APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Olá, amigos em todo o Brasil. Eu sou Kátia Sartório e começa agora mais uma edição do programa Bom Dia, Ministro, o programa que tem a coordenação e a produção da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços. Hoje, a nossa convidada, a Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. Bom dia, Ministra. Seja bem-vinda, mais uma vez. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom dia, Kátia. Bom dia, ouvintes. Queria dar um bom-dia, também, às nossas redes de emissoras que estão nos assistindo nesse momento. É importante essa oportunidade para a gente, mais uma vez, falar do Bolsa-Família, garantir o Bolsa-Família, comemorar os dez anos do Bolsa-Família e afirmar, não só a sua continuidade, mas seu fortalecimento. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: É isso aí. A pauta de hoje do programa é o Bolsa-Família, e a Ministra Tereza Campello já está aqui, no estúdio, pronta para conversar com âncoras de emissoras de rádio de todo o país. E quem já está na linha, Ministra, é o Jofre Melo, da Rádio CBN de Recife, em Pernambuco. Olá, Jofre, bom dia! REPÓRTER JOFRE MELO (Rádio CBN / Recife – PE): Olá, muito bom-dia para você. Bom dia aos nossos ouvintes. Um bom-dia especial à Ministra Tereza Campello. Ministra, a sua colega, a ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, ela, através do seu Twitter, ela deixou claro que, segundo ela, abre aspas, “boatos sobre o fim do Bolsa-Família devem ter vindo da central de notícias da oposição”, fecha aspas. O governo acredita nessa possibilidade, outras partes? Ou a senhora... Na sua opinião, pode também haver essa possibilidade de creditar a oposicionistas a origem desse boato? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom dia, Jofre Melo. Bom dia, ouvintes da Rádio CBN. A Presidenta esteve no Recife, ontem, falando para todo o povo pernambucano, comemorando a inauguração do estádio, e fez questão de afirmar a importância do Bolsa-Família. Disse, né, Kátia, que o Bolsa-Família é sagrado, que está garantido, que é prioridade do seu governo. Então, eu acho que... A primeira questão, que eu queria aproveitar essa oportunidade, Jofre, para reafirmar, é da continuidade do Bolsa-Família. Nós tivemos um boato lamentável no final de semana, que levou milhares de pessoas às agências bancárias, com fila, com problemas em vários locais do país, em especial no Nordeste, onde a gente tem uma quantidade de famílias muito grande recebendo o Bolsa-Família. Então, eu acho que essa oportunidade... O principal, hoje, é a gente tranquilizar as famílias. Ontem, nós já voltamos a uma situação de tranquilidade. De fato, a Ministra Maria do Rosário falou ontem de manhã, no seu Twitter, mas, logo em seguida, já se retratou. Eu acho que o importante, hoje, é que essa situação está sendo investigada pela Polícia Federal. Então, isso, hoje, eu acho que é um assunto de polícia. O que cada um de nós acha não é mais o importante. Isso está sendo investigado. O fundamental é garantir que esse tipo de situação não aconteça de novo. Essa é a nossa principal determinação: tranquilizar a população. E por que nós estamos investigando? Principalmente para evitar que esse assunto se repita. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Jofre Melo, da Rádio CBN de Recife, você tem outra pergunta? REPÓRTER JOFRE MELO (Rádio CBN / Recife – PE): Sim. A senhora falou em evitar que esse tipo de problema aconteça novamente, claro. A partir de agora, quais são as medidas de segurança que serão tomadas pelo governo, se dar mais atenção a esse tipo de coisa, para tranquilizar realmente as famílias, algum... De repente, algum local que elas possam procurar, antes de correr aos bancos, se isso já existe. Que medidas preventivas a senhora pretende levar ao governo, a partir de agora? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Muito obrigada pela pergunta, Jofre. Nós já temos informações, no Ministério do Desenvolvimento Social... É importante que a população, antes de entrar numa situação de desespero, como aconteceu no final de semana, pode ligar para a nossa central de atendimento: 0800-7072003. Pode entrar nos nossos sites. Quem teve acesso muito... De certa forma, muito se espalhou as notícias através das redes sociais. Ou seja, era gente que estava tendo acesso à internet. Então, nós temos informações também no nosso site: www.mds.gov.br. E, ontem, nós iniciamos um serviço, também, de mensagens para os beneficiários do Bolsa-Família que têm telefone. Então, nós estamos avaliando, hoje, a possibilidade de ter esse serviço disponível para que a gente chegue rapidamente com informações precisas para o beneficiário do Bolsa-Família, através do telefone ou celular. Hoje, muita gente tem telefone, mas quem mais nos ajudou, para ser bem sincera, Jofre, nesse momento, e quem foi muito eficiente, e cumpriu um verdadeiro serviço de utilidade público para o Brasil, foram as rádios de todo o Brasil. Então, queria agradecer, cumprimentar vocês, e garantir que a gente possa continuar trabalhando com vocês, nesses momentos mais importantes. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Jofre Melo, da Rádio CBN de Recife, pela participação com a gente no Bom Dia, Ministro, programa que tem hoje a participação da Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. Ministra, nós vamos agora à Salvador, na Bahia, falar com a Rádio Excelsior AM, de Salvador. A pergunta é de Edson Santarini. Bom dia, Edson. REPÓRTER EDSON SANTARINI (Rádio Excelsior AM / Salvador – BA): Bom dia a todos. Bom dia, Ministra. Eu tenho dois questionamentos, duas perguntas. A primeira, Ministra Tereza Campello: Como fica o calendário, daqui para frente, dos beneficiários? Muda alguma coisa, em função disso? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom dia, Edson. Bom dia, ouvintes da Rádio Excelsior AM. O calendário do Bolsa-Família está mantido. Essa pergunta também é muito boa, porque todo o beneficiário do Bolsa-Família sabe como é que funciona. Vou explicar para os que não são beneficiários. Em janeiro, a gente distribui um calendário... Eu estou aqui... Para quem está nos vendo pela televisão, eu estou com o calendário aqui na mão. Em janeiro, a gente distribui em todas as agências da Caixa, em todas as nossas lotéricas, em todos os correspondentes bancários, o calendário do ano. O Bolsa-Família, ele é tão organizado, Kátia, que a gente sabe a data de pagamento do ano todinho, já em janeiro. Então, a gente publica em janeiro. Todo o beneficiário do Bolsa-Família sabe quanto... como ele vai receber, que dia ele vai receber, em janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, até dezembro. Então, todo ano ele é organizado exatamente para evitar filas. Então, a população tem que fazer aquilo que ela sempre fez. Faz anos já que o Bolsa-Família tem esse calendariozinho. Ele, inclusive, tem sempre a mesma cara. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: E conferido pela senha, não é isso? A senha do cartão é que diz a data, é isso? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Não, o NIS... Cada beneficiário do Bolsa-Família tem o seu número, que é o NIS. O final do número é que define... Então, quem termina com final nº 1, recebe no primeiro dia do Bolsa-Família, quem é... O NIS termina no nº 2, recebe no segundo dia. E o calendário já diz qual é o primeiro dia, qual é o segundo. Por que a gente organizou o calendário assim? Para que a gente não coincida o pagamento do Bolsa-Família com o período de maior congestionamento nos bancos, que é quando a gente tem os pagamentos de salário, conta bancária, vencimento de aluguel. Isso acontece geralmente do 1º ao 10º dia do mês. Então, a gente organizou o Bolsa-Família para ser nos últimos dez dias do mês. Então, as famílias já sabem, já se organizam para retirar o seu dinheiro nos últimos dez dias. Então, pegamos os dez dias úteis e contamos... Esse mês, por exemplo, o último dia útil é dia 31. Contamos... Ao contrário disso, contamos o calendário. Então, começou a ser pago o Bolsa-Família na sexta-feira, dia 17, que foi o primeiro dia de pagamento. Quem tinha final 1, tirou na sexta-feira. Ontem, que foi o segundo dia útil, era o final nº 2; hoje é final nº 3. Então, o que a gente pede para as famílias? O calendário está mantido. Quem está previsto para receber no dia 31, aguarde o dia 31 para receber. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você tem outra pergunta, Edson Santarini, da Rádio Excelsior AM, de Salvador? REPÓRTER EDSON SANTARINI (Rádio Excelsior AM / Salvador – BA): Sim, tenho, sim. Ministra, um boato causou esse problema todo, essa confusão toda. A pergunta que eu faço é a seguinte: Quem nos garante que o sistema que controla e administra o Bolsa-Família não está vulnerável, por exemplo, a hackers e outros problemas, né, de vírus? É seguro? Podemos ficar tranquilos quanto a essa qualidade, em termos de segurança, Ministra? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Olha só, Edson. Primeiro, o sistema que paga o Bolsa-Família, ele não é um sistema aberto na internet, né? Ele é um sistema de pagamentos, como é o da Previdência. Então, ele é um banco de dados que se organiza. A gente envia para a Caixa o pagamento mês a mês, e a Caixa distribui para o conjunto da sua rede, num sistema que é um sistema superseguro, que é um sistema... de pagamento, como é o sistema de pagamento de salários do Governo Federal, como é o sistema de pagamentos do INSS, através da Caixa Econômica Federal. O que aconteceu no final de semana é que, por conta do boato, muita gente foi para as caixas, né, para... Tentou tirar o dinheiro, e a rede bancária não estava aberta. Então, nós não tínhamos sequer como apoiar a população. Então, você tinha determinados locais com caixa eletrônico, com filas, e você, como era final de semana, você não tinha como dar o apoio necessário para que essas pessoas se tranquilizassem. Então, a Caixa tomou a decisão de abrir o sistema, ou seja, autorizar, mesmo fora do calendário, que as pessoas pudessem retirar o seu dinheiro. Então, no final de semana, exclusivamente, no final de semana, os beneficiários tiraram o dinheiro do Bolsa-Família do mês, independente se o seu número era um, dois, três, quatro, cinco. Isso não está mais acontecendo. Por quê? Porque, agora, com as agências abertas, nós temos condições de dar um atendimento qualificado. A pessoa chega na Caixa, tenta tirar o dinheiro, vai lá, um funcionário vê o final, fala: “Olha, minha senhora, o final é nº 7. Então, somente será retirado em tal dia”, informa a pessoa. E a gente está tendo condição de dar uma informação qualificada. Ontem, a Caixa abriu duas horas antes do horário normal de funcionamento, exatamente para apoiar a população nesse momento de intranquilidade e restabelecer a situação. Então, nós estamos muito satisfeitos, porque, graças a essa rápida comunicação que nós tivemos, contando aí com o apoio de todos vocês, a população já entendeu que a situação está normal, que o Bolsa não vai terminar. Ao contrário, que o Bolsa, não só continua, como continua fortalecido. Agora, nós estamos criando mecanismos para monitorar, mecanismos novos... Que a gente já tinha vários mecanismos. Por exemplo, nós temos o controle... Qualquer pessoa que retirar o dinheiro, em qualquer agência lotérica, em qualquer... nós temos controle dessa situação. Então, se... se alguém tirar um benefício, e esse benefício for pago incorretamente, né, a pessoa não deveria receber. Por exemplo, o cadastro tem algum problema, nós temos como recuperar esse dinheiro. Então, o sistema não só é um sistema com monitoramento, muito complexo, e muito bem... e funcionando muito bem, como agora nós vamos começar a monitorar, também, movimentações que aconteçam ao longo do final de semana, para evitar que esse assunto venha a se repetir. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Edson Santarini, da Rádio Excelsior AM, de Salvador, pela participação. Ministra, de Salvador vamos à Teresina, no Piauí, falar com a Rádio Pioneira AM, onde está Gil Costa. Olá, Gil, bom dia para você. REPÓRTER GIL COSTA (Rádio Pioneira AM / Teresina – PI): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministra Tereza Campello. Me permita duas considerações, particulares, são minhas. Não é de governo, nem... Mas nós entendemos por aqui, pelo que nós vimos, presenciamos, que existe um interesse de desestabilizar o programa e, por outro lado, jogar o governo contra a opinião pública. Pelo que nós vimos, a irritação de algumas pessoas, pela mentira que foi lançada. E eu pergunto à senhora, o seguinte: por aqui nós temos uma informação de que houve uma antecipação desse pagamento. A senhora falou agora que é obedecido um calendário. É verdade isso, que o governo tenha antecipado, sem comunicar previamente a opinião pública? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Não, não... Bom dia, Gil Costa. Bom dia, ouvintes da Rádio Pioneira. O recurso desse mês, como todos os meses, foi colocado na conta, né, à disposição da população, sem nenhuma antecipação. O que nós tivemos de situação diferente é que, por conta dos boatos, o sistema foi aberto. Então, não teve antecipação do recurso. Quem foi para agência bancária e que, eventualmente, teria que receber... Por exemplo, hoje, deveria estar procurando os recursos do Bolsa-Família no dia de hoje, no final de semana, por conta do boato e do desespero, acabou indo às agências bancárias, ou indo aos terminais bancários, nós liberamos o pagamento. Para quê? Para evitar tumulto e para tentar garantir a integridade física dessas pessoas. Os recursos estavam disponíveis, são recursos desse mês. Não houve antecipação nenhuma do Bolsa-Família do mês que vem. Então, quem já tirou o dinheiro... Vou aproveitar a tua pergunta para explicar isso. Quem já tirou o Bolsa-Família, no final de semana... Algumas famílias com final... que deveriam tirar só essa semana ou ao longo da semana que vem, já retiraram o Bolsa-Família desse mês. Então, o Bolsa-Família desse mês já foi retirado. Não adianta ir no banco de novo, porque não tem... O dinheiro de junho não está disponível, sequer ele foi repassado para a Caixa. Então, a Caixa não tem esse recurso à disposição, e não existe esse recurso à disposição do nosso beneficiário. Quem já tirou o benefício de maio está com o benefício... já está em posse do benefício. Agora, só em junho. Quem não tirou procure tirar o seu benefício na data e no calendário estabelecido. Isso sempre aconteceu, o beneficiário sabe o que fazer. Ele já se organiza para que suas contas sejam pagas nesse período. Como ele sabe que o benefício... Ele já sabe antecipadamente o calendário. Então, quem vai receber no dia 29, já sabe que vai receber no dia 29 desde janeiro. Então, já se organizou para pegar esse dinheirinho no dia 29, para fazer as suas compras no dia 29 e para organizar o mês, e fazer o seu planejamento de acordo com isso. Então, o que é a nossa orientação? Que o nosso beneficiário continue fazendo isso. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Gil Costa, da Rádio Pioneira AM, de Teresina, no Piauí, você quer fazer outra pergunta? REPÓRTER GIL COSTA (Rádio Pioneira AM / Teresina – PI): Quero, sim. Foi até bom, Ministra, a senhora ter esclarecido isso à opinião pública, porque era uma dúvida que as pessoas até tinham aqui, de achar que isso tinha sido um abono que o Governo tinha concedido e que iriam aos bancos, retornaria aos bancos no final do mês, para ver se tinha novamente aquele valor que foi sacado agora. Foi bom a senhora ter esclarecido isso. Agora, eu pergunto à senhora ainda o seguinte: com relação ao Piauí, quantas pessoas nós temos, ainda, no Bolsa-Família, se houve saídas do programa, enfim. Como é que o programa, ele está hoje, aqui? Qual é o somatório de recursos? Se o governo repassa para o Piauí, ou paga dívida do Bolsa-Família todo mês. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Gil Costa, nós temos 446 mil famílias beneficiárias no Estado do Piauí, certo? Nós chegamos a mais de 1 milhão de pessoas no Piauí. Você vê, o Piauí tem em torno de 3 milhões de habitantes. Um milhão de habitantes recebem o Bolsa-Família, representando, aí, em torno de 440 mil famílias, e isso chega a quase R$ 1 bilhão por ano, que é repassado diretamente às famílias. Esse recurso, ele não é um recurso repassado nem ao Estado, nem ao município; ele sai da conta do Governo Federal diretamente, através do cartão do Bolsa-Família, para cada uma das famílias. Essa é uma tecnologia que o Brasil desenvolveu e, hoje, exporta para o mundo todo, que é ter um cadastro e ter um pagamento via cartão, que é dado diretamente para as famílias, em especial, para as mulheres. Esse dinheiro entra na conta das pessoas e acaba sendo um dinheiro que circula, fortalecendo a própria economia no Estado do Piauí, em cada uma das unidades da Federação, no Brasil, fortalecendo e dinamizando o comércio, a indústria, não é? E, portanto, além de beneficiar as famílias diretamente, indiretamente também ajuda a aquecer toda a economia. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Gil Costa, da Rádio Pioneira AM, de Teresina, no Piauí, pela participação com a gente, no programa Bom Dia, Ministro. Programa que tem a coordenação e a produção da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços. Ministra Tereza Campello, vamos agora ao Rio de Janeiro, falar com Ana Rodrigues, que está lá na Rádio Tupi. Olá, Ana, bom dia! REPÓRTER ANA RODRIGUES (Rádio Tupi / Rio de Janeiro – RJ): Olá! Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministra Tereza Campello. Ministra, a gente gostaria de esclarecer o centro dessa questão, né? O governo já tem informações ou... Claro que já está investigando, mas o centro do objetivo de atingir o Bolsa-Família, porque a gente ainda não sabe exatamente quem espalhou esses boatos. Mas qual o objetivo de tumultuar esse serviço que é tão importante para a população? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom dia, Ana Rodrigues. Bom dia, ouvintes da Rádio Tupi. De fato, eu acho que essa é uma questão que eu não vou saber explicar. Por que alguém pega um programa, que é um programa consolidado, que atinge, não é, que beneficia 13,8 milhões de pessoas no Brasil, pessoas pobres, pessoas vulneráveis, pessoas que, muitas vezes, não contam com uma poupança; portanto, contam com esse dinheiro para garantir o sustento e, muitas vezes, a alimentação das suas crianças. Portanto, nós não estamos falando de qualquer tipo de situação; estamos falando em criar pânico, instabilidade, intranquilidade para mães, para... para uma população pobre, que precisa desse recurso. Por que alguém faria uma coisa dessas? Eu acho que, realmente... Não dá nem para acreditar que isso possa ser uma brincadeira de mau gosto, porque é, realmente, como disse a Presidenta, ontem... Divulgar esse tipo de... e amplificar esse tipo de boato é, de fato, um ato criminoso. Agora... Isso é um assunto que está sendo investigado pela nossa Polícia Federal. Eu acho que cabe a todos nós garantir que isso não volte a se repetir, porque realmente as pessoas precisam desse recurso. A maioria, né, aproveitando, Ana Rodrigues, para... As pessoas acham que as pessoas do Bolsa-Família não trabalham. Trabalham, trabalham muito. É exatamente porque são pobres, não tiveram oportunidade de estudar, não tiveram oportunidade de fazer qualificação profissional, não tiveram oportunidades de acesso à informação, ao longo da sua vida, acabam tendo uma inserção no mercado de trabalho, acabam tendo um tipo de emprego muito mais instável. Muitas fazem bico, muitas acabam trabalhando em situações vulneráveis, trabalho sem carteira assinada. Portanto, o dinheiro do Bolsa-Família é um dinheiro que complementa a renda dessas famílias e, muitas vezes, é o dinheiro para garantir que essas crianças tenham alimentação, tenham material escolar, tenham roupa. Portanto, imagina a instabilidade que isso gerou nessas mães. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ana Rodrigues, da Rádio Tupi do Rio de Janeiro, você tem outra pergunta? REPÓRTER ANA RODRIGUES (Rádio Tupi / Rio de Janeiro – RJ): É, eu só gostaria de reforçar com a Ministra a questão das garantias do Bolsa-Família, para a gente esclarecer para a população, também, para muita gente que ainda não sabe. O que garante esse recurso financeiro todo mês na mão desses trabalhadores, Ministra? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: A família, ela tem algumas obrigações. A primeira delas é manter o cadastro atualizado. O cadastro do Bolsa-Família tem que ser atualizado a cada dois anos. Então, a família, ela tem que ir de novo à Prefeitura, ir ao Centro de Referência em Assistência Social, procurar a Prefeitura, que é a nossa parceira para atualização do cadastro, e passar suas novas informações. Mudou de endereço? Para nós, é muito importante, porque a gente também usa o endereço para mandar mensagens para as famílias. Tem telefone celular? Essa é uma outra questão importante: se a família tem o telefone, nos passe essa informação. Por quê? Porque esse também é um mecanismo para que a gente possa entrar em contato com a família, atualizar informações... Ontem, por exemplo, nós mandamos, através da Caixa Econômica Federal, mensagens para todas as famílias, dando informação sobre o calendário, tranquilizando as famílias. Então, nos interessa saber se essa família tem telefone celular, se algum membro da família tem telefone celular, quantas crianças, se as pessoas estão trabalhando ou não, trabalham aonde; é no campo, é na cidade. Então, essas informações, para nós, são estratégicas, até porque o Cadastro Único não serve mais só para o Bolsa-Família. Muitos programas do Governo Federal são pagos usando o Cadastro Único, que é também do Bolsa-Família. Por exemplo, a Tarifa Social de Energia Elétrica. Hoje, só tem desconto na conta de luz, ou seja, só tem acesso à Tarifa Social de Energia Elétrica, se tiver no Cadastro Único. Então, aproveito também para esse serviço de utilidade pública, aqui, de vocês, Kátia, para convidar as famílias que se cadastrem, mesmo quem não é pobre, ou extremamente pobre. Nós estamos cadastrando todas as famílias até meio salário mínimo per capita, para que elas possam ter acesso a um conjunto de programas. Tarifa Social de Energia Elétrica, inscrição no Minha Casa, Minha Vida, o Pronatec, que são nossos cursos de qualificação profissional. Então, primeiro isso. Segundo, completando tua pergunta, as crianças têm que estar na escola e têm que ter frequência de 85%. Ou seja, as crianças têm que ir... A maior parte do tempo tem que frequentar a escola, e a frequência cobrada das crianças do Bolsa-Família é acima da... da frequência do conjunto da rede, que é 75%. E as mães têm que manter a carteira de vacinação em dia. Ou seja, as crianças têm que ser vacinadas. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Ana Rodrigues, da Rádio Tupi do Rio de Janeiro, pela participação com a gente no Bom Dia, Ministro. Lembrando que a íntegra dessa entrevista está em www.ebcservicos.com.br. Ministra, vamos agora a Maceió, Alagoas. Rádio Gazeta 1260 AM. Jeferson Moraes está ao vivo, com a gente, não é isso, Jeferson? Bom dia. REPÓRTER JEFERSON MORAES (Rádio Gazeta 1260 AM / Maceió – AL): Bom dia. Bom dia, Ministra. Bom dia a todos. Ministra, esse boato que se espalhou durante o final de semana, ele foi orquestrado de uma forma a exatamente atingir as pessoas, as pessoas mais humildes, que dependem do Bolsa-Família, exatamente durante o final de semana. Eu gostaria de perguntar à senhora o seguinte: Na sua avaliação, a quem interessa esse tipo de boato? Qual a finalidade e os transtornos que foram causados à população? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: A quem interessa, eu te diria... Eu acho que não pode interessar a ninguém. Realmente, os transtornos foram muito grandes. No sábado, por exemplo, a gente teve 500 mil famílias procurando o benefício, porque o boato era de que o Bolsa-Família ia terminar. Veja bem, um programa consolidado, um programa que todo mundo sabe que é um compromisso central, estratégico do Governo, porque o Bolsa-Família nos permitiu, não só chegar aliviando a pobreza para milhões de brasileiros, como, através do Bolsa-Família, a gente garantiu que as crianças estivessem em sala de aula. Os resultados do Bolsa-Família são fantásticos. Portanto, desorganizar e desestabilizar o Bolsa-Família, eu acho que não... não pode... Eu não acredito que possa interessar a ninguém. Eu acho lamentável o que aconteceu. Todo mundo está lamentando muito. Agora, o principal prejudicado foi a população, que acabou se apavorando, se dirigindo aos caixas, tentando retirar seu benefício, e, por conta disso, nós criamos algumas formas para tentar diminuir esse sofrimento e essa angústia. Agora, esse assunto está na mão da Polícia Federal. Vamos aguardar as investigações. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Jeferson Moraes, da Rádio Gazeta, de Maceió, você tem outra pergunta? REPÓRTER JEFERSON MORAES (Rádio Gazeta 1260 AM / Maceió – AL): Tenho, sim. Ministra Tereza Campello, o Governo Federal anunciou que a Polícia Federal já está investigando esse caso, esse boato, de onde começou, qual o início. Eu gostaria de saber o seguinte: a população tem como ajudar as autoridades a apontar, identificar, de onde surgiu esse boato? Como é que a população pode ajudar nesse sentido? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Olha, eu acho que o que a população pode fazer agora... De certa forma, o boato também se espalhou porque o pânico tomou conta das redes sociais. Então, muita gente entrou no seu Facebook, dizendo: “Ó, eu estou indo para a agência tirar, vai todo mundo”. Então, esse boato acabou se alastrando também nas redes sociais, por conta do próprio desespero da população. Então, quem quiser nos ajudar entre no seu Facebook, alertando que o calendário do Bolsa-Família está garantido, que o Bolsa-Família continua firme e forte. Ontem, a Presidenta fez questão de afirmar que o Bolsa-Família é sagrado, que o Bolsa-Família é seu compromisso, que nós vamos manter e continuar fortalecendo o Bolsa-Família. E nós estamos fazendo um trabalho muito importante, que é, inclusive, o de buscar as famílias que ainda não estão no Bolsa-Família, que são famílias pobres, que têm o direito ao Bolsa-Família e que ainda não entraram no Bolsa-Família. Então, hoje, nosso esforço é ao contrário. É um esforço de ampliar, de fortalecer o Bolsa-Família. Ao longo do mandato da Presidenta Dilma, o Bolsa-Família teve um aumento de mais de 60% acima da inflação. Então, nós passamos de em torno de R$ 15 bilhões ao ano para R$ 24 bilhões. Quer dizer, todo o esforço que nós estamos fazendo é exatamente o de fortalecer o Bolsa-Família. Então, eu não acredito que esse tipo de boato possa atingir esse programa e esse patrimônio do povo brasileiro, hoje, que é o Bolsa-Família. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Jeferson Moraes, da Rádio Gazeta AM, de Maceió, pela participação com a gente no Bom Dia, Ministro. Ministra Tereza Campello, vamos a Mossoró, Rio Grande do Norte, conversar com Jota Nobre. Ele que está lá no comando da Rádio Difusora de Mossoró e está ao vivo, também, com a gente. Olá, Jota, bom dia! REPÓRTER JOTA NOBRE (Rádio Difusora de Mossoró / Mossoró – RN): Olha, bom dia para você, Kátia. Bom dia para a Ministra. Nós, aqui, nós estamos ao vivo, aqui, para todo o interior do Rio Grande do Norte. [ininteligível] entrevista, onde os esclarecimentos estão sendo colocados para o Brasil inteiro, e, como a Difusora é a maior audiência, aqui, em todo o Estado, principalmente no interior, a senhora vai aproveitar agora para falar... Vem falando já em relação a todo esse episódio que aconteceu desses boatos. Mas a pergunta que eu faço, Ministra, é em relação, justamente, ao programa num total. Veja bem, Mossoró tem mais de 20 mil famílias cadastradas no programa. Eu vou falar de qualificação. A qualificação, que teve até... A Deputada Rose de Freitas, que é do PMDB, entrou com um projeto na Câmara para qualificar as pessoas. Porque muito se fala que o programa é importante, beneficia milhares de pessoas, mas, Ministra, a pergunta que eu faço é relacionada a essa qualificação. Está havendo, na verdade, esse trabalho para qualificar, não simplesmente ser uma doação às pessoas [ininteligível] simplesmente do benefício e não ter uma qualificação, uma oportunidade de trabalho? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom dia Jota Nobre. Bom dia, ouvintes da Rádio Difusora. O Brasil Sem Miséria está trabalhando um conjunto de ações exatamente para que não seja só transferência de renda, o apoio que nós damos e o fortalecimento que nós damos para a população sair da extrema pobreza. Nós conseguimos uma grande vitória esse ano, que é tirar 22 milhões de brasileiros, que ainda estavam em situação de extrema pobreza, mesmo estando dentro do Bolsa-Família. Os repasses que nós fizemos, ampliando o Bolsa-Família, garantiram que 22 milhões de pessoas saíssem da extrema pobreza, do ponto de vista da renda. Agora, nós temos um grande desafio. O grande desafio é exatamente levar qualificação profissional e oportunidade para essas famílias que queiram melhorar a sua situação. Muita gente, como eu insisto sempre, Jota, a grande maioria dos adultos do Bolsa-Família trabalham. Metade do pessoal do Bolsa-Família não trabalha, porque são crianças. Não trabalham e nós não queremos que trabalhem. Nós queremos que estejam em sala de aula, estudando. Os adultos, a grande maioria, mais de 70% dos adultos do Bolsa Família, trabalham. Mesmo trabalhando, não têm renda suficiente para conseguir sustentar a sua família. Então, qual é o esforço que nós estamos fazendo? Primeiro, qualificação profissional. Como o... Tem uma parte do Pronatec que é voltado ao Brasil Sem Miséria. É voltado para o público do Cadastro Único. Nós já conseguimos matricular e qualificar mais de 450 mil trabalhadores no Brasil. Essa é uma grande vitória. Muita gente acreditava que essas pessoas só podiam se qualificar depois de estudar, depois de ter estudo formal. Não é verdade. Você pode, sem ter Ensino Médio, ser um bom pintor, ser um bom jardineiro, ser um bom auxiliar de cozinha, ser uma boa camareira, ser um bom cuidador de criança e de idosos. Nós temos mais de 450 tipos de cursos que estão sendo oferecidos pelos ofertantes de melhor qualidade no Brasil. Quem está fazendo os cursos de qualificação profissional para o público do Bolsa-Família? O Senai, o Senac, os nossos institutos federais, o Senar, na área rural, o Senat, na aérea de transporte. Então, são cursos de excelência que estão sendo oferecidos para o público do Bolsa-Família, e o público tem atendido ao nosso chamado, tem participado dos cursos, e eu acho que essa é uma grande vitória que nós vamos comemorar agora, ao completarmos dois anos do Brasil Sem Miséria, que é estar qualificando quase meio milhão de trabalhadores no Brasil. Afora o microcrédito, afora a formalização do público, através do Microempreendedor Individual do Sebrae. Então, nós estamos tendo um sucesso muito grande, melhorando a renda e o emprego dessa população do Bolsa-Família. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Jota Nobre, da Rádio Difusora de Mossoró, você tem outra pergunta? REPÓRTER JOTA NOBRE (Rádio Difusora de Mossoró / Mossoró – RN): Sim, tenho, sim. Ministra, só mais uma pergunta, [ininteligível]. O Brasil inteiro, hoje, tem um problema que as autoridades tentam e não conseguiram, até o momento, resolver. A droga que está em toda a parte. Não tem mais ninguém, nenhuma cidade... Está todo mundo, hoje... Infelizmente, em todo o país, tem essa... essa preocupação. E, em relação ao governo, se esse dinheiro, essa verba, que é do Bolsa-Família, seja... tenha o seu destino realmente para as famílias, uma fiscalização, vamos dizer assim, para que o dinheiro seja utilizado em programas educacionais, em algo que possa fortalecer as famílias. Vocês também fiscalizam para que [ininteligível] possa, realmente ir de encontro, evitando que as famílias, algumas, não são todas, acredito, que recebam, utilizem na compra de drogas? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Olha, Jota. Primeiro, todos os nossos indicadores... Como o recurso do Bolsa-Família, ele é um cartão e ele vai diretamente para a mãe, para quem... Prioritariamente para a mãe, 93% dos nossos beneficiários que têm o comando, né, a liderança do cartão, são mulheres, são mães de famílias, todos os indicadores nossos mostram onde essas mães gastam o dinheiro do Bolsa-Família. Gastam em comida, gastam em material escolar, gastam em remédio, gastam em roupa, gastam no calçado, como eles dizem, compram um calçadinho. Então, nós não temos nenhum tipo de indício de que esse recurso está sendo desviado para droga. Então, o problema, hoje, da droga, que você levanta, é realmente uma preocupação importante. A questão do crack, hoje, avança no Brasil e existe um esforço muito grande, conjunto, o Governo Federal... Acho que todos nós temos que nos juntar para impedir que o crack continue avançando e nossa determinação é vencer, e é combater o crack. E um programa do Governo Federal, “Crack, é Possível Vencer”, tem feito essa parceria importante. Mas eu não acredito, de fato, que o recurso do Bolsa-Família esteja... Não só não acredito como nós temos pesquisa e comprovação de que isso não acontece, felizmente. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Jota Nobre, da Rádio Difusora de Mossoró, pela participação no Bom Dia, Ministro. Ministra, vamos agora à Rádio Nacional da Amazônia, falar com Beth Begonha. Olá, Beth, bom dia para você! REPÓRTER BETH BEGONHA (Rádio Nacional da Amazônia / Manaus - AM): Bom dia, Kátia. Bom dia, também, à Ministra e a todos os ouvintes de todo o Brasil. Ministra, nós falamos, como disse Kátia, pela Rádio Nacional da Amazônia, para uma comunidade que tem muita dificuldade em acessar informações e onde é muito fácil a gente ter a proliferação desses boatos, como aconteceu agora, na última semana. Eu queria que a senhora deixasse bem claro para os nossos ouvintes, que nos ouvem pelas ondas curtas, onde é que as pessoas podem procurar informações certeiras, corretas, em caso de informações desbaratadas, como foram essas, mas que levaram as pessoas, por exemplo, em Belém, a passar três dias numa fila, esperando por um dinheiro, que não existia, né? Seria um auxílio-mãe atrasado. Como é que se consegue essa informação com seriedade? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom dia, Beth. Bom dia, ouvintes da Rádio Nacional da Amazônia. Realmente, como você disse, parte da população do Bolsa-Família, em especial no Norte, nós só conseguimos chegar hoje graças ao serviço que nós temos de rádio, de comunicação, dos nossos meios de comunicação. Portanto, queria aproveitar e agradecer vocês pelo apoio que nos deram ao longo desse final de semana. Rapidamente, no domingo, nós conseguimos chegar na maioria da população e, com isso, as filas começaram a diminuir. Esse assunto, ele acabou se ampliando no Norte e no Nordeste, exatamente pelos motivos que você disse, de dificuldade de acesso à informação. A primeira coisa que eu queria dizer, o que a Presidenta disse ontem: o dinheiro do Bolsa-Família é um dinheiro sagrado. Não existe a menor possibilidade desse dinheiro do Bolsa-Família parar de existir. O dinheiro do Bolsa-Família está garantido. A população pode ter confiança, certo? Não é para escutar boato. Se dirija diretamente... Primeiro, confie no nosso calendário. Faz dez anos que o Bolsa-Família funciona. Faz dez anos que a gente paga seguindo esse calendário. Portanto, o Bolsa-Família tem que continuar trabalhando... A população tem que continuar seguindo o calendário, seguindo o seu calendário. O final do seu NIS é a referência para saber que dia que eles vão receber. Então, essa é a principal informação. Eles não precisam ouvir nada, nem ouvir boatos. O dinheiro está na conta das pessoas, todo mês, seguindo o seu calendário. Segundo: se as pessoas tiverem dúvida, pode entrar em contato com nosso “0800”: 0800-7072003. 0800-7072003. Quem tiver acesso à internet pode buscar informações no site do MDS: www.mds.gov.br. Também pode entrar em qualquer site do Governo Federal que tem acesso direto ao do MDS. Nós estamos estudando a possibilidade de ter acesso facilitado da população através de SMS, através de mensagens pelo celular, mas uma parte da população na Amazônia sequer vai conseguir contar com esse tipo de serviço também. Portanto, acho que o principal recado, Beth, é esse: o dinheiro está garantido, a Presidenta confirmou isso ontem, para tranquilizar a população, até porque nunca houve a menor possibilidade ou a cogitação de... O dinheiro todo do Bolsa-Família está garantindo esse ano. Nunca foi contingenciado o recurso do Bolsa-Família, nunca faltou dinheiro para o Bolsa-Família. São dez anos e isso nunca aconteceu e não vai acontecer. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Beth Begonha, da Rádio Nacional da Amazônia, você tem outra pergunta para a Ministra Tereza Campello? REPÓRTER BETH BEGONHA (Rádio Nacional da Amazônia / Manaus - AM): Eu tenho, sim, Kátia. Eu queria que ela falasse, também, deixasse bem claro, porque, no Pará, particularmente, o boato foi de que havia um dinheiro extra, um Bolsa-Mãe, que teria sido doado, e as pessoas não teriam ficado sabendo. Então, queria que a Ministra nos explicasse se existe isso, se, de fato, durante algum período do ano, é dado isso, de uma hora para outra, e com prazos curtos para o resgate. Porque parte do boato dizia que quem não resgatasse até segunda-feira não conseguiria mais pegar esse dinheiro. E ainda, também, com relação ao adiantamento. Se houve algum adiantamento do mês da mensalidade, da parcela do Bolsa-Família, e se isso implica na mudança do calendário momentaneamente, em função dessa situação ocorrida. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Ótima pergunta, Beth. Primeiro, não existe nenhum abono esse mês. Certo? Então, não aconteceu nenhum abono. O dinheiro que as pessoas tiraram no final de semana e estão retirando é o calendário normal do Bolsa-Família do mês de maio. Então, quem já tirou dinheiro do Bolsa-Família não vai ter outro dinheiro. Esse é o dinheiro de maio. Outro Bolsa-Família somente em junho; outro somente em julho, que é o calendário normal. Então, primeira grande questão: não tem abono, não tem abono do Dia das Mães. Nós tivemos, no ano passado, a ampliação do Bolsa-Família, que foi o Brasil Carinhoso, mas não era um dinheiro... uma parcela extra. Nós aumentamos o Bolsa-Família, o ano passado, e isso acabou se expandindo para toda a população, e o Bolsa-Família, hoje, já é um valor muito acima do valor que a gente tinha em 2011, por exemplo. Então, não aconteceu nada diferente em maio e não vai acontecer nada diferente em junho. Quem já tirou o valor do Bolsa-Família do mês de maio só volte à agência em junho, na data prevista no calendário do Bolsa-Família. Então, primeiro, não tem abono. Segundo: teve adiantamento? Não, não teve adiantamento. O que aconteceu foi que as famílias começaram a ir para o banco, e as filas começaram a ficar filas enormes... E eu acho que Manaus e Belém foram dois casos típicos de... de situação de grande transtorno para a população. Então, o Sistema Caixa foi aberto para que as pessoas que estavam na fila pudessem receber o dinheiro. Então, uma família que, no sábado, não era final nº 1... Porque o Bolsa-Família, ele paga pelo final do NIS, repetindo, aqui, o que a gente já tinha comentado. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: É o Número de Identificação Social. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: É o número de identificação. Está marcado no cartão do Bolsa-Família. Todo mundo que é do Bolsa-Família sabe o que é o NIS, a gente que não sabe. Sabe o que é o NIS e sabe qual é o final do seu NIS. É o nº. 1, ou 2, ou 3, ou 4, ou 5, ou 6, ou 7, ou 8, ou 9, ou 0, e é o final que organiza o calendário do Bolsa-Família. Então, a família siga o seu NIS. O que aconteceu? No final de semana, tinha gente com final... NIS final 5, que só ia receber nessa quinta-feira, e que acabou indo para a fila. Por quê? Pânico, achando que o Bolsa-Família ia terminar ou achando que ia perder o bônus, se você não fosse só no final... Família... No final de semana, como você comentou. Essas famílias tiveram a oportunidade de retirar, não porque o recurso estava sendo antecipado, mas para que... Nós abrimos os sistemas para evitar... O sistema da Caixa para evitar o maior transtorno ainda e para garantir a integridade física dessas pessoas que estavam na fila - muitas em situação de desespero. Então, o sistema foi aberto no sábado e no domingo. Ontem, às 6 horas da manhã, o sistema já voltou ao normal. Então, não adianta ir no banco... Quem for no banco hoje, o que vai acontecer? Vai ser bem recebido. Nós estamos com gente nas agências ajudando a passar informação. Se a pessoa for na agência, hoje, qual vai ser a informação que ela tem? “Qual é o número do seu NIS? É nº. 5? Volte na quinta-feira, porque, hoje, só está recebendo quem tem final 3”. Certo? Então, o calendário do Bolsa-Família está valendo. As pessoas têm que manter a calma e a tranquilidade. Isso já está acontecendo - viu, Beth? - hoje, no Brasil todo. Ontem, nós já tivemos uma situação de normalidade, em todas as nossas agências. Muita gente querendo informação, mas não tivemos mais filas. As filas... Raríssimas situações... As filas se mantiveram. Na maior parte do Brasil, a situação já tinha voltado ao normal. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Beth Begonha, da Rádio Nacional da Amazônia, pela participação com a gente no Bom Dia, Ministro. E, de lá, vamos a Fortaleza, no Ceará, falar com a Rádio Verdes Mares. Nilton Sales, bom dia. REPÓRTER NILTON SALES (Rádio Verdes Mares / Fortaleza – CE): Bom dia, jornalista; bom dia, Sra. Ministra. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom dia, Hamilton. REPÓRTER NILTON SALES (Rádio Verdes Mares / Fortaleza – CE): Sra. Ministra, quer dizer que, passado o susto, volta tudo ao normal, não há problemas daqui para frente? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Passado o susto, volta tudo ao normal. Nós nunca tivemos nenhum problema com o Bolsa-Família. O problema foi com o boato. O Bolsa-Família continua firme, como ele sempre esteve. E o dinheiro lá, garantido para a população, como sempre esteve. Nós estamos completando este ano, Nilton, para a nossa alegria, e aí informando também os ouvintes da Rádio Verdes Mares, que sempre participa com a gente, aqui, na nossa rede, nós... O Bolsa-Família está completando dez anos. Nesses dez anos, nunca houve atraso, nunca tivemos problema e queremos tranquilizar a população de que isso continuará acontecendo. Ontem, a presidenta fez questão de dizer que o dinheirinho do Bolsa-Família, que o dinheiro do Bolsa-Família, é um dinheiro sagrado e que ele está garantido. O orçamento desse ano e do ano que vem estão garantidos. Os recursos do Bolsa-Família nunca foram contingenciados, nunca foram desviados para outra área. Este é um recurso que é considerado obrigatório, compulsório, pelo Governo Federal. Então, as famílias fiquem tranquilas. E qual é a principal orientação, Nilton, que é importante que vocês mantenham? Sigam, mantenham o calendário. O calendário do Bolsa-Família é a referência. No mês de janeiro... Para você ver, o Bolsa-Família, ele é tão organizado que, no mês de janeiro, nós passamos um papel para as famílias, que é um panfletinho, onde já tem o calendário de todo o ano. Então, nós estamos aqui, para quem está nos assistindo na televisão, mas o beneficiário do Bolsa-Família conhece esse nosso material, que é esse pequeno panfletinho, que é distribuído em todas as nossas agências bancárias, em todas as nossas lotéricas, em todos os correspondentes bancários, com o calendário do ano todo. Então, a família já sabe, no começo do ano, quando ela vai receber o benefício do Bolsa-Família em dezembro, por exemplo. Então, um ano depois, ela já sabe quando ela vai receber. Em dezembro, por sinal, a gente já paga antes. Para quê? Para que as famílias tenham, no Natal, já recebido... Todas as famílias recebido o dinheiro do Bolsa-Família. Então, esse calendário é um calendário fixo. A gente não muda por quê? Porque nos interessa que a família tenha segurança, nos interessa que essa família consiga planejar o seu gasto. Esse é um outro benefício que o Bolsa-Família trouxe. Essa família conta com o recurso e já aprendeu a se organizar dentro do mês. Quando é que ela faz o rancho, como dizem no Rio Grande do Sul, quando ela compra... Faz as suas compras para o mês. Compra o arroz, compra o feijão, compra o óleo. Como ela se organiza. E essas famílias, nós temos, hoje, comprovação do que elas fazem com o dinheiro: compram comida, compram material escolar, compram medicamento, compram roupa, compram calçados. Ou seja, o dinheiro vai principalmente para as crianças. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Nilton Sales, da Rádio Verdes Mares, de Fortaleza, pela participação com a gente no Bom Dia, Ministro, programa que tem a coordenação e a produção da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços. A nossa convidada de hoje, a Ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Ministra, vamos agora a Campo Grande, Paraíba. Rádio Campina FM... Desculpa, Campina Grande, Paraíba, Rádio Campina FM. Geovanne Santos, bom dia para você. REPÓRTER GEOVANNE SANTOS (Rádio Campina FM / Campina Grande – PB): Um excelente dia para você; bom dia, Ministra; bom dia a todos os paraibanos, campinenses, [ininteligível] que nos acompanham nesse momento. Eu sei que a pergunta que eu vou fazer agora vai ser um tanto quanto redundante, mas é preciso. O Bolsa-Família é uma política afirmativa necessária, uma das mais belas que podem existir nesse mundo, inclusive copiada ou... Alguns países querem, inclusive, copiá-lo, minha cara Ministra Tereza Campello. Mas, objetivamente, aqueles que estão no programa e aqueles que são gestores públicos querem que as pessoas deixem de depender exclusivamente do Bolsa-Família, e aí o que eu desejo saber da senhora é se essa política afirmativa conclusa e quando estiver com um sucesso... Inclusive, a Presidente quer acabar com a miséria do país. Essa política afirmativa, ela, então, será extinta, quando, por exemplo, o Bolsa-Família tiver conseguido fazer com que as pessoas tenham sua renda própria, tenham seu sustento, através de informação e também de condições financeiras? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Primeiro, obrigada pela oportunidade e pelos elogios ao Bolsa-Família. De fato, o Bolsa-Família é um grande sucesso, não só no Brasil. Hoje é um programa que é copiado, conhecido, no mundo todo, referência de política pública bem-sucedida, e o Bolsa-Família... Primeiro que eu acho que é uma informação, também, sempre importante colocar, Geovanne. A população adulta do Bolsa-Família trabalha. Tem muita gente que acha que a população é pobre porque não trabalha. Não é verdade. Vocês que conhecem o Nordeste brasileiro sabem que muita gente, inclusive no campo, no Nordeste brasileiro, trabalha, tem a sua terrinha e, muitas vezes, é pobre porque não consegue tirar da terra, mesmo trabalhando muito, trabalhando de sol a sol, não consegue tirar da sua terra sustento suficiente para garantir sua família. Então, o Bolsa-Família complementa a renda dessa família, complementa aquilo que essa família já produz. E, mesmo nas cidades, tem muita gente que não teve oportunidade de estudar, quando era criança, não teve oportunidade de participar de um curso de qualificação profissional, e esse Brasil que cresce, um Brasil cheio de empregos... O Nordeste, hoje, está numa situação, na maior parte dos lugares, de pleno emprego. Quer dizer, falta hoje pedreiro, falta azulejista, falta gente nos hotéis, nos restaurantes, e nós estamos fazendo um esforço enorme para qualificar principalmente o público do Bolsa-Família, que, não só quer trabalhar, como, agora, está provado que quer se qualificar, sim. Então, os cursos de qualificação profissional que nós estamos oferecendo no Brasil, através do Senai, do Senac, dos institutos federais, são pagos pelo Governo Federal, através do Pronatec. É uma parceria do Ministério do Desenvolvimento Social e do Ministério da Educação. Estão funcionando muito bem, e nós estamos comemorando quase meio milhão de brasileiros do Cadastro Único que fizeram curso de qualificação profissional e estão podendo melhorar, às vezes, até o próprio emprego. Está empregado e, porque fez um curso de qualificação profissional, consegue melhorar no emprego. Consegue ganhar mais, consegue assinar carteira ou consegue exigir um emprego melhor, à medida que consiga fazer esse curso de qualificação profissional. Então, eu acho que nós estamos avançando muito, e é uma alegria para o Brasil poder estar, não só construindo a agenda do Bolsa-Família, mas, junto com ela, construindo agenda de qualificação profissional, ofertando crédito e um conjunto de outras políticas públicas que só auxiliam nas nossas famílias. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Agradecemos a participação da Rádio Campina FM, de Campina Grande, na Paraíba, e do Geovanne Santos, aqui, com a gente, no Bom Dia Ministro. E, de lá, Ministra, vamos a Manaus, Amazonas, falar com a Rádio Rio Mar AM, de Manaus, onde está Gecyllene Salles. Olá, Gecyllene, bom dia! REPÓRTER GECYLLENE SALLES (Rádio Rio Mar AM / Manaus – AM): Bom dia para você, bom dia aos ouvintes do Programa Bom Dia, Ministro. Bom dia à Ministra Tereza Campello. Meu questionamento para a senhora é em relação à realidade do interior do Amazonas, que a gente sabe que é bem diferente dos demais locais, inclusive de todo o país. Muitas vezes, o nosso caboclo, o ribeirinho tem esse benefício como uma fonte de renda e sem mais perspectivas. Eu gostaria de saber de que maneira o Governo trabalha, no sentido de não assumir apenas esse papel de provedor de benefícios, e se a senhora já vislumbra, assim, melhorias na educação, em virtude do programa, que é também um dos condicionantes... é as pessoas estarem matriculadas. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom dia, Gecyllene; bom dia, ouvintes da Rádio Rio Mar. Para nós, é uma alegria, uma oportunidade estar falando com vocês. Em muitos lugares, na Amazônia, a gente só consegue chegar via rádios. A semana passada, nós tivemos a oportunidade de poder anunciar – viu, Kátia? - uma novidade no Brasil Sem Miséria. Nós estamos construindo, através da Marinha do Brasil, lanchas, e já entregamos as dez primeiras lanchas em Belém. Parte dessas lanchas estão sendo distribuídas no estado do Amazonas, que vai ser um dos estados mais beneficiados com a entrega para os municípios das lanchas, que são lanchas da Assistência Social, que vão, não só levar informações sobre o Bolsa-Família, apoiar essas famílias no cadastramento, levar serviços de assistência social... Isso vai acontecer principalmente no Norte do Brasil, onde uma parte da população só tem acesso via rios. É verdade o que você disse: a gente, não só tem o condicionante da educação para o Bolsa-Família, como, nesses dez anos de Bolsa-Família... Agora, a gente não está mais falando em teoria. Antes, dizia: “Ah, o Bolsa-Família vai levar as crianças para a escola”. Agora, a gente já pode provar o que aconteceu. E, para nossa alegria e para nossa surpresa, não só nós estamos comemorando, nesses dez anos, que as crianças do Bolsa-Família tiveram uma redução muito grande na evasão... As crianças pobres do Brasil, na década passada, na década de 90, eram as crianças que mais evadiam, ou seja, mais abandonavam a escola. Hoje são as crianças que menos abandonam a escola, isso graças ao Bolsa-Família. Mas nós temos uma outra coisa a comemorar. Não só essas crianças estão abandonando menos a escola, Kátia. Essas crianças, hoje, conseguiram chegar em um desempenho igual ao das outras crianças no Brasil. Antes, eram as crianças que mais repetiam de ano e acabavam abandonando a escola, até porque não conseguiam continuar evoluindo, progredir na escola, como a gente diz. Então, acabavam repetindo, repetindo, e abandonavam a escola. Essas crianças, estando em sala de aula, se alimentam melhor, têm acesso a estímulos educacionais, e, com isso, chegaram na média do resto do Brasil. E, no Norte e no Nordeste, as crianças do Bolsa-Família têm um desempenho melhor do que a média das outras crianças. É a primeira vez, na história, que nós temos um desempenho dos mais pobres melhor do que o desempenho da média das crianças. Eu acho que isso é uma alegria e uma prova de que o programa está no caminho certo. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Gecyllene Salles, da Rádio Rio Mar AM, de Manaus, pela participação. E vamos de lá, de Manaus, vamos a São Luís do Maranhão, falar com Roberto Fernandes, da Rádio Mirante, de São Luís. Olá, Roberto, bom dia! REPÓRTER ROBERTO FERNANDES (Rádio Mirante / São Luís – MA): Bom dia, Kátia; bom dia, Ministra Tereza Campello. Bom, sobre a questão do boato que levou a essa correria toda, e aqui, no Maranhão, não foi diferente, me parece que está tudo bem explicado pela Ministra. Eu acrescentaria apenas como pergunta a... Qual é a possibilidade, Ministra, de ter um aumento na renda do Bolsa-Família, e se mudar essa questão dos limites do número de filhos para receber o benefício do Bolsa-Família? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Ótima pergunta, Roberto. Queria já começar por essa última parte. As alterações que nós fizemos no Bolsa-Família, nós alteramos muito o Bolsa-Família dentro do Governo da Presidenta Dilma. Isso foi possível, obviamente, porque o Bolsa-Família, ao longo de todo o mandato do Presidente Lula, se ampliou muito. Nós montamos um cadastro fantástico. Hoje, nós temos, no Bolsa-Família... Para você ter uma ideia, 50 milhões de brasileiros, hoje, recebem o Bolsa-Família. São 13,8 milhões de famílias, que representam 50 milhões de brasileiros. Ou seja, um em cada quatro brasileiros recebe o Bolsa-Família. O Bolsa-Família, para a população extremamente pobre, não é mais proporcional ao número de filhos. Nós criamos um mecanismo que cada pessoa da família tem que ter, no mínimo, R$ 70,00. Ou seja, se a família for uma família numerosa, e cada membro... Pegar a renda da família, dividir pelo número de pessoas da família, o valor da renda dessa família for menor que R$ 70,00, nós completamos o valor do Bolsa-Família. Ou seja, o Bolsa-Família passou a variar e ser uma renda que complementa a renda dessa família... Como eu insisto sempre em dizer, a maior parte das famílias do Bolsa-Família tem renda, tem a sua renda. Então, o que tem que fazer, para saber qual que é o valor do Bolsa-Família? Pega a renda que essa família já recebe com o seu trabalho, divide pelo número de pessoas da família, tem o valor que a pessoa recebe. Tem que completar até R$ 70,00. Então, para as famílias extremamente pobres, não existe mais limite. Nós tivemos um aumento muito grande do valor do Bolsa-Família, no último período. Por quê? Exatamente por conta do mecanismo do Brasil Carinhoso. Esse aumento, ele permitiu que a gente pudesse aumentar em 60% acima da inflação Bolsa-Família, esse ano. Então... Ao longo do mandato da Presidenta Dilma. Então, nós estamos, nesse momento, onde está garantido hoje que todo mundo teve esse aumento, está ganhando no mínimo R$ 70,00, e é essa a nossa comemoração. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Roberto Fernandes, da Rádio Mirante, de São Luís, pela participação. E, rapidamente, Ministra, vamos a Rádio Belém do Pará, falar com a Rádio Marajoara. Silvinho Santos, bom dia! REPÓRTER SILVINHO SANTOS (Rádio Marajoara / Belém – PA): Bom dia. Bom dia, Ministra Tereza; bom dia a todos os ouvintes. É um prazer imenso estar podendo participar do programa. Ministra, o Programa Bolsa-Família sofre muitas críticas, por diversos segmentos da sociedade, que afirmam que o programa se trata de uma... O que a senhora pode falar sobre essa polêmica? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Hoje... Eu acho que o Bolsa foi muito criticado no começo, lá em 2004, 2005, 2006. Hoje, a grande maioria da população reconhece a importância do Bolsa-Família, não só para aliviar a pobreza, mas para levar as crianças para a sala de aula e para garantir que essas crianças se alimentem bem. Esse Brasil que nós construímos com o Bolsa-Família e com o Brasil Sem Miséria, muda o Brasil de daqui a dez anos. Então, eu acho que é essa grande comemoração. O Brasil mudou. Por quê? Porque a população foi incluída. Então, eu acho que, hoje, nós temos um grande apoio, mas não paramos por aqui. Estamos levando qualificação profissional. Estamos ajudando as famílias a ter crédito. Estamos ampliando o serviço, e temos muito ainda a trabalhar. Por quê? Porque queremos construir um Brasil ainda melhor. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ministra Tereza Campello, muito obrigada, mais uma vez, pela sua participação em nosso programa. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Obrigada, Kátia. Estamos às ordens. Para nós, é uma alegria e uma oportunidade poder chegar no Brasil todo, através, aqui, do nosso programa e da rede de emissoras que nos acompanham. Obrigada. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Muito obrigada, Ministra. E a todos que participaram conosco deste programa, meu muito obrigada e até a próxima edição.
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21/05/2013 - Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, reafirma a garantia do Bolsa Família
O programa Bom Dia, Ministro especial desta terça-feira teve como convidada a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello. Em pauta, a garantia e normalidade do recebimento do Bolsa Família por todos os beneficiários. O pagamento do Bolsa Família está sendo feito normalmente de acordo com o calendário do programa. Todo ano o MDS disponibiliza o calendário de pagamento do benefício. Este ano, o Bolsa Família completa dez anos e beneficia atualmente 13,8 milhões de famílias.
12/12/2016
|
17:57
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