APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Olá, amigos em todo Brasil. Eu sou Kátia Sartório, e começa agora mais uma edição do Programa Bom Dia, Ministro. O programa tem a coordenação e a produção da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços. Hoje, aqui no estúdio da EBC Serviços, a Ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Bom dia, Ministra. Seja bem-vinda. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom dia, Kátia. Bom dia a todas as emissoras e ouvintes dessa rede que monta esse nosso Programa Bom Dia, Ministro. É um prazer estar aqui para anunciar as medidas dessa semana e conversar com vocês sobre o Bolsa Família e sobre as novidades. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Exatamente. Esse é o tema do programa de hoje, o Plano Brasil Sem Miséria, que já retirou 22 milhões de pessoas da extrema pobreza. A Ministra começa, agora, a responder perguntas de emissoras de rádio de todo o país. Ministra, eu queria, antes de começar a... Que as emissoras começassem a perguntar, eu gostaria de perguntar para a senhora, porque, essa semana, a senhora afirmou que o fim da miséria é só o começo. Por que, Ministra? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Essa semana, nós tivemos a alegria de poder tomar mais uma medida e, finalmente, tirar todas as pessoas que estão no Bolsa Família da miséria. Tem uma coisa que eu acho que é importante esclarecer, Kátia, que as pessoas, quando estão no Bolsa Família, nem todas saíam. Recebiam o Bolsa Família, as pessoas têm sua renda, trabalham, recebem o Bolsa Família e muitas, mesmo com o Bolsa Família, não saíam da miséria. Nós, com o Brasil Carinho, o ano passado, tomamos medidas aumentando o valor do Bolsa Família e tirando todas as famílias com crianças da miséria, e agora tiramos os últimos 2,5 milhões de pessoas que ainda estavam no Bolsa Família e ainda... E, estando no Bolsa Família, ainda estavam na extrema pobreza. Mas a presidente tem feito questão de dizer e afirmar que nós viramos essa página da história tirando essas pessoas da miséria, mas isso é só um começo. Por quê? Porque, para nós, miséria não é só uma questão de renda. Nós queremos levar serviços para essas pessoas, saúde, educação, oportunidades, creches, documentação civil, um conjunto de direitos, e queremos levar qualificação profissional, oportunidade de emprego, de trabalho. Então, a grande questão é essa, e ainda restam pessoas fora do Bolsa Família, que é a nossa Busca Ativa. Então, ainda existem... A gente ainda tem pessoas fora do Cadastro Único que tem que ser procuradas e trazidas para o Bolsa Família. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o Programa Bom Dia, Ministro. Eu sou Kátia Sartório, e nós estamos, hoje, com a Ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Ela conversa, a partir de agora, com âncoras de emissoras de rádio de todo o país. Ministra, já está na linha a Rádio Difusora de Mossoró. A pergunta é de Jota Nobre. Bom dia, Jota. REPÓRTER JOTA NOBRE (Rádio Difusora de Mossoró / Mossoró - RN): Bom dia para você, Kátia. Bom dia para a Ministra Tereza Campello. Ministra, o Brasil tem vários municípios que vivem especificamente do FPM, que é o Fundo de Participação de cada Município. Eu pergunto: como é que vai ser a participação dessas prefeituras em relação à parceria, justamente, nesse programa que visa tirar, realmente, famílias da extrema pobreza? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom dia, Jota. Bom dia, ouvintes da Rádio Difusora de Mossoró. Os municípios são nossos parceiros em um conjunto de ações, toda a rede de assistência municipal, que trabalha com o Bolsa Família, que faz o cadastramento, além das redes de saúde e de educação, que é uma grande parceria do governo federal com os governos municipais. Na verdade, nós só conseguimos chegar nos nossos 5.570 municípios, agora, 68 municípios, graças à nossa atuação com os municípios. E, para isso, o Ministério do Desenvolvimento Social, além de repassar dinheiro para a família... Porque essa é uma questão fundamental, não é? A grande novidade do Bolsa Família, a grande inovação do Bolsa Família foi estar trabalhando diretamente através de repasse financeiro à família. Então, o dinheiro do Bolsa Família sai do governo federal e chega na família, sem passar por ninguém. Com isso, a gente evita desvios, evita que o dinheiro atrase. Então, é um dinheiro que é injetado direto na economia. Cada pessoa que recebe é um consumidor a mais, essa pessoa compra comida, compra material escolar. Agora, nós remuneramos o município para nos apoiar. Então, cada pessoa cadastrada é remunerada pelo governo federal. Então, o município recebe recursos para fazer o cadastramento, para nos ajudar na Busca Ativa. Tem um recurso que chama IGD, que tanto serve para esse trabalho, pode comprar equipamento, pode contratar gente para nos ajudar nesse trabalho, como recebe recursos para algumas outras ações, como é o caso da qualificação profissional. Nós estamos, hoje, repassando recursos para os municípios nos ajudar a mobilizar as famílias e os adultos para que eles participem dos cursos de classificação profissional do Pronatec. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você tem outra pergunta, Jota Nobre, da Rádio Difusora de Mossoró, no Rio Grande do Norte? REPÓRTER JOTA NOBRE (Rádio Difusora de Mossoró / Mossoró - RN): Olha, para concluir, eu pergunto à Ministra, acredito que ela deve ter, evidente, os dados de cada cidade e de cada município do país inteiro, como é que está a situação do Rio Grande do Norte, principalmente voltada para Mossoró? Nos últimos anos, melhorou realmente? Mossoró está dentro dos padrões de exigência do governo federal, em relação, justamente, a melhorar o atendimento dentro desse programa do Bolsa Família? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Olha, Jota, tem uma questão que eu sempre ressalto muito e que para nós é um orgulho, que o Nordeste tem o melhor cadastro do Brasil. Então, as prefeituras e os governos estaduais do Nordeste, em especial, eles se preocuparam em qualificar o cadastro. Então, o Nordeste é a região do país que tem o menor número de pessoas que deveria... Que tem direito ao Bolsa Família e que, de fato, foi encontrada. Então, nós temos um cadastro muito bom, em geral, no Nordeste. Desses 22 milhões de pessoas que saíram da extrema pobreza dentro do mandato da presidenta Dilma, 500 mil pessoas foram no Rio Grande do Norte e 13.300 em Mossoró. Então, nós estamos conseguindo chegar aí no estado e no município e temos uma parceria muito boa com o conjunto dos municípios no Nordeste. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o Programa Bom Dia, Ministro. Eu sou Kátia Sartório, e estamos, hoje, com a Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. Ela conversa com âncoras de emissoras de rádio de todo o país. Ministra, nós vamos agora a Manaus, no Amazonas. Nós vamos conversar com o Patrick Motta, que está lá no comando da Rádio Amazonas FM. Olá, Patrick. Bom dia. REPÓRTER PATRICK MOTTA (Rádio Amazonas FM / Manaus - AM): Bom dia, Kátia Sartório, senhoras e senhores ouvintes e bom dia, Ministra. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom dia, Patrick. É um prazer estar com vocês mais uma vez. REPÓRTER PATRICK MOTTA (Rádio Amazonas FM / Manaus - AM): Ministra, a gente nota o interesse real do governo federal em identificar e incluir no Cadastro Único para programas sociais, todas as pessoas que vivem na extrema pobreza, não é? Mas eu pergunto, Ministra: o governo está tendo essa mesma vontade para saber se as famílias beneficiadas estão cumprindo com a contrapartida, como manter filhos na escola, entre outras obrigações, Ministra? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Olha, Patrick, obrigada por fazer essa pergunta, porque, de fato, eu acho que essa é uma questão que preocupa todo mundo. Hoje, o Bolsa Família, ele é reconhecido como um programa correto. As pessoas, cada vez mais, acham importante que o governo apoie essas pessoas pobres e percebe que isso é bom para toda a economia, mas fica muito preocupado que essa condicionalidade, ou seja, que as crianças estejam em sala de aula e que as crianças estejam bem atendidas. O Brasil, a grande tecnologia que o Brasil criou é exatamente ter um cadastro único. Hoje, nós conseguimos acompanhar individualmente, não é acompanhar se a escola está em Bolsa Família ou não, individualmente, a frequência de 16 milhões de crianças no Brasil. Então, bimestralmente, a rede escolar toda envia, para o MEC e para o MDS, a frequência dessas crianças. Se a criança não está frequentando a escola... Nosso objetivo não é cortar a família do Bolsa Família, nosso objetivo é trazer essa criança de volta para a sala de aula. Então, a família é notificada, sendo informada que o benefício... Se a criança... Porque a gente precisa ter informações, porque, às vezes, a criança saiu de sala de aula porque teve uma doença, porque tem alguém da família doente e não consegue levar a criança na escola. Quer dizer, podem existir motivos que impeçam essa criança de estar frequentando a sala de aula, e nos interessa. Aí sim não nos interessa cortar o Bolsa Família. A família está com algum problema grave, você ainda corta o Bolsa Família, provavelmente você vai ter um prejuízo muito maior para essa família e para essa criança. Então, nós acompanhamos a frequência escolar de 16 milhões de criança. E, no Brasil, é um orgulho, porque essas crianças do Bolsa Família são as únicas que são acompanhadas. Nenhuma outra criança é. A minha filha não é acompanhada, a tua filha também não. As crianças do Bolsa Família são as únicas crianças com frequência acompanhada e cobrada. E a frequência é maior do que as demais, é 85% de frequência, e foi isso que mudou a realidade das crianças pobres no Brasil, porque estão em sala de aula e hoje têm um desempenho igual ou melhor do que a média das crianças na rede pública. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Patrick Motta, da Rádio Amazonas FM, você quer fazer mais outra pergunta? REPÓRTER PATRICK MOTTA (Rádio Amazonas FM / Manaus - AM): Sim, Kátia Sartório. Ministra, seguindo nessa mesma linha, eu pergunto: como é que estão as ações de inclusão produtiva, como qualificação profissional, por exemplo, dessas famílias ora necessitadas dessa renda dada pelo governo, mas que a gente sabe que não podem ser amparadas até o fim de suas vidas pelo contribuinte brasileiro, Ministra? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Olha só, Patrick, nós estamos com um trabalho muito, muito importante, que tem dado muito resultado, que é a oferta de cursos de qualificação profissional em todo o Brasil, afora microcrédito, apoio à economia popular solidária, nós temos parceria com o Sebrae, microempreendedor individual. Então, a maior parte das pessoas do Bolsa Família, como eu vivo insistindo, já trabalham, mas precisam melhorar de vida e querem melhorar de vida. Então, nós ofertamos cursos de qualificação profissional. Pela primeira vez, nós estamos conseguindo mudar a forma como esses cursos são oferecidos, cursos de excelente qualidade, porque são cursos ofertados pelo Sistema S, pelo Senai, pelo Senac, pelos institutos federais, e 267 mil pessoas no Brasil fizeram curso de qualificação, pessoas de baixa renda do Cadastro Único, conseguiram ingressar e fazer cursos de qualificação profissional em todo o Brasil. No Amazonas, em especial, nós... Foram quase seis mil pessoas. Nós ofertamos 17 mil vagas, são vagas em 367 diferentes tipos de curso. Então, nós temos curso de jardineiro, de auxiliar de cozinha, de auxiliar administrativo, de construção civil, que é uma área que cresce muito. Para o nosso orgulho, as pessoas têm feito curso, têm conseguido concluir e a maioria das pessoas que faz o curso são mulheres, 67% de mulheres frequentando a nossa sala de aula. Então, tem sido uma boa novidade, e a população quer melhorar e continua fazendo os cursos e trabalhando. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Patrick Motta, da Rádio Amazonas FM, por participar com a gente dessa rede do Bom Dia, Ministro. Ministra Tereza Campello, nós vamos agora a Aracaju, em Sergipe, onde está Gabriel Damásio, da Rádio Liberdade 930 AM, de Aracaju. Olá, Gabriel. Bom dia. REPÓRTER GABRIEL DAMÁSIO (Rádio Liberdade 930 AM / Aracaju - SE): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministra. Bom dia a todos da EBC, da NBR. Ministra, eu gostaria de saber no que essa nova medida que foi anunciada pelo governo, de complementação de renda, qual é o impacto que ela vai ter nos programas estaduais e municipais que foram lançados logo após o Brasil sem Miséria e que foram moldados nele? Eles também vão ter que fornecer alguma outra complementação de renda, e qual é o custo que esses estados vão ter e se isso vai ser arcado pelo próprio governo federal e se... Eu gostaria também que a senhora aproveitasse e fizesse um balanço da situação em Sergipe, como é que o programa está sendo aplicado aqui no estado. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom dia, Gabriel. Bom dia, ouvintes da Rádio Liberdade. Nós... Acho que a parceria com o estado de Sergipe é uma parceria muito grande. Foi uma alegria para mim, em especial, para a presidenta Dilma também e para todo mundo, porque o governador que falou na nossa cerimônia aqui no lançamento do Brasil sem Miséria foi o governador Déda e ele fez uma fala muito, muito bonita, especial. Metade da audiência e das pessoas que estavam no plenário chorou e todo mundo aplaudiu ele de pé. Realmente, é um orgulho para Sergipe ter um governador não só tão competente e qualificado, mas tão inspirado, porque foi uma fala poética e emocionante. A medida que está sendo anunciada pela presidenta é uma medida de custo exclusivo do governo federal. Nós, com recursos federais, estamos tirando todas as pessoas que estão no Bolsa Família da miséria. Isso, nós estamos completando a renda dessas pessoas, para que todo mundo que está abaixo dos R$ 70 chegue nos R$ 70. Então, essa é a medida e é uma medida nossa. Isso ajuda muito estados e municípios, porque, do ponto de vista da renda, nós estamos tirando todo mundo da miséria, e as ações, que são ações complementares... No caso do estado de Sergipe, nós temos uma atuação muito forte com o governo estadual no apoio à Busca Ativa. O governo, inclusive, organizou veículos para que essa Busca Ativa fosse feita e apoiasse os municípios. Então, nós estamos com um trabalho muito importante e esse trabalho continua, mas as medidas são de custo exclusivo do governo federal. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você tem outra pergunta, Gabriel Damásio, da Rádio Liberdade 930 AM, de Aracaju? REPÓRTER GABRIEL DAMÁSIO (Rádio Liberdade 930 AM / Aracaju - SE): Eu tenho, sim. Sobre a relação da fiscalização do caso de pessoas que recebem de forma indevida, como que essa fiscalização está sendo acompanhada, se isso também é de atribuição exclusiva da União ou também dos estados no que diz respeito a pessoas que têm uma certa renda, mas têm acesso ao Bolsa Família? Essa fiscalização, ela está funcionando de uma forma adequada? Como é que isso está acontecendo e se tem chegado alguma denúncia nesse sentido, como é que isso é apurado? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Está certo. Gabriel, olha só, nós queremos muito, e queremos cada vez mais, que o nosso cadastro seja melhorado. Nossa preocupação não é só encontrar pessoas que têm direito ao Bolsa Família e que estão fora e incluí-las no cadastro, mas nós também queremos, cada vez, que o nosso cadastro seja melhor focalizado, ou seja, chegue somente nas pessoas que precisam. Agora, tem uma questão que você colocou: a pessoa tem alguma renda e não pode receber a Bolsa Família. Não é verdade. É direito da pessoa receber o Bolsa Família se ela tiver perfil de pobre. E o pobre é pobre não porque não trabalha, é pobre porque trabalha, em geral trabalha, e recebe mal, é explorado, é vulnerável, ou faz bico, não tem trabalho todo dia. É o caso, por exemplo, do pessoal que trabalha na cana-de-açúcar, que vocês conhecem tão bem no Nordeste. Trabalha um período do ano e o outro período não trabalha. Então, quer dizer, a pessoa trabalhar não tira o direito dela de estar no Bolsa Família. É ao contrário. Nós queremos que as pessoas trabalhem e queremos garantir que, mesmo trabalhando, recebam o Bolsa Família. O que dá direito para a pessoa receber o Bolsa Família é ela ser pobre ou extremamente pobre e não ela trabalhar ou não trabalhar. Os pobres trabalham! Em geral, trabalham muito e trabalham mais que a gente. Agora, nós temos um esforço no governo federal e temos um trabalho muito reconhecido, que é de... O tempo todo, nós fazemos cruzamento dos nossos bancos de dados com outros bancos de dados. O cadastro do Bolsa Família é transparente, ele está nos nossos sites. Qualquer pessoa pode entrar no site da CGU e identificar se uma pessoa que você conhece, que você desconfia que esteja recebendo errado o Bolsa Família, identificar, certo? Nós fazemos cruzamento com os cadastros da área do Ministério do Trabalho, com o CNIS, que é o cadastro da Previdência, com o cadastro de veículos, com o cadastro de vereadores, de prefeitos, porque vereadores, prefeitos, mulheres de vereadores e filhos não podem receber o Bolsa Família. E esse trabalho é feito permanentemente, e, portanto, nossa atualização e nossa fiscalização é uma fiscalização inteligente e permanente. Agora, é atribuição do governo federal, dos estados e dos municípios manter esse cadastro bem focalizado e eficiente, sem ninguém... Agora, uma outra coisa que é importante, a pessoa melhorou de vida o mês passado, ela não... Não é irregular ela continuar no Bolsa Família. A legislação dá direito à pessoa de continuar no Bolsa Família por dois anos, mesmo tendo melhorado de vida, porque é muito comum a pessoa pobre conseguir um emprego hoje e, daqui a três meses, ser demitida, ou fazer um bico na construção civil. Melhorou de vida, mas isso não ser uma coisa duradoura, que altere a sua situação. Ou esse exemplo que eu dei, da sazonalidade da lavoura. Às vezes, a pessoa participa de uma colheita ou do corte da cana-de-açúcar por um período e, no outro período, ela está a descoberto. Então, ela conseguir um emprego hoje não significa que ela está irregular. Ela estar ganhando um mês não significa que ela está irregular. A média é a média da renda do ano, e ela tem direito de permanecer no Bolsa Família por dois anos, é isso que a lei estabeleceu. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Gabriel Damásio, da Rádio Liberdade AM, de Aracaju, pela participação. E, Ministra, vamos agora à Pernambuco, a Petrolina, falar com a Rádio Grande Rio AM, de Petrolina, onde está Francisco José. Olá, Francisco. Bom dia. REPÓRTER FRANCISCO JOSÉ (Rádio Grande Rio AM / Petrolina - PE): Muito bem. Bom dia, Kátia. Bom dia aos ouvintes de todo o Brasil. Bom dia, Ministra. Ministra, a primeira pergunta que eu iria fazer é exatamente e basicamente essa que a senhora acaba de responder, exatamente, ao colega Gabriel. Então, eu vou mudar, exatamente, para uma outra pergunta, para que a gente não se torne repetitivo. Qual a importância... Quanto é o valor, exatamente, que está sendo de complemento em cima desse programa e quem terá direito a esse complemento, Ministra? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom dia, Francisco. Bom dia, ouvintes da Rádio Grande Rio, em Petrolina. O benefício que está sendo concedido agora é um benefício igual ao do Brasil Carinhoso. Ele é um benefício variável, depende da renda inicial da família. Então, a gente, às vezes, tem duas famílias com o mesmo número de... Com a mesma composição, é o pai, a mãe e duas crianças, por exemplo. Duas famílias com a mesma composição e com crianças na mesma idade, elas podem ter renda diferente. Por quê? Porque um é sapateiro, o outro é cortador de cana; um é agricultor, a outra é manicure. Então, a renda original das famílias é diferente. Depende dessa renda original. O que nós estamos fazendo? Como é que a gente faz a conta? Pega a renda da família, pega o benefício que ela já recebia do Bolsa Família, soma e divide pelo número de membros da família. Dependendo... Que dá o que a gente chama de renda per capita. Dependendo do que for essa renda per capita, a gente completa até R$ 70. Então, tem famílias que vão receber R$ 40 a mais, tem famílias que vão receber R$ 70 a mais, tem famílias que vão receber R$ 10 a mais, depende de quanto faltava para ela chegar nos R$ 70. Quem recebe menos vai ganhar um complemento maior, mas esse complemento é variável. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você tem outra pergunta, Francisco José, da Rádio Grande Rio AM, de Petrolina? REPÓRTER FRANCISCO JOSÉ (Rádio Grande Rio AM / Petrolina - PE): Muito bem, Kátia. Ministra, aproveitando a oportunidade e dar oportunidade para que a senhora possa se colocar também, porque a gente tem escutado muito aqui na nossa programação algumas pessoas colocarem o seu ponto de vista em relação ao programa. Evidentemente que não deixa de ser importante, principalmente para os nossos irmãos que vivem e dependem exclusivamente desse benefício, mas que não há nenhuma sustentabilidade é uma verdade, há quem considere, inclusive, como medida paliativa para o momento. A pergunta que fica, Ministra, e a oportunidade que a senhora possa se colocar, por que o governo federal, ao invés de ajudar com esse tipo de programa, não cria uma frente de trabalho, não dá emprego para que o povo brasileiro tenha mais dignidade de viver nesse nosso país, Ministra? Por gentileza. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Francisco, olha só, primeiro, a gente vive em uma situação, hoje, no Brasil, que é uma situação praticamente de pleno emprego. Nosso problema não é um problema de emprego. Felizmente, a gente rompeu com aquela situação que a gente tinha na década de 80, na década de 90, onde a gente tinha milhares de pessoas, inclusive qualificadas, engenheiros qualificados, técnicos qualificados em várias áreas e as pessoas desempregadas. Então, alguns tipos de trabalho que eram para ser... Você tinha engenheiro funcionando como mestre de obras. Hoje, a gente... Falta engenheiro, falta mestre de obras, falta trabalhador na construção civil, e tem muita gente que, mesmo precisando do emprego e mesmo querendo melhorar de vida, não tem, ainda, a qualificação necessária. Por quê? Porque nós, infelizmente, estamos ainda, no Brasil, pagando uma dívida histórica. É muito comum as pessoas terem... Eu sou filha de pernambucano e morei em vários lugares no Brasil e me ressinto muito do preconceito que as pessoas têm em especial com os nordestinos, que acham que as pessoas são pobres porque não querem trabalhar. Quem já viveu no Nordeste e quem conhece a população pobre sabe que não é Bolsa Família que faz as pessoas ficarem com preguiça e que o Bolsa Família é uma ajuda. Me espanta muito a tua pergunta. Na verdade, eu imagino que você esteja perguntando para me dar uma oportunidade de defender o Nordeste e defender a situação que nós estamos vivendo hoje. Você tem milhares e milhares de agricultores, hoje, no Nordeste que gostariam de estar plantando e colhendo e não gostariam de estar dependendo do Bolsa Estiagem. E dependem por quê? Porque nós estamos convivendo com uma situação de seca gravíssima. Então, em várias situações, mesmo a pessoa tendo terra, a terra não é da qualidade necessária para garantir que ela tenha produção como a gente tem em outras regiões do Brasil, com a terra de muito melhor qualidade. O governo tem, sim, que apoiar essas famílias, e nós estamos apoiando. E não é só com o Bolsa Família, não. Nós estamos apoiando com fomento, porque nós queremos melhorar a situação dessas famílias para que elas possam estar produzindo. Nós estamos entrando com insumos e com semente de qualidade; nós estamos construindo cisternas, nós estamos construindo cisternas para essas famílias poderem recolher a água da chuva; e estamos construindo cisternas também para que se a gente viva uma situação de seca, as famílias possam armazenar a água que vem dos caminhões-pipa. Então, muitas dessas famílias precisam de ajuda, sim, e nós nos orgulhamos de poder ter sensibilidade para fortalecer a situação dessas famílias e ajudá-las e apoiá-las nesse momento. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Francisco José, da Rádio Grande Rio AM, de Petrolina, pela participação no Bom Dia, Ministro, programa que é coordenado e produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços. Ministra Tereza Campello, vamos agora a Alta Floresta, Mato Grosso, conversar com a Rádio Floresta 810 AM. Quem está no comando é Caio Calado. Olá, Caio. Bom dia. REPÓRTER CAIO CALLADO (Rádio Floresta 810 AM / Alta Floresta - MT): Bom dia. Bom dia aos ouvintes. Bom dia à Ministra. É um prazer enorme a gente poder falar aqui do estado do Mato Grosso, estado que, por muitas vezes, é deixado um pouco de lado, principalmente o nortão do estado do Mato Grosso. Eu falo da cidade de Alta Floresta, onde nós temos aqui duas emissoras de rádio, a Rádio Bambina 96,9 e a Floresta AM 810. Somos a equipe de jornalismo da Rádio Floresta 810. Alta Floresta é um município que vem crescendo assustadoramente, não precisamos de nada, o [ininteligível] faz a gente ver isso. Em virtude da instalação da usina em Paranaíta, a cidade virou um polo dessa região do nortão aqui, entre Carlinda, Paranaíta, [ininteligível]. E tudo virou muito centralizado aqui. A questão do Bolsa Família, Ministra, é um projeto, é um plano de governo que vem dando resultado para muitas famílias carentes no Brasil. A senhora não acha que o Bolsa Família poderia ser adaptado ou expandido com relação à educação e a saúde? Porque muita gente que tem o Bolsa Família se alimenta, mas que tem uma péssima saúde de qualidade, principalmente no interior, e isso acaba afetando o trabalho do Bolsa Família com relação à família, com relação à saúde do cidadão. A senhora acha que não poderia haver uma junção disso, do trabalho do Bolsa Família, do trabalho do pobreza zero, do Brasil com mais saúde junto nisso, para que as pessoas tenham um acompanhamento nisso, até mesmo com relação à educação, Ministra? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Ótimo! Caio, bom dia. Bom dia a você, aos ouvintes da Rádio Floresta 810. Eu conheço Alta Floresta. Alta Floresta é uma cidade realmente maravilhosa, não só maravilhosa porque tem remanescentes ainda da Floresta Amazônica e tem todo um patrimônio de trabalho com preservação ambiental, inclusive com recuperação de nascentes, é uma cidade premiada. Então, eu fico muito feliz de estar falando com vocês. É, de fato, uma cidade que cresce muito, e eu acho que você também está certo, e essa é uma das questões que nos preocupa, tá, Caio? Primeiro, o Bolsa Família já tem uma preocupação com a educação muito grande e ela tem conseguido revolucionar a educação no Brasil e é uma referência no mundo. O Bolsa Família é tão conhecido no resto do mundo, não só porque ele é muito eficiente e rapidamente ele consegue resolver um problema e aliviar a pobreza das pessoas. Por quê? Porque ele repassa o dinheiro, e é fácil repassar esse dinheiro, porque é na conta e é na conta da pessoa. Com isso, dinamiza a economia. Algumas cidades conseguem ter uma dinâmica muito melhor, exatamente porque as pessoas recebem dinheiro, acabam consumindo na própria cidade e acabam fortalecendo a economia local. Mas, no caso da educação das crianças, a educação é exigida pelo Bolsa Família. As pessoas têm que ter as crianças na escola, senão não recebe o Bolsa Família. Então, isso já é uma condição. A saúde também é uma condição, mas é uma condição para as crianças serem vacinadas e para as gestantes fazerem acompanhamento pré-natal. Então, para receber o Bolsa Família, as crianças têm que estar com a vacina em dia e a gestante tem que estar com o acompanhamento pré-natal. Agora, de fato, nós precisamos melhorar a oferta de saúde no Brasil, porque as pessoas não se descuidam da saúde porque querem, mas, muitas vezes, não conseguem ter acesso à saúde tanto quanto necessário. Então, nós temos desenvolvido algumas ações, que são ações pioneiras, que têm melhorado bastante a saúde da família olhando o próprio mapa do Bolsa Família. Então, por exemplo, o Ministério da Saúde, agora, quando ele organiza os mutirões de catarata, eles estão organizando os mutirões de catarata exatamente nas regiões que são as regiões onde tem maior concentração de população pobre e de população idosa pobre. Nós estamos organizando a construção e reforma das nossas unidades básicas de saúde seguindo o mapa da miséria, porque se você somente colocar recursos à disposição para aumentar os equipamentos de saúde, provavelmente esses postos de saúde, esses hospitais vão ser construídos aonde é mais fácil construir, e nós queremos que eles sejam construídos aonde a população mais precisa. Então, nós estamos usando o mapa do Bolsa Família para tentar direcionar e melhorar a oferta de saúde no Brasil, e isso é um pouco menos rápido do que aumentar o Bolsa Família. Por isso vocês ainda não estão sentindo, mas esse é o nosso esforço, e eu acho que a tua preocupação está muito correta. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Caio Callado, da Rádio Floresta 810 AM, de Alta Floresta, no Mato Grosso, você quer fazer outra pergunta? REPÓRTER CAIO CALLADO (Rádio Floresta 810 AM / Alta Floresta - MT): Não, eu ó queria agradecer a oportunidade e dizer que é muito importante essa abertura, essa questão da democracia, da gente poder falar, porque nós que estamos no interior, por mais que temos um jornalismo forte, não temos essa condição de podermos explicar isso. Até porque, por mais que se queira levar a tecnologia, a internet, o povo pouco se liga muito em procurar uma notícia de verdade, e sim procurar alguma coisa bizarra que aconteça ou uma novela que está passando. É muito importante que vocês possam abrir esse espaço para o Brasil inteiro, para que as pessoas possam tirar as duas dúvidas e nós, jornalistas, apresentadores, repórteres possamos reproduzir isso e saber que somos lembramos, e saber que somos lembramos pela Ministra, pelo assessor, pelo secretário, enfim. E o nome daquela cidadezinha pequenininha, lá do interior do Brasil, que representa, sim, para a população e para o Brasil, muito independente da produção agrícola dela, da produção agropecuária dela, mas que representa porque é um ser humano que está lá. Muito obrigado pela abertura, e que isso continue sempre, sempre, sempre. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Parabéns a vocês aí, Caio. E para nós que trabalhamos com a população pobre no Brasil, nós damos muito valor, de fato, aos rádios, porque essa, provavelmente, é a única notícia que chega à nossa população pobre, são as nossas emissoras de rádio. Então, para nós é fundamental essa parceria e contamos com vocês para poder fazer com que as novidades e as informações chegue no nosso povo. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada Caio Callado, da Rádio Floresta 810 AM, de Alta Floresta, Mato Grosso, que participa com a gente dessa rede de emissoras do Bom Dia, Ministro. Ministra Tereza Campello, agora nós vamos a Rio Grande, lá no Rio Grande do Sul, conversar com a Rádio Nativa 740 AM, de Rio Grande, onde está Luiz Fernando Oliveira. Olá, Luiz Fernando. Bom dia. Luiz Fernando? Daqui a pouco, a gente tenta, então, o contato com a Rádio Nativa, de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Vamos tentar falar, então, agora, com Teresina, no Piauí, a Rádio Pioneira AM, de Teresina. Gil Costa, você está nos ouvindo? Bom dia.REPÓRTER GIL COSTA (Rádio Pioneira AM / Teresina – PI): Bom dia. É um prazer estar participando, nesse momento, desse programa, e eu queria perguntar à Ministra o seguinte: com as novas inscrição do Bolsa-Família, se aqui, no Piauí, se erradica a extrema pobreza? Nós sabemos que nós temos um número muito grande de pessoas, de famílias, que participam do Bolsa-Família. Inclusive, aqui, o governo do estado, também, se predispõe a também atacar essa pobreza, lançando aí um programa de combate à pobreza. Se, com essas novas inscrições, aqui, a gente tem essa possibilidade de, definitivamente, erradicar a extrema pobreza. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom dia, Gil Costa; bom dia, ouvintes da Rádio Pioneira. Antes de falar sobre as outras coisas, eu queria dar parabéns para o povo do Piauí, para os nossos municípios. O Piauí é considerado o melhor cadastro do Brasil. Eu acho que a gente tem que ter muito orgulho de ter um estado nordestino, que tem problemas em várias áreas e precisa muito de apoio, e consegue ser um dos melhores gestores do Bolsa-Família. Então, é um orgulho para nós essa parceria com o estado do Piauí, e, no Piauí, nós temos, dos 22 milhões de pessoas que saíram da extrema pobreza, dentro do mandato da presidenta Dilma, 955 mil são no Piauí. Quase 1 milhão desses 22 milhões saíram da extrema pobreza no Piauí. Isso aconteceu graças ao fato de a gente ter, no Piauí, um número muito grande de pessoas dentro do Bolsa-Família, porque a medida que nós tomamos agora não foi uma medida de encontrar as pessoas. A gente tem conseguido localizar mais pessoas em todo o Brasil - no Piauí também -, mas as pessoas que estavam no Bolsa-Família e que, com a sua renda e o Bolsa-Família não conseguiam sair da extrema pobreza, com as medidas que nós tomamos no Brasil Carinhoso e a medida anunciada pela presidenta, essa semana, nós conseguimos tirar essas pessoas da situação de extrema pobreza. Ou seja, nós acabamos com a pobreza, com a extrema pobreza dentro do cadastro do Bolsa-Família, dentro dos beneficiários do Bolsa-Família. O que é que nós temos que fazer agora? Localizar aqueles que, mesmo tendo direito ao Bolsa-Família, ainda não recebem. No Piauí, apesar de a gente ter uma população pobre muito grande, proporcionalmente, esse é o estado que menos gente tem para localizar. Por quê? Porque a gente tem um cadastro muito bem feito. Então, no caso do Piauí, eu dei o número, no estado todo, 955 mil pessoas saíram da extrema pobreza; 101 mil em Teresina. O governo do estado e as prefeituras são os nossos parceiros. O governo do estado inclusive lançou um programa específico, parceiro, irmão do Brasil Sem Miséria, que é um programa para superar a extrema pobreza no Piauí, e várias ações nós temos desenvolvido no campo, apoiando a população no campo, e também fortalecendo as ações do Pronatec. Então, a nossa expectativa é que a gente tenha um dos melhores resultados, também, no Brasil Sem Miséria, aí no Piauí. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Gil Costa, da Rádio Pioneira AM, de Teresina, no Piauí, você quer fazer outra pergunta para a Ministra Tereza Campello? REPÓRTER GIL COSTA (Rádio Pioneira AM / Teresina – PI): Sim. Ministra, eu queria só perguntar à senhora o seguinte: ainda se reclama muito... Inclusive, no meu programa, ontem, uma pessoa ligava, criticando o governo federal, porque não dá a vara para pescar, já dá o peixe etc., que as pessoas deveriam ser qualificadas para o mercado de trabalho e etc. É sobre isso que eu quero perguntar para a senhora: essas pessoas também, elas são acompanhadas nesse sentido, são incentivadas a fazer curso de qualificação, para que elas, realmente, gerenciem as suas próprias vidas? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Gil, tem uma coisa que o presidente Lula sempre falava, eu vou aproveitar e repetir aqui, que, geralmente, a pessoa que é pobre e que vive com pouco dinheiro sabe gerenciar a vida melhor do que nós, que vivemos com muito dinheiro... É mais fácil de fazer essa gerência. Então, para o pobre conseguir sobreviver com poucos recursos, às vezes... Tem muita cidade no Nordeste... Eu estou falando com o Nordeste... Falo com segurança, porque eu sei que vocês sabem disso melhor do que ninguém, mas, como a minha família é nordestina, também, eu falo com propriedade, e eu conheço muito a região. Tem muita cidade que as pessoas não têm alternativa. Tem cidade que tem emprego, tem cidade que tem oportunidade, em especial no Nordeste, que as cidades crescem muito, que nós temos muitas obras acontecendo, muitas empresas se instalando, muitas obras do PAC acontecendo. Portanto, tem muito emprego, tem muita gente que precisa e quer se qualificar, e nós estamos oferecendo curso de qualificação profissional. Então, nós temos vagas, hoje, no Brasil todo. Esse ano nós vamos oferecer mais de 500 mil vagas de qualificação profissional. Queremos qualificar, e as pessoas querem, mas nem sempre isso acontece no município que as pessoas estão querendo se qualificar. Então, por exemplo, tem lugar que não tem um Senai, tem lugar que não tem um Senac. Então, nós estamos combinando com os municípios, em especial os municípios pequenos, para que a gente consiga levar esses cursos para essas regiões. Então, aonde tem curso a gente está oferecendo. São cursos em várias áreas. Porque, hoje, o Brasil precisa qualificar essas pessoas, e as pessoas querem se qualificar. Construção civil, cuidador de criança, cuidador de adulto, auxiliar de cozinha, jardinagem... Hoje, nós temos emprego para qualquer área... Está faltando gente qualificada. Agora, nem sempre a cidade tem como ofertar esse curso. É uma cidade pequenininha, não tem um instituto federal, não tem um Senai. Então, as pessoas acabam também não tendo oportunidade. É difícil você ver alguém... Você ver um emprego bom, e a pessoa não querer trabalhar. Eu acho que isso é uma raridade. Eu acho que as pessoas querem trabalhar, e, às vezes, não conseguem. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Gil Costa, da Rádio Pioneira AM, de Teresina, no Piauí, pela participação. Ministra, vamos, agora, sim, conversar com a Rádio Nativa 740 AM, de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Olá, Luiz Fernando Oliveira. Está nos ouvindo agora? Bom dia. REPÓRTER LUIZ FERNANDO OLIVEIRA (Rádio Nativa 740 AM / Rio Grande - RS): Oi. Bom dia, Kátia. Me ouve? APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Sim! REPÓRTER LUIZ FERNANDO OLIVEIRA (Rádio Nativa 740 AM / Rio Grande - RS): Bom dia, Ministra Tereza Campello. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom dia, Luiz Fernando. REPÓRTER LUIZ FERNANDO OLIVEIRA (Rádio Nativa 740 AM / Rio Grande - RS): Ministra... Bom dia. A extensão do Programa Bolsa-Família, além da garantia de renda, tem um plano de inclusão produtiva. Nós temos observado que muitos beneficiados não querem voltar a trabalhar com carteira assinada, preferindo continuar na informalidade. Como enfrentar este problema cultural? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Eu acho que esse é um problema cultural que envolve mais empregadores do que empregados. A gente, todos os dias, aqui, se depara com situações onde o empregador fala: “Ah, não vou assinar a sua carteira porque senão você vai perder o Bolsa-Família.” e acaba ele induzindo o trabalhador a não ter carteira assinada. Isso, além de ser incorreto, porque você impede esse trabalhador de estar dentro da rede de seguridade social e, portanto, ter direitos para, além de receber o salário, ele estar incluído e estar formalizado e, portanto, estar dentro de uma rede toda de seguridade e melhorar a sua condição até de aposentadoria, isso também é crime. Então, eu queria pedir o apoio de vocês, para não achar que é somente a população pobre que não quer ter carteira assinada. Isso eu sei que é um mito que ronda a pobreza, mas isso... As experiências que a gente tem envolve também muito o empregador. Então, eu queria o apoio de vocês, para também fazer esse chamamento, para que os empregadores nos ajudem a melhor a situação de formalização dos nossos trabalhadores. Agora, eu queria aproveitar, Luiz Fernando, para falar... Aproveitando, falando para o Rio Grande do Sul. O Rio Grande do Sul é um dos estados no Brasil... Aliás, é o estado, no Brasil, que a gente tem o melhor desempenho do Pronatec. Das 267 mil vagas que nós conseguimos ofertar, ter preenchidas com gente fazendo curso de qualificação profissional, voltados exclusivamente para o público do Bolsa-Família, das 267 mil vagas, 39 mil vagas são no Rio Grande do Sul. O Rio Grande do Sul é o grande campeão de oferta de vagas de qualificação profissional, vagas de altíssima qualidade, que é vagas do Sistema S, Senai, Senac, institutos federais, e nós estamos conseguindo ir muito bem, por quê? Porque nós estamos trabalhando junto. A nossa rede que trabalha a questão do trabalho com a rede de assistência social. E esse casamento da área de trabalho com a rede de assistência social tem dado um resultado espetacular, e o Rio Grande do Sul é um exemplo para o Brasil todo na qualificação profissional do nosso público de baixa renda. Parabéns ao estado! APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Luiz Fernando Oliveira, da Rádio Nativa AM, do Rio Grande... Rio Grande, do Rio Grande do Sul. Você quer fazer outra pergunta? REPÓRTER LUIZ FERNANDO OLIVEIRA (Rádio Nativa 740 AM / Rio Grande - RS): Informando à Ministra Tereza Campello que o Pronatec naval é muito atuante aqui no município, em função do Polo Naval do sul do país, na cidade do Rio Grande, cidade portuária, Ministra. A última questão, a respeito do Bolsa-Família. Ao promover a complementação da renda no Bolsa-Família para 2,5 milhões de beneficiários, isso se deve à conclusão de que os valores pagos pelo programa estavam um tanto fora da realidade, Ministra? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Se deve ao fato... A gente vem construindo uma história, não é, Luiz Fernando? Não consegue fazer tudo de uma vez só. Ao longo do mandato do presidente Lula, nós incluímos 45 milhões de pessoas que não estavam no cadastro. Então, as pessoas acham que é fácil fazer um cadastramento. Esse é o grande diferencial e a grande tecnologia que o Brasil conseguiu desenvolver, e a gente tem muito orgulho disso, que é o quê? Ter cadastrado, ter uma ferramenta, que é o Cadastro Único, que organiza um banco de dados gigantesco. A gente não sabe só o nome do chefe da família; a gente tem o nome de todas as pessoas da família, o nome das crianças, que escola essas crianças estão, onde foi o posto de saúde que tomou vacina, se participou, ou não, de Pronatec, se tem Luz Para Todos, ou não. Quer dizer, nós temos um conjunto de informações ricas, que permite que a gente organize, hoje, todas essas informações. À medida que a gente construiu esse cadastro e concedeu o Bolsa-Família, que foi uma primeira etapa, nós cumprimos... Viramos uma página na história. Agora a gente está virando uma outra, que é uma outra importante. Que é o quê? Conseguir garantir que o Bolsa-Família seja ampliado... Aí, agora, de forma variável. Famílias que têm menos renda recebe um valor maior, chegando a R$ 70,00. Então, eu diria que a gente está conquistando agora, com os dez anos do Bolsa-Família... O Bolsa-Família faz dez anos, esse ano, em outubro. Com os dez anos do Bolsa-Família, nós estamos conseguindo mudar a metodologia de trabalho, garantindo que ele seja maior. Algumas pessoas, com o valor do Bolsa-Família antigo, já saíam da extrema pobreza, e outras não. Por quê? Porque a renda de largada era menor. Tem famílias que eram pobres com sua renda e recebiam o Bolsa-Família e saíam da situação de miséria, e tinha outras que não. Agora nós tiramos todo mundo. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Rádio Nativa 740 AM, de Rio Grande, pela participação com a gente no Bom Dia, Ministro. Lembrando que a íntegra dessa entrevista está em: www.ebcservicos.ebc.com.br. Ministra, vamos agora a Juazeiro do Norte, no Ceará, falar com a Rádio Verde Vale. Quem está lá é Francisco Biá. Oi, Francisco. Bom dia. REPÓRTER FRANCISCO BIÁ (Rádio Verde Vale / Juazeiro do Norte - CE): Olha, bom dia. Bom dia, Ministra; bom dia a todos. Olha, eu queria só saber da Ministra o seguinte: com essa complementação de renda de 2,5 milhões, como já foi falado aí, tirando mais de 22 milhões de pessoas da extrema pobreza, era ter conhecimento, aí, que o estado do Ceará é um estado bastante carente, e existe muitas pessoas ainda fora deste cadastro, que é muito importante aqui para a nossa população carente, em pobreza. E eu queria saber da Ministra: com esta complementação, o estado do Ceará será beneficiado automaticamente em quanto, Ministra? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Olha, bom dia, Francisco; bom dia, ouvintes da Rádio Verde Vale. Com essa medida específica, 240 mil pessoas passaram a receber recursos suficientes para sair da extrema pobreza. Agora, se a gente considerar esses 22 milhões de pessoas que saíram da extrema pobreza, durante o mandato da presidenta Dilma, 1,7 milhão de pessoas foram no Ceará. O Ceará é um estado, hoje, que cresce, e cresce muito. É um dos estados que mais cresce no Nordeste brasileiro. Aliás, é um dos estados que mais cresce no Brasil, graças a uma atuação eficiente, graças à competência do seu povo. Nós estamos passando por uma seca terrível, e, mesmo assim, o estado continua tendo um desempenho importante, e tem muita gente pobre. Agora, a maioria já está no Bolsa-Família, e nós temos ainda um trabalho de Busca Ativa importante a ser feito. Nós temos... No Ceará, como eu disse, são 1,7 milhão de pessoas, que sai... Desses 22 milhões de brasileiros que saíram da extrema pobreza, dentro do mandato da presidenta Dilma, 1,7 milhão foram no Ceará, e, nessa medida, agora, dos 2,5 milhões, são 240 mil pessoas. O Ceará também tem um excelente desempenho no Pronatec, que são os cursos de qualificação profissional, voltados para o povo do Bolsa-Família. São mais de 15 mil pessoas que fizeram o curso de qualificação profissional, ano passado, e, esse ano, nós pretendemos continuar avançando e ofertar mais ainda vagas. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Francisco Biá, da Rádio Verde Vale, de Juazeiro do Norte, você tem outra pergunta? REPÓRTER FRANCISCO BIÁ (Rádio Verde Vale / Juazeiro do Norte - CE): Olha, Juazeiro do Norte, principalmente aqui, nós somos beneficiados, aqui... As famílias mais carentes, as famílias mais pobres, foram beneficiadas com esse projeto, aí, com esse plano do Minha Casa, Minha Vida. Agora, existe um outro problema aqui, que é exatamente, como a Ministra falou, a seca. Essa parte, também, abrange, também, a parte da Bolsa-Verde, que são alguns, também, que faz parte do projeto para tirar da pobreza. Existe uma previsão, aqui, principalmente para a nossa região do Cariri, que faz extrema com a Paraíba, com Pernambuco, onde o gado, onde os pastos... O gado passando fome, morrendo de fome, aqui... Existe uma possibilidade de incentivar ainda mais esses agricultores que têm a dificuldade de se ter o Bolsa-Família, Ministra? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Você deve estar falando do Bolsa-estiagem, não é, Francisco? FRANCISCO BIÁ (Rádio Verde Vale/Juazeiro do Norte – CE): É, exatamente. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Tá. Nós... Estamos ainda na expectativa de que melhore um pouco a situação. Não sei especificamente nessa região de Juazeiro do Norte, se já começou a chover. Mas nossa expectativa é qual? Por que o ‘Brasil Sem Miséria’ na área do campo, ele não entrou só com o Bolsa-Família, junto com o Bolsa-Família nós entramos com recursos de fomento, assistência técnica. Então, tem várias regiões no nordeste, em especial, aí no Ceará. Nós estamos entrando com assistência técnica específica para os agricultores pobres, junto com a assistência técnica tem um recurso de fomento, isso nós não estamos falando do Bolsa-estiagem. São R$2.400,00 á fundo perdido, que a gente espera agora, quando começar esse período de chuvas, que esse recurso seja um recurso de recomposição e retomada da produção, porque é um recurso que é para ser usado exatamente na produção, então, você pode comprar matriz nova, quem perdeu gado, quem perdeu as suas cabras, perdeu galinha, pode usar esse recurso para recompor as suas matrizes. A gente está distribuindo semente, entrando com assistência técnica e com isso a gente pretende ajudar a população nessa retomada de produção, esperamos que o tempo melhore para que a gente possa conviver melhor ainda com o semiárido. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Francisco Biá, da Rádio Verde Vale, de Juazeiro do Norte, no Ceará, pela participação com a gente no Bom Dia, Ministro. Ministra, vamos agora a Minas Gerais, conversar com a Rádio Terra AM 760, de Montes Claros. Adely Mendes, bom dia. REPÓRTER ADELY MENDES (Rádio Terra AM 760/Montes Claros – MG): Um abraço! Bom dia a você, bom dia à Ministra. Quero saber da Ministra, em relação aos programas sociais do governo, eles melhoram a qualidade de vida da população. Nesses 10 anos que o programa está comemorando, muita gente beneficiada. Mas Ministra, quais são os mecanismos que o governo utiliza para evitar que os benefícios do programa sejam retirados por pessoas que não necessitam? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Olha, nós temos vários tipos de mecanismo, um deles é a própria participação da população. Como eu disse aqui anteriormente, vou repetir Adely, cumprimentando você e os ouvintes da Terra AM 760. Nós temos... Todos os beneficiários do Bolsa-Família têm o seu nome de forma transparente no site da CGU. Então, as pessoas quando tem dúvidas se alguém está recebendo indevidamente, podem identificar isso e podem denunciar pelo ‘0800’. Eu vou pegar o número do ‘0800’ aqui, já vou aproveitar e passar para vocês... O site do MDS... Entrar no site do MDS, nos telefonar, fazendo denúncia, toda denúncia é apurada. Agora, fora denúncias que têm nos ajudado muito a manter o nosso cadastro como um dos melhores cadastros do mundo, reconhecidamente, nós fazemos permanentemente cruzamentos de cadastro para conseguir identificar situações que são situações atípicas. Agora, por exemplo, nós estamos fazendo um tipo de pesquisa olhando variação de renda. Para quê? Para evitar que as famílias, agora sabendo que a gente está complementando renda, comecem a modificar a sua renda no Cadastro Único. Então, a família tinha uma renda no Cadastro Único e começou a mudar, pedindo para diminuir a renda. Essas variações de renda estão sendo monitoradas pela gente. Tem situação que é real, que a família ficou mais pobre, como é o caso do nordeste, como é o caso, inclusive, do norte de Minas Gerais, onde a seca acabou levando algumas famílias a piorar a sua renda. Mas não é comum, em um país que cresce, em um país que gera cada vez mais emprego, que as pessoas piorem a renda. Então, toda variação de renda para baixo está sendo monitorada. Nós também fazemos cruzamento com um banco de dados em todo lugar, da Receita Federal, nós fazemos cruzamento de dados com os nossos eleitos, que está sendo feito agora. Não pode vereador, não pode mulher de vereador, não pode filho de vereador, estar no Cadastro Único, que é proibido. Mesmo que tem até uns que são pobres, extremamente pobres, porque nem todo salário de vereador é suficiente para as pessoas saírem de extrema pobreza. Agora, no caso de vereador e prefeito em especial, é proibido por lei, estar dentro do Cadastro Único. Isso acontece naturalmente, as pessoas... Primeiro, a maioria, obviamente, pede para sair, se é que estava no Bolsa-Família. Senão também são tirados, porque a gente faz o cruzamento e tira. Então, nós temos mecanismo de auditoria permanente, sendo realizado e garantindo que a gente mantenha o nosso cadastro como um dos melhores cadastros do mundo. E aqui, dando o ‘0800’ para vocês: 0800-707-2003. 0800-707-2003. Recebendo toda a denúncia, nós temos gente o tempo todo atendendo telefones e ajudando, não só a receber essas denúncias e encaminhar, mas principalmente a esclarecer situações e apoiar nossos beneficiários. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Adely Mendes, da Rádio Terra AM, de Montes Claros. Você quer fazer outra pergunta? REPÓRTER ADELY MENDES (Rádio Terra AM 760/Montes Claros – MG): Sim, quero fazer mais uma pergunta à Ministra Tereza Campello. É que o norte de Minas já sofre com a seca, agora as chuvas desordenadas castigaram a cidade e temos também os tremores que o Brasil inteiro tem acompanhado pela grande mídia. Quero fazer um pedido especial à Ministra, para que possa interceder pela região, para que venham benefícios para Minas, mas de maneira especial, para Montes Claros, no norte de Minas. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Obrigada, Adely. Eu vou transmitir a tua preocupação. E só lembrando, que no caso de Minas Gerais, 1,2 milhão pessoas, dos 22 milhões de pessoas que saíram da extrema pobreza no mandato da Presidenta Dilma, são de Minas Gerais. E a grande maioria é da região norte, que é a região mais pobre e a região que nós temos mais apoio e trabalho. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Adely Mendes, pela participação, ele que é da Rádio Terra AM, de Montes Claros, Minas Gerais. Ministra, vamos agora a São Paulo conversar com a Rádio Amiga FM, de Registro, em São Paulo. Olá, Nelsinho. Bom dia!REPÓRTER NELSON RODRIGUES (Rádio Amiga FM/Registro – SP): Bom dia. Bom dia a Ministra. A nossa pergunta aqui para região do Vale do Ribeira. Se o estudo relacionado às regiões mais pobres com o Bolsa-Família, se ele tem um carinho especial, pode se dizer assim, se tem uma diferença entre as regiões mais pobres, por exemplo, a cidade de São Paulo, o Vale do Ribeira, com as regiões mais pobres do Brasil, o Bolsa-Família? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Olha, temos sim. Bom dia Nelsinho, bom dia ouvintes da Rádio Amiga. Eu conheço Registro, estive aí exatamente por reconhecermos que essa é uma região diferenciada, todo mundo trata São Paulo como sendo um estado rico e acha que é um estado sem pobreza. Não é verdade, proporcionalmente o número de pobres é pequeno, mas do ponto de vista absoluto, o Estado de São Paulo é um estado que tem uma pobreza muito grande, a gente tinha mais de 1 milhão de pessoas em situação de extrema pobreza. E só para se ter uma ideia, nós temos mais de 1 milhão dos 22 milhões de pessoas que saíram da extrema pobreza, graças aos recursos do Governo Federal, no mandato da Presidenta Dilma, 1 milhão desses 22 milhões de pessoas, são no Estado de São Paulo. Então, nós temos uma atenção especial, sim, para Registro, não só as ações do... E para o Vale do Ribeira, não só as ações do MDS, mas também as ações do MDA e da Seppir, porque é uma região também que tem uma concentração de população quilombola importante. Então, eu acho que cada vez mais nós temos que trabalhar juntos e tem pessoas ainda nessa região que são extremamente pobres e ainda não estão no nosso cadastro. Eu acho que uma das nossas grandes tarefas é trabalhar juntos com os nossos novos prefeitos, para garantir que essas pessoas entrem no Bolsa-Família. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Nelsinho, da Rádio Amiga FM, de Registro, em São Paulo. Você quer fazer outra pergunta para a Ministra Tereza Campello?REPÓRTER NELSON RODRIGUES (Rádio Amiga FM/Registro – SP): Só uma pergunta relacionada aos novos cadastros. Por exemplo, aqui no Vale do Ribeira a gente sabe que tem muita gente que vem morar para cá, imigrantes, enfim. Como que a pessoa hoje, ela pode fazer esse novo cadastro? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Olha, a pessoa se cadastra... No Cadastro Único, pode entrar no Cadastro Único mesmo não sendo extremamente pobre, pobre, e eu aproveito para fazer esse chamamento, para que as pessoas que têm menos de meio salário mínimo per capita. Como que a gente sabe qual é a renda per capita? Pega a renda da família e divide pelo número de membros. As pessoas têm o direito de entrar do Cadastro Único e entrando do Cadastro Único tem acesso a um conjunto de outras informações. Como é o caso da tarifa social de energia elétrica, que hoje é baseada no Cadastro Único que é feito pelo MDS. É feito no Cras da sua cidade. Se a sua cidade tiver um Cras, um Centro de Referência à Assistência Social ou procure a prefeitura para receber informações de onde está sendo feito o cadastro. Nosso objetivo é que as pessoas estejam no Cadastro Único e aquelas que têm direito ao Bolsa-Família, recebam o Bolsa-Família. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Nelsinho, da Rádio Amiga FM, de Registro, em São Paulo, pela participação com a gente no Bom Dia, Ministro. Ministra, eu queria aproveitar e perguntar para a senhora, porque no orçamento agora nessa semana, a Presidenta Dilma disse que nós temos a tecnologia social mais avançada do mundo. O que nos coloca à frente de outros países? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Olha, eu acho que são três coisas que nos diferenciam. A primeira é ter construído o Cadastro Único. Como eu disse, o Cadastro Único não é só um cadastro com o nome do chefe da família. No Cadastro Único nós temos o nome de todas as pessoas, escolaridade de todas as pessoas, o nome das crianças com idade, onde essas crianças estão estudando. Acompanhamos a frequência escolar bimestralmente das crianças, acompanhamos vacinação, acompanhamos as gestantes, acompanhamos as nutrizes, temos toda a documentação dessas famílias, tudo isso em um sistema. E agora estamos com informação do Luz para Todos, da Tarifa Social de Energia Elétrica, do PRONATEC, do Microempreendedor Individual. Portanto, estamos montando uma verdadeira rede para ajudar o planejamento dessas famílias. Segunda questão, o cartão do Bolsa-Família. Nós repassamos o dinheiro automaticamente, sem passar por intermediário, portanto, diminuindo muito os desvios e eventuais perdas que possam estar tendo, através do Cadastro Único que é feito... A família tem um cartão que é um cartão que é trabalhado com a gente junto com a Caixa Econômica Federal, que é o nosso grande parceiro. A terceira grande tecnologia é que, em geral, as beneficiárias são mulheres. 93% das famílias recebem os recursos através das mães que são as grandes cuidadoras das crianças e as grandes preocupadas em garantir que esse recurso chegue primeiro para as suas crianças, portanto, garantindo que o recurso da Bolsa-Família vá para alimentação, vá para educação. O recurso do Bolsa-Família, só lembrando, ele pode ser usado em qualquer coisa. Para comprar coisas para casa. Tem muita gente que vai juntando o dinheiro do Bolsa-Família e paga prestação de computador. E hoje nós queremos que esse recurso, de fato, ajude essa família a melhorar a sua situação e sair da extrema pobreza. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, mais uma vez agradecemos a sua participação no Bom Dia, Ministro. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Obrigada você, Kátia. É um prazer para a gente. E como eu sempre digo, é uma oportunidade nesse momento, trabalhando aqui em parceria com vocês que a gente consegue chegar lá na casa de cada um dos nossos beneficiários e das nossas beneficiárias. Então, estamos às ordens e nos chame sempre para voltar aqui. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Com certeza. Obrigada Ministra e a todos que participaram conosco deste programa. Até a próxima edição.
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22/02/2013 - Programa recebe a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello
A ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, falou no Bom Dia, Ministro de hoje sobre a extensão da complementação de renda do Bolsa Família, que vai alcançar 2,5 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza. O governo federal anunciou nesta semana a complementação de renda de 2,5 milhões de brasileiros no âmbito do Bolsa Família. Com essa medida, o governo retira 22 milhões de pessoas da extrema pobreza, do ponto de vista da renda, nos últimos dois anos.
12/12/2016
|
17:57
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