho, porque aumenta enormemente. Por exemplo, se está estudando uma parte da história que possa ser reforçada visitando um museu que agregue aquele conhecimento, isso é incrível, e eu acho que é muito bom que possa ser dessa forma. As inscrições para as escolas... E aí eu vou repetir. Nós temos 200 mil escolas, mas as inscrições são permitidas para 34 mil escolas que pertencem ao Programa Ensino Médio Inovador e Mais Educação. Por quê? Essas escolas são escolas que estão no programa feito pelo MEC porque elas são mais carentes, têm mais dificuldades, os alunos vão muito mal nos testes e, então, elas são contempladas com programas especiais em tempo integral. Então, é investimento pesado do Ministério da Educação para que essas escolas possam melhorar. É um reforço. Agora, são 34 mil que estão nesse programa. Nós vamos começar com 5 mil. Então, elas têm que acessar o site do MEC, o site do MinC, que é o www.cultura.gov.br e ver quais as escolas que pertencem a esse programa. Aí lá tem todos os formulários, são formulários simples, essas escolas são escolas que estão muito habilitadas a preencher formulário, não tem nenhum problema. O pagamento é do MEC para a escola direto. Então, é super-rápido, e as inscrições são até dia 30 de junho. Então, as escolas que já fazem parte dessas 34 mil e que estão nos escutando, comecem a pensar o que é que elas querem fazer. Os produtores culturais que estão nessas cidades onde existem essas escolas que vão ser privilegiadas neste momento, outras serão depois, eles também podem ir já falar com os diretores de escola, porque os diretores... Amanhã vai ter... Mas isso é do vale. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Não, só aproveitando que a senhora vai estar em Fortaleza, tinha um recadinho para mandar para eles, não é? MINISTRA MARTA SUPLICY: Ah, é verdade. Olha, Eléia... Bom, acho que das escolas eu já falei bastante... Falei bastante não, respondi o que você perguntou, porque falar dá para falar muito mais tempo. Mas eu quero dizer que amanhã eu vou estar em Fortaleza com vocês, eu vou no Bom Dia, Brasil, também, falar sobre o Vale-Cultura, e vou falar na Federação das Indústrias e depois vai ter uma Audiência Pública sobre o Vale-Cultura, às 2h30 da tarde. Então, é um dia bem intenso em Fortaleza, levando todos os programas que o governo está tendo na área da cultura, mas principalmente na Federação vai ser sobre o Vale-Cultura. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Eléia Scariot, da Rádio FM Dom Bosco, de Fortaleza, você tem mais alguma pergunta para a Ministra? REPÓRTER ELÉIA SCARIOT (Rádio FM Dom Bosco / Fortaleza - CE): Sim. Eu gostaria de perguntar para a Ministra se esse Mais Cultura nas Escolas, se tem alguma possibilidade de ser incentivo também às universidades. Referindo-me a Fortaleza, nós temos muitos estudantes internacionais, a saber da república da Guiné-Bissau, justamente agora, quando, no dia 25, nós comemoramos essa questão da Semana da África, os jovens estudantes internacionais estão organizando o 1° Colóquio de Africanidade no Brasil. Pensando nessa questão da importância e dessa contribuição da cultura africana na constituição da cultura do Brasil, nesse sentido, o que se pensa, tem algo relacionado a isso? MINISTRA MARTA SUPLICY: Não é nada... Poderia entrar nesse sentido, mas eu acho interessante, principalmente se vocês têm na universidade algum programa relacionado à cultura afro, que é uma das temáticas que estão possibilitadas, e eu, na minha opinião pessoal, é importantésima que ela entre nas escolas, nesse programa cultural, vocês devem procurar nesse site que eu falei. As escolas que têm aí em Fortaleza, que pertencem a esse programa Ensino Médio Inovador e Mais Educação vão lá falar com as diretoras e apresentem o seu projeto, como todas as escolas, todos os produtores culturais vão apresentar os seus projetos e aí vai depender da diretora, se quiser. Nós vamos aproveitar, Eléia, também para dizer que ontem foi criado um convênio do MEC, que é o Ministério da Educação, e do MinC, o Ministério da Cultura, para criar a Universidade das Artes. É bem embrionário. Foi criado o primeiro grupo de trabalho ontem e vamos começar agora a agilizar onde vai ser essa primeira universidade, que nós ainda não temos uma voltada só para as artes. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Eléia Scariot, da Rádio FM Dom Bosco, de Fortaleza, no Ceará, pela participação com a gente no Bom Dia, Ministro. Ministra Marta Suplicy, vamos agora a Curitiba, no Paraná, conversar com a Rádio BandNews, de Curitiba. Marques Sousa, bom dia. REPÓRTER MARQUES SOUSA (Rádio BandNews / Curitiba - PR): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministra. Bom dia a todos que nos acompanham. Ministra, é de conhecimento público que a meia-entrada, hoje, é um problema para os produtores culturais, alguns chegam a dobrar o valor real do ingresso, justamente prevendo possíveis prejuízos com fraudes, como carteiras estudantis falsificadas. Ou seja, a meia-entrada, hoje, é o valor real do ingresso. Está em discussão no Congresso um projeto que reserva 40% das entradas para os idosos e estudantes pagarem a meia-entrada. O governo já tem ideia de qual será o impacto disso nos espetáculos, reservar vai resolver esse problema, Ministra? MINISTRA MARTA SUPLICY: Olha, você não pode obrigar ninguém a baixar o ingresso, mas está implícito que, na medida em que se dizia que os ingressos tinham esses preços, às vezes, bastante exorbitantes por causa da meia-entrada, que, às vezes, tem espetáculos que tinham 80, 90% de pessoas com meia-entrada, agora essa meia-entrada sendo restrita a 40%, nós todos esperamos que os ingressos diminuam. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você tem outra pergunta, Marques Sousa, da Rádio BandNews, de Curitiba? REPÓRTER MARQUES SOUSA (Rádio BandNews / Curitiba - PR): Sim. Na verdade, Ministra, como vai ser a fiscalização dessas carteiras estudantis? O governo pensa em alguma proposta para tentar evitar essas fraudes? MINISTRA MARTA SUPLICY: Olha, nós estamos tentando ver como... A normativa ainda está em discussão. Acho que, primeiro, tem que ser quais vão ser aceitas, isso tem que ser um grupo bastante restrito, e depois... Isso eu estou falando como ideia que foi discutida, mas não se chegou à conclusão. Deveriam ter os modelos que são aceitos, para não chegar aquelas carteirinhas que você não sabe de onde veio. Então, vai ser feito com bastante cuidado, e a própria empresa tem todo o interesse, o espetáculo, em controlar de forma adequada. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Marques Sousa, da Rádio BandNews, de Curitiba, no Paraná, pela participação com a gente no Bom dia, Ministro. Lembrando que a íntegra dessa entrevista está na nossa página, na internet, em: www.ebcservicos.com.br. Ministra, agora vamos à Bahia, vamos a Paulo Afonso, na Bahia, falar com a Rádio Bahia Nordeste 950 AM, onde está Marcelo França. Oi, Marcelo, bom dia. REPÓRTER MARCELO FRANÇA (Rádio Bahia Nordeste 950 AM / Paulo Afonso - BA): Oi, bom dia. Vamos conversar agora com a Ministra Marta Suplicy, dentro do programa Bom dia, Ministro. Ministra, satisfação em conversar com a senhora, aqui, na Rádio Bahia Nordeste, dentro do Programa Primeira Hora. E, para começar, eu gostaria que a senhora falasse sobre os editais para a cultura negra que foram suspensos. Bom dia. MINISTRA MARTA SUPLICY: Bom dia, Marcelo! É um prazer falar com vocês aí na Bahia, também. Olha, eu fiquei indignada com essa história dessa suspensão, porque não tem nenhum sentido. Eu achei que é uma ação racista, porque nós já tivemos programas de índios, editais para índios, agora vamos ter editais para mulheres. Como é que vai dizer que um edital para criador negro é um edital não constitucional? Nós sabemos que, a partir das cotas, que foram consideradas constitucionais, você ter ações afirmativas para grupos que são prejudicados é absolutamente aceito pelo Supremo Tribunal Federal. Então, eu fiquei sem entender a posição que foi colocada por esse juiz do Maranhão. Ao mesmo tempo, os editais foram um enorme sucesso. Nós temos mais de 2.980 projetos nas diferentes áreas de cinema, para fazer filme, para música, para dança, para teatro e para publicação de livros. Temos certeza que nós vamos reverter isso, e aí eu já estou no próximo problema. A gente teve muito mais gente querendo do que vaga. Agora, eu estou pensando como é que nós vamos ampliar ou então ter que fazer... Vamos fazer um novo edital. Esse edital tem que ser até perene, porque é um edital que nós vimos que tinha uma demanda muito grande, que não estava sendo atendida, porque, na Lei Rouanet, é muito difícil os projetos que tratam dessa temática... Nem entram porque é dificílimo captar. A partir dessa constatação é que foram feitos os editais, porque, no edital, você não tem que correr atrás do dinheiro. Está lá um edital, você apresenta o seu projeto, o seu projeto sendo aceito, você recebe o recurso. E nós achamos que os criadores negros tinham que ter esse incentivo para poder mostrar a sua criatividade, a sua produção. Então, não vamos esmorecer. Vamos reverter essa decisão na Justiça, sem nenhuma dúvida. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Marcelo França, da Rádio Bahia Nordeste 950 AM, de Paulo Afonso, na Bahia, você tem outra pergunta? MINISTRA MARTA SUPLICY: Olha, Marcelo, eu só preciso contar uma coisa para você: que já foi iniciada a obra do CEU de Paulo Afonso, viu? Não sei se você está a par. REPÓRTER MARCELO FRANÇA (Rádio Bahia Nordeste 950 AM / Paulo Afonso-BA): Era isso que eu queria que a senhora falasse, também. Isso que eu ia lhe perguntar. Então, fique à vontade para a senhora discorrer sobre o assunto. MINISTRA MARTA SUPLICY: O CEU? Olha, o CEU é um programa do governo Dilma que é maravilhoso, porque são 360 no Brasil inteiro, nas regiões mais difíceis, no sentido de violência, dificuldade, carência de equipamentos culturais. Porque um CEU, ele tem 400 e poucos metros, a maioria deles, porque tem uns maiores... A maioria é desse tamanho, o prefeito que escolhe. E ele tem um cinema pequenininho, de 90 a 120 lugares, dependendo da escolha que o prefeito fizer, esse cinema também é um teatro, e o que vai ter para passar nesse cinema vem da Ancine e da Cinemateca. Então, é top de linha os filmes que virão, e todos relacionados à arte, a grandes filmes já consagrados. E nós temos uma biblioteca de arte. A biblioteca de arte vai ter livros de arte e DVDs de arte, também, não é? Então, por exemplo, se eu gosto de dança e eu quero me informar sobre dança, nós vamos ter livros com o que a pessoa possa folhear, as grandes e os grandes dançarinos do mundo, os grandes balés do mundo e DVDs que correspondam a essa fonte de informação. As pessoas têm muita fome de cultura. É muito difícil você comprar um livro desses de arte. Um livro desses de arte é uma fortuna. Nas bibliotecas, são muito poucos, Kátia, quando tem biblioteca. Então, é pouco. Então, nós queremos levar para esses centros, para os CEUs, essa possibilidade de acesso à cultura. Com isso, veja se você percebe que nós vamos dando um alinhavo na possibilidade do povo brasileiro poder ter mais acesso, porque, com o Vale-Cultura, quem ganha até cinco salários mínimos, e a sua empresa faz a adesão ao programa, ele vai ter R$ 50,00 para gastar em cultura. Ele podendo frequentar mais cultura, ele vai aprimorando o seu gosto. Primeiro acha bom uma coisa, vai ver outra e é muito melhor. Ele fala: “Pô, isso aqui não está com nada. Eu devia procurar mais este tipo de espetáculo”. Ele vai escolhendo a linguagem artística que ele gosta mais: é cinema, é comprar livro. “O que é que eu gosto mais?”. Então, isso vai trazendo qualidade para a pessoa, de busca, e aí você tem o CEU, que vai dando também essa formação. Ele não é para criança, necessariamente. Até pode ser, mas ele pode ser ligado a uma escola, não sei... Ele é da comunidade. Então, se aquela comunidade disser para nós do Ministério da Cultura: “Nós queremos música, investimento em música”. Não são todos que nós vamos comprar aparelhos musicais, mas para aquela escola que disser: “Nós queremos música”, nós vamos comprar aparelhos musicais, instrumentos musicais e não aparelhos. Se a outra falar: “Nós queremos dança”. Então, nós vamos fazer a parede de espelhos, para que possa ali se desenvolver mais dança e formar multiplicadores. O Ministério vai entregar prontinho, com equipamento de primeiro mundo, e formação para um gestor, dois líderes comunitários, e, também, na programação que a pessoa escolher. A pessoa, eu digo o prefeito, a prefeitura local, que vai consultar a comunidade para saber qual é a vocação daquela comunidade. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Marcelo França, da Rádio Bahia Nordeste AM, de Paulo Afonso, pela participação com a gente no programa Bom dia, Ministro, que recebe hoje a Ministra da Cultura, Marta Suplicy. Ministra, vamos agora a São João do Meriti, no Rio de Janeiro, falar com a Rádio Escola 101 100,9 FM, onde está Adilson Flávio. Olá, Adilson, bom dia. REPÓRTER ADILSON FLÁVIO (Rádio Escola 101 100,9 FM / São João do Meriti - RJ): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministra. Eu queria saber qual será a forma de selecionamento dos projetos para serem aprovados. MINISTRA MARTA SUPLICY: Olha, Adilson, bom dia para você. Os projetos terão pareceristas, porque o Ministério da Cultura não tem um número de pessoas suficientes para o número de projetos que a gente espera receber. Vão ser analistas das universidades federais que vão analisar os projetos. Os projetos vão ser selecionados a partir de dois critérios: regionalização e tema. Nós temos nove temas, e nós temos interesse que esses temas sejam bem contemplados, e aí vai depender do nível do projeto, que aí os pareceristas vão ver pela qualidade. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada pela participação à Rádio Escola FM de São João do Meriti. E agora vamos a Marabá, no Pará, falar com a Rádio Itacaiunas AM. Fabiano Moreira, bom dia. REPÓRTER FABIANO MOREIRA (Rádio Itacaiunas AM / Marabá - PA): Olá, bom dia. Bom dia, Ministra Marta Suplicy. Em primeiro lugar, eu queria dizer que é um prazer enorme falar com a senhora. Nós, aqui, dessa região tão longínqua do Brasil, Marabá, no Pará. A princípio, quero parabenizar a Ministra, aí, por esse programa de cultura nas escolas. Esse investimento, ele deve abarcar basicamente todo o Brasil, e qual será o nível de atenção para as escolas, aqui, do Norte? A gente sabe que a gente vive aqui em uma região tão distante, que carece de mais apoio do Governo Federal, até de mais apoio do Governo Estadual. O Pará é um estado imenso e de alguma maneira se torna até inadministrável - entre aspas, assim - e qual será o nível de atenção desse programa para com as escolas do sul do Pará, aqui onde nós estamos? MINISTRA MARTA SUPLICY: Oi, bom dia, Fabiano. Olha, infelizmente, nós não vamos cobrir todas as 200 mil escolas do Brasil. Então, a proposta do MEC, do Ministro Mercadante, foi a seguinte: nós temos 34 mil escolas, que eu não sei aí se em Marabá vocês têm algumas dentro desses critérios, que são as escolas que têm mais dificuldade, pontuam menos em todos os testes nacionais de educação. Essas escolas, elas participam de um programa que chama Ensino Médio Inovador e Mais Educação. São essas 34 mil escolas que são selecionadas exatamente pela fragilidade da situação onde elas se encontram, os seus alunos, é que elas são contempladas e elas estão dentro desse programa. E este programa, agora, vai ser acrescido do Mais Cultura nas Escolas. Então, tem que ver se, em Marabá ou na região, como você fala, sul do Pará, temos escolas dentro desse critério. Isso é um primeiro critério, e nós não vamos atingir, no primeiro momento, as 34 mil; nós vamos selecionar as 5 mil que tiverem projetos mais interessantes e bem distribuídos pelo Brasil. Depois, vai ser ampliado, aí nós vamos fazendo, fazendo, fazendo. A gente quer cobrir as 34 mil e, depois, nós queremos chegar no Brasil todo. Esse é o primeiro programa que nós estamos fazendo. Mas eu quero contar uma coisa interessante para você. Você sabe que Marabá vai ter um CEU? REPÓRTER FABIANO MOREIRA (Rádio Itacaiunas AM / Marabá - PA): Vai ter o quê? MINISTRA MARTA SUPLICY: Um CEU. Você sabe o que é? REPÓRTER FABIANO MOREIRA (Rádio Itacaiunas AM / Marabá - PA): Sério? MINISTRA MARTA SUPLICY: É, é o CEU das artes e dos esportes. REPÓRTER FABIANO MOREIRA (Rádio Itacaiunas AM / Marabá - PA): Poxa, que legal, hein? MINISTRA MARTA SUPLICY: É um centro unificado das artes e do esporte. O que é centro unificado de arte e esporte? Ele é um... Bom, é um prédio, obviamente, e ele tem um cinema dentro, pequeno, tem... Varia de 90 a 120 lugares, depende da escolha do prefeito, com filmes muito bons, filmes clássicos escolhidos pela Cinemateca, escolhidos pela Ancine, e ele tem uma biblioteca só de arte. Nessa biblioteca, o aluno e o professor também vai poder folhear livros, ler livros, que vão falar sobre os diferentes temas de arte. Pode ser teatro, cinema, dança, circo e DVDs vão acompanhar. Então, por exemplo, se eu sou um jovem e eu quero saber mais sobre ópera, como que eu, em Marabá, vou saber mais sobre ópera? Eu espero que, no CEU de Marabá, tenha um livro que vá contar sobre ópera, e tenha um DVD com grandes óperas já apresentadas no mundo, e que a pessoa possa aí ter esse prazer de poder assistir grandes óperas que foram passadas no Brasil ou em outros lugares. Então, vai ser uma possibilidade de acesso a toda a comunidade. Ele é aberto, não é uma coisa para criança e o adolescente somente. É aberto para a comunidade, tem um gestor, dois líderes comunitários, que acredito que já estejam até treinados, capacitados para atender bem aí. Não sei o pé que está aí, Pará... Deixa eu ver Pará como é que está aqui. Pará tem 15 CEUs e fico contente que Marabá tenha o seu, também. Um abraço. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, então, à Rádio Itacaiunas AM, pela participação. Infelizmente, acabou o nosso tempo, Ministra. Eu gostaria muito de agradecer, mais uma vez, a sua presença. MINISTRA MARTA SUPLICY: Eu que te agradeço, Kátia, e a todas as rádios que nos propiciaram esse encontro tão bom. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Ministra. E a todos que participaram desse programa, meu muito obrigada, até a próxima edição.
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22/05/2013 - Ministra da Cultura, Marta Suplicy, fala sobre o Programa Mais Cultura nas Escolas
O Bom Dia Ministro recebeu a ministra da Cultura, Marta Suplicy para falar sobre o programa Mais Cultura nas Escolas, lançado nessa terça-feira dia 21 que irá investir R$ 100 milhões para financiar cinco mil projetos culturais em todo o país. A ministra explicou, também, sobre como vão funcionar os programas Vale-Cultura e o CEUs das Artes.
12/12/2016
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17:57
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